Diversos

Sem mentiras, o que aconteceria com as relações sociais?

POR RACHEL NUWER

Em que consiste uma mentira? Responder que estamos bem quando realmente não estamos? Elogiar alguém por seu novo corte de cabelo ou peça de roupa quando essa não é nossa mais sincera opinião?

Fato é que mentir acabou virando um hábito socialmente aceitável. A mentira permeia todos os aspectos da nossa vida. Ainda assim, apesar de sua onipresença, a maioria de nós não é muito boa em detectá-la. O que aconteceria, no entanto, se pudéssemos de repente saber que estamos sendo enganados?

O mecanismo tecnológico ou psicológico que possibilitaria essa nova habilidade talvez não seja tão importante. Em vez disso, o que realmente importa é o que a mentira revela sobre o papel frequentemente negligenciado e subestimado que desempenha em nossas vidas.

Muitos pesquisadores dizem acreditar que começamos a mentir uns para os outros assim que inventamos a linguagem, principalmente como uma forma de evoluir.

“Mentir é fácil se comparado a outras formas de ganhar poder”, disse Sissela Bok, especialista em ética da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, à revista americana National Geographic. “É muito mais fácil mentir para tirar dinheiro ou riqueza de uma pessoa do que agredi-la ou até mesmo roubar um banco.”

Ao longo da história da humanidade, a mentira também serviu como “uma necessidade evolutiva para nos proteger do mal”, diz Michael Lewis, um eminente professor de Pediatria e Psiquiatria da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos.

Isso inclui proteção contra perseguição – um propósito ao qual a mentira ainda serve hoje para muitas pessoas ao redor do mundo. Se pudéssemos de repente detectar todas as mentiras, vidas em países onde infidelidade, homossexualidade ou certas crenças religiosas são ilegais poderiam ser colocadas em risco.

IMPACTO POTENCIAL NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Por outro lado, um feedback completamente honesto nos daria chance de aprender e de nos aperfeiçoar – mas se vale a pena, Ariely não tem certeza. Esse impacto negativo na forma como nos vemos começariam quase ao mesmo tempo em que aprendêssemos a falar – distorcendo o desenvolvimento infantil de maneiras imprevisíveis.

“Imagine que seu filho dizendo: ‘Papai, mamãe, olhe para o meu desenho!’ e você responde: “É horrível!”, diz Lee. “Os impactos negativos seriam imediatos.” Parte da inocência da infância também seria perdida, incluindo o faz de conta, como o Papai Noel, a Fada dos Dentes e o Coelhinho da Páscoa. Em vez disso, por causa de sua constante curiosidade, as crianças seriam expostas cedo às duras realidades da vida – o que não seria necessariamente uma coisa boa.

“Há muitas coisas que, se as crianças soubessem, seriam difíceis de entender”, diz Paul Ekman, professor emérito de Psicologia da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA). “Nem toda a omissão, especialmente de pais para filhos, é malévola”.

As próprias crianças aprendem o valor social de mentir desde muito jovem. “A mãe pode dizer para a criança: ‘Escute, a vovó vai lhe dar um presente de Natal, e você tem que dizer à vovó que você gostou do presente, senão isso vai deixá-la triste'”, diz Lewis. Aos três ou quatro anos, estudos mostram que muitas crianças dominam a arte de chamada ‘mentira educada’.

A partir de experimentos, Lewis também descobriu que quanto mais inteligente e emocionalmente madura é a criança, maior a probabilidade de ela mentir quando perguntada se espiou um brinquedo que foi instruída a não olhar, por exemplo. Kang e seus colegas também constataram que aprender a mentir traz benefícios cognitivos para as crianças.

Quando somos adultos, a maioria de nós está mentindo regularmente. Em um estudo de 1996, Bella DePaulo, psicóloga social da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara (EUA), descobriu que estudantes universitários mentiam uma vez a cada três interações sociais, e adultos mais velhos, uma a cada cinco. “Em muitas das mentiras da vida cotidiana, as pessoas fingem se sentir melhores do que realmente se sentem”, escreveu DePaulo. “Se elas não gostam de você, elas podem tentar encobrir isso. Se estão entediadas com o que você está dizendo, podem se esforçar para parecer interessadas.”

De fato, em termos de relacionamento interpessoal, “seria um desastre total se pudéssemos de fato detectar mentiras”, diz Lewis. “Mentir é uma necessidade imprescindível em uma cultura na qual a compreensão moral é que você não quer ferir os sentimentos de outras pessoas.”

AUTOENGANO COLETIVO
Somos todos corresponsáveis pela onipresença das chamadas “mentirinhas brancas”. “A maioria das pessoas colabora inconscientemente com o mentiroso para permitir ser enganadas”, diz Ekman.

No fim de um jantar, por exemplo, costumamos dizer aos nossos anfitriões que nos divertimos muito – mesmo que tenhamos odiado todos os momentos. Nossos anfitriões prontamente acreditam nisso, não tendo nenhum desejo de saber o quão terrível achamos a companhia ou a comida deles.

A desvantagem dessa mentira branca, diz Lewis, é que podemos ser convidados de volta – “mas esse é o preço que pagamos para não ferir os sentimentos dos outros”. Em um mundo sem esse tipo de mentira, as amizades acabariam, as relações profissionais seriam repletas de tensão e familiares seriam ainda mais difíceis de aturar do que já são.

Nossos relacionamentos românticos mais próximos também não são poupados das mentiras. Em um estudo de 1989 que se tornou famoso conduzido por Sandra Metts na Universidade de Illinois (EUA), apenas 33 das 390 pessoas não conseguiam lembrar uma situação em que “não eram completamente verdadeiras” com seu cônjuge.

Da mesma forma, em 2013, Jennifer Guthrie e Adrianne Kunkel, da Universidade do Kansas (EUA), descobriram que apenas 2 dos 67 participantes de um estudo não enganaram seus cônjuges ao longo de uma única semana.

Em ambos os estudos, a maioria das pessoas disse que mentia para evitar ferir os sentimentos de seu parceiro ou prejudicar seu relacionamento. Se os relacionamentos passassem, de repente, a serem totalmente verdadeiros, desde quando olhamos nosso cônjuge pela manhã até se estamos envolvidos em algum tipo de traição, muitos deles provavelmente não durariam.

“Gosto de brincar que a razão pela qual minha esposa e eu nos casamos há 40 anos é porque temos banheiros separados”, diz Ekman. “A princípio, é apenas uma piada, porque há coisas que você não quer que as pessoas, nem mesmo o seu cônjuge, saibam – e não se trata apenas do que você faz no banheiro.”

DETECÇÃO DE MENTIRAS PATOLÓGICAS
Existem algumas maneiras pelas quais as habilidades de detecção de mentiras seriam inequivocamente benéficas, no entanto. Por um lado, podemos detectar imediatamente mentirosos patológicos, ou aqueles que se envolvem em mentiras destrutivas em série que não têm qualquer mérito social, diz Lewis.

Mentirosos patológicos, os chamados mitômanos, são muitas vezes narcisistas cuja necessidade de autoengano é motivada por uma extrema aversão à vergonha social e tão profundamente enraizada que eles passam a acreditar em suas próprias mentiras – mesmo que elas contrariem fatos claramente observáveis ou declarações que tenham feito antes.

Segundo Lewis, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um exemplo clássico disso. “Sua autoilusão é tão grande que ele simplesmente não sabe que está mentindo”, diz ele.

Mentir na política, é claro, não é novidade, diz Vian Bakir, professora de comunicação política e jornalismo da Universidade de Bangor, no País de Gales, no Reino Unido. Platão reconheceu o mérito da “mentira nobre”. Já o clássico O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, destacou o papel essencial da inverdade na liderança política.

Dito isso, no entanto, “mentir na política ganhou muita força nos últimos anos”, diz Bakir. “O que é particularmente ruim no momento atual é que alguns políticos proeminentes como Trump, Vladimir Putin e outros homens fortes ao redor do mundo se habituaram a mentir descaradamente e não se importam se forem descobertos.”

De acordo com a PolitiFact, um site de verificação de informações do Instituto Poynter de Estudos de Mídia, entidade sem fins lucrativos sediada nos EUA, 70% das declarações de Donald Trump são em sua maioria falsas ou imprecisas, comparadas a apenas 32% de Hillary Clinton.

As instituições também podem mentir descaradamente, acrescenta ela. A organização de campanhas ‘Vote Leave’ da Grã-Bretanha afirmou repetidamente que a União Europeia custa ao Reino Unido mais de 350 milhões de libras (R$ 1,8 bilhão) a cada semana –uma alegação que o governo britânico descreveu posteriormente como “um uso claramente indevido das estatísticas oficiais”.

“Dado que essa afirmação não era apenas errada, mas uma parte significativa e deliberada do material de campanha, seria justo dizer que havia uma intenção enganosa lá”, diz Bakir.

Apesar da ampla evidência de desonestidade entre certos políticos e grupos políticos, o apoio dos eleitores mais apaixonados tende a permanecer forte. Bakir ressalta que estudos mostram que pessoas que acreditam fortemente em desinformação são muito difíceis de serem convencidas do contrário, e acrescenta que, como espécie, sofremos um viés de confirmação ou uma predisposição para acreditar em coisas que se encaixam em nossa visão de mundo.

Em um mundo no qual as pessoas pudessem detectar mentiras automaticamente, o apoio a políticos desonestos diminuiria. “Muitos defensores de Trump acham que ele está sendo alvo de acusações falsas, de que ele não está mentindo”, diz Freshman. “Mas se as pessoas pudessem descobrir por meio de seu próprio conhecimento que estão sendo enganadas, acho que muitas delas parariam de recorrer a inúmeras desculpas para justificar o comportamento dele.”

Um mundo sem mentiras lançaria as relações internacionais e a diplomacia no mais completo caos, mas, em última análise, os cidadãos provavelmente se beneficiariam de autoridades mais honestas. O mesmo se aplica à polícia e à justiça criminal. A violência policial e o preconceito diminuiriam – os policiais poderiam simplesmente perguntar aos suspeitos se eles estão portando uma arma ou se são responsáveis por um crime – e os julgamentos seriam substituídos por um simples conjunto de perguntas para determinar a culpa.

“Certamente, acho que isso traria benefícios no universo da justiça criminal”, diz Ekman. “Queremos que o autor do crime seja encontrado. Não queremos condenar uma pessoa inocente ou puni-la por algo que ela não cometeu”.

É impossível prever todas as maneiras pelas quais nos beneficiaríamos e sofreríamos se todas as mentiras fossem reveladas, mas certamente o mundo seria um lugar muito diferente daquele em que vivemos hoje. Os seres humanos, no entanto, são adaptáveis e “com o tempo, desenvolveríamos novas normas e códigos aceitáveis de conduta social”, diz Bakir.

Ao mesmo tempo, acrescenta ela, provavelmente faríamos tudo o que pudéssemos para desenvolver novas maneiras de mentir e enganar uns aos outros, seja por meio de tecnologia, drogas, comportamento social ou treinamento mental.

Kang concorda. “Estou 100% certo que continuaríamos a nos enganar de alguma forma, apenas encontraríamos uma maneira diferente de fazê-lo. Mentir é uma necessidade em nossas vidas”.

F5/Folha de S.Paulo

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Acidente

VÍDEO: Moradores protestam por morte de criança vítima de atropelamento na Olavo Montenegro

 

Moradores da avenida Olavo Montenegro protestam nesta quinta-feira (28) por morte de criança de 12 anos, após atropelamento na via ocorrido ontem.

Pneus e entulhos estão sendo queimados e o trânsito está lento nos dois lados da via que liga Nova Parnamirim ao Parque das Nações.

A menina Maria Ester, 12 anos, atropelada na avenida Olavo Montenegro, na quarta-feira (27), morreu na tarde desta quinta-feira (28), na UTI do Hospital Walfredo Gurgel, onde estava internada.

Segundo realato de testemunhas, ela atravessava a via entre os carros quando foi surpreendida por um veículo, do tipo gol, que a atropelou. Com o impacto, Maria, como foi identificada, caiu ferida no chão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e esteve no local para a assistência médica.

 

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Brasil

VÍDEO: Bebê de 1 ano foge e é achado na companhia de cachorro caramelo

 

Por volta de 3h da quarta-feira (27), uma criança de um ano e oito meses foi encontrada andando em uma rua movimentada de Belém na companhia de um cachorro caramelo.

A criança foi encontrada sem roupas, na Avenida Duque de Caxias, no bairro Marco por uma equipe da Guarda Municipal (GMB). Em um vídeo gravado pela equipe mostra o momento em que os guardas tentam se aproximar da criança e o cachorro parece proteger o menino.

Segundo o G1, a GMB passou a procurar por aberturas em portas ou portões por onde a criança poderia ter saído. O giroflex da viatura foi acionado, barulho que acordou os moradores, dentre eles, os pais da criança.

Os pais relataram no depoimento que chegaram em casa cansados, tomaram banho e dormiram. Não perceberam que a criança acordou e saiu.

O bebê e o cachorro foram entregues à família.

Metrópoles

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Brasil

Alexandre de Moraes autoriza soltura de coronéis da PMDF presos pelo 8/1

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu, nesta quinta-feira (28), a liberdade provisória aos coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Klepter Rosa (foto em destaque), Fábio Augusto Vieira e Marcelo Casimiro.

Os três coronéis deverão cumprir medidas cautelares que consistem na proibição de se ausentar do DF, no recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana. Eles deverão usar tornozeleira eletrônica e precisam se apresentar na Vara de Execuções Penais do DF todas as segundas-feiras.

Moraes também determinou aos ex-integrantes da cúpula da PMDF a entrega e o cancelamento de todos os passaportes e a suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo. Os coronéis estão proibidos de usar redes sociais ou de se comunicar com os demais envolvidos no caso.

Fábio Augusto era o comandante-geral da PMDF durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Klepter atuava como subcomandante-geral da tropa e Casimiro era o chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF.

Os coronéis estavam presos desde 18 de agosto de 2023 e foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), junto a outros cinco integrantes da PMDF, por omissão, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e violação dos deveres.

Advogado de Klepter, Newton Rubens disse que o coronel “cumpriu com seu dever no dia 08/01, no que resultou, antes mesmo da intervenção federal na SSP/DF, no esvaziamento dos prédios públicos e prisão de alguns invasores.”

“A prisão cautelar imposta pelo Supremo não fazia e não faz sentido, pois o coronel Klepter não atrasou e mais entregou toda documentação solicitada pelo STF. Ademais, não alinhou a nenhuma movimento político golpista e mais, jamais arregimentaria a tropa para afastar-se dos deveres legais e constitucionais. A concessão da liberdade é só o primeiro passo para a comprovação da inocência do coronel Klepter”, declarou o advogado.

Moraes considerou que o fim da investigação policial, o recebimento da denúncia e a transferência dos coronéis para a reserva remunerada da PMDF afastam eventual capacidade de organização da tropa para benefício próprio. O ministro também apontou que houve “reestruturação total do comando da Polícia Militar do Distrito Federal”.

A coluna tenta contato com a defesa dos demais coronéis citados.

Réus
Em fevereiro de 2024, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia da PGR e tornar réus sete oficiais que integravam a cúpula da PMDF à época dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Segundo a PGR, havia “uma profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da PMDF denunciados, que se mostraram adeptos de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.

A PGR denunciou, em agosto de 2023, sete oficiais da corporação.

Metrópoles 

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Cidades

Sete bairros de Natal terão abastecimento de água suspenso no próximo domingo (31)

Foto: Reprodução

A Caern realiza no próximo domingo (31) manutenção para interligação e setorização do abastecimento dentro da obra de requalificação do bairro Cidade Alta, em Natal. O serviço está previsto para ocorrer entre 7h e 18h. Nesse período, a companhia informa que o fornecimento de água estará suspenso para os seguintes bairros: Alecrim (região do Baldo), Areia Preta, Barro Vermelho, Cidade Alta, Mãe Luiza, Petrópolis e Ribeira.

O prazo de normalização, tempo necessário para que todos os imóveis estejam plenamente abastecidos, é de até 48h após o sistema ser religado. A orientação da Companhia é que a população reserve água para o período informado e que utilize de forma racional.

 

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Judiciário

Defesa de Bolsonaro volta a pedir devolução de passaporte

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil  

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) solicitou, mais uma vez, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução do passaporte do ex-presidente. O documento foi apreendido no dia 8 de fevereiro na operação Tempus Veritatis, que apura suposta tentativa de golpe de Estado.

Junto com o pedido, os advogados anexaram um convite assinado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que Bolsonaro visite o país entre os dias 12 e 18 de maio.

Em fevereiro, a defesa do ex-presidente já havia recorrido da decisão do ministro Alexandre de Moraes que resultou na apreensão do passaporte. Na época, os advogados alegaram falta de fundamento técnico.

Coincidentemente, o primeiro pedido foi feito no mesmo período em que Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria, em Brasília.

Nesta semana, o jornal The New York Times divulgou imagens do ex-presidente na representação diplomática. A defesa de Bolsonaro afirmou que ele se hospedou na embaixada para “manter contatos com autoridades do país amigo”.

O episódio foi questionado pelo ministro Alexandre de Moraes. A defesa apresentou explicações, que foram remetidas à Procuradoria-Geral da República (PGR), antes da análise pelo STF.

CNN Brasil

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Brasil

População ocupada recua em 258 mil pessoas em um trimestre, afirma IBGE

Foto: Agência Brasil 

O País registrou uma perda de 258 mil vagas no mercado de trabalho no trimestre até fevereiro de 2024 em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2023, um recuo de 0,3% na ocupação. A população ocupada totalizou 100,250 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro. Em um ano, mais 2,127 milhões de pessoas encontraram uma ocupação. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

A população desocupada aumentou em 332 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,535 milhões de desempregados no trimestre até fevereiro. Em um ano, 689 mil pessoas deixaram o desemprego.

A população inativa somou 66,813 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, 293 mil a mais que no trimestre anterior Em um ano, esse contingente aumentou em 59 mil pessoas.

O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – ficou em 57,1% no trimestre até fevereiro, ante 57,4% no trimestre até novembro de 2023. No trimestre terminado em fevereiro de 2023, o nível da ocupação era de 56,4%.

Desalento

O Brasil registrou 3,671 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado significa 293 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2023, um aumento de 8,7%.

Em um ano, 299 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 7,5%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

Estadão

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Informe Publicitário

Páscoa: um momento de renovação e esperança

Foto: Divulgação

A Páscoa traz uma oportunidade de reflexão sobre a nossa jornada, por meio dos símbolos da ressurreição e do renascimento.

E para as famílias que vivenciam o luto, essa é uma época ainda mais especial, de ressignificar os sentimentos e entender que a vida é feita de momentos e histórias. É o que destaca a psicóloga especialista em luto do Morada da Paz, Simône Lira, sobre a importância da comunidade no apoio às pessoas enlutadas.

“A Páscoa é um momento de reflexão, de entender que a dor não vai acabar, mas que há esperança de renovação. A comunidade desempenha um papel crucial ao oferecer apoio e assistência, motivando as pessoas a acreditarem que dias melhores virão, assim como o renascimento simbólico que a Páscoa representa.”

Em seus cerimoniais, os profissionais do Morada da Paz abordam a Páscoa como uma maneira de honrar a vida e o legado de cada pessoa, com respeito às preferências e crenças de cada família. Podem ser realizadas desde a seleção de músicas e leituras que evocam a ressurreição e a continuidade da vida após a morte, até a criação de momentos de compartilhamento de memórias que destacam a importância do ente querido. Cada elemento do cerimonial pode ser cuidadosamente planejado para transmitir uma mensagem de esperança e conforto às famílias enlutadas.

Tayroni Carlos, cerimonialista fúnebre do cemitério, funerária e crematório Morada da Paz, explica que o trabalho dos profissionais do luto é proporcionar cerimônias personalizadas e significativas, que celebram não apenas a passagem, mas também a vida e os vínculos que permanecem vivos na memória daqueles que ficaram. “Uma das formas de encontrar conforto no luto é acreditar que após a morte há o renascimento, e é isso que buscamos destacar em algumas de nossas cerimônias. A ressurreição materializa-se na ideia de prosseguir o legado deixado pelos entes queridos, é uma oportunidade de ressignificar e prolongar sua trajetória.”

Já Safira Santana, cerimonialista fúnebre do Morada da Paz, ressalta a importância das tradições familiares, para os adeptos, durante a Páscoa, e como elas se entrelaçam com os serviços prestados. “As homenagens que fazemos refletem as características e os desejos de quem parte e da família. Mas independente da religião, a Páscoa é um momento de conforto espiritual, de relembrar memórias afetivas e celebrar a vida.”

Assim, em um ambiente de respeito, acolhimento e esperança para aqueles que vivenciam o luto, o Morada da Paz promove conversas significativas sobre renovação e continuidade da vida.

Foto: Divulgação

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Acidente

Menina de 11 anos é atropelada na avenida Olavo Montenegro

Foto: Reprodução

Uma menina de 11 anos foi atropelada na avenida Olavo Montenegro quando estava indo para a escola. A criança seguia a pé porque, segundo os familiares, o ônibus escolar que deveria deixá-la na unidade escolar não passa mais pelo bairro Parque das Árvores, onde ela mora.

Sem o ônibus, os pais deixaram a criança em uma parada que deveria passar o transporte coletivo, que também não passou. Ela decidiu voltar para casa. A menina atravessou a primeira via e quando estava na segunda, acabou atropelada.

José Lúcio é o pai da menina e reclama do poder público e da falta de assistência.

A menina que sonha em ser veterinária está internada e com o cérebro inchado. Ela recebe o atendimento no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. Os médicos informaram que nas próximas 48 horas a paciente será reavaliada.

A avenida Olavo Montenegro registra diversas ocorrências. Mesmo com a placa indicando velocidade máxima de 60 km/h, os motoristas trafegam em velocidade superior. A repórter Roberta Trindade tentou atravessar uma faixa de pedestres e teve bastante dificuldade.

Portal da Tropical

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Polícia

Força-tarefa desmobiliza buscas e vai focar em investigação sobre fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró

Foto: Junior Alves

O aparato operacional de buscas aos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró vai começar a ser desmobilizado nesta sexta-feira (29), 45º dia de operação, segundo informaram fontes do Ministério da Justiça à reportagem da Inter TV Costa Branca.

Nesta quarta-feira (27), o Ministério da Justiça e o Senappen já haviam confirmado que não renovariam a presença da Força Nacional na região. O uso de cerca de 100 agentes nas buscas foi autorizado no dia 19 de fevereiro.

Segundo as fontes, o aparato operacional, com policiais rodoviários federais e outros policiais que vieram de outras regiões para compor a Força-Tarefa de buscas também deve retornar às bases de origem.

Deve ser mantido em Mossoró o trabalho investigativo e de inteligência da Polícia Federal, além do apoio das forças de segurança local, como a Polícia Militar e Civil.

Na prática, segundo as fontes, a população deverá deixar de presenciar barreiras e buscas em áreas de mata como nas zonas rurais de Mossoró e Baraúna, como era comum desde a fuga de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, no dia 14 de fevereiro – a primeira da história no sistema penitenciário federal, criado em 2006.

A Secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte confirmou que o helicóptero Potiguar I, das forças de segurança do estado, não atua nas buscas desde a semana passada.

G1 RN

Opinião dos leitores

  1. Por que Lula não pede pra CIA, o satélite que flagrou Bolsonaro na embaixada da Hungria? Vai achar tatu e martelo rapidinho.

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Cidades

Operação Semana Santa intensifica fiscalização em estabelecimentos de pescados em Natal

Foto: SMS

Desde o início do mês de março, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal, por meio do Núcleo de Controle de Alimentos e o Serviço do Plantão da Vigilância Sanitária, pertencentes a Vigilância Sanitária de Natal (VISA Natal), vem realizando a Operação Semana Santa, com o objetivo de intensificar as inspeções sanitárias em estabelecimentos que comercializam pescados.

A operação segue até quinta-feira (28), realizando vistorias no comércio de pescados da cidade, como peixarias, mercado do peixe, supermercados e atacadistas, com a intenção de promover a comercialização adequada dos pescados ofertados nos comércios da capital potiguar.

“O objetivo desta ação é contribuir, por meio de medidas sanitárias, para o controle do risco inerente ao consumo de pescados, principalmente neste período do ano, quando notamos um aumento no consumo devido às festividades de semana santa.”, comenta Sônia Maria Fernandes da Costa Souza, Chefe do Núcleo de Alimentos da Vigilância Sanitária de Natal.

Sônia reforça que este ano o Núcleo também vem desenvolvendo outras ações com a intenção de proteger os consumidores. “Estamos também priorizando as inspeções nas indústrias de gelo em função do aumento do consumo, pois o gelo também é bastante utilizado para a conservação dos pescados.”

Em caso de denúncias sobre irregularidades na comercialização dos pescados e outros produtos, o consumidor pode entrar em contato com a Central de Atendimento de Denúncias da Vigilância Sanitária pelos telefones 08002814031 e 3232-8608, ou por meio do aplicativo Natal Digital.

Tribuna do Norte

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