Filho é mais ou menos como sarampo. Quando você tem, precisa cuidar direito. Do contrário, deixa sequelas para o resto da vida. Jair Bolsonaro moldou os filhos à sua imagem e semelhança. Criou problemas. Ao transformar o Planalto num puxadinho de casa, permitiu que os filhos influenciassem o rumo do seu governo. Desenvolveu um fascínio pelo caminho do brejo.
O primogênito Flávio Bolsonaro atribuiu ao “desespero de Paulo Marinho”, seu suplente no Senado, a revelação que borrifou gasolina na crise inaugurada com a saída de Sergio Moro do governo. Marinho disse ter ouvido do próprio Flávio que um delegado da Polícia Federal vazou com antecedência para os Bolsonaro a informação de que Fabrício Queiroz tornara-se alvo de investigação criminal.
Pode-se achar que Paulo Marinho decidiu comportar-se como delator porque ambiciona a poltrona de Flávio no Senado, como insinua o Zero Um. Ou porque tornou-se candidato do PSDB à prefeitura do Rio. Mesmo assim, o primogênito do presidente continua devendo explicações sobre os fatos que levaram o Ministério Público do Rio a anotar em documentos oficiais que funcionava em seu gabinete uma “organização criminosa”.
Houve um dia em que Bolsonaro poderia ter desarmado a bomba relógio da rachadinha, tomando a trilha da moralidade que prometera na campanha presidencial: 12 de dezembro de 2018. Já eleito, o capitão declarou numa de suas aparições ao vivo nas redes sociais o seguinte:
“Se algo estiver errado —seja comigo, com meu filho ou com o Queiroz— que paguemos a conta deste erro. Não podemos comungar com erro de ninguém. (…) O que a gente mais quer é que seja esclarecido o mais rápido possível, que sejam apuradas as responsabilidades, se é minha, se é do meu filho, se é do Queiroz. Ou de ninguém.”
Se tivesse continuado nessa linha, Bolsonaro arcaria com parte do custo da encrenca. Mas teria a oportunidade de definir quanto ele, o filho e o faz-tudo pagariam. Com a vantagem de realizar a assepsia antes da posse, blindando o mandato presidencial. O diabo é que o capitão decidiu dar marcha a ré. Com isso, enfiou a bomba dentro do seu governo. A tentativa de regatear elevou o custo.
Decorridos 17 meses, Flávio Bolsonaro já recorreu dez vezes à Justiça para tentar arquivar ou trancar a investigação. Obteve vitórias parciais que deram a falsa impressão de que seria possível até anular as provas. Mas acabou perdendo todas as apostas.
Nesse meio tempo, o caso agravou-se. Já era grave quando se restringia à suspeita de apropriação indevida de pedaços dos contracheques de assessores de Flávio. Subiu de patamar quando se descobriu que o filho mais velho do presidente tem apreço por milicianos. Complicou-se ainda mais com a suspeita de lavagem de dinheiro por meio da aquisição de imóveis.
Aliados mais fieis a Bolsonaro alegam em defesa da família que, ainda que as acusações se revelem verdadeiras, o estrago será pequeno se comparado com o mensalão e o petrolão. O argumento é tosco. A transgressão é proporcional ao tamanho do cofre ao qual o transgressor tem acesso. A honestidade, de resto, é como a gravidez. Nenhuma mulher pode estar um pouquinho grávida, como não se pode ser um pouco honesto.
As revelações de Paulo Marinho encostaram a rachadinha no inquérito sobre a interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República mandou investigar. A Polícia Federal abriu novo procedimento.
Parlamentares de oposição peticionaram ao ministro Celso de Mello, do Supremo, pedindo que as delações não premiadas de Sergio Moro e de Paulo Marinho sejam esquadrinhadas num mesmo inquérito.
Simultaneamente, Moro sustenta que o combo anti-Bolsonaro precisa incluir também o inquérito sobre fake news, que corre no Supremo sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Nele, a PF roça os calcanhares de vidro de parlamentares bolsonaristas e do filho Zero Dois do presidente, Carlos Bolsonaro, braço digital da indústria de crises do Planalto.
A família tornou-se uma ameaça ao mandato presidencial de Bolsonaro. O que ajuda a explicar a avidez com que o presidente tenta remodelar o organograma da Polícia Federal, num derradeiro esforço para evitar o surgimento de alguma “sacanagem” capaz de “foder minha família toda ou amigo meu.”
O amigo Queiroz, a propósito, tornou-se a ausência mais presente na atual crise. Ainda ecoam nos subterrâneos de Brasília os áudios que o faz-tudo dos Bolsonaro permitiu que escoassem pelo WhatsApp em outubro do ano passado. Num deles, Fabrício Queiroz queixou-se de desamparo.
Ele declarou: “Não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar… O MP tá com uma pica do tamanho de um cometa para enterrar na gente.”
Ex-policial militar, Queiroz manteve com Bolsonaro uma amizade de 35 anos. Flávio serviu-se da assessoria do personagem por 11 anos. Agora, a despeito dos milhões de indícios em contrário, pai e filho acham que não devem nada a ninguém. Muito menos explicações.
Filho, como realçado no início do texto, é como sarampo. Quando você tem, precisa cuidar direito. Do contrário, sujeita-se às sequelas. Entre elas surdez, cegueira e redução da capacidade mental. No momento, seria muito arriscado para os Bolsonaro fazer ouvidos moucos, fechar os olhos ou fingir-se de maluco diante dos alertas do amigo Queiroz.
JOSIAS DE SOUZA
Waldemir e Said . MEUS CAROS NÃO SEI MAIS O WUE FAÇO PARA QUE VOCÊS ACREDITEM QUE VOTEI NO MITO . SERÁ POSSÍVEL QUE UM CIDADÃO NÃO PODE SE ARREPENDER DE UM VOTO ? ESTOU MAIS ALIVIADO . ONTEM FIZ AS PAZES COM MINHA SOGRA POR TELEFONE PEDI DESCULPAS POR TER DEFENDIDO O BOZO COM UNHAS E DENTES . COM MEU CUNHADO DA PETROBRAS ESTÁ MAIS COMPLICADO , ELE AINDA ESTÁ MUITO CHATEADO PORQUE CHAMEI ELE DE MORTADELA . MAS VAI REINAR A PAZ NA FAMÍLIA . PARA SAID E WALDEMIR , ROGO MUITA LUZ E QUE ARREPENDIMENTO É IGUAL A CATAPORA DÁ E PASSA .
#VOLTA SARNEY
#VOLTA SUNAB198
O que acho muito engraçado é o fato que Bolsonaro vivia sem ataques quando era apenas um vereador, deputado federal , enfim durante toda sua vida pública. Mas, foi só ganhar as eleições para presidente a imprensa vem "revelando" "noticiando" como se fosse mais criminoso que Lula e a corja petista. Incrível, né! Por que será???
Taí uma pergunta boa ! Kkkkkk . Chora neném
O problema vai ganhando contornos cada dia mais graves . Está ficando cada vez mais complicado para o BOZO , votei nele e me arrependo , manter a carapuça de honestidade e probidade . Paulo Marinho , não seria louco de dizer o que disse se não tivesse cartas na manga . Me parece um movimento calculado e planejado . Nada cria mais pânico no BOZO , do que esse inquérito contra seu filho Flávio Bananinha pois ele sabe que aí está o caminho mais tortuoso para ele . Os defensores do MITO , votei nele e me arrependo , vão chamar Paulo Marinho de traidor , comunista ou de querer a cadeira do bananinha Flávio . O estribuchamento no entanto não vai adiantar se confirmado o que foi dito . Nesse meio de campo existe ainda o fator QUEIROZ . Esse cidadão deve está com muito medo . Ele é um arquivo vivo ainda intocável . Ninguém chega nele . Foi montada uma muralha de proteção intransponível até agora . O problema é que esse tipo de investigação é igual ao novelo da vovó, quando começa a ser puxado não para . Hoje o ministro Celso vai definir se libera a reunião na íntegra . Acho que nesse aspecto todos nós , estamos concordando . Libera Geral , vamos ouvir a gravação , pois uma das coisas mais defendidas pelo BOZO , votei nele e me arrependo , é a transparência . Depois vamos acompanhar o desenrolar das coisas . Tamô junto .
Um petralha deste dkzer que votou em BOLSONARO e uma piada
Voceis querem ganhar em cima de mentiras
Essa ladainha dos ptistas de falar votei mais me arrependo já deu,vira o disco rapaz essa conversinha fiada não engana nem os mortadela imagina as pessoas de bem que quer o Brasil sem corrupção e outra coisa um suposto voto seu não fará falta alguma em 2022,não se preocupe pode continuar comendo seu pão com mortadela,aliás por sinal tá bem escasso ultimamente né? Porque será?
#Moro2022
Se alguém for contra o mito, o gado dele diz logo que é petista ou comunista. Esqueçam esse termo comunista, isso acabou, o comunismo se mostrou inviável e anacrônico. Essa coisa de comunista comedor de fígado de criança só existe na cabeça do mito e seus tolos.