Diversos

Soldados de Maduro roubam do lado brasileiro da fronteira

Militares venezuelanos roubando transeuntes que estão do lado brasileiro da fronteira. Tiros ao alto. Um êxodo de centenas de indígenas da etnia pemón, a maioria crianças. E até um casal de ciclistas argentinos em viagem há um ano.

Com o fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela, na última sexta-feira (22), as diversas trilhas ao longo da fronteira entre os dois países se transformaram em palco de violência, dramas familiares e expectativa sobre os próximos dias.

Neste domingo (24), a Folha acompanhou a volta do deputado oposicionista venezuelano Luis Silva, 59, que na véspera havia cruzado a fronteira para acompanhar a chegada das duas camionetes com doações dos governos do Brasil e dos Estados Unidos.

O engenheiro agrônomo está em seu primeiro mandato e é filiado à Ação Democrática, tradicional partido de centro-direita. Passou dois dias com a roupa do corpo. Na volta à Venezuela, trazia duas caixas de bombom Garoto para os filhos e uma escova de dente comprada no Brasil.

Para fazer o percurso entre Santa Elena e Pacaraima, que, quando a fronteira está aberta, toma apenas 10 minutos de carro, se tornou um martírio de 5 horas, a maior parte a pé atravessando campos abertos e mato. A travessia foi feita graças a um guia pemón, etnia que habita os dois lados da fronteira.

A parte mais perigosa está no primeiro trecho, na região onde estão os postos aduaneiros, palco de dois conflitos entre manifestantes e militares venezuelanos nos últimas horas.

A trilha é do lado brasileiro e acompanha a linha divisória, marcada por bases de concreto pintadas de branco. No início da caminhada, venezuelanos que chegavam ao Brasil advertiram de que os militares do regime de Nicolás Maduro estavam atacando migrantes mesmo do lado brasileiro.

O aviso logo se confirmou. Dois militares venezuelanos começaram a correr para tentar alcançar o nosso grupo, que incluía um casal formado por uma venezuelana e um paulista. Eles estavam acompanhados por um carregador que, a duras penas, tentava puxar um carrinho com duas malas pelo lavrado (savana), a vegetação típica da região.

Moradores de São Paulo, Anderson e Aracelis de Moraes queriam chegar até Puerto Ordaz, a 620 km da fronteira, para entregar medicamentos e alimentos para a mãe da venezuelana, que tem câncer no cérebro. “São apenas para prolongar um pouco a sua vida.”

Por causa da bagagem, Anderson e o carregador ficaram para trás e foram alcançados pelos militares venezuelanos. Mesmo estando do lado brasileiro, ficaram sob a mira de fuzis e foram obrigados a entregar as duas malas no lado venezuelano.

“Os caras saíram do monte, engatilharam a arma e disseram: ‘Para, para, para, eu também sou malandro’. O cara do carrinho me pediu dinheiro e largou o carrinho e saiu correndo”, contou Anderson, esbaforido.

Depois de ser obrigado a deixar a mala na linha da fronteira, os militares correram na direção de outro transeunte. Aproveitando a distração, Anderson correu. “Saí correndo para a direção onde vocês estavam. Até que cheguei ao monte, e eles atiraram para cima de novo.”

Depois do susto e sem os medicamentos, o casal desistiu de viajar a Puerto Ordaz. Chorando muito, Aracelis não falava.

“A mãe dela não consegue um remédio que custa R$ 9 no Brasil. A minha esposa está em depressão todos esses meses, não consigo vê-la do jeito que está”, disse.

ÊXODO EM MASSA

Com a trilha mais curta sem condições de segurança, o guia pemón decidiu fazer uma volta maior, que incluía cruzar um morro com vegetação fechada. Para despistar os militares, o deputado decidiu trocar de camisa e tirar o boné.

Mais duas horas de caminhada e chegamos a uma comunidade pemón do lado brasileiro. Ali, cerca de 300 indígenas haviam chegado de uma vez neste domingo (24), fugindo da perseguição do regime chavista.

É um êxodo oculto, já eles são recebidos por parentes e não chegam a se registrar oficialmente no Brasil.

Os pemones se transformaram em uma das principais forças opositoras nesta região da Venezuela.

Na manhã de sexta-feira, um confronto com o Exército na comunidade San Francisco de Yuruani deixou um morto e um ferido em estado grave, trasladado a Boa Vista (RR).

Um dos que fugiram para o Brasil é o pemón Alexis Romero. “Estão torturando os pemones detidos. O governo quer acabar com a nossa guarda territorial”, disse. Ele afirma que o território pemón está sendo invadido por criminosos pró-Maduro para o controle de minas de ouro.

Em meio a comunidades indígenas, uma aparição inusitada: um casal de argentinos que viaja há um ano de bicicleta buscava uma forma de cruzar para o Brasil.

“Vimos que houve uma onda de violência, não sabemos bem o foco”, afirmou o ciclista, que se identificou como Ernesto. “As pessoas estão assustadas.”

A viagem continuou, agora de carro. Em poucos minutos, finalmente chegamos a território venezuelano. Em seguida, mais uma pequena trilha pela selva. No caminho, mais dois grupos de pemones fugindo a pé para o Brasil, formados principalmente por mulheres e crianças.

A última parte da viagem foi de carro. Próximo de Santa Elena, o deputado e este repórter se separaram. Em meio à despedida, uma última declaração.

“Os que guardam a fronteira são criminosos. Vimos como roubaram os pertences dos humildes venezuelanos que vieram ao Brasil comprar comida para a sua família”, disse Silva. ”A melhor ajuda humanitária de que nós venezuelanos necessitamos é a saída imediata do usurpador Nicolás Maduro.”

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Em toda a guerra a primeira vítima sacrificada é a VERDADE!
    Mente-se para obter a opinião pública favorável. Mas ninguém tem razão e todos perdem sempre.
    Essa guerra não é nossa.
    A ONU solicitou ajuda do Brasil para enviar tropa ao Haiti afim de ajudá-los no processo de recuperação depois dos terremotos que devastaram aquele país e teve uma respista negativa alegando questões orçamentárias e financeiras.
    Como é que para mandar ajuda pra Venezuela ou mesmo para guerrear com eles nos temos condições?

    1. O Brasil manteve tropas no haiti por mais de 10 anos. O envio foi após uma guerra civil provocada por um regime ditatorial. Qualquer semelhança é mera coincidência?

    2. Como bem você disse, a primeira sacrificada é a verdade. É público e notório que o Brasil enviou e manteve tropas no Haiti por vários anos.

    3. Desde quando petista tem compromisso com a verdade? Essa gente só tem compromisso com seus próprios interesses, com a tomada e manutenção do poder, que lhes abre as portas para a roubalheira.

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Geral

Trump diz que conversa com Lula foi ‘muito boa’ e que terão futuras discussões em reuniões no Brasil e nos EUA

Foto: Adriano Machado/Reuters; Evelyn Hockstein/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que falou por videoconferência com o presidente Lula nesta segunda-feira (6) para tentar resolver a crise diplomática entre os dois países e disse que a conversa foi “muito boa” e que gostou dela.

O norte-americano confirmou que os dois terão novas conversas e um encontro “em um futuro não muito distante” e disse que a reunião deve ocorrer “tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos”.

“Nesta manhã, eu fiz uma chamada telefônica muita boa com o presidente Lula, do Brasil. Nós discutimos muitas coisas, mas a conversa focou principalmente na economia e no comércio entre os dois países”, declarou o norte-americano. “Nós teremos futuras discussões e nos reuniremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu gostei da ligação — nossos países irão muito bem juntos!”.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala sobre ligação por vídeo com presidente Lula em 6 de outubro de 2025. — Foto: Reprodução/Donald Trump no Truth Social

g1

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Geral

Festival MPB84 2025 destaca a Música Regional em Concurso de Bandas; inscrições estão abertas!

O Festival MPB84 anuncia sua 4ª edição com um diferencial marcante: em 2025, o Concurso de Bandas será totalmente dedicado à Música Regional, reunindo artistas e grupos que tenham como base os ritmos que traduzem a identidade cultural nordestina — forró, xote, xaxado, baião, arrasta-pé e outros estilos da nossa região.

Serão selecionados 12 finalistas, que disputarão R$ 10 mil em prêmios e o troféu do festival. Além disso, a banda vencedora terá a oportunidade de abrir o palco do MPB84 no dia 07 de novembro, em um show especial que celebra a música potiguar e suas raízes.

O concurso visa estimular novas composições e interpretações autorais, incentivando os criadores a resgatarem sua inspiração e criatividade. A proposta é fortalecer a cena musical potiguar e formar novas plateias para os artistas da região, ampliando o alcance da música produzida no RN.

As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 17 de outubro de 2025, pelo e-mail [email protected]. Podem participar autores e intérpretes nascidos ou residentes no Rio Grande do Norte, enviando letra, gravação em MP3, fotos e informações completas.

O Festival MPB84 é uma realização da Viva Entretenimento, com patrocínio da Prefeitura do Natal, via Lei Djalma Maranhão, incentivado pela Unimed Natal; e do Governo do RN, através da Lei Câmara Cascudo, Secult-RN e Fundação José Augusto, incentivado por Nordestão e Sadio Alimentos.

Mais informações no perfil oficial do festival no Instagram: @festivalmpb84.

📌 Concurso de Bandas – 07 de novembro de 2025
⏳ Inscrições: até 17/10/2025
💰 Premiação total: R$ 10 mil
📲 Mais informações: @festivalmpb84

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Geral

VÍDEO: “Meu sentimento é de gratidão, não tenho nem palavras ou gestos para expressar”, diz Rafael Motta após se recuperar de grave acidente praticando kitesurf

Em entrevista exclusiva ao programa Meio Dia RN, na 96 Fm, nesta segunda-feira (6), o ex-deputado Rafael Motta disse que o sentimento dele é de gratidão após se recuperar do grave acidente sofrido enquanto praticava kitesurf em Natal.

“Já fiz missa, cumprimentei pessoas, mas eu não consigo ter palavras, nem gestos para expressar gratidão por tudo que ocorreu, mesmo a parte ruim. Eu sou grato de verdade por tudo que aconteceu. Eu tenho muito a agradecer, principalmente a Deus, em primeiro lugar, obviamente, aos médicos que me salvaram, às orações que foram importantíssimas. Muitas pessoas rezaram por mim, muitas pessoas que nem me conheciam”, disse Rafael à bancada do Meio dia RN.

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Geral

Fintechs preparam expansão com liberalização do mercado de Vale-Alimentação

Foto: reprodução

O plano de flexibilização dos serviços vinculados ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) promete aquecer ainda mais o ecossistema de startups ligadas ao setor financeiro. A medida ainda está em fase de estudos pelo governo, mas o mercado já se antecipa à sua aprovação.

Fintechs, plataformas e empresas de pagamento começaram a implantar novos modelos de operação, apostando em um cenário mais aberto e competitivo. No setor, fala-se com entusiasmo sobre um momento de agilidade, conquista e inovação.

O fim das restrições sobre as redes credenciadas, o uso mais flexível dos créditos e a financeirização crescente do sistema são vistos como alavancas para uma economia mais fluida e rentável.

Para os defensores da proposta, o movimento representa o lado pró-inovação do Estado, voltado para um uso mais eficiente dos recursos. Já os críticos da flexibilização alertam que transformar o PAT em um simples instrumento financeiro pode diluir o caráter social do programa, colocando em risco os benefícios diretos concedidos a milhões de trabalhadores e suas famílias.

Em um país onde quase um em cada quatro brasileiros vive em situação de insegurança alimentar, a mudança teria efeitos concretos: romperia o vínculo entre trabalho e direito à alimentação, um dos pilares do modelo social brasileiro.

Criado em 1976, o PAT oferece benefícios fiscais às empresas inscritas no programa, limitando a participação do trabalhador em até 20% dos custos. O modelo contempla refeitórios próprios ou terceirizados, além do uso dos tradicionais vales-alimentação e vales-refeição em restaurantes e no varejo.

Atualmente, o programa atinge 21,5 milhões de pessoas, com mais de 300 mil empresas participantes. Estimativas de sindicatos e da Receita Federal apontam que o PAT movimenta mais de R$ 250 bilhões por ano — um mercado visto como mina de ouro para as fintechs.

Além da abertura do sistema, as medidas em estudo incluem liberação irrestrita de credenciamentos, maior flexibilidade na destinação dos créditos, novas comissões, reembolsos acelerados e novos métodos de gestão.

Mesmo assim, o governo dá sinais de que está disposto a assumir os custos da mudança.

A orientação dominante hoje é a de um Estado que atua como facilitador das transformações do mercado, e não mais como seu regulador tradicional.

Integrantes das equipes avaliam que as perdas sociais de curto prazo poderão ser compensadas, ao longo do tempo, pelos ganhos em produtividade, investimento e eficiência.

Na prática, o setor passaria a caminhar para um modelo focado na lógica da competitividade. Assim, ainda que não formalmente anunciado, as mudanças já avançam de forma gradual entre os principais players do mercado.

IstoÉ

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Geral

VÍDEO: “Fantástica”, diz Tagliaferro sobre audiência de extradição na Itália

O ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro afirmou, na manhã desta segunda-feira (6/10), que foi “fantástica” a audiência na Justiça italiana sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil às autoridades da Itália.

Tagliaferro, que atuou na assessoria do ministro Alexandre de Moraes, foi conduzido à delegacia de polícia italiana na quarta-feira (1º/10) e, nesta segunda, compareceu ao juízo italiano para ser comunicado oficialmente do pedido de extradição apresentado pelo governo brasileiro.

“Quero informar que eu já estou indo embora, eu já passei pela audiência, foi fantástica. Acho que a minha expressão diz tudo de como foi. Foi muito bom”, disse Tagliaferro. “O juiz recebeu muito bem, é como se fosse um ministro aqui. E agora vamos para a luta”, completou o ex-assessor.

Conforme apurou o Metrópoles, Tagliaferro declarou ao juiz que não pretende e não quer deixar a Itália para ser enviado de volta ao Brasil.

Tagliaferro é alvo de um pedido de extradição do governo brasileiro após determinação de Moraes, em razão do vazamento de conversas entre assessores do ministro.

Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O ex-assessor é suspeito de ter vazado mensagens trocadas entre servidores de Moraes no STF e no TSE para a Folha de S.Paulo. Tagliaferro já havia sido indiciado pela Polícia Federal (PF) em abril. Segundo a PGR, ele teria repassado informações sigilosas, incluindo petições e diálogos internos de servidores ligados ao ministro.

Tagliaferro está com as contas bloqueadas por determinação de Moraes e, por ordem da Justiça italiana, não pode deixar o país e deve informar as autoridades onde permanecerá em caso de necessidade.

Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

Sucessão de Bolsonaro acirra troca de farpas entre Ciro e Caiado

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A entrevista concedida pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) ao jornal O Globo, publicada no domingo (5), provocou uma troca de farpas entre ele e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), nas redes sociais. Na conversa com o jornal, o ex-ministro-chefe da Casa Civil afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro já teria decidido quem será o candidato da direita à Presidência em 2026 e que o anúncio deve ocorrer em janeiro. Ao mencionar os possíveis nomes, Ciro apontou os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Ratinho Júnior (PR) como os mais viáveis, destacando que ambos só teriam chances reais com o apoio de Bolsonaro.

“Acredito que ele já decidiu. Defendo que comunique isso em dezembro para ser anunciado em janeiro. Quem vai ser, só ele sabe”, disse o senador. Segundo ele, Tarcísio dificilmente recusaria uma convocação direta do ex-presidente. “É impossível ele não ser candidato se tiver o apoio do presidente Bolsonaro. (…) Ele queria ser candidato ao Senado em Goiás, tinha apoio do Ronaldo Caiado, mas o Bolsonaro disse: ‘Você vai para São Paulo, vai ser governador e ganhar a eleição. Ele obedeceu e venceu.”

As declarações levaram Caiado a reagir de forma dura. Em publicação no X (ex-Twitter), o governador acusou Ciro de agir com “ansiedade vergonhosa” para se colocar como vice de Tarcísio e de tentar se apresentar como porta-voz de Bolsonaro. “Se Bolsonaro quiser escolher um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle. Não o Ciro Nogueira, senador de inexpressiva presença nacional, que um dia já jurou amor eterno ao Lula”, escreveu.

Publicação de Ronaldo Caiado.

Caiado afirmou ainda que o senador tenta decidir por Bolsonaro quem deve ser o candidato da direita, colocando Tarcísio como preferido e Ratinho Júnior como reserva, e acusou Ciro de “vetar” outras pré-candidaturas, inclusive a sua. “Sugiro ao já quase ex-senador que tenha mais moderação e mais respeito com os demais nomes que, democraticamente, colocam suas pré-candidaturas à avaliação popular. Ciro Nogueira não tem estatura política para julgar as pré-candidaturas a presidente, incluindo a minha”, declarou o governador, acrescentando que “todos os vetados por Ciro apoiaram Bolsonaro desde a primeira eleição, diferente do senador, que teve uma posição ácida em relação ao ex-presidente”.

A resposta de Ciro veio horas depois, também pelo X. O senador ironizou o tamanho do texto publicado por Caiado e minimizou a polêmica. “Vi a postagem do governador Ronaldo Caiado sobre minha entrevista. Me chamou a atenção a enormidade do tamanho. Deve estar com o tempo livre. Eu não. Sobretudo para polêmicas vazias. Nosso adversário é Lula. Caiado, pode falar qualquer coisa: você está certo. Satisfeito?”, escreveu.Publicação de Ciro Nogueira.

Congresso em Fogo

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Política

Lula pediu a Trump retirada de tarifas e sanções, diz Planalto

Foto: Reprodução 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou, na manhã desta segunda-feira (6), com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante a conversa, o chefe do Executivo brasileiro pediu que o governo dos EUA retire a taxa aplicada a produtos do Brasil e as sanções contra autoridades.

Segundo comunicado do Palácio do Planalto, os líderes conversaram por 30 minutos em “tom amistoso”.

“Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos, quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU. Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro”, diz trecho.

Ainda de acordo com a nota, Lula destacou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os EUA mantêm superávit na balança comercial e pediu a “retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras”.

Durante o telefonema, os líderes combinaram de se encontrar pessoalmente “em breve”.

“O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos.”

CNN

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Brasil

Saiba quem é a família da “dinastia da fraude” que deu golpe no CNU

Foto: Reprodução

A organização criminosa que figura no centro de uma investigação robusta da Polícia Federal (PF) por fazer negócios ilícitos e milionários a partir de concursos públicos federais é formada por um núcleo familiar.

O ex-policial militar Wanderlan Limeira de Sousa (no centro da foto), de 44 anos, o irmão dele, Valmir Limeira de Souza (lado esquerdo do ex-PM), 53, o filho, Wanderson Gabriel de Brito Limeira, 24, (à direita), e a sobrinha Larissa de Oliveira Neves (à esquerda), 25, foram aprovados para o cargo de auditor fiscal do trabalho no Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024.

As investigações apontam que o ex-PM Wanderlan usou a fraude para beneficiar irmãos, filhos e sobrinhos: todos colecionam aprovações fraudulentas em certames de alto prestígio.

A apuração policial revela, ainda, que a confiança estabelecida entre os integrantes, a partir dos laços sanguíneos, contribuiu para o êxito temporário da trama. Um segundo irmão do ex-policial, identificado como Antônio Limeira das Neves (blusa azul na foto), 54 anos, também integrava o esquema.

De acordo com as descobertas da PF, cada familiar era responsável por uma função: desde o recrutamento de candidatos ao repasse de gabaritos e movimentação financeira.

Conversas registradas em aplicativos de conversas, interceptadas pelos investigadores, revelam que os familiares discutiam as práticas ilícitas on-line.

Em uma das conversas, Wanderlan reclama com Valmir que o outro irmão deles, Antônio, não estaria pagando uma dívida estimada em R$ 400 mil.

Conforme apurado pela polícia, alguns trechos das conversas analisadas indicam que o motivo da dívida era a prova do concurso do CNU, na qual Larissa, filha de Antônio, foi aprovada.

Metrópoles

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Educação

Recuperação: metodologia ajuda alunos a virar o jogo no fim do ano

Foto: Divulgação

À medida que o fim do ano letivo se aproxima, cresce a preocupação de muitas famílias com as notas baixas dos filhos e a possibilidade da recuperação escolar. Em geral, a solução mais comum é recorrer a aulas particulares para garantir pontos extras nas últimas provas.

No entanto, esse modelo, baseado apenas na memorização de conteúdo em curto prazo, não resolve a raiz do problema e ainda pode gerar dependência, já que o aluno passa a acreditar que só aprende com ajuda externa. “É como se o aluno tentasse resolver o problema imediato, mas deixasse a causa principal sem solução”, avalia Victor Cornetta, CEO da Kaizen Mentoria.

Para ele, a recuperação não deveria ser encarada como um fardo, mas como uma chance de mudança real nos hábitos de estudo.

A metodologia aplicada pela Kaizen parte desse princípio e vai além. Diferente da aula particular, que pode até garantir a nota momentânea mas deixa o estudante vulnerável a repetir as mesmas dificuldades no ano seguinte, o método da Kaizen ajuda a construir autonomia.

“A recuperação é uma oportunidade para o aluno virar o jogo, mudar hábitos e descobrir que pode aprender de forma muito mais leve e eficiente”, reforça Cornetta. O aluno recupera a nota, aprende de fato aquele conteúdo que deixou passar ao longo do ano, começa uma mudança de hábitos e chega ao próximo ano muito mais preparado.

Esse processo acontece porque o estudante recebe acompanhamento tanto na organização da rotina quanto no aprendizado das matérias em atraso. Ou seja, ele estuda o conteúdo junto com o mentor, mas ao mesmo tempo aprende.

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Política

Lula e Trump têm conversa tensa por videochamada em meio a disputa comercial entre Brasil e EUA

 

Foto:  Ricardo Stuckert

O presidente Lula (PT) conversou, por videochamada, na manhã desta segunda-feira (6), com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O diálogo acontece em meio à crescente tensão diplomática entre os dois países após a imposição de novas tarifas sobre produtos brasileiros pelo governo norte-americano, conforme informações da BandNews.

Segundo fontes do Itamaraty, o contato foi costurado no fim de semana com a Casa Branca e teve como foco tentar evitar uma escalada na guerra comercial que se desenha entre as duas maiores economias do continente.

Durante a conversa, Lula deve reforçar a posição brasileira de buscar uma solução negociada, defendendo que o comércio bilateral continue aberto e equilibrado. As tarifas atingem principalmente aço, alumínio e etanol, três produtos de peso nas exportações nacionais para os EUA.

O governo brasileiro quer evitar medidas de retaliação que possam prejudicar ainda mais o setor industrial e o agronegócio. De acordo com auxiliares presidenciais, a ligação também servirá para abrir caminho para um encontro presencial entre os dois líderes, previsto para acontecer ainda neste mês, durante uma reunião internacional na Malásia.

A expectativa é que o Palácio do Planalto divulgue uma nota oficial nas próximas horas, com o resumo dos principais temas discutidos e o tom da conversa entre Lula e Trump.

Com a relação bilateral em jogo, o resultado desse diálogo pode definir os próximos passos da política comercial brasileira no cenário global.

Opinião dos leitores

  1. BOlSOMION DOBREM O TARJA PRETa, BG O CHORO É LIVRE A VERGONHA ALHEIA TB EM ESCOLHER O LADO ERRADO DA HISTORIA

    1. ELe é presidente tem que conversar, mesmo, porém até agora não deu em nada!

    2. Assina: seguidor da seita lulomadurenha.
      Lado errado da história?
      Mensalão, petrolão, comunismo lulomadurenho?

    1. Acorda bolsonarista, acabou para voçes. Nessa disputa a Lula já ganhou.

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