Diversos

Preços de remédios sobem até 4,76%

O Diário Oficial da União publica hoje (31) resolução do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) autorizando os índices do reajuste anual de preços de medicamentos para 2017, que variam de 1,36% a 4,76%. O aumento começa a valer a partir desta sexta-feira.

De acordo com a resolução, o reajuste máximo permitido é o seguinte: nível 1: 4,76%; nível 2: 3,06; e nível 3: 1,36%. O Cmed é um órgão do governo integrado por representantes de vários ministérios.

O Sindicato da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma) informou, por meio de nota, que os índices de reajuste não repõem a inflação passada, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses, de março de 2016 a fevereiro deste ano.

“Do ponto de vista da indústria farmacêutica, mais uma vez os índices são insuficientes para repor os custos crescentes do setor nos últimos anos”, diz a nota.

Segundo o Sindusfarma, o reajuste anual de preços fixado pelo governo poderá ser aplicado em cerca de 19 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.

Agência Brasil

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Política

76% apoiam saída de Cunha, diz Datafolha

Saltou de 65% para 76% nos últimos dois meses o percentual de brasileiros que defendem a renúncia do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo nova pesquisa nacional Datafolha, só 12% dos eleitores são contra a saída dele do comando da Casa.

O crescimento da aversão da população à presença de Cunha no comando da Câmara contrasta com a diminuição na avaliação negativa do Congresso.

Entre pesquisas Datafolha feitas em dezembro e nos dias 24 e 25 da semana passada, a demanda pela renúncia de Cunha subiu 11 pontos.

Já a reprovação ao Congresso caiu cinco pontos (de 53% para 48%).

Sobre a eventual cassação do mandato de Cunha, 78% dos brasileiros são a favor de que isso aconteça.

No levantamento feito em dezembro, o índice era de 82%, o que denota estabilidade, já que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa da semana passada foi formulada com base em 2.768 entrevistas com pessoas de 16 anos ou mais em 171 municípios.

INSEPULTO

Para o diretor de pesquisas do Datafolha, Alessandro Janoni, a deterioração da imagem e a resiliência de Eduardo Cunha em se manter no cargo fizeram dele uma espécie de “cadáver insepulto” na Câmara dos Deputados –com percentuais de rejeição parecidos aos de Fernando Collor às vésperas de renunciar à Presidência (1992).

“Nem a Dilma conseguiu a proeza de angariar tamanha antipatia. Mesmo no pior momento dela, 66% dos eleitores eram a favor do impeachment; o número dos que querem Cunha fora é maior”, avalia Janoni.

O derretimento de Cunha na opinião pública tem sido um processo gradual e intrinsecamente ligado ao avanço da investigação que apura o envolvimento do deputado com petrolão.

“No ano passado, Eduardo Cunha conseguiu capitalizar em um segmento contra o governo que enxergava nele uma esperança de derrubar a Dilma”, diz Janoni.

Em outubro, surgiram as evidências de que o peemedebista recebeu 1,3 milhão de francos suíços (R$ 5,2 milhões, pela cotação de sexta) de um lobista que agia na Petrobras. O pagamento foi realizado em uma conta secreta na Suíça, que tinha como beneficiário o deputado.

“Quando apareceu a assinatura e a cópia do passaporte dele na conta suíça, este segmento antigoverno ficou frustrado e, a partir daí, começou a engrossar o coro dos apoiadores de Dilma pela saída do Cunha”, descreve o diretor do Datafolha.

Segundo o Datafolha, 60% dos brasileiros acham que os deputados deveriam votar a favor do afastamento da petista em um processo.

PRÓXIMOS PASSOS

Na quarta-feira (2), o STF (Supremo Tribunal Federal) decidirá se recebe denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria Geral da República) contra Cunha pelas suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Se a acusação da PGR for acolhida pelos ministros do Supremo, será aberta uma ação penal e Cunha passa a responder, na condição de réu, às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

Além dos depósitos na Suíça, Cunha foi citado por delatores como destinatário de uma propina de US$ 5 milhões. Ele nega as acusações.

Para advogados que acompanham o STF, o recebimento da denúncia fortalece as justificativas para a saída do peemedebista do comando da Câmara.

No Supremo, a expectativa é que a denúncia seja aceita pelos ministros, levando à discussão de outro pedido feito pela Procuradoria, o de afastamento de Cunha da presidência da Câmara por usar o cargo para atrapalhar as investigações contra ele.

O mandato de Cunha na presidência da Câmara só termina em janeiro de 2017. Mesmo desgastado e alvo de processo de cassação no Conselho de Ética, ele diz que não pretende deixar o comando da Casa nem se virar réu.

Folha Press

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