Polícia

Advogado diz que investigadores 'insistiram' sobre Aécio com Youssef

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse nesta quinta-feira (5) que o Ministério Público “insistiu” em perguntas sobre Aécio Neves (PSDB-MG) com o doleiro Alberto Youssef.

Quando surgiram as especulações de que o senador poderia estar na lista de Janot, há uma semana, o criminalista foi contratado por Aécio.

Youssef fechou um acordo de delação premiada com a Justiça Federal e revelou envolvimento de uma série de políticos com esquema de corrupção na Petrobras em troca de redução de pena.

“Soube como tinha sido o depoimento e que, na verdade, tinham insistido, o MP, em perguntas sobre o Aécio em momentos distintos: o primeiro pouco antes das eleições e o segundo agora em fevereiro”, afirmou Kakay.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o arquivamento de pedido de inquérito contra o tucano por citações na Operação Lava Jato.

Segundo Kakay, que também atuou para Youssef na fase inicial da operação, o doleiro lhe garantiu que nunca “tinha feito nada com Aécio”.

“Youssef não queria responder pois não sabia de nada, apenas tinha ouvido o José Janene falar. E ouvir dizer não é nada. É ilegal esta postura. Delação tem que ser voluntária, não pode ser dirigida contra”, critica Kakay.

Em delação, Youssef afirmou ter ouvido dizer que o senador tinha influência sobre negócios em uma diretoria de Furnas, no fim do governo Fernando Henrique Cardoso.

DILMA

Janot também recomendou ao STF que não abra investigações sobre a presidente Dilma Rousseff. O Supremo deverá acatar a recomendação ainda nesta semana, e com isso Dilma e Aécio não serão alvo de inquéritos.

Ainda não está claro o contexto das menções feitas a Dilma e Aécio nos depoimentos, porque os documentos enviados por Janot ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no STF, são sigilosos.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Quem é Alberto Youssef, o doleiro suspeito no governo e na Petrobras?
    Um rápido sobrevoo revela o boom imobiliário de Londrina, cidade paranaense de 485 mil habitantes. Graças à denúncia de um empresário do setor, lesado em um empreendimento, a Polícia Federal descobriu uma das maiores operações de lavagem de dinheiro do país. De quebra, a investigação revelou casos de corrupção na Petrobras e as relações incestuosas entre um doleiro e integrantes de diferentes partidos.
    Com receio de novas descobertas, muita gente em Brasília dorme mal. O personagem do pesadelo é o doleiro Alberto Youssef, 47 anos. O menino que vendia salgados pelas ruas de Londrina agora é apontado como o responsável por lavar R$ 10 bilhões.
    Um rápido sobrevoo revela o boom imobiliário de Londrina, cidade paranaense de 485 mil habitantes. Graças à denúncia de um empresário do setor, lesado em um empreendimento, a Polícia Federal descobriu uma das maiores operações de lavagem de dinheiro do país. De quebra, a investigação revelou casos de corrupção na Petrobras e as relações incestuosas entre um doleiro e integrantes de diferentes partidos.
    Com receio de novas descobertas, muita gente em Brasília dorme mal. O personagem do pesadelo é o doleiro Alberto Youssef, 47 anos. O menino que vendia salgados pelas ruas de Londrina agora é apontado como o responsável por lavar R$ 10 bilhões.
    Youssef = PARANÁ = Governado anteriormente por Jaimer Lerner (PFL-DEM) e hoje por BETO RICHA (PSDB) = Escândalos: fraude de R$ 39,6 milhões na companhia estadual de energia (Copel) + BANESTADO + Negócios na Saúde — fraude controlada pelo doleiro, a Labogen, a obter contrato de R$ 31 milhões com o Ministério da Saúde para a produção de medicamentos + ligações com Carlinhos Cachoeira = CORRUPÇÃO.
    Na verdade, a impressão que fica é que “Urna de tucano é gaveta.”

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