Jornalismo

Todos de pé. Dinarte chegou

por Dinarte Assunção

Assim como a burocracia é o cemitério da inovação; na zona de conforto jazem os talentos.

Tal qual Lázaro, procuro a vida mas não sem antes me espernear vivo encerrado num caixão de cedro me lembro do rei Canuto.

No século 11, Canuto, o Grande, rei da Dinamarca, ordenou que seu trono fosse colocado à beira do mar. Na sequência, governou ao oceano que detivesse o avanço da maré.

Terminou com os pés molhados.

O gesto do rei foi para mostrar a seus súditos que seu poder tinha limites.

A limitação de Canuto é a que quero para mim. Quando me deparar com ela, já terei alcançado muito do que é possível pelo meu crescimento.

Tudo que pode ser feito pela própria edificação resplandece do outro lado do portão do cemitério de talentos que é a zona de conforto.

Apenas o vigor do medo com o qual é feito o caixão onde jaz o talento impede a caminhada para fora do cemitério.

Descobri, ainda bem que cedo, que toda a segurança e estabilidade pela qual zela a maioria das pessoas não existe.

Tal segurança e tal estabilidade foram descritas num livro cujo nome esqueci como a corrida dos ratos: quando você acorda todos os dias para fazer mecanicamente coisas que garantam no fim do mês o pagamento de seus boletos. Na corrida dos ratos, seus sonhos são apenas sonhos.

Lanço-me ao Blog do BG com todos os medos que ainda tenho e com muitas incertezas do que vem pela frente.

Chego disposto a minhas mal traçadas linhas e com vontade de empreender. Que espaço melhor do que o do DJ frequentemente subestimado por Natal?

É tempo de chacoalhar.

Quero a inquietação de sonhar com meus projetos.

Nunca gostei do silêncio do caixão.

Opinião dos leitores

  1. Uma dupla com sinergia e habilidades que se completam.
    Me lembra muito Batman e Robin (sem duplo sentido) no combate à decadência de Gotham City.
    Na verdade vocês já lutam em Christmas City de forma muito parecida.
    Sendo que aqui os maiores inimigos são a mediocridade, o complexo de inferioridade e um desrespeito ao trabalho, a criatividade e a inovação.
    Mas já dizia o Mestre Cascudo: Natal não consagra nem desconsagra ninguém.
    Por atavismo ficamos aqui remando contra a maré.
    Esta é a missão de vocês.
    Parabéns pela cumplicidade.

  2. Que nos traga seja em poesias, versos ou prosas o que há de melhor na difusão da notícia, até sei que nestes tempos difíceis da pureza da informação, mas fica apenas anseio do saber dos fatos para o deguste doce ou amargo dos que fazem a sua interpretação. Pois todos bem sabemos que "O verbo se perde aos ventos e escrito fica vc para a eternidade".

  3. Bom começo, que o blog ganhe com poesia também, maestro das palavras, as unindo a informação necessária, fluirá um rio de saber com toque de boa escrita, nada vai lhe deter, luzzzzzzzzzzzzzzz

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