Acidente

MISTÉRIO: Telefones de passageiros de voo desaparecido chamam, dizem jornais

Mais uma informação no caso do desaparecimento de um avião comercial da Malásia faz do caso “um mistério sem precedentes” – como definiu o chefe da aviação civil do país nesta segunda-feira (10). Segundo jornais chineses e o inglês “Daily Mirror”, alguns parentes de passageiros do voo MH370, na rota Kuala Lumpur-Pequim tentaram ligar para os telefones celulares de seus familiares e conseguiram completar a chamada, que cai em seguida.

Uma gigantesca operação de buscas aéreas e marítimas entra no terceiro dia, sem sinais da aeronave que levava 239 pessoas e perdeu contato duas horas depois de decolar.

O diretor da Autoridade de Aviação Civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, disse que não está descartada uma tentativa de sequestro, uma entre várias teorias que estão sendo consideradas pelos investigadores para explicar o sumiço do Boeing 777-200ER da companhia Malaysia Airlines.

“Infelizmente, não encontramos nada que pareça ser um objeto da aeronave, e muito menos a aeronave propriamente dita”, disse ele em entrevista coletiva.

Dezenas de aviões e barcos de dez países vasculham o mar entre a Malásia e o sul do Vietnã. A expectativa chegou a crescer quando o Vietnã mobilizou helicópteros para investigar um objeto amarelo flutuante — que era, na verdade, apenas “a tampa coberta de musgo de um rolo de cabos”, segundo comunicado no site da Autoridade de Aviação Civil vietnamita.

Há especulações sobre falhas de segurança e sobre a possibilidade de um atentado. No domingo, a Interpol confirmou que pelo menos dois passageiros usaram passaportes furtados para embarcar. Segundo o jornal New York Times, a polícia da cidade de Pattaya, de onde os bilhetes foram emitidos, disse que a compra não foi feita pelos passageiros, mas por um iraniano identificado apenas como Ali.

O voo MH370 sumiu dos radares no começo da madrugada de sábado, cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur, quando viajava em uma altitude de cruzeiro em torno de 10,6 mil metros.

Não houve pedido de socorro do avião, o que leva especialistas a cogitarem uma catastrófica falha repentina ou uma explosão. Mas o chefe da Força Aérea da Malásia disse que o monitoramento por radar mostra que o avião pode ter recuado da sua rota antes de desaparecer.

Uma fonte graduada envolvida nas investigações preliminares na Malásia disse que a dificuldade em encontrar destroços pode indicar que o avião se despedaçou em pleno voo, o que espalhou as peças por uma área muito grande do mar.

Na manhã de segunda-feira (horário local), as ações da Malaysia Airlines chegaram a registrar uma queda recorde de 18%, mas se recuperaram parcialmente e fecharam o pregão com uma perda de 4%.

O Globo e G1 Mundo

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