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NOSTALGIA(FOTOS): Primeiro Museu do Videogame do Brasil vai rodar o país com games clássicos

MUSEU-DO-VIDEOGAME-02Divulgação

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) mapeou o primeiro Museu do Videogame do país. Criado há cinco anos pelo jornalista e curador, Cleidson Lima, o Museu do Videogame Itinerante não tem sede fixa e passará este ano a visitar cidades de todos os estados do Brasil. Desde 2011, mais de 450 mil pessoas conheceram o acervo que é exposto apenas durante 15 dias do ano, na capital de Mato Grosso do Sul. Em fevereiro deste ano, mais de 160 mil pessoas visitaram a exposição no shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande, que contou com apoio da PlayStation Brasil, Intel, Ubisoft, Oi e Kingston.

Atari, Nintendinho, Master System, Mega Drive, Nintendo 64, Sega Saturn, Dreamcast, Game Cube, Xbox, Playstation 1. É raro encontrar alguém com menos de 40 anos que já não tenha jogado ou pelo acompanhado alguém jogar alguns dos videogames clássicos que fizeram história no Brasil e no mundo. Jogos como River Raid, Enduro, Pac-Man, Super Mario Bros, The Legend of Zelda, Donkey Kong, Sonic, Alex Kid, Top Gear, Street Fighter, Mortal Kombat, Final Fantasy, Castlevania, entre muitos outros, ficaram marcados na infância e adolescência de milhões de pessoas. E mesmo com a nova geração de videogames, são muitos que ainda cultivam boas lembranças dos aparelhos de 2, 8, 16, 32, 64 ou 128 bits.

Devido ao grande número de pedidos, toda a coleção do Museu do Videogame viajará pelo país graças a parcerias e patrocínios de shoppings, instituições e empresas privadas. Já estão previstas exposições em Fortaleza, Belém, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador, entre outras. Esses apoios possibilitarão que as exposições sejam gratuitas para o público em geral.

— Os visitantes do museu encontrarão mais de 200 consoles de todas as gerações nos últimos 42 anos. Entre as relíquias estão o primeiro console fabricado no mundo, o Magnavox Odyssey, de 1972 — diz Lima.

Uma das primeiras exibições deste museu itinerante se deu em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, de 1º a 16 de março deste ano, no Shopping Bosque dos Ipês.

Também estarão em exibição o Atari Pong (primeiro console doméstico da Atari), de 1976; o Fairchild Channel F, de 1976 (primeiro console a usar cartuchos de jogos); o Telejogo Philco Ford, de 1977 (o primeiro videogame fabricado no Brasil); o Nintendo Virtual Boy, de 1995 (primeiro a rodar jogos 3D); o Vectrex, de 1982 (console com jogos vetoriais que já vinha com monitor); o Microvision (primeiro portátil a usar cartucho), de 1979 e o R.O.B (robozinho lançado juntamente com o Nintendo 8 bits, em 1985).

Além disso, há itens provavelmente desconhecidos até mesmo para alguns colecionadores, como o Coleco Telstar Arcade, de 1977. Lançado na era pong, o console era triangular e cada um dos seus lados tinha um controle diferente. Seguindo a mesma linha, o Museu do Videogame Itinerante traz o Coleco Telstar Combat, também de 1977, que tinha como foco o público que gostava de tanques de guerra. Outro videogame do acervo, o Action Max, de 1987, trazia jogos de tiro em fitas de videocassete. Os curiosos também podem curtir o Bandai Pip Pin Atmark, o único videogame criado pela Apple, em 1995. Todos os itens trazem informações com nome, data de lançamento e detalhes técnicos dos videogames. Alguns consoles antigos trazem também vídeos com comerciais de época e detalhes de como funcionavam.

Um dos diferenciais do Museu do Videogame Itinerante é que, além de conhecer consoles e jogos raros, os visitantes também podem jogar em alguns dispositivos que fizeram história, tais como o Telejogo Philco-Ford (1977), Atari 2600 (1976), Nintendinho 8 bits (1985), Master System (1986), Mega Drive (1988), Super Nintendo (1990), Nintendo 64 (1996), Game Cube (2001), Sega Dreamcast (1998), Xbox (2001), Playstation 1 (1994), entre outros.

— Temos grandes colecionadores no país que fazem parte de grupos que lutam para preservar a história, como o Canal 3, e o Museu do Videogame Itinerante chega apenas como mais um para auxiliar nessa tarefa — explica Lima. — Não temos intenção de ser o maior ou melhor, mas sim mostrar ao público que os jogos eletrônicos precisam ser reconhecidos também como história, cultura e arte. Para as novas gerações de consoles existirem, como PlayStation 4, Xbox One, Wii U, entre outros, houve mais de quatro décadas de evolução.

Para mais informações sobre o Museu do Videogame, basta acessar o endereço <http://www.facebook.com/museudovideogameitinerante>

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O Globo

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