Diversos

Ansiosos evitam relaxar para sentirem menos ansiedade, conclui pesquisa

Especialistas perceberam que pacientes preferem se manter preocupados a arriscarem relaxar e serem surpreendidos (Foto: Ilustrativa)

Pesquisadores da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriram que pessoas ansiosas tendem a evitar exercícios de relaxamento por um motivo controverso: essas atividades causam mais ansiedade a elas.

A conclusão faz parte de um estudo que envolveu 96 estudantes universitários e foi publicado no Journal of Affective Disorders. Na análise, os especialistas notaram que os ansiosos propositalmente evitam relaxar em exercícios de descontração. Segundo o estudo, isso acontece numa tentativa de impedir mudanças repentinas. É como se pensassem: “melhor continuar me preocupando constantemente do que relaxar e, de repente, voltar a me preocupar”.

Os pesquisadores também perceberam que os voluntários mais sensíveis a mudanças negativas — passando rapidamente de um estado relaxado para um de medo, por exemplo — eram mais propensos a se sentir ansiosos durante exercícios de relaxamento. Esses momentos de descontração, então, se tornam mais estressantes do que satisfatórios.

Uma das autoras do estudo, Michelle Newman, investiga o assunto há anos e explica que, embora a ansiedade induzida pelo relaxamento seja conhecida desde os anos 1980, sua causa específica ainda era desconhecida. Em 2011, a professora percebeu que, talvez, isso acontecesse porque as pessoas tentavam evitar o contraste de sentimentos — o que foi demonstrado na nova pesquisa.

“A teoria gira em torno da ideia de que as pessoas ficam ansiosas intencionalmente como uma maneira de evitar a decepção que poderiam ter se algo ruim acontecesse”, explicou Newman, em declaração à imprensa. “Isso não é realmente útil e apenas deixa você mais infeliz. Mas, como a maioria das coisas com as quais nos preocupamos acaba não acontecendo, o que é reforçado no cérebro é: ‘Preocupei-me e isso não aconteceu, por isso devo continuar me preocupando’.”

Hanjoo Kim, coautora do artigo, acredita que a pesquisa pode ajudar na preparação de tratamentos mais eficazes para pessoas ansiosas. “Espera-se que nossas descobertas sirvam de base para proporcionar melhores cuidados a essas populações”, disse, em comunicado.

Apesar dos achados, Newman defende que os exercícios de relaxamento são positivos e acredita que incluí-los na rotina pode ser a solução para os medos dos pacientes. “O treinamento de mindfulness e outras intervenções podem ajudar as pessoas a descontraírem e viverem o momento”, diz.

Galileu

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Acidente

Potiguares assimilam campanha do DETRAN +Gentileza –Acidentes, conclui pesquisa

+-Gentileza---AcidentesNa mais recente pesquisa de opinião pública realizada entre os dias 14 e 18 de novembro pela empresa Consult, ficou matematicamente comprovado o elevado índice de assimilação da mensagem levada a público pela campanha publicitária ‘+Gentileza –Acidentes’. Criada pela agência de publicidade Executiva Propaganda para o DETRAN/RN, a campanha foi veiculada em todas as regiões do Rio Grande do Norte.

No quesito ‘Se tomou conhecimento e lembra da campanha +Gentileza –Acidentes realizada pelo DETRAN/RN’, a alternativa “Sim, tomou conhecimento e lembra da campanha” atingiu o índice de 81.67%, resultado bem acima das expectativas do órgão.

A pesquisa teve como objetivo identificar junto à população de Natal – condutores de veículos, motociclistas, ciclistas e pedestres – conhecimento e lembrança da campanha, o grau de importância das ações educativas no trânsito, se é favorável ou não que esse tipo de campanha seja contínua, se acredita que as ações significaram fator para a redução de acidentes no trânsito e se conseguiu alertar condutores de veículos e pedestres quanto a evitarem acidentes.

Sobre a questão “se é favorável ou não que o novo governo do RN venha a dar continuidade à campanha +Gentileza -Acidentes”, o índice apontou para 96,58% pelo “Sim”, opinião confirmada pelo “Grau de importância que têm as campanhas educativas para o trânsito”, com 97,75% .

Foram obedecidos os quatro critérios de amostragem normalmente adotados na sistemática do processo: amostra casual simples de 1.200 entrevistas, aleatorização com escolha convencional ou por conveniência sobre o público de interesse da pesquisa, estratificação feita sobre as variáveis “tipo do entrevistado”, “sexo”, “idade”, “escolaridade”, “renda familiar” e “área geográfica da cidade”, além de erro amostral (resultados sujeitos ao erro permissível de 2.7% com confiabilidade de 95%.

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