Política

Eduardo Bolsonaro condena ditaduras em Cuba e Venezuela: “escória da humanidade”

Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Foram 25 votos a favor e 8 em branco. Por acordo entre os partidos, a comissão ficou com o PSL e Eduardo Bolsonaro foi candidato único.

Ao tomar posse como presidente da comissão, em um breve discurso, Eduardo Bolsonaro classificou “escória da humanidade” os governos autoritários em Cuba e Venezuela. O Globo, curiosamente, classificou e ainda estampou manchete dizendo que o filho do presidente “chamou Cuba e Venezuela de escória da humanidade”.

— Vamos virar a página de nos aliarmos apenas com a escória da humanidade, com países como Cuba e Venezuela, que têm um povo maravilhoso. No entanto, não podemos corroborar práticas autoritárias como ocorre com o povo cubano, onde há anos ocorre racionamento de alimentos, ou na Venezuela, onde as pessoas estão morrendo de fome em virtude de uma ditadura ligada ao tráfico de drogas e ao terrorismo — afirmou Eduardo Bolsonaro.

O que interessa da notícia

O deputado também afirmou na posse que uma das prioridades da comissão será “a crise humanitária que assola a Venezuela”, descrita por ele como “acima de qualquer discussão ideológica”. O “03”, como é chamado pelo presidente, disse que é necessário “ter compaixão com os venezuelanos”, que “já não encontram nem cachorros na rua para comer”.

— Com o presidente Jair Bolsonaro, ao lado de Iván Duque, na Colômbia, Donald Trump, nos Estados Unidos, Mauricio Macri, na Argentina, Sebastián Piñera, no Chile, e Mario Abdo Benítez, no Paraguai, há esperança — afirmou.

Ele também afirmou que a “abordagem com alguns parceiros estratégicos que nos últimos anos foram deixados de lado, como os Estados Unidos, com os quais podemos acrescentar muito em questões comerciais e de segurança, será retomada”.

O mandato à frente da comissão é de um ano e o deputado já declarou que não pretende se reeleger para o cargo. Eduardo decidiu presidir a comissão para reduzir críticas que vinha recebendo por sua atuação internacional como representante do pai, sem que tivesse nenhuma função ligada à diplomacia. Ele chegou a fazer um tour por Estados Unidos, Colômbia e Chile, após a eleição de Bolsonaro, sem acompanhamento de nenhum diplomata do Itamaraty, o que gerou críticas de funcionários de carreira da área.

Apesar disso, o deputado mantém boa relação com o ministro Ernesto Araújo, e vai acompanhar o pai na visita aos Estados Unidos, que começa no domingo.

O vice-presidente da comissão será o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), descendente da família real.

Com acréscimo de informações de O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Engraçado como ele esqueceu da ditadura dos laranjas que impuseram aos funcionários do gabinete do deputado uma "Mesada" para repassar ao chefe. KD o Queiroz que sumiu? O povo esqueceu ligeiro demais

  2. Condena-se tanto as ditaduras em Cuba e Venezuela, no entanto, não ouço ninguém condenar a ditadura na Arábia Saudita. Interessante que, no país sul-americano, deporta-se jornalistas ou correspondentes dos EUA, que criticam o governo. Por sua vez, no país árabe, o jornalista que faz oposição, simplesmente, desaparece, como ocorreu com Jamal Khashoggi.

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