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Putin assina decreto reconhecendo Crimeia como 'Estado independente'

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto nesta segunda-feira, 17, reconhecendo a região ucraniana da Crimeia como um “Estado soberano e independente”, disse o serviço de imprensa do Kremlin.

O decreto publicado no site do Kremlin parece ser o primeiro passo para integrar a região ao território russo. O documento entra em vigor imediatamente e, segundo Moscou, reconhece “a vontade do povo da Crimeia”.

No domingo 16, 96,77% dos eleitores que participaram de um referendo realizado optaram pela separação do território da Ucrânia e anexação à Rússia. Os EUA afirmam que a votação foi ilegal e, por isso, não reconhecerão seu resultado.

O Parlamento da Crimeia aprovou nesta segunda-feira uma resolução na qual se declara independente da Ucrânia e pediu oficialmente a anexação da península à Rússia. “A república da Crimeia se dirige à Federação Russa pedindo que seja aceita no seio da Rússia na qualidade de uma nova entidade.”

Sanções. Os EUA e a União Europeia (UE) impuseram sanções contra autoridades russas e ucranianas. O presidente americano, Barack Obama, ordenou o congelamento de quaisquer bens de 11 pessoas nos EUA e as proibiu de viajarem ao país americano.

Entre os afetados pela medida estão dois assessores de Putin, Cladislov Surkov e Sergei Glazyev, e o presidente deposto ucraniano, Viktor Yanukovich. A UE emitiu sanções contra 21 autoridades.

REUTERS e AP

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OFICIAL: Crimeia proclama independência da Ucrânia e dissolve unidades militares

O Parlamento da Crimeia proclamou nesta segunda-feira (17/3) a independência da península da Ucrânia e a nacionalização de todos os bens do Estado ucraniano em seu território, e pediu a união à Federação Russa.

Os 85 deputados aprovaram por unanimidade as medidas, após a vitória esmagadora (96,6%) dos partidários da adesão à Rússia em um referendo no domingo. “A república da Crimeia pede às Nações Unidas e a todos os países do mundo seu reconhecimento como Estado independente”, afirma o texto aprovado pelo Parlamento em Simferopol, capital do território. “A Crimeia pede à Rússia que a aceite como um de seus membros”, completa.

O documento afirma que as leis ucranianas não são mais aplicadas na Crimeia e que o governo de Kiev já não tem nenhuma autoridade sobre a península. O primeiro-ministro da Crimeia, Serguei Axionov, anunciou uma alteração no fuso horário na península em 30 de março, que passará ao horário de Moscou (GMT+4), duas horas antes da hora de Kiev atualmente em vigor.

Anteriormente, Axionov havia anunciado que o período de transição de todas as instituições da Crimeia para a Rússia levaria pelo menos um ano. O Parlamento anunciou ainda que o rublo é agora a moeda oficial da república separatista da Crimeia, mas a moeda ucraniana, a grivna, poderá ser utilizada até 1º de janeiro de 2016.

Uma delegação do Parlamento da Crimeia viajará nesta segunda-feira a Moscou, onde o Parlamento russo pretende votar nesta segunda-feira a integração da Crimeia à Federação Russa. “Voamos para Moscou”, anunciou Axionov no Twitter. A nacionalização de todos os bens do Estado ucraniano na Crimeia pode incluir as bases militares cercadas desde o fim de fevereiro por civis pró-Moscou e soldados enviados pela Rússia.

No momento, o presidente do Parlamento da Crimeia, Volodimir Konstantinov, anunciou a dissolução de todas as unidades militares ucranianas com base na península. “Aqueles (militares) que desejarem viver aqui poderão fazê-lo. Examinaremos a questão entre aqueles que prestarem juramento às novas autoridades”, disse.

As autoridades de Simferopol indicaram antes do referendo que os soldados que desejarem permanecer leais a Kiev terão que abandonar a península. Os nascidos na Crimeia, depois de prestar juramento às novas autoridades, poderão continuar na região e incorporar-se ao exército russo. Axionov escreveu no Twitter que pelo menos 500 soldados ucranianos teriam abandonado as bases na cidade portuária de Sebastopol, onde a Rússia mantém a base de sua frota do Mar Negro.

Para aumentar a tensão, o Parlamento ucraniano aprovou nesta segunda-feira a mobilização parcial das tropas para enfrentar a “ingerência da Rússia nos assuntos internos da Ucrânia”. No total, 275 deputados aprovaram a mobilização solicitada pelo presidente interino Olexander Turchynov em consequência do “agravamento da situação política no país (…) e da ingerência da Rússia nos assuntos internos da Ucrânia”.

O ministro ucraniano da Defesa, Igor Teniukh, afirmou que as tropas do país permanecerão na Crimeia. “Os militares mobilizados (na Crimeia) permanecerão no local”, declarou o ministro durante uma entrevista coletiva. Os deputados ucranianos também aprovaram a utilização de 6,9 bilhões de grivnas adicionais (530 milhões de euros) para garantir a capacidade de combate das Forças Armadas.

Trinta e três deputados não participaram na votação e nenhum votou contra a medida. O referendo de domingo teve o apoio de 96,6% dos eleitores da península a esta adesão, em uma votação condenada pelos países ocidentais, que preparam novas sanções contra Moscou. “Resultados definitivos do referendo — 96,6% a favor!”, escreveu o primeiro-ministro da Crimeia no Twitter.

O presidente interino da Ucrânia chamou o referendo de “grande farsa” decidida no Kremlin. “A Rússia busca cobrir sua agressão na Crimeia com uma grande farsa chamada referendo, que jamais será reconhecida pela Ucrânia ou pelo mundo civilizado”, declarou Turchynov aos deputados.

Um deputado do partido da ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko ironizou “os resultados sensacionais” na Crimeia. “Esperávamos 101%, levando em consideração a organização do referendo”, declarou Mikola Tomenko durante a sessão parlamentar.

FP

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Putin estuda pedido da Crimeia de se juntar à Rússia

20140306120333194352iO chefe de Estado russo, Vladimir Putin, presidiu nesta quinta-feira uma reunião do Conselho de Segurança de seu país, durante a qual foi abordado o pedido do Parlamento da península ucraniana da Crimeia de se juntar à Rússia, indicou o Kremlin.

Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança foi convocada para tratar a situação na Ucrânia e, mais particularmente, o pedido do Parlamento local da Crimeia, segundo o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, citado pela agência pública Ria Novosti.

O porta-voz do Kremlin não forneceu mais detalhes sobre as discussões.

O Conselho de Segurança russo compreende o primeiro-ministro Dmitri Medvedev, o chefe do Serviço Federal de Segurança (SFS) Nikolaï Bortnikov, o chefe dos serviços de inteligência Mikhaïl Fradkov, o ministro da Defesa Sergueï Choïgu e o chefe da administração presidencial Sergueï Ivanov.

O Parlamento local da Crimeia, dominado por pró-russos, pediu nesta quinta-feira a Vladimir Putin a anexação da península ucraniana à Rússia e anunciou a organização de um referendo em 16 de março para validar. Os eleitores poderão escolher entre se juntar à Federação da Rússia ou reforçar sua autonomia.

A Crimeia foi “doada” em 1954 à Ucrânia soviética por Nikita Khruchtchev, de origem ucraniana. Para evitar tentações separatistas, Kiev lhe concedeu em 1992 o status de república autônoma.

AFP

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