Foto: (Sergio Lima/Folhapress/VEJA)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acredita que os executivos presos na sétima fase da Operação Lava Jato, que levou para cadeia dirigentes de empresas que formam entre as maiores e politicamente mais influentes do Brasil – OAS, Camargo Corrêa, Mendes Júnior, Queiroz Galvão, UTC, Engevix, Iesa e Galvão Engenharia –, além do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, vão buscar acordos de delação premiada na tentativa de reduzir suas penas. A afirmação foi feita ao jornal Folha de S. Paulo. “Se um abrir a boca, abre todo mundo”, avalia.
“Isso é um rastilho de pólvora. Quando um começa a falar, o outro diz: ‘Vai sobrar só para mim?’ E aí eles começam a falar mesmo”, afirmou Janot ao jornal. O procurador disse ainda que, a princípio, os indícios dão conta de que há uma quadrilha operando o esquema de desvio de recursos da Petrobras. “Mas está cedo para falar”, avalia.
Sobre os crimes que teriam sido cometidos pelos empreiteiros, o procurador afirma que eles são investigados por fraude em licitação, lavagem de dinheiro, crime contra o mercado e corrupção ativa. “As empreiteiras diziam que eram alvo de concussão [exigência de dinheiro pelos funcionários da estatal]. Se puder me explicar como fraude à licitação decorre de concussão, eu concordaria com a tese. Como a concussão te obriga a fazer um cartel, fraudar uma licitação e ganhar um dinheirão? Está sendo extorquido para ganhar dinheiro? Vamos combinar, não é”, afirmou Janot.
A Justiça Federal rejeitou ne domingo mais seis pedidos de liberdade para os executivos presos. No sábado, outros cinco pedidos de habeas corpus haviam sido indeferidos. A decisão coube à desembargadora plantonista Maria de Fátima Freitas Labarrère, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de Porto Alegre. Os investigados que tiveram o pedido de liminar rejeitados foram o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho; o diretor financeiro da OAS Mateus Coutinho de Sá Oliveira; o advogado da OAS Alexandre Portela Barbosa; o vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada; e os diretores técnicos da Engevix Carlos Eduardo Strauch Albero e Milton Prado Júnior.
No sábado, os habeas corpus analisados e indeferidos foram do diretor vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite; do presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini; do presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler; do diretor presidente da área de internacional da construtora OAS, Agenor Medeiros; e do funcionário da OAS José Ricardo Nogueira Breghirolli.
Na decisão, a desembargadora manteve o argumento da Justiça Federal de que as detenções foram necessárias para impedir que os acusados atrapalhassem a investigação da Polícia Federal.
ONDE ESTÁ O GUERRA?
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em seu termo de delação premiada ao Ministério Público Federal que repassou propina ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra para que ajudasse a esvaziar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar a Petrobras em 2009, informa reportagem da “Folha de S.Paulo” veiculada pelo portal do jornal.
Guerra era senador por Pernambuco e integrava a comissão. Ele morreu em março deste ano e foi substituído pelo candidato à Presidência Aécio Neves no comando do partido.
São 12 citados: 06 do PMDB (50%) 03 do PP (25%) 02 do PT (16,66%) e 01 do PSB (8,33%) e a culpa é só do PT é. kkkkkkkkkkk
A culpa é sempre do PT. Os petralhas são os (únicos) responsáveis pelos 500 anos de miséria do Brasil! hahahaha
Aonde anda os honestos do PT para colocarem a culpa na VEJA??????