Economia

Guedes se compromete a dividir com estados arrecadação com megaleilão de petróleo

O presidente eleito Jair Bolsonaro em encontro com governadores Foto: Jorge William / Agência O Globo

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes , se comprometeu nesta quarta-feira a dividir com os estados o dinheiro arrecadado com o megaleilão de petróleo na camada pré-sal. A expectativa é que esse leilão renda até R$ 100 bilhões aos cofres públicos. A informação foi divulgada por governadores eleitos que participaram de encontro com Guedes e com o presidente eleito, Jair Bolsonaro , nesta quarta-feira em Brasília.

— O compromisso é que parte dos recursos serão partilhados com os estados. Ele não detalhou. Ele se comprometeu a compartilhar parte da arrecadação — disse o governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Em entrevista coletiva após a reunião, ao ser perguntado se estava estudando o renegociamento da dívida dos estados, Bolsonaro disse que a questão estava a cargo do futuro ministro da Economia:

— Foi tratado isso na reunião com os governadores, o Paulo Guedes vai negociar isso daí.

O presidente também afirmou acreditar que, com “algumas reformas razoáveis” dos estados e do governo federal, é possível melhorar a situação do país.

— Falei com os governadores que eles têm problemas, nós também do governo federal temos. Agora, se nós juntos trabalharmos para fazer algumas reformas razoáveis, eu acho que nós temos como tirar o Brasil e os estados da situação complicada econômica em que se encontram — observou.

O que é o megaleilão

O leilão de petróleo faz parte do acordo da cessão onerosa do pré-sal entre Petrobras e governo. Por meio desse contrato, a estatal adquiriu, em 2010, o direito de explorar cinco bilhões de barris de óleo numa área do pré-sal que fica na Bacia de Santos. Foi a maneira encontrada pelo governo para reforçar o capital da empresa para os investimentos na nova fronteira de exploração do setor.

O petróleo que será leiloado é o que excede essa cota adquirida pela Petrobras nessa área, mas isso depende de um acordo entre o governo e a estatal para revisar o contrato da cessão onerosa. A negociação é baseada na reavaliação, que já era prevista, das seis áreas concedidas, que se mostraram com potencial bem maior do que o estimado em 2010.

Além dos R$ 100 bilhões que as empresas pagariam no leilão pelo direito de exploração, o governo estima que outros R$ 50 bilhões por ano entrariam para os cofres públicos com royalties e participações especiais.

Para viabilizar o acordo e o leilão, será preciso aprovar um projeto no Senado que trata do assunto.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Esse é o montante roubado na Petrobrás pelos Petralhas e comparsas, Será se esses escrementos humanos merecem ser defendido por professores de escola pública e de universidade? boa parte do alunado, sindicalistas e a maioria de nordestinos? Um afronta aos princípios e bons costumes!

    1. O problema é que estão vendendo a cessão onerosa por 5 vezes menos do que realmente ela vale para fazer caixa.

    2. Onde vc estava ricardo quando os petralhas e comparsas estavam roubando 100 bilhões de reais? Isso porque vc consegue avaliar cessão onerosa, o que evidencia conhecimento de causa, menos pra evitar ou contestar essa mega desvio de dinheiro público.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *