Finanças

Bitcoin voltou a ultrapassar seu “valor real”, dizem analistas

Desde o fim do mês passado, a Bitcoin vem operando em alta e, após uma breve derrapada nesta semana, vem sendo comercializada por valores na casa dos US$ 8 mil, cerca de R$ 32,7 mil. Aproveitando que a tendência está em pauta, os analistas do famoso grupo bancário JP Morgan Chase & Co deram seus palpites sobre o futuro da criptomoeda e disseram que o dinheiro eletrônico ultrapassou seu “valor intrínseco”.

Para chegar a essa conclusão, os analistas trataram a moeda como um commodity e calcularam seu valor de produção, que inclui fatores como gasto de energia elétrica, poder computacional e custo de hardwares envolvidos no processo.

Apesar de existirem divergências sobre a metodologia adotada pela JP Morgan, já que alguns especialistas acreditam que a moeda não possui um valor base, o grupo acredita que a alta pode ser o presságio de uma nova “bolha”, como aconteceu em 2017.

“Essa divergência entre os valores reais e intrínsecos lembra um pouco a valorização no fim de 2017 e, na época, essa divergência foi resolvida principalmente com uma redução nos preços reais”, explicam os analistas do grupo, em um relatório lançado no fim da semana passada.

Há dois anos, a Bitcoin teve uma grande alta e chegou a ser comercializada por quase US$ 20 mil, o que movimentou o mercado de criptomoedas e causou problemas no setor de hardware para computadores, graças ao grande número de placas de vídeo vendidas para mineração. Nos meses seguintes, porém, os valores da moeda digital acabaram caindo drasticamente.

Desde abril, a Bitcoin já valorizou cerca de 50% e alcançou seu valor mais alto desde julho de 2018. Será que estamos próximos de um novo “apocalipse” das criptomoedas no mercado financeiro? Deixe sua opinião nos comentários!

Tecmundo

 

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Diversos

Aprovação do teto de gastos não altera investimentos, dizem analistas

A aprovação da proposta que limita o teto de gastos públicos, nesta segunda-feira (10), mostra a força do governo para aprovação de medidas impopulares de ajuste fiscal, mas não altera a recomendação para investimentos, afirmam especialistas do mercado financeiro. Segundo eles, o ajuste no mix de aplicações em renda fixa (como títulos públicos) e ações ocorreu no início do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff mirando os próximos anos.

Naquela época, gestores e estrategistas passaram a recomendar que uma parcela de investimentos em renda fixa migrasse para papéis prefixados e que investidores dispostos a correr risco maior aumentassem as aplicações em Bolsa, mirando a perspectiva de recuperação da economia em 2017. Assim, seria possível tirar maior proveito do cenário de Ibovespa em alta e da tendência de queda nas taxas de juros.

“Não muda o cenário de investimento. As condições de melhora estão por vir”, diz Raphael Figueiredo, da Clear Corretora.

“Por ora, o mercado vira mais uma página de incertezas. Isso que aconteceu ontem sugere um pouco mais de otimismo para o “kit Brasil”, que é de Bolsa para cima, juros para baixo e câmbio de lado”, reforça Rodrigo Marcatti, diretor do private banking do Banco Fator.

Os votos favoráveis de 366 deputados foram “emblemáticos” porque se aproximam da votação do impeachment, o que é uma primeira sinalização positiva do governo Temer, de acordo com Celson Plácido, estrategista-chefe da XP.

O próximo passo, defendem os especialistas, é o fim da votação da PEC na Câmara (propostas de emenda constitucional precisam ser aprovadas em dois turnos) e no Senado, e votação da reforma da Previdência até o final do primeiro semestre de 2017. O governo Temer deve apresentar a proposta de mudanças no INSS após o segundo turno das eleições municipais.

As medidas de ajuste fiscal, como são o teto de gastos e as mudanças na Previdência, já foram citadas pelo Banco Central como condição para o início da queda da taxa básica de juros da economia (Selic), hoje em 14,25% ao ano. A outra é a retração da inflação, que em setembro ficou no menor patamar para setembro desde 1998.

A expectativa do mercado é de que a taxa básica recue para 13,75% ao final deste ano e que possa cair para 11% ao final de 2017, segundo projeções dos economistas ouvidos pelo Banco Central no Boletim Focus.

Marcatti espera queda mais acentuada neste ano, para 13,50% ou até 13,25%. E para o próximo ano, se a economia demorar a reagir, os juros poderiam ir para abaixo de 11%.

INVESTIMENTOS

Investidores de perfil conservador devem manter investimentos em renda fixa pós-fixada porque isso elimina o risco da chamada marcação a mercado, que pode fazer o poupador perder dinheiro se precisar vender o papel antes do vencimento, segundo recomendação do Banco Fator.

Para quem tem certeza que não precisará do dinheiro pelo prazo do título, é possível migrar para papéis com taxas prefixadas e garantir a remuneração do investimento nos juros atuais.

“O juro real ainda é alto. Hoje é possível contratar um CDB prefixado que rende 14% ao ano. A perspectiva para inflação em 2017 é de 5%. Isso significa juro real de 9%”, diz Celson Plácido, estrategista-chefe da XP.

Já nos títulos públicos, o Tesouro IPCA ainda paga rendimento real acima de 5% ao ano. Hoje o Tesouro Prefixado remunera 11% ao ano, uma taxa baixa comparada com as demais opções do mercado.

Na renda variável, Plácido lembra que, ao ajustar os investimentos para uma mudança de governo, a corretora colocou na carteira recomendada bancos, empresas ligadas ao governo (como Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras) e companhias do setor infraestruturas, que podem se beneficiar nos leilões de concessão.

No entanto, aplicações em renda variável só são recomendadas a investidores dispostos a correr risco. E mesmo nesses casos, no máximo 50% dos recursos devem ser aplicados em ações ou fundos multimercados, de acordo com o Fator.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. "Em todos os países que adotaram medidas contracíclicas, aumento de gastos em momento de crise, a recessão passou e os indicadores melhoraram. Os déficits do Brasil não vão ficar nesses níveis nem nos próximos cinco anos, quem dirá nos próximos 20. Adotar estas medidas é ir na contramão do mundo", opina o economista Felipe Rezende, professor da Hobart and William Smith Colleges, no estado de Nova York (EUA).

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Diversos

Brasil é o emergente com maior risco de rebaixamento, dizem analistas

CLGImNLWIAEst10A mudança na perspectiva do rating brasileiro para “negativa” pela Standard & Poor’s aumentou a aposta entre analistas estrangeiros de que o Brasil pode ser o primeiro entre os principais países emergentes a perder a classificação de grau de investimento nos próximos dois anos.

Além do Brasil, analistas dizem que estão na berlinda África do Sul, Indonésia e Turquia. A Rússia já perdeu o selo de bom pagador.

Economistas estrangeiros dizem que a situação do Brasil é mais delicada. Na terça-feira (28), a analista da S&P responsável por Brasil, Lisa Schineller, foi questionada durante teleconferência por analistas de bancos internacionais sobre como avalia a situação da economia brasileira comparada à de outros emergentes.

Lisa disse que o Brasil tem apresentado nos últimos anos uma dinâmica pior de crescimento que seus pares e o desempenho da atividade econômica é um fator avaliado de perto pelas agências de classificação de risco.

Além disso, as contas externas ainda estão ruins e o Brasil tem de lidar com os reflexos das investigações de corrupção na Petrobras, que vêm afetando o setor privado, o ambiente político e a atividade econômica. Como ponto positivo, na comparação com outros países emergentes, a analista destaca que o Brasil tem reservas internacionais robustas.

Entre os analistas, a percepção de que o País pode ser rebaixado vem crescendo desde a semana passada, quando foram anunciadas as revisões nas metas fiscais, e aumentou na terça-feira (28). Na terça-feira (28), o ex-sócio da gestora Pimco e hoje conselheiro econômico global do grupo Allianz, Mohamed El-Erian, comentou a questão.

— Os problemas financeiros e econômicos no Brasil continuam a crescer. Aumentou o risco da perda do grau de investimento do País após a decisão da S&P.

Uma pesquisa do Bank of America Merrill Lynch, que ouviu gestores em todo mundo que investem em países emergentes, aponta o Brasil como o emergente mais provável de perder o grau de investimento, na comparação com África do Sul, Turquia e Indonésia: 65% dos investidores ouvidos acreditam que isso pode ocorrer nos próximos dois anos. A pesquisa do banco americano foi feita antes de a S&P anunciar a revisão da perspectiva do rating, mas os analistas já apontavam que esse porcentual pode aumentar nos próximos dias.

“A expectativa de rebaixamento do Brasil cresceu e deve continuar subindo”, afirma um relatório do BoFA. Nos outros emergentes, os porcentuais da pesquisa são menores que o Brasil. Para a África do Sul, 55% dos investidores acreditam na perda da classificação nos próximos dois anos, para a Turquia o porcentual é de 50% e para a Indonésia, ao redor de 20%. Entre os grandes emergentes, a Rússia já perdeu o grau de investimento após a crise geopolítica, queda do petróleo e sanções internacionais.

A possibilidade de o Brasil perder o selo de bom pagador e ser classificado como “especulativo” nos mercados “continua a ser um risco de curto prazo”, avaliou a Roubini Global Economics, consultoria do economista Nouriel Roubini — que ficou famoso por prever a crise financeira de 2008. Em 17 de julho, a consultoria atualizou o cenário para o Brasil com a análise de que uma “avaliação abaixo de grau de investimento pode, eventualmente, ser justificada”.

O Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, vê o Brasil “com sério risco” de perder o grau de investimento, citando a piora no aspecto econômico e político.

Na mesma linha, o banco de investimento BBH (Brown Brothers Harriman) estima que o País pode perder o selo já no terceiro trimestre. Um estudo da casa, levando em conta indicadores fiscais e de crescimento, mostra que o perfil econômico do Brasil seria mais compatível com o rating abaixo do grau de investimento.

No caso de Roubini, a consultoria explica que a recessão brasileira está se aprofundando e, apesar disso, a inflação continua em trajetória de alta. Concluído antes da revisão da meta fiscal, o relatório destaca que os cortes de gastos do governo tendem a aprofundar o quadro recessivo e a alta dos juros para conter os preços torna cada vez menos provável o aumento do investimento privado.

Tudo isso reforça o cenário negativo para o País que poderia servir de pano de fundo para a piora do rating, diz a consultoria. Além disso, o economista nota que há “média probabilidade” de três outros fatos prejudiciais ao Brasil: queda ainda maior nos preços das commodities, aperto monetário demasiado do BC — o que pode exacerbar a recessão — e queda ainda mais acentuada do investimento diante da incapacidade do governo de restaurar a confiança.

R7 com Estadão

Opinião dos leitores

  1. NOTÍCIA INTERESSANTE
    S&P REBAIXA GLOBO E SEGURA PETROBRAS E ODEBRECHT
    A Globo Comunicação e Participações S.A, da família Marinho, foi uma das 30 empresas que tiveram sua classificação rebaixada para negativa pela agência Standard & Poor's nesta quarta-feira 29; por meio de colunistas econômicos como Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, a Globo previu por várias vezes o rebaixamento e até a perda do grau de investimento do Brasil, que não se concretizou; já Petrobras e Odebrecht, usadas intensivamente para atacar o governo da presidente Dilma, não sofreram alteração em suas classificações; família Marinho demonstra não seguir os ensinamentos de Miriam e Sardenberg.

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Diversos

Brasileiros com viagem marcada devem comprar dólares aos poucos, dizem analistas

1bc6xzncci_93fjtfkafh_fileOs brasileiros que têm a intenção de comprar dólares para ir ao exterior nos próximos meses devem ficam atentos com o valor da moeda estrangeira. De acordo com analistas, o rumo da divisa norte-americana ainda é incerto, o que transforma a compra aos poucos na melhor opção.

Na última sexta-feira (24), antes mesmo da reeleição da presidente Dilma Rousseff, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou que a alta do dólar deve influenciar os gastos com viagens nos próximos meses.

Apesar do fim das especulações eleitorais, o analista-chefe da Walpires Corretora, Leandro Martins, recomenda que os brasileiros com viagem já marcada para o exterior fiquem atentos, já que, para ele, a moeda norte-americana pode subir ainda mais durante os próximos meses e encostar nos R$ 2,70.

— Quem precisa realmente viajar, é importante já se proteger. (…) É interessante ir comprando [dólares] aos poucos e, em qualquer novas quedas, ir comprando mais.

Fernando Bergallo, gerente de câmbio simplificado da corretora TOV, diz que não espera por uma alta tão acentuada do dinheiro norte-americano ao longo dos próximos meses. Para ele, o adequado é não desmarcar a viagem, mas optar pela compra fracionada da moeda.

Guarde seus dólares

Bergallo reforça que a compra do dólar turismo não é um investimento porque “a diferença entre o valor de compra e o de venda é muito grande”.

— Em vez de vender, eu recomendo que guarde [o dinheiro] para uma próxima viagem. Só se deve vender se não tiver uma expectativa de médio prazo para viajar.

Leandro, por outro lado, recomenda que as pessoas com reservas da moeda estrangeira mantenham o dinheiro guardado por mais algum tempo e esperem por um salto ainda maior do dólar.

— No momento, o ideal é aguardar um pouco mais para poder vender, porque a Bolsa já caiu bastante e qualquer novidade pode fazer o dólar subir ainda mais.

R7

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