Saúde

Diga sim ao tratamento precoce – por Elza Bezerra

Foto: Ilustrativa

Estou no meu décimo dia de Covid e pensei muito antes de escrever esse texto, mas a debilidade deixada pela doença e o antagonismo irracional que tomou conta das pessoas me convenceram a fazer esse clamor.

Uma leve fadiga no início, um dia bem, mais um pouco de fadiga pós pedal no terceiro dia e, no quarto dia, desabei. Dores no corpo, nas costas, irritação na garganta, febre, tosse.

Antes mesmo da confirmação pelo Swab, procurei Dra. Kyvia Bezerra Mota, minha prima, envolvida desde o ano passado na luta contra a Covid, árdua defensora do tratamento precoce. Confiei inteiramente na sua orientação e iniciei o protocolo por ela receitado.

Em meio ao desconhecido, optei por lutar com as armas hoje disponíveis. Sem certeza absoluta – até porque na medicina uma verdade só dura enquanto outra não suplanta a anterior – preferi apostar nos medicamentos existentes, com orientação médica. Na emergência médica não há tempo a perder. Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

A cada novo sintoma, piora de algum ou reação do meu corpo, lhe repassava a informação, para adequar os medicamentos. Tentativa de vencer as muitas batalhas contra um vírus de efeitos múltiplos e desconhecidos.

No sexto e sétimo dias, desânimo total, o medo veio com mais força do que os sintomas, a cabeça desmanchou-se em lágrimas. Seria eu a próxima vítima? Com tantas notícias de pessoas que não resistiram à doença, as dúvidas pioram os sintomas. O oxigênio testado a cada três horas, saturação mantida, alívio.

Troca de mensagens com minha médica, que me tranquilizou, dizendo que, apesar da agressividade inflamatória dessa nova cepa, tinha um monte de médicos me vigiando e me colocou em contato com Dra. Rosângela Morais, infectologista. Numa vídeo consulta, ela me tranquilizou.

Eu tinha acabado de perder meu pai (não por Covid), passei alguns dias frequentando a UTI e vi pessoas entubadas lutando para sobreviver. Só de imaginar passar por esse quadro, aumentava ainda mais o meu temor.

Interiormente, questionava a orientação de alguns médicos para aguardar em casa a manifestação da doença (sem qualquer tratamento) e, se faltar oxigênio, procurar um hospital. Que absurdo, nem pensar! Poderia ser tarde demais. Não queria fazer parte da teoria de Malthus.

De qualquer forma, se caísse nesse pesadelo, iria ser cobaia de medicamentos da mesma forma (até porque nenhum medicamento até agora foi comprovadamente 100% eficiente para combater a doença).

Definitivamente, segui ministrando os medicamentos do protocolo precoce, com o amor e a ajuda da filha e do marido que se fizeram enfermeiros, médicos, incentivadores, cuidadores, cozinheiros, família! E até agora não manifestaram a doença. E, se Deus quiser, não vão adoecer.

O que mais me deixa indignada em tudo que o mundo está passando é a desunião de uma classe formada para cuidar do próximo. Acho inconcebível politizar a medicina. Médicos condenando colegas que defendem o tratamento precoce, quando poderiam estar unindo forças, ética, conhecimento e técnicas para evitar novas mortes.

Enquanto a vacina eficaz não chega para todo mundo, é dever do médico que fez o juramento de Hipócrates salvar vidas com os recursos disponíveis. Estamos em uma guerra contra um vírus desconhecido, temos que lançar mão do que há agora, jamais a inércia.

Tenho apresentado significativa melhora e credito isso à capacidade dos medicamentos em reduzir a carga viral, melhorar a inflamação e prevenir os trombos. Não tenho como replicar uma Elza e deixa-la sem tratamento para saber se teria o mesmo desfecho.

Gostaria que meu texto oxigenasse a mente dos médicos. Não recomende ao seu paciente a observação e um simples analgésico. Essa doença não é simples. Arrisque com ele, a vida não tem preço!

Quando minha filha era pequena, indaguei a Dr. Ney Fonseca (o nosso querido pediatra) se as estatísticas sobre o teste do pezinho justificavam furar o recém-nascido. Com sua fisionomia de paz, ele me respondeu que se salvasse uma única criança, então tinha valido a pena.

Hoje eu renovo o ensinamento de Dr. Ney à luta contra Covid. O tratamento precoce pode não evitar a doença, mas ela vem mais leve e moderada. Se você sair com vida, então valeu a pena.

Meu organismo está se recuperando lentamente, sigo com todas as recomendações. Logo estarei restabelecida e de volta à plena atividade.

Agradeço aos médicos que me curaram e rezo pela união de todos aqueles que estão na linha de frente da Covid, nos hospitais ou fora deles. Esses, sim, estão esgotados e não tem prazo para suspender a luta!

Íntegra do texto e link abaixo:

Opinião dos leitores

  1. Elzinha,adorei o seu comentário,nosso primo Zé Augusto já tinha me falado a respeito da dr.Kivia, que faz parte da familia.Graças a Deus, eu e Akika que somo da área ds risco estamos escapando desse virus.Desejo a prima sucesso em sua recuperação. Abraços.

  2. Como minha prima Elzinha, fiz o tratamento precoce quando peguei covid em dezembro: azitromicina, hidroxicloroquina, ivermectina, zinco e vitamina D. A partir do sexto dia de sintomas, passei para anticoagulante e corticoide, até ficar boa. E faria tudo novamente. Parabéns pelo relato, sempre preciso e sem mi-mi-mi!!

  3. Eu tomo caldo de feijão verde no almoço. Não fiquei doente de Covid. Nem precisei fazer medicina para estar espalhando essas receitas por aí.

  4. Eu tive covid e minha mãe com 90 anos tem incluisive câncer de pulmão, Parkinson diabetes e Alzheimer, nós duas fomos curadas, com orientações médica por consulta vídeo. Fizemos sim o tratamento com os medicamentos que hoje existem. Eu ainda fui na urgência do hospital São Lucas para realizar o swap e exames os quais de sangue deram alterados e a médica olhou para mim e disse : fique isolada! mas não passou um remédio, eu com todos os sintomas. Não gostei do procedimento da mesma. Daí tive que procurar outro médico, Ele passou TUDO FOI EXCELENTE. A minha vizinha que teve câncer no seio, hoje curada, também foi a urgência do hospital São Lucas com o resultado do swap positivo covid e a médica só disse fique isolada. Falou comigo, falamos com o médico que me tratou e o mesmo passou os remédios, ela foi curada do covid sem internação. CONCORDO COM A SRA. ELZA EM DIZER QUE POLITIZARAM A MEDICINA, e a pesquisadora que deu entrevista no BG que os médicos não estão passando o tratamento precoce. ENCERRO DIZENDO COVID É UM VÍRUS EXTREMAMENTE AGRESSIVO.

  5. Eu comi cavaco chinês, de 15 em 15 dias, e não peguei covid, A quem interessa esconder a verdade sobre o cavaco chinês?

  6. Elsinha lindo e sábio texto. Deus há de lhe devolver toda a disposição, para continuar a sua laboriosa missão. Bjo na Selma.

  7. Cada organismo é um universo. Uns aceitam certas terapias, outros não. O prevenção se faz necessária pois pode salvar, se não todos mas alguns, enquanto a vacina não chega. Esta, aliás, certamente fará um grande bem à maioria. Mesmo assim, haverá alguém em cujo organismo não terá o efeito esperado. Parabéns a autora do texto, à Dra. Kivia e demais médicos citados.

  8. Fiz o tratamentp precoce e escapei, como o Sábio Dr. NEY disse, se escapar um, já valeu a pena. Quem fala é porque não pegou essa praga, mas se chegar a pegar vai querer tomar até mijo de jumenta buchuda. Excelente texto.

  9. Dúvida Cruel. Conheço pessoas que se recuperaram sem fazer o tratamento precoce. Conheço pessoas que fizeram o tratamento precoce, e ainda assim, foram para a UTI em estado grave. Uma até morreu. O que precisa ser feito é um estudo nos padrões técnicos vigentes, para dizer se o tratamento precoce funciona ou não. Opiniões existem para todos os gostos. De profissionais, de palpiteiros. O estudo científico existe para isso. Criar grupos controles e avaliar. Enquanto não sai um resultado, vamos de opinião em opinião tentando sobreviver. Estamos numa guerra. Seria menos mal se fosse apenas contra o vírus.

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