Às vésperas de iniciar o último ano de mandato, a atual diretoria do Flamengo sofre pressão de todos os lados no clube. No futebol, o técnico Vanderlei Luxemburgo declara publicamente que quer contratações de peso, mas dirigentes não vão fazer loucuras. Nos bastidores da Gávea, a oposição força abertura de inquérito para averiguar contrato com empresa de segurança, feito em 2013, que, segundo a denúncia dos opositores, teria grampeado telefones de funcionários e conselheiros do clube.
Até o fim desta semana, o pedido de investigação deverá ser analisado pela comissão jurídica do Conselho Deliberativo e será decidida ou não a abertura do inquérito.
O contrato em questão foi assinado em abril de 2013, com duração de seis meses. O clube pagou por mês pouco mais de R$ 21 mil à empresa By Appointment, pelos serviços de assessoria em gestão de qualidade e aluguel de equipamentos. Segundo a diretoria, era para fazer o mapeamento das informações que circulavam no rubro-negro, verificar a segurança da rede interna e possíveis hackers.
O presidente Eduardo Bandeira de Mello nega irregularidades:
— Não tem fundamento. Não há provas e nem vão ter.
MUDANÇA NO CONSELHO
No próximo dia 8, a atual gestão pode ser confrontada nas eleições do corpo transitório do Conselho Deliberativo. Elas foram marcadas para substituir os 115 conselheiros, que faltaram mais do que o permitido pelo estatuto às reuniões e perderam suas posições. O pleito seria, inicialmente dia 9, terça-feira. Porém, foi remarcada para segunda-feira. A oposição diz ter sido manobra da atual gestão para garantir a presença dos seus conselheiros que moram fora do Rio.
O Globo
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