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Estrela da ‘megaestrutura alienígena’ volta a piscar e mobiliza astrônomos no mundo todo

Ilustração feita pela Nasa mostra uma estrela atrás de cometas despedaçados, uma explicação possível para o brilho excêntrico da estrela KIC 8462852 (JPL-Caltech/Nasa)

CORRE-CORRE
O último fim de semana foi marcado por cenas chocantes de astronomia explícita. Cientistas profissionais e amadores correram a apontar seus telescópios para a famosa Estrela de Tabby, sigla KIC 8462852. Localizada a 1.500 anos-luz da Terra, ela subitamente voltou a “piscar”.

ATIROU NO QUE VIU
O comportamento bizarro do astro já havia sido identificado em 2015, por um grupo de ciência cidadã chamado Planet Hunters. Recrutados pela internet, eles analisavam dados do satélite Kepler em busca de planetas. Mas o que encontraram em KIC 8462852 foi diferente: um padrão de variação de brilho totalmente bizarro.

ACERTOU NO QUE NÃO VIU
A descoberta teve a liderança de Tabetha Boyajian, da Universidade Yale, e justificou o apelido dado ao astro: “Estrela de Tabby”. Mas, entre o público, o mais comum foi chamá-la de “estrela da megaestrutura alienígena”. Isso porque a hipótese mais radical para explicar a variação irregular de brilho era a de que uma civilização extraterrestre estivesse construindo ali uma esfera de Dyson.

ET NA JOGADA?
Originalmente proposta pelo físico Freeman Dyson em 1960, uma megaestrutura como essa iria gradualmente envolvendo a estrela, para permitir a captação por uma sociedade avançada de até 100% da energia emitida. É uma hipótese intrigante, mas, convenhamos, não muito provável.

O MAIS PROVÁVEL
De saída, os astrônomos cogitaram também uma explicação mais trivial, como uma chuva de cometas mergulhando na direção da estrela. E, em 2017, um grupo nos EUA sugeriu que o fenômeno poderia ser explicado pelo engolimento de um planeta pela estrela.

O QUE VEM AÍ
O teste das hipóteses, contudo, requer mais observações. E por isso os astrônomos ficaram em polvorosa na sexta, quando o Instituto de Astrofísica das Canárias disparou o alerta: a estrela está de novo a se apagar e reduziu seu brilho em 2%. Quem teve chance apontou seu telescópio para lá, na esperança de fazer a observação crucial que finalmente desvendará o mistério.

Mensageiro Sideral, UOL

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