Judiciário

Justiça Federal mantém liberdade de Paulo Preto, ex-diretor da Dersa

Foto: Sérgio Lima/Folhapress – 29.08.2012

A Justiça Federal em São Paulo negou o pedido de prisão preventiva do ex-diretor da empresa estatal paulista de Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Desta forma, o ex-colaborador de gestões do PSDB no governo paulista continua em liberdade, conforme decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, que havia concedido o benefício de habeas corpus a Paulo Preto na última sexta-feira (11).

Na segunda-feira (14), a procuradora da República Adriana Scordamaglia apresentou um novo pedido de prisão preventiva à Justiça Federal porque o réu não havia comparecido a uma audiência do processo que seria realizada na 5ª Vara Federal Criminal em São Paulo naquele mesmo dia. A Justiça Federal entendeu, no entanto, que o réu não havia sido corretamente intimado da audiência.

“Deixo de aplicar ao réu medida cautelar adequada à garantia da instrução criminal e aplicação da lei penal exclusivamente em razão de que, conforme certidão negativa de fls. 2715/verso, não consta dos autos a formal intimação pessoal do acusado acerca do ato, a qual pode ser suprida pela intimação de sua defesa para atos diversos do interrogatório, especialmente quando a própria defesa confirma a ciência do acusado, mas é necessária para aplicação de medidas cautelares ou de revelia no processo penal”, justificou o juiz na decisão divulgada nesta terça.

O ex-diretor da Dersa tinha sido preso no início do mês pela Polícia Federal em São Paulo acusado de desvios em obras do Rodoanel em São Paulo. “Sem prejuízo da regular intimação dos defensores constituídos já realizada, expeça-se também a intimação pessoal do réu Paulo Vieira de Souza para comparecimento às audiências designadas para os dias 18 e 25 de maio de 2018, por oficial de justiça”, acrescentou a decisão.

R7, com Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Pai Gilmar quer soltar todos os bandidos. Onclusive tentou soltar o Lula juntamente com os petistas Lewandovsky e Toffoli e o primo do Collor, aquele Marco Aurélio. Mas não deu. A maioria do STF barrou o golpe petista.

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Polícia

PF prende Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, suspeito de desvio de R$ 7,7 milhões

O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi preso na manhã desta sexta-feira (6) pela Polícia Federal, que cumpriu ordem da 5ª Vara Federal de São Paulo atendendo pedido da Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo.

O MPF (Ministério Público Federal) de São Paulo pediu a prisão preventiva de Souza, além de um mandado de busca e apreensão em sua residência, por formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação.

Em março, a Lava Jato denunciou o ex-diretor por desvio de R$ 7,7 milhões, entre 2009 e 2011. O recurso era destinado ao realojamento de famílias desalojadas pela Dersa para a construção do Rodoanel, obra realizada na gestão do tucano José Serra (2007-2010).

Foto: Mateus Bruxel/Folhapress

Durante as investigações da Lava Jato, de que Souza seria operador de Serra (PSDB-SP) em desvios de recursos da obra viária, o ex-diretor foi citado por sete delatores (da Odebrecht, Andrade Gutierrez e pelo operador Adir Assad), e apareceu em depoimentos de outros três executivos da OAS e da Queiroz Galvão que negociam acordo com procuradores.

Segundo os executivos, ele pediu a dez empreiteiras que fizeram o trecho sul do Rodoanel, na região metropolitana da capital paulista, um suborno equivalente a 0,75% de tudo que elas recebessem. Como a obra custou R$ 3,5 bilhões em valores da época que foi inaugurada, em abril de 2010, a propina de 0,75% seria de R$ 26,3 milhões.

Documentos enviados aos procuradores por autoridades suíças mostravam que Paulo Preto tinha ainda quatro contas no banco suíço Bordier & Cie. O saldo conjunto, em junho de 2016, era equivalente a R$ 113 milhões.

Em fevereiro do ano passado, os valores, segundo as informações vindas da Suíça, foram transferidos para um banco em Nassau, nas Bahamas.

PALAVRA DA DEFESA

A defesa do engenheiro Paulo Vieira de Souza informa que a prisão do ex-diretor de Engenharia do Dersa nos governos Geraldo Alckmin e José Serra não tem qualquer relação com a Lava Jato. Foi decretada no âmbito de processo sobre supostas irregularidades ocorridas em desapropriações para construção do Rodoanel Sul.

No entendimento de Daniel Bialski e José Roberto Santoro, trata-se de uma medida arbitária, sem fundamentos legais, além de desnecessária diante do perfil e da rotina do investigado, sempre à disposição da Justiça.

Folha de SP

 

Opinião dos leitores

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    acabou com o argumento de vcs né?
    kkkkkkkkkkkkkkkk parecem crianças birrentas
    bandindos na cadeia!!!!!!!!!!!1

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