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Sensação do Campeonato Paulista, o Audax começa a ser alvo de outros clubes, mas de uma maneira no mínimo estranha. A equipe de Osasco já foi procurada e estuda a possibilidade de transferir o seu time inteiro para alguma agremiação que disputará as séries B ou C do Campeonato Brasileiro.

A negociação ainda é embrionária, mas deve ganhar força após a segunda partida da final do Campeonato Paulista, marcada para o próximo domingo (8).

De acordo com Nei Teixeira, diretor de futebol do clube, a parceria pode envolver a transferência de todos os jogadores e da comissão técnica para o time pretendente. Outra possibilidade é o clube interessado se
“mudar” para Osasco durante a competição, usando o centro de treinamento da equipe, o estádio José Liberatti, que pertence à prefeitura, além de jogadores e comissão técnica.

“Fomos procurados por ao menos quatro clubes, mas ainda é uma conversa preliminar. No momento, estamos focados em finalizar e conquistar o título do Campeonato Paulista”, disse Teixeira, que não quis revelar as equipes interessadas.

Na última sexta-feira (30), o treinador Fernando Diniz deixou escapar a possível parceria. “Temos que arrumar um calendário e tomara que a gente consiga. Tem a Série D, mas talvez a gente consiga um tipo de parceria para disputar uma divisão mais avançada do Nacional”.

Independentemente de com quem seja firmada a parceria, o diretor afirmou que a equipe terá um elenco forte para conquistar o acesso à Série C.

“Na minha opinião, o projeto da Série D seria melhor para mantermos o nosso planejamento de subir de divisão. Mesmo com a parceria, teremos jogadores em condições de conquistar o acesso. Estamos analisando jogadores que se destacaram no Campeonato Paulista e que se enquadram no nosso estilo de jogo”, completou.

“PARCERIAS”

A “mudança” não seria uma novidade para o Audax. Em 2014, o clube fez uma parceria com o Guaratinguetá para disputar a Série C do Campeonato Brasileiro. Na oportunidade, aproximadamente 20 jogadores, o técnico Fernando Diniz e membros da comissão técnica foram transferidos para o time do Vale do Paraíba. Os treinos, porém, continuaram em Osasco.

No ano passado, o Guaratinguetá adotou modelo semelhante com o Atlético-PR, que cedeu 16 jogadores, além do treinador português Sérgio Viera. Os treinos foram realizados no CT do Caju, em Curitiba.

Em 2015, o Audax firmou uma parceria com o Oeste, mas não envolveu a transferência de muitos atletas. A equipe cedeu o José Liberatti para o time de Itápolis mandar seus jogos na Série B do Brasileiro, já que o estádio dos Amaros não tinha os laudos necessários.

A situação pode se repetir este ano. O Oeste ainda não conseguiu a liberação de seu campo, e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já marcou os jogos do time para Osasco.

“No ano passado, a parceria com o Oeste foi um sucesso. Poderia ser novamente benéfica para a gente e para o Oeste. Temos um time que pode somar”, disse Teixeira.

“Nossa intenção ainda é jogar em Itápolis e estamos trabalhando para conseguir o laudo. Porém, se tivermos problema com o estádio, vamos ter que tomar uma atitude. Por enquanto, não estamos trabalhando com essa hipótese”, afirmou Mauro Guerra, diretor de futebol do Oeste.

Folha Press