Polícia

Homem que espancou paisagista por quatro horas já foi denunciado por agredir irmão deficiente; pai também foi vítima

O universitário Vinícius Batista Serra Foto: Instagram / Reprodução

O estudante Vinícius Serra, que espancou a paisagista Elaine Peres Caparroz por quatro horas, já foi denunciado uma vez pelo próprio pai, Zacarias Batista de Lima, depois de agredir o irmão Diego, que é deficiente. A agressão ocorreu no dia 8 de fevereiro de 2016.

De acordo com a queixa, por volta de 2h30m daquele dia, Zacarias foi despertado por gritos. Ao chegar ao quarto dos filhos, viu que Vinicius estava em cima do irmão aplicando golpes de jiu-jítsu.

Ainda de acordo com o pai, a razão da agressão era a suspeita de que o irmão tivesse pegado R$1.200 que pertenceriam a Vinicius. Na briga, Vinícius acabou acertando também um golpe no rosto do pai. No fim das contas, a quantia estava numa caixa de remédios que a mãe havia jogado no lixo.

Na delegacia, Zacarias contou que o filho era faixa roxa de jiu-jítsu e andava “muito destemperado”. O caso chegou ao Juizado Especial Criminal depois que a vítima, o pai, desistiu da denúncia contra o filho.

Como atleta de jiu-jítsu, Vinicius frequentava a academia BTT, na Lagoa, e chegou a conquistar o primeiro lugar naquele ano na categoria medio-pesado.

Além de espancar Elaine, Vinícius ameaçou funcionários do condomínio na Barra, na Zona Oeste: “Entra então aqui para você ver o que acontece”. A informação foi passada pelo irmão da vítima, Rogério Peres. Segundo ele, Elaine foi socorrida por funcionários e vizinhos:

— Um dos funcionários chegou a passar pela porta da minha irmã e dizer “vamos parar com isso”. Aí o Vinícius teria dito “entra então aqui para você ver o que acontece”. Nesse momento, eles foram pedir reforço para os seguranças e pegaram o Vinicius já na portaria, onde ele foi algemado pela polícia e preso em flagrante — conta Rogério, ainda abalado.

Inicialmente, as pessoas acharam que se tratava de uma briga de casal. Somente quando os gritos de socorro ficaram mais fortes, é que os seguranças foram até o local e já encontraram a porta entreaberta e Elaine deitada em uma poça de sangue. As agressões contra Elaine ocorreram no sábado. Elas começaram por volta de 1h e se estenderam até quase 5h30m. Foram socos e mordidas, entre outros golpes. À polícia, Vinícius alegou que havia tomado vinho antes de dormir com Elaine e surtou.

Paisagista segue internada

Elaine permanece internada no Hospital Casa de Portugal, no Rio Comprido, na Zona Norte do Rio. Segundo Rogério, ela levou quase 40 pontos dentro da boca. Também sofreu fratura no nariz e nos ossos da órbita (região próxima aos olhos). Elaine passará por uma avaliação nesta segunda-feira com um médico bucomaxilofacial. Ela fez uma tomografia, que não apontou danos neurológicos. Elaine também perdeu um dente.

— Domingo à noite ela estava estável, e os médicos estão acompanhando a evolução do caso. Os traumas em si é que estão muito ruins.

Um boletim médico divulgado na manhã desta segunda-feira informou que Elaine será transferida da UTI para um quarto. Segundo o informe, ela segue em estado estável e permanecerá em observação. Apesar do coordenador da clínica médica do hospital, Hélio Primo, ter afirmado que não há necessidade de cirurgias, já que o tratamento será feito com medicamentos, a família buscou outro médico e decidiu pela operação.

Elaine vai ser operada por um especialista conhecido da família, que já atendeu Elaine outras vezes. A decisão é por motivos estéticos. Rogério Peres, irmão da vítima, explica que serão reconstruídos ossos da face, do nariz e da boca, já que a parte superior da gengiva afundou com os golpes.

Nome falso

Rogério obteve no condomínio o documento que registra as entradas no local, mostrando que Vinícius usou um nome falso . Segundo o registro, ele se identificou como Felipe quando teve o nome questionado.

— Vou entregar o papel para a polícia hoje (segunda-feira). Não o consegui antes porque o porteiro que estava de plantão só voltou no domingo. Minha irmã já havia me contado que o porteiro falou que o nome do rapaz era Felipe. Ela achou estranho mas liberou porque estava esperando alguém e achou que o porteiro havia se enganado.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Um safado dese merese leva um tiro ns cara fazer uma coisa desa com uma mulher eso e um luco não merece ta na sociedade

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