Cultura

Marchinhas “Maria Sapatão”, “O Teu Cabelo Não Nega”, “Cabeleira do Zezé” e “Índio Quer Apito” começam a ser banidas de blocos de Carnaval do Rio

Algumas marchinhas começaram a ser retiradas do repertório por serem preconceituosas, segundo organizadores. Foto: Wilton Junior/Estadão

Emais Estadão com O Globo

O Carnaval de 2017 vai ser um pouco diferente no Rio de Janeiro. Alguns blocos optaram por retirar algumas marchinhas por considerá-las ofensivas. Entraram na lista clássicos como “Maria Sapatão”, “Cabeleira do Zezé”, “Índio Quer Apito” e “O Teu Cabelo Não Nega”.

Segundo informações do jornal O Globo, há pelo menos três blocos defendendo que essas marchinhas sejam banidas.

“Se a gente é um bloco feminista, não temos como passar ao largo dessas coisas. Se isso está sendo considerado ofensivo, acho que a gente não deve fazer coro”, disse Renata Rodrigues, uma das organizadoras do bloco Mulheres Rodadas, em entrevista à rádio CBN.

Ela também afirmou que o termo “mulata” fez o bloco retirar de sua playlist a música “Tropicália”, de Caetano Veloso. “A gente tocava ”Tropicália’, do Caetano Veloso. Agora, com toda a onda desse questionamento, principalmente, em função da palavra mulata, a gente está discutindo e vamos decidir se continuaremos tocando essa música ou não”, afirmou.

A decisão não é unânime, e alguns blocos fazem questão de manter as músicas no repertório. É o que afirma Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, associação que representa 11 blocos do Rio. “Nenhum bloco da Sebastiana está tirando marchinha do repertório. Os blocos acham que as marchinhas são antigas, tradicionais e tinham um contexto, sem ter preconceito. Foram criadas numa determinada época. A vida fica muito sem graça se tudo tiver que ser enquadrado, perdendo a leveza e a brincadeira, que são a essência do carnaval.

Confira as letras de cada marchinha:

Opinião dos leitores

  1. E esses funks chibatas que tocam por lá, tipo: " eu vou colocar tudo nessa novinha, sei que ela gosta. Te pego de frente, de lado e de costas"… Isso pode.

  2. Certíssima decisão, no fundo chamamos isso de preconceito simbólico, no imaginário das pessoas é alimentado e retroalimento, essas proto musicas reforçam o teor preconceituoso e discriminatórios, ao ponto de se tomarem motivo de chacota e piada, parabéns pela evolucao ao respeito civil democrático e igualitário. Evolução não tem volta.

  3. É muita putaria,umas músicas que existem a trocentos anos ninguém nunca se incomodou com isso,agora virou racismo homofobia e o diabo a quatro…
    Racista e homofobico é quem acha que essas músicas foram feitas com esse intuito.(naquele tempo nem existia isso)
    Chega de mimimi, muita frescura tem aparecido desde que o PT fez a separação de raças,sexo,côr e religião.
    Queriam instalar o caos conseguiram ….oh raça ruim comunistas do inferno ???

  4. Quer dizer que o bloco "Mulheres RODADAS" acha que algumas marchinhas são ofensivas… interessante, muito interessante…

    1. kkkkkkk… Sem comentário!!!
      Caso contrário serei taxado de preconceituoso…. rsrsrs

  5. Quanto mais se combate nesse mimimi mais o preconceito aparece. Frescura! O maior sucesso dá música da Bahia foi Luiz caldas com nega do cabelo duro! Luiz caldos é o que? Loiro? O cabelo dele é liso? Hhaaa vão catar coquinho!

  6. Quer dizer que Bell não vai poder cantar "Meu cabelo duro é assim, cabelo duro de pixaim" nem Luiz Caldas "Nega do cabelo duro que não gosta de pentear" lá em SSA? Me poupem, a cultura popular é eterna é universal e politicamente correta.

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