Economia

Mantemos CPMF como plano A, B, C e D, diz ministro do Planejamento, Nelson Barbosa

mi_1166788230924778O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo mantém a aprovação da CPMF como plano “A, B, C e D”, por considerar a contribuição o tributo com menor impacto inflacionário.

Em audiência no Congresso Nacional – a sétima da qual Barbosa participa neste ano -, o ministro pediu que senadores e deputados aprovem as medidas de ajuste fiscal para que o País possa retomar o crescimento econômico. “A recuperação passa por reduzir incertezas sobre política fiscal. Com melhor entendimento entre Executivo e Legislativo, as incertezas se dissipam e a recuperação é mais rápida”, declarou.

Ele destacou que as dificuldades fiscais passam pela queda na arrecadação de tributos, que, segundo o ministro, reflete a queda no nível de atividade e também as desonerações concedidas pelo governo nos últimos anos.

De acordo com Barbosa, o governo acredita que a economia começará a se recuperar ao longo de 2016. Esperando redução na taxa Selic e estabilização do câmbio no ano que vem, o ministro disse que a projeção é que o pagamento de juros da dívida caia para 6% do PIB em 2016, de 8% do PIB neste ano.

No médio prazo, o ministro defende ações para aumentar a produtividade, a formalização da mão de obra e a produção industrial. “Achamos que é possível recuperar crescimento da economia brasileira para 3% no médio prazo”, acrescentou.

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Finanças

Ministro do Planejamento defende veto ao aumento salarial do Judiciário

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, reforçou a opinião da presidente Dilma Rousseff e indicou que o reajuste médio de 59,49% para servidores do Poder Judiciário deve ser vetado no Palácio do Planalto. “O reajuste [aprovado no Senado] não está compatível com o reajuste fiscal. Isso deve ser motivo para o veto. A presidenta se manifestou sobre isso na viagem”, disse Barbosa em entrevista hoje, em Brasília. As informações são da Agência Brasil.

Durante viagem à Itália, no último fim de semana, Dilma comentou a inviabilidade para a concessão de um reajuste como esse. “Estamos avaliando, porque é impossível o Brasil sustentar um reajuste daquelas proporções. Tem certas certos valores, certas quantidades de recursos que algumas leis exigem, que são impraticáveis. O país não pode fazer face a isso.”

De acordo com o Ministério do Planejamento, o aumento para 117,5 mil servidores ativos e inativos do Judiciário custaria R$ 1,5 bilhão neste ano, R$ 5,3 bilhões em 2016 e R$ 8,4 bilhões, em 2017, até atingir R$ 10,5 bilhões anuais a partir de 2018.

A presidente trata do reajuste do Judiciário enquanto negocia com servidores do Poder Executivo. “Com o Executivo estamos em negociação. Estamos trabalhando, seguindo um cronograma para apresentar ao Congresso, até o final de agosto, o reajuste do Executivo”, disse Barbosa.

A proposta do governo é aumento de 21,3%, divididos em quatro parcelas até 2019. Os trabalhadores pedem, para o ano que vem, um reajuste de 27,3% para repor perdas salariais desde 2010. Eles pedem ainda que o reajuste seja negociado anualmente.

Folha Press

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Economia

Barbosa ajudou a criar o PAC e 'Minha Casa, Minha Vida'; conheça o ministro do Planejamento

nelson-barbosaUm economista com formação heterodoxa, personalidade simples e conciliador no trato com os colegas. Carioca da Zona Sul, costumava remar, o que anda longe da sua rotina atualmente. Escolhido para o Ministério do Planejamento, o economista Nelson Barbosa, hoje com 45 anos, estudou no Instituto de Economia (IE) da UFRJ, onde fez sua graduação e mestrado, este sob orientação da professora Maria da Conceição Tavares. No doutorado, estudou na New School For Social Research, em Nova York, de formação heterodoxa em nada parecida com a orientação de gigantes como Yale, Princeton, MIT ou Chicago, onde estudou Joaquim Levy.

Em 2002, passou em concurso para o IE. Lecionava na pós-graduação utilizando modelos que tentam simular situações à frente e prevendo impactos. Um ano depois, se licenciou e foi para o governo.

— É uma pessoa sem estrelismo, low profile e simples no trato com os colegas — afirma Antonio Licha, da UFRJ.

Embora não seja filiado ao PT, ele trabalhou no comitê de reeleição do presidente Lula e ajudou a formular o programa econômico da primeira campanha presidencial de Dilma.

Defensor de ideias desenvolvimentistas, Barbosa trabalhou no Ministério da Fazenda de 2006 a 2013. Lá, comandou as secretarias de Acompanhamento Econômico, de Política Econômica e Executiva. O economista ajudou a elaborar as medidas que o governo adotou para combater a crise internacional a partir de 2008, além do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida.

Com isso, Barbosa ficou próximo à presidente Dilma e chegou despertar ciúmes no ministro da Fazenda, Guido Mantega. No entanto, a partir de 2012, passou a disputar espaço com o secretário do Tesouro, Arno Augustin, de quem discordava sobre a forma de conduzir a política fiscal. Na queda de braço, Dilma apoiou Augustin, e Barbosa acabou perdendo, preferindo deixar o governo em 2013.

Quando saiu do governo, se tornou pesquisador associado do Ibre/FGV e professor na Escola de Economia de São Paulo (FGV/EESP), reduto liberal. Ganhou a confiança dos colegas ao defender um maior rigor fiscal, a mudança na regra de reajuste do salário mínimo e do abono salarial. No entanto, sempre deixou claro que apoiava de forma aberta o governo.

O pesquisador Samuel Pêssoa do Ibre tem visões diferentes de Barbosa em muitos aspectos, mas faz elogios ao colega.

— Nelson tem diálogo com a presidente. Reconheço nele um economista bem formado e a minha avaliação é que a escolha da presidente é um sinal de que está muito preocupada com a parte fiscal — afirma.

O diretor de pesquisa do IE, Edmar Almeida, fez mestrado com Barbosa e considera que ele amadureceu e se preparou quando saiu do governo.

— Ele continuou aparecendo na mídia, permitiu que as pessoas validassem suas ideias, que recebesse críticas. Esse período que ele ficou fora do governo serviu para estabelecer a agenda dele, com as críticas, e preparado ele está. Ele é muito técnico, é um economista puro sangue e não é um político — afirma.

Na avaliação de Mário Mesquita, sócio do Banco Brasil Plural e ex-diretor do Banco Central, as atribuições do Ministério do Planejamento deverão ser revistas e ampliadas com Nelson Barbosa no comando da pasta. Ele acha que o economista poderia cuidar, por exemplo, da reforma tributária.

O Globo

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