Política

Bolsonaro diz que vai acabar com política do coitadismo e que não perseguirá governadores do PT e de oposição

Foto: Adriano Machado – 5.set.2018/Reuters

Ao mirar em eleitores do Nordeste na reta final da campanha, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde, afiliada do SBT no Piauí, que irá acabar com a política do “coitadismo” a nordestino, gay, negro e mulher. Segundo ele, as políticas afirmativas reforçam o preconceito.

“Isso não pode continuar existindo. Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do nordestino, coitado do piauiense. Vamos acabar com isso”, disse.

Na entrevista, feita no sábado (20) e divulgada nesta terça (23) pela emissora, o candidato afirmou que não perseguirá os governadores do PT e da oposição.

“Não podemos prejudicar o povo do Piauí (se referindo ao governador reeleito Wellington Dias, do PT), qualquer estado que seja, porque tem um governador que não se alinhe ideologicamente conosco. Vamos tratar todos os estados de forma republicana.”

Sobre o MST, o candidato disse que vai trata-lo como ação de terrorismo. “Ações do MST serão tipificadas como terrorismo. Esse pessoal não pode continuar levando terror ao campo”.

Ele voltou a falar sobre a polêmica do WhatsApp e criticou a Folha. “Primeiro, a matéria surgiu na Folha de S.Paulo, num jornal de sempre, num jornal que não tem qualquer compromisso com a verdade”, disse.

A reportagem em questão foi publicada pela Folha na quinta-feira (18) e mostra o pagamento a agências de mídia, por empresários simpáticos a Bolsonaro, para disparar mensagens antipetistas a grandes bases de eleitores no WhatsApp. A legislação eleitoral proíbe a doação por empresas às campanhas, e os valores não foram declarados.

Bolsonaro diz que a reportagem é “plantada” e que foi usada de argumento para ações no Supremo para o PT e PDT. E negou envolvimento com o caso.

“Não tenho qualquer contato com empresário, nunca pedi pra ninguém fazer isso. Afinal de contas, nos dominamos as mídias sociais desde antes de começar a eleição. Não temos 7 milhões de seguidores de agora. No meu Facebook nunca impulsionamos nada, nunca pagamos dez centavos. É o desespero por parte deles”.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Claro que não perseguirá e claro que ele tem mesmo que dizer isso. Mas, não haverá a menor boa vontade com governadores petistas. Ou alguém acha mesmo que ele se esforçará para ajudar um partido que é seu notório inimigo e que tudo fará para prejudicar seu governo? O PT sempre foi contra tudo e todos. E essa coisa de boa ou má vontade costuma ser respondida na mesma moeda. O RN não pode cometer suicídio elegendo Fatão.

  2. Nenhum presidente vai dizer que vai prejudicar um estado porque o governador é de outro partido ou adversário. Porém, todos sabemos que tratar de forma republicana é atender apenas naquilo que não possa ser desigual.

  3. E agora, bolsominions? Caiu por terra o argumento de votar nas velhas oligarquias para o governo do Estado por medo de retaliação do Bolsonaro! Não precisam botar os Alves de volta no poder por causa de um apoio falso firmado por Carlos Alves.

    #FÁTIMA13

    1. Gostou, né, petralha? Mas política é assim mesmo, os candidatos dizem aquilo que é melhor para angariar votos. Porém, o raciocínio é simples e ele até já disse recentemente (em entrevista na Band) que não haverá diálogo com o PT em seu governo. Perseguir é outra coisa bem diferente, coisa de moleque, coisa de petista. Bolsonaro simplesmente não dará ajuda alguma a um governador petista. Entendeu?

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