Judiciário

“Eu achar que meu telefone não estava sendo monitorado seria muita infantilidade. Sempre tomei cuidado nas informações estratégicas. Não vão encontrar nada que comprometa’, diz Bolsonaro após ação de hackers

Foto: Reprodução/TV Globo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25) que eventuais ações de hackers em seu aparelho celular “não vão encontrar nada que comprometa”.

Bolsonaro foi questionado, durante entrevista coletiva em Manaus, sobre o Ministério da Justiça e Segurança Pública ter divulgado que foi comunicado pela Polícia Federal que celulares usados por Bolsonaro foram alvo de invasão dos supostos hackers presos na última terça-feira (23).

“Eu achar que meu telefone não estava sendo monitorado por alguém seria muita infantilidade. Não apenas por eu ser capitão do Exército, conhecedor da questão da inteligência. Sempre tomei cuidado nas informações estratégicas, essas não são passadas via telefone. Então, não estou nenhum um pouco preocupado se porventura algo vazar aqui no meu telefone. Não vão encontrar nada que comprometa. […]. Perderam tempo comigo”, declarou.

Bolsonaro explicou que discute apenas pessoalmente, no gabinete, questões tratadas com outros chefes de estado, como “no tocante à Venezuela” e “questões estratégicas para o Brasil”.

Em junho, quando começaram a ser divulgadas pelo site The Intercept conversas do ministro Sergio Moro pelo aplicativo de mensagens Telegram, Bolsonaro disse não seguir recomendação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de utilizar um celular protegido com um programa de criptografia para se comunicar. Ele afirmou, naquela ocasião, não ter “nada a esconder”.

Quatro presos pela PF por interceptações

A informação sobre a interceptação do aparelho de Bolsonaro foi divulgada pelo governo após a prisão, na última terça-feira (23) pela Polícia Federal, de quatro pessoas na Operação Spoofing, que apura a ação de hackers nos celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e outras autoridades.

Aparelhos telefônicos do desembargador federal Abel Gomes, do juiz federal Flávio Gomes, do delegado da PF de São Paulo Rafael Fernandes e do delegado da PF em Campinas Flávio Reis também foram interceptados.

Os presos pela PF na terça-feira são Walter Delgatti Neto (conhecido como “Vermelho”), o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, Danilo Cristiano Marques e Suelen Priscila de Oliveira. Todos os homens têm passagem pela polícia.

Segundo o advogado Ariovaldo Moreira, que faz a defesa do DJ Gustavo Henrique Elias Santos, seu cliente disse em depoimento à Polícia Federal que Delgatti Neto, apontado como o hacker que invadiu os celulares, queria vender ao PT as mensagens que obteve.

Moreira deu as declarações depois dos depoimentos prestados por Gustavo Santos e por Suelen Priscila de Oliveira na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde estão presos.

Com informações do G1

 

Opinião dos leitores

  1. Não existe isso de “achar ou não achar”. O presidente da república e outras autoridades têm a obrigação de utilizar apenas meios de comunicação criptografados, fornecidos pelas agências de inteligência. O problema é que temos presidentes ignorantes como Lula, Dilma e Bolsonaro, que não guiam-se pelas indicações de especialistas e sim pela cabeça de vento deles. O presidente ainda não percebeu a importância do cargo que ocupa. Ele não foi alçado ao cargo pela divina providência e sim por eleição direta e tem o dever de preservar o sigilo das informações presidenciais utilizando um telefone criptografado.

    1. Chegar a capitão de exército não é pra qualquer um, agora su ladrão de estimação não ter terminado nem o 1o grau, e ainda mais, usar o que DEUS lhe deu, somente para o mal, roubar, desviar, corrupção é seu forte. Lamentável.

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