Diversos

Brasileiros pagaram R$ 579 bilhões em impostos e tributos no primeiro semestre

A queda de 0,20% das receitas administradas em junho em relação a junho de 2013 é resultado de um volume maior de desonerações tributárias e da retirada do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins-importação e de uma base de comparação inflada em R$ 1 bilhão porque houve uma arrecadação extraordinária no item depósitos judiciais em junho do ano passado. Esses são os fatores apontados pela Receita Federal em seu relatório de arrecadação divulgado nesta quarta-feira, 23.

No entanto, conforme antecipou o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, na semana passada, a arrecadação de impostos e contribuições federais voltou a frustrar as expectativas do governo no mês passado, aumentando as dificuldades do governo para o cumprimento da meta fiscal deste ano. A Receita Federal está agora investigando os motivos de a arrecadação ter ficado abaixo das projeções para o mês, segundo fontes do Ministério da Fazenda.

Segundo a Receita Federal, as quedas de arrecadação em junho ocorreram no Imposto de Importação (-13,89%), no IPI vinculado às importações (-14,07%), no IPI-automóevis (-5,81%), no Imposto de Renda da Pessoa Física (-3,55%), no IOF (-4,30%), na Cofins (-1,03%) e no PIS/Pasep (-1,63%). As outras receitas administradas caíram 48,86% na comparação com junho de 2013 por conta do depósito judicial extraordinário no ano passado.

Por outro lado, os demais tributos tiveram alta: IPI-outros (9 58%), Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (1,10%), CSLL (5,86%), IRRF sobre rendimentos do trabalho (5,29%), IRRF sobre rendimentos de capital (20,34%) e receita previdenciária (1 74%).

O documento da Receita informa que, apesar de uma recomposição parcial das alíquotas de IPI sobre automóveis em relação a junho do ano passado, a redução das vendas de 8,12% no mês de maio impactou a arrecadação do tributo que é realizada no mês seguinte.

Por outro lado, o IPI-outros teve alta, influenciado pela recomposição parcial da alíquota de IPI sobre móveis e linha branca, apesar da redução na produção industrial em maio. O aumento da arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital é explicado pelo aumento da taxa de juros no período. A queda no IRPF se deve ao recuo de 29 07% na arrecadação com ganhos de capital na alienação de bens.

Semestre

Já arrecadação de receitas administradas pela Receita Federal subiu 0,11% no primeiro semestre de 2014 ante o mesmo período do ano passado. O recolhimento somou R$ 557,780 bilhões nos primeiros seis meses deste ano. A arrecadação de IOF somou R$ 14 428 bilhões no primeiro semestre de 2014, o que representa uma queda de 8,41% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Receita, esse resultado se deve à desoneração nas operações de entrada de moeda, além do aumento de 0,38% para 6 38% na alíquota do tributo para saques no exterior com cartão de crédito ou débito. Além disso, de acordo com o Fisco, houve acréscimo significativo na arrecadação de IOF relativo à aquisição de títulos ou valores mobiliários.

O recolhimento de Cofins caiu 2,72% no período e somou R$ 97,009 bilhões, enquanto PIS/Pasep caiu 1,86% e somou R$ 26,088 bilhões. O governo explica esse resultado pelo crescimento no volume de vendas no período, compensações tributárias e alteração na base de cálculo do PIS/Cofins – Importação. Além disso, em maio do ano passado, houve recolhimento extraordinário referente a depósito judicial.

A arrecadação do IRRF-Rendimentos de Capital subiu 10,58% e somou R$ 19,132 bilhões no primeiro semestre deste ano. Para o governo, o resultado é explicado pela alta na arrecadação do imposto de renda incidente sobre fundos de renda fixa e do item “outros”.

O recolhimento de IRPJ caiu 4,80%, somando R$ 67,019 bilhões, enquanto a CSLL teve queda de 3,09% e chegou a R$ 35,209 bilhões. A Receita explica que o resultado se deve à redução na arrecadação com base na estimativa mensal ocorrida, principalmente, em janeiro e fevereiro. Além disso, em maio houve arrecadação extraordinária de cerca de R$ 3 bilhões por parte de empresas do setor financeiro.

A arrecadação de IPI-Automóveis subiu 10,12% no período, com R$ 2,151 bilhões recolhidos. No período, houve recomposição da alíquota do IPI para compara de automóveis. Por outro lado, houve redução no volume de vendas ao mercado interno. Em IPI-Outros, a alta foi de 5,21%, com recolhimento de R$ 10,509 bilhões, devido, entre outros motivos, à recomposição do IPI para linha branca.

No recolhimento do Imposto de Importação houve alta de 1,22%, somando R$ 18,420 bilhões. Para a Receita, o resultado se deve à elevação no valor em dólar das importações e da taxa média de câmbio, além da redução na alíquota média efetiva do imposto.

fonte: Estadão Conteúdo

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Diversos

Ouvidoria do Ipem-RN registra mais de 40 denúncias no primeiro semestre; órgão alerta para falsos fiscais

No primeiro semestre de 2014 a Ouvidoria do Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem-RN) recebeu 42 notificações, entre denúncias e reclamações. Denúncias com relação ao funcionamento de bombas medidoras de combustíveis e balanças lideraram o ranking de reclamações dos usuários junto ao órgão no período de 1º de janeiro a 10 de julho, com os produtos pré-medidos e alimentos comercializados a peso vindo logo em seguida na lista de maiores demandas.

“O consumidor está mais atento aos seus direitos e reclamando mais. Um exemplo claro disso é que em todo o ano de 2011 nossa Ouvidoria registrou 36 denúncias, número facilmente superado já no primeiro semestre deste ano”, contabiliza o ouvidor do órgão, delegado do Inmetro no Estado, Frederico Barbalho.

Mas o ouvidor lembra que também é importante registrar os acidentes de consumo, pois os dados são utilizados para referenciar a regulamentação de serviços e produtos pelo Inmetro. “É por meio desses números que a fiscalização é intensificada pelos órgãos delegados e a normalização de produtos e serviços é desenvolvida, trazendo mais segurança para o consumidor brasileiro”, acrescenta Frederico, reforçando que esse tipo de registro ainda não é muito comum no Estado e que as pessoas precisam se informar mais.

FALSOS FISCAIS

Também é preciso ficar atento à atuação de falsos fiscais no Estado, que vão às casas das pessoas se passando por agentes do Ipem-RN. Os falsários oferecem um “kit botijão”, composto por uma mangueira e um registro de botijão de gás, após se apresentarem como representantes de uma empresa legalizada para inspeção do equipamento na casa do cidadão.

“O Ipem não realiza fiscalizações em residências. Por isso o cidadão deve estar atento para não permitir a entrada desses falsos fiscais em suas casas”, alerta Frederico. O delegado ressalta que a verificação desses itens pelo Ipem é realizada apenas em fábricas e comércios.

DENUNCIE

Para receber denúncias ou reclamações, o Ipem dispõe do número 0800-281-4054, com ligação gratuita para o cidadão de qualquer região do Estado; e do e-mail [email protected]. Todas as denúncias são apuradas.

Já para o registro de acidentes de consumo, a população pode acessar o endereço www.ipem.rn.gov.br e clicar no banner “Acidentes de Consumo”, que redireciona para o formulário na página do Inmetro.

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