Judiciário

Cabral admite pela primeira vez ter recebido propina de cervejaria; ex-governador se ofereceu para ir ao MPF falar sobre empresário dono do Grupo Petrópolis

Foto: Reprodução

Em um depoimento de menos de 20 minutos nesta terça-feira, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral admitiu que parte de seu esquema envolvia lavagem de dinheiro por meio de concessionárias do grupo Dirija. Esse é o assunto do processo no qual ele depôs hoje. Na audiência, no entanto, Cabral falou rapidamente sobre outros temas e, pela primeira vez, afirmou que recebeu propina do Grupo Petrópolis, dono da cervejaria Itaipava.

O delator Carlos Miranda já afirmara em seu acordo que o grupo pagava mesada de R$ 500 mil ao grupo de Cabral.

— O grupo Petrópolis, sim, tinha propina. Houve ajuda em campanha e, de fato, havia esse recurso, como o Carlos Miranda falou no depoimento dele que parte era para lavagem de dinheiro, outra parte ficava para o Ary (Ary Ferreira da Costa Filho é ex-assessor de Cabral e já foi condenado na Lava-Jato) e outra para gastos do caixa — afirmou Cabral, diante de uma pergunta do juiz Marcelo Bretas, sem falar sobre o montante de propina recebido.

No depoimento, o ex-governador se ofereceu para ir ao Ministério Público Federal (MPF) para prestar esclarecimentos sobre o empresário Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis.

O ex-governador também foi questionado sobre dinheiro que receberia do grupo Presunic em sua primeira gestão no governo do estado.

— Em relação ao Presunic, não houve nenhum tipo de entrega de propina — afirmou Cabral, dizendo que recebeu do grupo apenas recursos de caixa dois.

O Globo

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *