Política

Moro admite a apoiadores que pode disputar a Presidência em 2022

Foto: Andre Coelho/Getty Images

Nos últimos tempos, Sergio Moro desapareceu das redes sociais, diminuiu o número de palestras e praticamente não deu aulas em faculdades. Bombardeado ferozmente pelos dois lados que hoje polarizam a disputa pelo poder no país, bolsonaristas e petistas, Moro vive uma experiência nova, bem distante do Brasil. Ele trocou Curitiba por uma cidade do estado de Maryland, a 40 quilômetros de Washington, capital dos Estados Unidos. A mudança foi justificada por questões profissionais — ele trabalha para uma empresa americana de consultoria, a Alvarez & Marsal, que gosta e valoriza o seu novo contratado. Mas o ex-juiz, ao contrário do que ele pode e se permite admitir publicamente, ainda alimenta um projeto político: Moro não descartou 100% sua candidatura à Presidência da República em 2022. A quinze meses das eleições, isso não quer dizer que ele vá disputar o pleito. Significa que ele considera essa possibilidade, o que é um fato novo, capaz de movimentar um cenário aparentemente preestabelecido.

Foto: Reprodução/Veja

Não é de agora que um grupo de empresários, parlamentares e admiradores da Lava-Jato tenta convencer Moro a ingressar na política. O ex-ministro nunca admitiu sequer a hipótese, sempre justificando que não tem perfil nem disposição para mergulhar numa aventura eleitoral. Nos últimos meses, porém, a negativa contundente foi aos poucos sendo deixada de lado. Reservadamente, Moro tem discutido com um grupo restrito de apoiadores a possibilidade de disputar as eleições do ano que vem. Em uma reunião recente com dirigentes do Podemos, partido de centro-direita que tem nove senadores e dez deputados federais no Congresso, o ex-juiz foi indagado diretamente sobre o assunto. Diferentemente de outras ocasiões, ele não repeliu a ideia. Ao contrário: pediu um tempo para avaliá-la e se comprometeu a dar uma resposta em outubro. “Entre aqueles que não querem nem Lula nem Bolsonaro a primeira opção é Sergio Moro. Ele é o antipetismo, ele é a Lava-Jato, ele é a bandeira de muitos que se desapontaram com o atual governo”, diz a deputada Renata Abreu (SP), presidente do Podemos.

A sinalização do ex-juiz foi dada depois de pelo menos seis reuniões — virtuais e presenciais — com parlamentares e dirigentes do chamado “conselho político” do Podemos. Foi recebida com tanto entusiasmo que, logo depois, o cientista político Luiz Felipe d’Avila, ex-coordenador do plano de governo de Geraldo Alckmin nas eleições de 2018, foi convidado a apresentar um conjunto de propostas que pode servir como base da plataforma eleitoral do ex-ministro, que inclui reformas estruturais, instituição de programas educacionais e de renda básica e a adoção de um ambiente de segurança jurídica para empresários. Além disso, pesquisas qualitativas foram encomendadas para colher subsídios a fim de moldar o perfil do candidato e torná-lo capaz de atrair eleitores de diversos matizes que buscam uma terceira via. Os primeiros resultados dessas sondagens foram alvissareiros, segundo um dirigente do Podemos. Boa parte dos entrevistados defende que o escolhido deve ser alguém mais próximo ao centro no espectro ideológico, é obrigatório ter a ficha limpa e firmar o compromisso de não fazer as alianças políticas tradicionais — bandeiras idênticas às que levaram Bolsonaro ao poder em 2018. “O grande desafio do candidato do centro é conseguir um discurso que seja capaz de sensibilizar o eleitor. A rejeição gigantesca a Lula e Bolsonaro mostra que há uma avenida promissora”, ressalta d’Avila, que já apresentou as mesmas propostas a outros presidenciáveis.

O congestionado caminho em busca de uma terceira via tem dado mostras da dificuldade de encontrar um candidato que agregue essas qualidades e que, num curto espaço de tempo, seja capaz de conquistar o eleitor que rejeita tanto o lulismo quanto o bolsonarismo (veja reportagem na pág. 38). Nos últimos dias, o presidente do Novo, João Amoêdo, e o apresentador de TV Luciano Huck, que já tentaram ocupar esse espaço, desistiram de concorrer. O PSDB anunciou que haverá uma disputa interna entre quatro tucanos — os governadores João Doria e Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati e o ex-prefeito Arthur Virgílio. Percebendo esse vácuo, o ex-juiz orientou auxiliares a desmentirem notícias que o colocam fora da corrida presidencial, autorizou apoiadores a testarem a aceitação de seu nome como pré-candidato e deu aval à produção de peças publicitárias que o apontam como uma alternativa à polarização. A primeira das peças de pré-campanha, a que VEJA teve acesso, apresenta o ex-juiz posicionado diante de duas portas, devidamente identificadas com os nomes de seus prováveis adversários. É uma proposta simples e objetiva, mas viabilizá-la depende de muitas variáveis.

“A possibilidade de existir uma terceira via está diretamente relacionada à popularidade do presidente Bolsonaro. Se o governo for mal é mais fácil uma terceira via se acomodar”, diz o fundador do Instituto Ideia Big Data, Mauricio Moura. Com Lula e Bolsonaro despontando como francos favoritos a um segundo turno, um terceiro competidor como Moro só teria chances, avalia Moura, se ele alcançasse pelo menos 25% dos votos já no primeiro turno. Nas condições atuais, uma eventual candidatura do ex-magistrado não seria capaz de cabalar nem metade desses votos. O ex-juiz aparece com 7% da preferência do eleitorado, de acordo com a mais recente pesquisa XP/Ipespe, atrás de Lula, com 32%, e de Bolsonaro, com 28%. Em um cenário de segundo turno, porém, empata com o presidente, com 32% cada um, e fica 8 pontos atrás do petista. “Estamos vivendo um cenário de campanha permanente. O Bolsonaro e o PT fazem campanha todo dia. Os candidatos de terceira via estão em compasso de espera. O problema do Moro é que ele não tem grupo político e boa parte da base eleitoral dele está capturada pelo presidente Bolsonaro”, avalia o analista-chefe da XP Política, Richard Back.

Foto: Reprodução/Veja

Mas também há defecções. Um grupo de militares que ajudou a eleger o ex-capitão em 2018 já se movimenta na direção de apoiar um candidato com viés mais centrista e que possa fazer frente a Lula e Bolsonaro, aglutinando o perfil do eleitor que não quer o petista na Presidência e está arrependido de ter votado no ex-capitão. O general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, é o principal expoente desse movimento. Ele integra com Moro, Amoêdo e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta um grupo de troca de mensagens que quase diariamente discute a viabilidade de uma terceira via. “Nessa polarização, o Brasil fica no dilema entre o precipício e o abismo. Temos um ex-presidente que já teve sua oportunidade e não tem sentido ele voltar. E temos um presidente atual que já demonstrou que está mais preocupado com o soldo do que com a administração ou pacificação do país”, disse Santos Cruz a VEJA.

Para o general, o ex-juiz pode ser o candidato da terceira via, mas antes disso questões importantes precisam ser superadas. “Moro é a pessoa que entrou para a história do Brasil e do mundo no combate à corrupção num país em que a corrupção é um câncer. Não é o momento de personificar agora quem deve ser o candidato. O importante é que a pessoa que for represente um novo projeto, um ponto de equilíbrio”, afirmou Santos Cruz. Os sinais nessa direção, por enquanto, não são muito harmoniosos. Na quarta-­feira 16, dirigentes e integrantes de sete partidos se reuniram em Brasília para discutir a viabilidade de uma candidatura presidencial da chamada terceira via. O encontro era para ser uma demonstração de união entre as diversas legendas na busca de uma alternativa à polarização. “Todos os partidos estão falando a mesma língua: os extremos agravam a crise brasileira. O compromisso de uma candidatura única começa. O compromisso é de caminhada, não de fim”, disse o ex-ministro Mandetta, idealizador do encontro e ele próprio um dos políticos que buscam se viabilizar como candidato de centro.

A proposta de unificar múltiplas legendas na mesma direção, porém, não está funcionando. Há interesses menores que inviabilizam o consenso. Entre integrantes do PSDB, por exemplo, existe uma pressão de parlamentares que buscarão a reeleição em 2022 para que o caixa do partido não seja direcionado a presidenciáveis que, como o governador de São Paulo, João Doria, ocupem a rabeira das pesquisas eleitorais. Outros partidos que não consideram ter nomes que possam assumir a liderança na terceira via também resistem a injetar recursos em uma aventura presidencial de centro e defendem drenar o caixa de campanha para as disputas regionais.

O racha entre as siglas também ficou evidenciado nas ausências da reunião. Os presidentes do MDB, PSL e PSD, três dos maiores partidos do Congresso, nem sequer compareceram ao encontro. “A eleição ainda não está no radar das pessoas. Se houver o consenso em torno de um único nome, esse nome vai começar a crescer naturalmente no início do próximo ano”, avalia Luiz Felipe d’Avila. É essa a expectativa de quem defende o nome de Sergio Moro e a grande aposta do Podemos. Procurado, o ex-ministro informou, por meio de sua assessoria, que não iria se pronunciar. Pelo visto, novidade mesmo só em outubro.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Lula e Naro estão, doidões e sujos. Ciro está doidão. A alternância do poder é salutar à democracia. Então vamos de Moro que é a melhor opção.

    1. Será meu candidato, na verdade é o único capaz de ganhar do corrupto Luladrao e do genocida psicopata Bolsonaro.
      # MORO PRESIDENTE 2022.

  2. Todo mundo ganha de Bolsonaro segundo as pesquisas… Isso aconteceu em 2018 ou não?
    Novela repetida, vício antigo, manipulação repetida.
    Mas o voto precisa ter possibilidade de ser auditado.
    Se existisse lisura real na apuração dos votos, não haveria todo esse problema das autoridades se posicionando contra. Isso evidencia que tem coisa errada na situação. Pior são as alegações contra, com justificativas, as mais absurdas possíveis.

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Saúde

Ministro da Saúde admite ‘dificuldade’ no fornecimento de vacinas para 2ª dose da CoronaVac

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu nesta segunda-feira (26) que há “dificuldade” no fornecimento de vacinas para aplicação da segunda dose da CoronaVac, utilizada contra a Covid.

Queiroga deu a declaração ao participar de uma sessão da comissão do Senado que discute medidas de combate à doença.

Nas últimas semanas, municípios de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Amapá e Paraíba limitaram ou suspenderam a imunização por falta de doses para a segunda aplicação (clique no nome do estado para ler detalhes). Na Paraíba, a Justiça chegou a determinar a aplicação da segunda dose após ação do Ministério Público.

“Tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a segunda dose. Tem sido um pedido de governadores, de prefeitos, porque, se os senhores lembram, cerca de um mês atrás se liberou as segundas doses para que se aplicassem. E agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa 2ª dose”, declarou Queiroga no Senado.

Há cerca de um mês, em 21 de março, o Ministério da Saúde mudou a orientação e autorizou que todas as vacinas armazenadas pelos estados e municípios para garantir a segunda dose fossem utilizadas imediatamente como primeira dose.

Ao participar da sessão da comissão do Senado nesta segunda, Queiroga disse que o governo emitirá uma “nota técnica acerca desse tema”.

Até a última atualização desta reportagem, a nota técnica mencionada pelo ministro não havia sido divulgada.

Ministro cita gravidade da doença

Em outro trecho da sessão, o ministro da Saúde afirmou que o número de óbitos registrados em 2021 mostra a “gravidade” da doença.

Ao todo, até este domingo (25), o Brasil registrou 390.925 mortes por Covid-19, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

Somente em 2021, foram contabilizadas 195.949 mortes pelo coronavírus. O número de 2021 supera os 194.976 óbitos pela doença registrados em 2020.

“O número de óbitos no ano de 2021 hoje supera o número de óbitos que ocorreu no ano de 2020 inteiro, mostrando a gravidade dessa doença e a necessidade de adoção de medidas que sejam eficazes para vencermos essa situação grave na saúde pública nacional”, declarou Queiroga no Senado.

Medidas de prevenção

Aos senadores, Marcelo Queiroga afirmou que ações como a campanha de vacinação representam “esperança de uma solução mais eficaz” para o enfrentamento da pandemia.

O ministro da Saúde, então, voltou a defender algumas medidas recomendadas por especialistas como forma de prevenção.

“Claro que não é só a vacinação. Eu tenho, desde o primeiro dia que assumi o cargo, reiterado a importância das chamadas medidas ‘não farmacológicas’, como o uso de máscaras, o distanciamento social”, declarou.

Com G1

Opinião dos leitores

  1. Como disse antes, as medidas do Ministério da Saúde são sempre equivocadas e atrapalhadas, pois se baseiam apenas no achismo e estupidez do chefe bolsonaro. É inacreditável que a vida de mais de 200 milhões de pessoas esteja submetidas as irresponsabilidades do presidente da república especialista em matar, como o próprio disse em campanha.

  2. Alguns profissionais da imprensa agem como prostitutas. O que vale é o dinheiro e não a verdade.

    1. Voce é retardado? O MINISTRO DA SAUDE foi quem informou da dificuldade. Mas, claro, como vou esperar sanidade de um sujeito que passa o dia na internet conversando lorota…

    2. Os que vendiam fake news para o governo federal, a respeito da Covid, por exemplo…

  3. Aí vem um monte de leseira criticar o governo do estado por nao disponibilizar vacina… que vacina?? Ja acabou! O ministerio mandou usar toda a reserva tecnica, e agora? So resta esperar.

  4. Vixe! E é? Mas não foi o Ministério da Saúde que orientou os Estados a vacinar sem guardar a segunda dose? E agora? Pense num povo aprumado e competente! Não é para menos termos ministros da saúde assim (o quarto da pandemia), afinal temos um presidente INEPTO que não trabalha PN!

    1. a ansiedade em vencer o vírus atrapalha até as mentes dos fabricantes das vacinas do butatã. vejam: se tem em mãos 10.000 Lts de IFA e se isto dar 50.000 doses e não se sabe se a china vai enviar mais ou quando vai, deveria-se trabalhar metade do estoque de IFA e, próximo a período da dose 2, fabricaria-se a outra metade das vacinas. assim nem se perderia os prazos de validade e nem ficaria ninguém sem a dose 2.

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Judiciário

Lava Jato não comprou equipamento de grampo, diz PGR

Foto: Jorge William/ Agência O Globo

De todas as disputas recentes entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Força-Tarefa da Lava Jato, uma das mais rumorosas se deu em torno da suspeita de que os procuradores de Curitiba tivessem adquirido aparelhos de interceptação telefônica para montar uma central de grampos ilegais.

A denúncia de que a Lava Jato teria comprado os tais aparelhos foi uma das que motivou a abertura de uma sindicância da Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal sobre a operação.

Mas, segundo informações oficiais prestadas pelo vice-procurador da República, Humberto Jacques, via Lei de Acesso à Informação, o único equipamento para interceptações telefônicas já comprado pelo Ministério Público Federal foi adquirido em 2005 e cedido em 2008 à Polícia Federal. Depois disso, não houve nenhuma outra aquisição.

No documento oficial, reproduzido abaixo, “desde 2008 o Ministério Público Federal não usa o seu equipamento guardião adquirido em 2005 para armazenamento e gravação de conversas telefônicas.”

Não há na administração pública outra fonte de recursos para o MP ou a força-tarefa comprarem equipamentos desse tipo.

A informação resolve um mistério que permanece em suspenso desde o fim de junho, quando a subprocuradora Lindôra Araújo, próxima do procurador-geral, Augusto Aras, foi a Curitiba para verificar denúncias de irregularidades no trabalho da Força Tarefa.

Na ocasião, seus assessores informaram aos procuradores que uma das coisas que estavam buscando eram equipamentos do tipo guardião, como é chamado o software usado para interceptação telefônica por órgãos de investigação. A mesma informação foi divulgada em sites jurídicos ligados à PGR.

Além dos equipamentos de gravação, Lindôra também buscava ter acesso aos bancos de dados sigilosos da Lava Jato e verificar se havia mais de mil inquéritos acumulados em Curitiba, como alegou.

Depois disso, três procuradores que assessoravam o gabinete de Aras, em Brasília, pediram demissão.

Em outro protesto, os 14 procuradores da Lava Jato em Curitiba pediram à Corregedoria do MPF que tomasse providências a respeito do que diziam ter sido uma tentativa de copiar bancos de dados sigilosos das investigações de maneira informal e sem apresentar documentos ou justificativas.

A sindicância acabou se transformando depois em um inquérito administrativo para apurar as irregularidades alegadas por Lindôra.

Na época, Aras afirmou em uma live promovida pelo grupo de advogados Prerrogativas que a Força-Tarefa de Curitiba tinha “caixas de segredos”.

O procurador-geral também bateu boca com o subprocurador Nicolao Dino em uma reunião virtual do Conselho Superior do Ministério Público a respeito do caso, e disse que tinha provas do que dizia sobre a Lava Jato. “Estou colecionando essas fake news com as respectivas respostas, para que no final da gestão eu apresente cada fake news, cada resposta, e é muito provável que eu diga de onde saiu cada fake news”, afirmou pouco antes de abandonar a live, irritado.

O inquérito administrativo sobre a Força Tarefa já foi concluído, mas continua sigiloso.

A coluna apurou que uma das constatações da investigação foi que, a pedido da Lava Jato, a Procuradoria da República no Paraná comprou um aparelho para gravar conversas de ligações feitas nos ramais da Força Tarefa, mas esse equipamento não era capaz de interceptar ligações telefônicas.

O pleito inicial da procuradoria havia sido o de comprar três equipamentos, para atender a todos os procuradores da República do estado do Paraná. Mas, por falta de recursos, apenas um foi comprado. Isso explica por que os assessores de Lindôra chegaram a Curitiba procurando “três guardiões”.

As informações sobre o guardião prestadas agora à coluna pela PGR são uma resposta a um pedido feito em julho de 2020, quando se deu a crise entre Aras e a Lava Jato.

Na ocasião, questionei à administração do MP quantos aparelhos do tipo guardião haviam sido adquiridos pela instituição desde 2014 (data de abertura da Lava Jato) e onde estavam alocados.

Houve uma primeira negativa, em setembro, que a PGR justificou alegando sigilo das informações. O recurso, argumentando que sigilosas são as investigações e não o uso do dinheiro público na compra dos equipamentos, foi acolhido no final de março passado.

Segundo documento obtido pela Lei de Acesso à Informação, MPF não usa seu equipamento guardião para armazenamento e gravação de escutas telefônicas desde 2008 | Reprodução

Malu Gaspar – O Globo

Opinião dos leitores

  1. Em quem nós podemos acreditar, neste Ministro do STF é melhor acreditar em Beira Mar e Cartola, pq sabemos que eles são bandidos e não cidadãos como se declarao.

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Televisão

VÍDEO – Karol Conká admite interferência da direção no BBB21: “Entrei naquele confessionário e falei com pessoas grandes e importantes do programa”


Como a coluna já tinha adiantado, os rumores que TV Globo interfere de alguma forma no Big Brother Brasil estão se confirmando nesta edição. Primeiro foi o áudio vazado da conversa entre Boninho e Projota, em que o Big Boss falava dos problemas do Lucas e pedia para que o Projota não deixasse o programa.

Agora, um papo entre Karol Conká e Nego Di deu mais força à teoria. Nele, Karol admitiu que teve conversa com pessoas “grandes e importantes” do programa. Logo após a confissão, ela foi chamada atenção pela equipe do reality.

“Entrei naquele confessionário e falei com pessoas grandes e importantes do programa, que falaram para mim: ‘A gente olha para você e vê boas qualidades, não se resuma a uma coisa de um dia de desequilíbrio que todo mundo está sujeito a passar aqui”, disse a cantora.

Logo após o pito da direção, ela disse a Negodi que a conversa havia sido com a psicóloga do BBB.

Coluna Léo Dias – Metrópoles

Opinião dos leitores

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Saúde

Suprimento de oxigênio em hospital de Portugal falha, e governo admite pedir ajuda internacional

Foto: Pedro Nunes/Reuters

O sistema de fornecimento de oxigênio em um grande hospital referência para o atendimento da Covid-19 na região de Lisboa, em Portugal, falhou nesta terça-feira (26).

O hospital no município de Amadora teve de transferir 48 de seus pacientes para outras unidades de saúde na capital na noite de terça-feira, pois a pressão de oxigênio não era suficiente para um grande número de pacientes, segundo nota da instituição.

“Houve a necessidade de diminuir o consumo de oxigênio, então os pacientes foram transferidos”, disse o hospital, que quase não tem leitos livres. “Eles nunca estiveram em perigo.”

Reportagens da imprensa portuguesa mostraram ambulâncias apressadas passando pelos portões principais do hospital para pegar os pacientes, enquanto algumas deixaram o local escoltadas pela polícia.

Vinte pacientes foram transferidos para o maior hospital de Lisboa, o Santa Maria, que na terça-feira instalou dois refrigeradores do lado de fora de seu necrotério com capacidade para 30 corpos, afirmou o porta-voz do hospital.

Ajuda internacional

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa disse em entrevista coletiva que não havia necessidade de criar “alarme” sobre a ideia de ajuda internacional, mas acrescentou: “Sabemos que há disponibilidade de países amigos para ajudar.”

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse esta segunda-feira à emissora RTP: “O governo português está buscando todos os mecanismos disponíveis, incluindo no quadro internacional, para garantir a melhor assistência aos doentes.”

Mas Temido observou que as transferências de pacientes seriam limitadas pela localização de Portugal na extremidade ocidental da Europa, especialmente porque outras nações da União Europeia também estão sob pressão.

As mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas chegaram ao recorde de 291, trazendo o total do país para mais de 653 mil casos e 11 mil mortes.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Só falta o STF autorizar investigação, contra Ele e o Ministro da Saúde.
    Mas voltando à reportagem.
    Isso mostra a origem das nossas dificuldades.
    Portugal é o único País Europeu nessa situação.
    É genético!!!
    Kkkkkkkkk.

  2. Avise a Portugal que chame a esquerda do Brasil, que eles resolvem. A oposição passa o tempo todo denegrindo o nosso Presidente, pela falta de oxigênio em Manaus. Esse bando de incompetentes não tem o que fazer.

  3. Bozo genocida. Se ele num tivesse tacando fogo na Amazônia, o mundo teria oxigênio. Chama o Lacrón para lascar o nosso agro.

    1. BG.
      A quadrilha ptralha só entendia de construir estádios tipo a arena das dunas daqui, paga-se mensalmente R$ 10.000.000,00 do financiamento que no fim será o elefante brando doado a OAS. BANDIDOS, CRETRINOS e CANALHAS.

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Saúde

AstraZeneca admite erro de dosagem em vacina, mas diz que é ‘irrelevante’

Foto: Reuters

O executivo Menelas Pangalos, vice-presidente da AstraZeneca, reconheceu, na quarta-feira, 25, à noite, que houve um erro de dosagem na vacina que desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford, mas disse que ele é irrelevante para a conclusão dos estudos. A empresa enfrenta, contudo, fortes críticas da comunidade científica devido à ausência de transparência. “Não vou fingir que não é um resultado interessante, porque é – mas definitivamente não o entendo e acho que nenhum de nós entende”, disse Pangalos.

“Foi surpreendente para nós.”A AstraZeneca disse na segunda-feira que a vacina que está desenvolvendo em conjunto com a Universidade de Oxford foi até 90% eficaz na prevenção de covid-19 quando os voluntários receberam meia dose e, depois de um mês, uma dose inteira da vacina. Contudo, a eficácia caiu para 62% quando duas doses completas foram administradas.Os reguladores dos Estados Unidos estabeleceram como padrão para a autorização de vacinas a eficácia de 50%, mas aquelas em desenvolvimento pela Moderna e pela Pfizer ultrapassaram os 90%.

Essas imunizações usam uma nova tecnologia baseada em genes que, apesar de seus resultados clínicos impressionantes até agora, requer que elas sejam armazenadas em temperaturas abaixo de zero. A AstraZeneca, por sua vez, pode ser armazenada em um refrigerador mais padrão, o que pode torná-la atraente para países de baixa e média renda.Nos dias que se seguiram ao anúncio dos resultados, cientistas independentes e funcionários do governo dos EUA disseram que os dados são mais uma prova de que as vacinas podem prevenir a covid-19, mas também alertaram que a taxa de eficácia de 90% pode não se sustentar em análises posteriores.

A AstraZeneca disse na segunda-feira, em entrevistas à imprensa, que o regime de meia dose foi o resultado de um erro de fabricação, que nem a empresa nem a Oxford mencionaram inicialmente em seus comunicados à imprensa anunciando os resultados.O erro de dosagem foi identificado depois que um investigador do estudo percebeu que os voluntários não estavam tendo uma resposta inflamatória à injeção, o que levou os pesquisadores a analisar o suprimento da vacina e descobrir que calcularam mal a dose, alegou Pangalos.

A AstraZeneca e a Oxford informaram os reguladores no Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia e alteraram o desenho do estudo para incluir o grupo de meia dose em suas análises. “O erro é realmente irrelevante”, disse Pangalos. “Qualquer que seja a forma de corte dos dados – mesmo se você acreditar apenas nos dados de dose completa, dose total … Ainda temos eficácia que atende aos limites para aprovação com uma vacina que é mais de 60% eficaz.”Pesquisadores de Oxford disseram na segunda-feira que a dose mais baixa pode ter sido mais eficaz porque reflete com mais precisão a resposta imune natural aos vírus, mas que eles teriam de investigar as descobertas para saber com certeza.

Outros fatores também podem estar em jogo. A meia dose foi administrada apenas a voluntários com 55 anos ou menos, enquanto o grupo de dose completa também incluiu pacientes mais velhos, disse Moncef Slaoui, consultor científico chefe da iniciativa Operação Warp Speed do governo dos EUA, em teleconferência na terça-feira. Essa foi primeira revelação da falta de participantes mais velhos no grupo de meia dose. Também é possível que a diferença entre os grupos tenha sido um acaso estatístico e resultado do acaso, apontou o pesquisador.”Há uma série de variáveis que precisamos entender”, disse Slaoui. “É improvável, mas ainda é possível que seja uma diferença aleatória.”A AstraZeneca planeja testar o regime de meia dose em um grande estudo em andamento nos EUA que deve envolver mais de 30 mil voluntários, revelou Pangalos.Ele disse ainda que há uma justificativa teórica para o porquê de uma primeira dose mais baixa funcionar, mas que não especularia até que os pesquisadores investigassem mais os dados. “Não vou acenar com os imunologistas”, disse ele.

“Até ver alguns dados que me deem alguma ciência por trás disso, direi ‘Não sei’.”Alguns cientistas criticaram a AstraZeneca por não revelar dados importantes dos resultados do ensaio, como o número de infecções que ocorreram nos grupos de pacientes e discriminadas por idade e gravidade da doença – embora a empresa tenha dito que nenhum paciente que recebeu a vacina desenvolveu doença grave ou hospitalização necessária.”A AstraZeneca forneceu muito poucas informações reais para avaliar de forma independente como estão os testes de vacinas”, disse Shane Crotty, pesquisador de vacinas e doenças infecciosas do Instituto La Jolla de Imunologia.Pangalos disse que os pesquisadores só receberam os dados no último fim de semana e estão trabalhando para liberar rapidamente os dados completos em um jornal revisado por pares. “A maneira certa de publicar e documentar os resultados é em uma revista científica, e todos esses dados serão publicados na próxima semana ou depois”, disse ele.

Época

 

Opinião dos leitores

    1. Toma não. Fica tomando cloroquina e comendo capim de 3 em 3 horas!! Mummmmmm!

    2. Conheço quem ficou bom com cloriquina, vitaminas + zinco e Sol. No começo dos sintomas. Essa tentativa de desacreditar medicamentos é coisa de celerados.

    3. Conheço quem ficou bom só com o grão de feijão de Valdomiro, que custa 1mil. 😛
      Gado vei pra falar asneiras.
      Meu Deus, a Internet deu voz a todo mundo, socorro. O gado é brabo. Mas tá explicado, os toureiros usam uma roupa vermelha pra o gado pegar ar, por isso não podem ouvir falar em nada vermelho huahuah

    4. Não vou expor o pessoal que fez esse tratamento, mas esse tem sido o protocolo de alguns médicos. Sim, uns combinam com a Ivermectina. Mas dizaí, sabichão… use as suas palavaras, sem consultar o Google, que remédios devem as pessoas tomar aos primeiros sintomas, que dosagem, interações, reações, contraindicações. Aja como homem, náo como moleque que só sabe fazer xingamento. São vidas humanas, verme.

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Saúde

OMS admite possibilidade de transmissão aérea da covid-19

Foto: Reprodução/YouTube/WHO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) admitiu nesta terça-feira que evidências sobre a transmissão aérea do novo coronavírus estão “surgindo”. O reconhecimento ocorre após um grupo de quase 240 cientistas ter pedido que a entidade atualize os guias com orientações sobre como o Sars-CoV-2 passa de uma pessoa para outra.

Em entrevista coletiva concedida hoje, líder técnica da resposta da OMS à pandemia, Maria van Kerkhove, admitiu que a hipótese está sendo analisada. “Temos conversado sobre a possibilidade de transmissão aérea e aerosol como uma das formas de transmissão da covid-19”, disse ela.

Na última atualização do relatório sobre a doença, em 29 de junho, a OMS afirma que o novo coronavírus se espalha principalmente a partir de pequenas gotas expelidas pelo nariz ou pela boca, após tosse, espirro ou fala.

No entanto, em uma carta aberta publicada na revista americana “Clinical Infectious Diseases”, cientistas e consultores da própria OMS afirmam que novos estudos mostram que partículas menores do vírus permanecem no ar, especialmente em locais fechados, e podem contaminar pessoas.

A líder técnica da OMS para o controle de infecções, Benedetta Allegranzi, afirmou que a entidade vai analisar as evidências que estão surgindo. No entanto, ela destacou que os estudos sobre a transmissão aérea ainda não são definitivos.

Valor

 

Opinião dos leitores

  1. também esse povo não sabe o que diz , não sabe o que quer , não sabe de nada , informam uma coisa um dia e no outro desmentem, o povo não sabe mais o que fazer.

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Polícia

Bolsonaro admite que falou ‘PF’ na reunião e que ‘interferência’ visou a segurança familiar: “é bem claro”, diz

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta sexta-feira (15) que falou a palavra “PF” na reunião ministerial do dia 22 de abril. Ele ressaltou, no entanto, que se posicionou para interferir em assuntos de segurança física de sua família, e não em temas de inteligência e investigações dentro da corporação.

No início da semana, Bolsonaro havia dito que não mencionou o termo “Polícia Federal” durante a reunião. O encontro ministerial é alvo de inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar denúncias do ex-ministro Sergio Moro de que Bolsonaro tenta interferir politicamente na PF.

O relator do caso, ministro Celso de Mello, vai decidir se torna público o inteiro teor do vídeo.Nesta quinta (14), a Advocacia-Geral da União divulgou a transcrição parcial da reunião, em que aparece o presidente falando “PF”. Bolsonaro reconheceu que o texto divulgado pela AGU corresponde à realidade.

“Eu espero que a fita se torne pública, para que a análise correta venha a ser feita. A interferência não é nesse contexto da inteligência, não. É na segurança familiar. É bem claro”, afirmou o presidente.

Apesar de Bolsonaro afirmar falou sobre questão de segurança familiar, a manifestação da AGU entregue ao STF mostra que o presidente reclamou da falta de informações da PF e declarou que iria “interferir”. A declaração transcrita parcialmente pelo governo, no entanto, não deixa claro como ele faria isso.

“E me desculpe o serviço de informação nosso, todos, é uma vergonha, uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade”, diz trecho da transcrição entregue pela AGU.

Negativas anteriores

No início da semana, Bolsonaro disse na rampa do Palácio do Planalto que ele não falava as palavras “Polícia Federal” na reunião.

“Esse vazador está prestando desserviço. Não existe no vídeo a palavra ‘Polícia Federal’ nem ‘superintendência’. Não existem as palavras ‘superintendente’ nem ‘Polícia Federal'”, afirmou o presidente na ocasião.

Depois, em depoimentos no inquérito, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) disseram que Bolsonaro havia se referido à PF na reunião. Comentando especificamente o depoimento de Ramos, Bolsonaro afirmou que o ministro se “equivocou”.

Com G1

Opinião dos leitores

  1. Estão dizendo q o PF q ele cita é Prato Feito, já q a reunião era antes do almoço.
    Sugestão pro gado defender seu mentiroso predidelo.

    1. Também estão dizendo por aí que a sigla PF agora significa POLÍCIA DA FAMÍLIA, rsrsrsrsrsrsrsrs….

  2. Kkkkk
    Cadê o gado confuso pra passar o pano no miliciano?
    Presidente mais mentiroso q já existiu.

  3. Só não estou entendendo esse processo contra o Presidente pois tá na constituição que é prerrogativa do mesmo nomear os ministros e nesse caso específico o Diretor Geral da PF ,se tá na Lei pra que questionar ou será perseguição mesmo a nível Judiciário (PGR e STF) ou será que a lei foi feita e não serve de nada ,pois é o que percebo pelo ao menos é a minha opinião?

    1. A lei tb fala que não pode usar as instituições federais para beneficio próprio.

  4. Disse, negou, desdisse e agora admite: no meu tempo isso se chamava mentiroso…
    Detalhe: quem faz a segurança do Presidente e sua família não é a PF, e sim o GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
    Então, afinal de contas o que ele quis dizer com a PF “ajudar” a família dele???

  5. Todos os políticos ,sem exceção, são iguais nos objetivos conveniência pessoal e familiar. Uns com conhecimentos, outros desprovidos, analfabetos, grossos,… entretanto, á única preocupação é enriquecimento de vossa clã.

  6. Até dois dias, afirmava BOLSONARO pelos quatro cantos que não havia falado PF ou Polícia Federal. Isso é um louco e escroto. Suas palavras não se sustentam!!! VOTEI NESSE CARA PARA O PT NÃO CHEGAR AO PODER, MAS ESTOU VENDO QUE MERDA E MAU CHEIRO DE MERDA SÃO A MESMA COISA.

  7. Presidente volta atrás né? Feito couro p***, pra tentar se livrar de aros de improbidade administrativa, querendo inocentar ilegalmente sua família

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Economia

Guedes admite que governo pode emitir moeda para financiar a dívida

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu, nesta quinta-feira, pela primeira vez, que o Banco Central pode emitir moeda e comprar dívida interna para financiar a dívida pública. Ao comentar o assunto, em audiência pública do Congresso Nacional, afirmou que um bom economista não tem dogmas.

— É possível emitir moeda? Sim — disse Guedes.

O ministro desenhou um cenário de inflação zerada e juro baixo para justificar a eventual emissão. A consequência mais clássica da emissão de moeda é o descontrole da inflação ou mesmo uma crise hiperinflacionária.

“Imprimir dinheiro” para financiar o governo é defendido, por exemplo, pelo ex-ministro da Fazenda e ex-presidene do BC Henrique Meirelles.

— Se cair numa situação que a inflação vai praticamente para zero, os juros colapsam, e existe o que a gente chama da armadilha da liquidez, o Banco Central pode sim emitir moeda e pode sim comprar dívida interna — disse Guedes.

Por conta do coronavírus e das medidas tomadas para combater o vírus, a dívida pública deve disparar nos próximos meses, o que levantou questionamentos dos senadores sobre a capacidade do país em financiar as ações.

Guedes disse que o BC pode até mesmo comprar a dívida interna.

— Ele (o BC) pode recomprar dívida interna. Se a taxa de juros for muito baixa ninguém quer comprar título muito longo e aí pode monetizar a dívida sem que haja impacto inflacionário — disse o ministro.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já se manifestou contrário à emissão de moeda para financiar os gastos do governo no combate à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Guedes afirmou que é preciso prosseguir com as reformas.

— Mas nós sabemos que o mundo espera que as reformas prossigam e que a gente tenha austeridade do ponto de vista de entender que numa crise de saúde não falta dinheiro para a saúde, mas isso não pode virar uma farra eleitoral — completou.

Guedes também afirmou que o BC está usando as reservas internacionais, o que tem reduzido a dívida pública.

O ministro afirmou depois que uma solução para não ser necessário emitir moeda seria o Congresso aprovar uma propsota de emenda à Constituição (PEC) que acaba com boa parte dos fundos públicos e transfere R$ 250 bilhões para reduzir a dívida.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Quando o Presidente Lula falou em imprimir moeda, o gado ficou mugindo alto… Agora é um silêncio….

    1. As hienas não se conformam com nada. Lula queria pra quê mesmo??

    2. Esse Lula aí não é nem pra falar mais. Tem que voltar pra cadeia e terminar de pagar sua pena.

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Saúde

Cardiologista do Sírio-Libanês, Roberto Kalil Filho, admite que tomou cloroquina e defende seu uso no tratamento

Foto: Reprodução TV Globo

Ao receber alta hoje após dez dias de tratamento por causa da Covid-19, o cardiologista Roberto Kalil Filho defendeu a utilização da cloroquina em pacientes internados, já que existem evidências sobre a eficácia do medicamento e os estudos vão demorar para apresentar resultados. O médico do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, disse que a cloroquina estava liberada apenas para pacientes graves e agora já estava liberada para todos os pacientes internados.

“Febre, falta de ar, tosse, dor no corpo, uma sensação que nunca tinha vivido em 60 anos de vida e espero nunca mais viver nos próximos anos de vida. O que senti foi indescritível”, diz ele.

O cardiologista acredita que o procedimento vai ajudar a impedir a evolução dos casos e internações em UTIs. Ele disse que o uso do medicamento deve ser ministrado apenas para pacientes da doença que estão internados e podem ter os efeitos colaterais monitorados. Roberto Kalil Filho também afirmou não existe como prever quando será o pico da contaminação no Brasil. O médico ainda afirmou que nunca se sentiu tão mal na vida.

Globo, via CBN

Opinião dos leitores

  1. Não pode usar este medicamento por que? Por que assim como o vírus chinês covid-19 veio da China, da mesma forma a cura tem que vim de lá, para que o mérito seja da China. Essa imprensa e esta esquerda, são um cranco na sociedade brasileira.

  2. Já tomei pra artrite reumatoide, mas tive que interromper. Assim mesmo, o tratamento foi controlado devido suas reações. No meu caso, afetou a visão e a pressão. É um medicamento que merece acompanhamento e vai depender de cada caso.

    1. Traidor por que? Explica aí sabidão. Ou então deixa de falar miolo de pote.

  3. O remédio não tem q ter pai, lado, ideologia. Tem que funcionar e em uma hora dessas onde um dos médicos mais conhecido e respeitado do brasil, tanto prescreve quanto o próprio usou, falta o que para isso salvar o nosso país ?

  4. Bolsonaro, sim. Há dias vem defendendo o uso acompanhado da Cloroquina. Interessante, se o método der errado essa tal de esquerda culpará o Presidente; e se der certo, heim?? Quem terá o mérito? A rigor, está discussão nem deveria estar acontecendo. Temos que ver o esforço de todos. Entretanto o país tem um Presidente que, seja qual for o resultado, ele por este responderá.

  5. Jamais essa imprensa irá divulgar se D certo, colocará no roda pé do jornal bem pequenininho se ele estiver certo.

  6. Se realmente funcionar é for liberado para uso em larga escala, Bolsonaro vai sair bem forte dessa crise toda. Uma virada incrível.

    1. Olha no que o cara pensa: Bolsonaro. Meu Jesus, daí juízo a esse ?????

    2. Jair Messias Bolsonaro sairá FORTÍSSIMO, a mídia vai se ferrar junto com o engomadinho de São Paulo. Inclusive o acompanhante dele nas entrevistas Dr. Davi Uip deve ter tomado essa medicação e ele para proteger seu empregador não confirma. As mascaras dessa gente vai cair e o Brasil vai superar essa situação.

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Diversos

Potiguar admite que ‘pode ter se equivocado’ ao informar contato com chineses, mas nega intenção de má-fe

O Blog do Dina, por Dinarte Assunção, noticia nesta sexta-feira(14) que o homem que foi alçado à polêmica sobre o coronavírus no Rio Grande do Norte, Gustavo Pereira, afirmou em entrevista que pode ter se enganado ao reportar a autoridades médicas que teve contato com chineses.

Pereira, no entanto, diz que jamais agiu para enganar as pessoas ou fazê-las acreditar que ele estava infectado, o que seria o primeiro caso no Brasil se confirmado.

Leia matéria com todos os detalhes aqui.

Opinião dos leitores

  1. Esse palhaço é pra ser processado e internar ele no João Machado por 30 dias pra ele aprender que não se deve brincar com coisa séria.

  2. Um tapa no pé do ouvido, daqueles de mão cheia.
    Depois fala no ouvidinho dele *se liga boy*
    Duvido esse papangu fazer graça novamente.

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Denúncia

TV Globo pela primeira vez admite investigar denúncia de ‘teste do sofá’

Imagem: Divulgação

Todo mundo já ouviu falar no famoso “teste do sofá”, quando uma atriz (ou ator) é obrigado a fazer sexo com alguém de uma hierarquia superior em troca de um papel em uma novela ou no cinema. E raramente uma emissora admite que isso de fato exista. E, pela primeira vez, a TV Globo admite que está investigando uma denúncia desta prática.

Só que a Coluna do Leo Dias recebeu a informação de que chegara à Ouvidoria da emissora uma denúncia que foi levada à investigação. Os nomes das partes envolvidas não foram revelados. Mas em nota oficial creditada à Central Globo e Comunicação, a emissora admite, da sua maneira, que está apurando a denúncia.

Leia a nota na íntegra:

“A Ouvidoria do Grupo Globo é um canal aberto para denúncias de violação às regras do Código de Ética da empresa. É garantido sigilo aos relatantes, razão pela qual a Globo não comenta nem divulga a esse respeito. Mas reafirma que relatos referentes a assédio, moral ou sexual, são apurados com rigor, sendo adotadas as medidas cabíveis”.

UOL, via Coluna Léo Dias

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Política

Bolsonaro admite rever indicação de Eduardo para embaixada em Washington

Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS/12-8-2019

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta terça-feira o parecer da Consultoria do Senado que considerou nepotismo a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), seu filho, para a Embaixada do Brasil em Washington. Segundo Bolsonaro, os pareceres da Casa tem “viés político” e são elaborados “de acordo com o interesse do parlamentar”. O presidente admitiu, contudo, que pode recuar da indicação se perceber que não há votos suficientes.

— As consultorias, elas agem de acordo com o interesse do parlamentar. É igual na redação, que vocês aprenderam. “Faça uma matéria sobre Jesus Cristo”. Você pergunta: “Contra ou a favor?”. Assim que vocês aprenderam na universidade. Aqui é a mesma coisa. Então, tem um viés político nessa questão. O que vale para mim é uma súmula do Supremo dizendo que nesse caso não é nepotismo — disse Bolsonaro, ao sair do Palácio da Alvorada.

Questionado sobra a possibilidade de desistir da indicação, em caso da possibilidade de derrota, o presidente afirmou que “tudo é possível” na política e que não quer submeter seu filho a um “fracasso”.

— Você, por exemplo, está noivo. A noiva é virgem. Vai que você descobre que ela está grávida. Você desiste do casamento? Na política, tudo é possível. Eu não quero submeter o meu filho a um fracasso. Acho que ele tem competência.

O Globo

Opinião dos leitores

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Polícia

Odebrecht admite corrupção em obras de aeroportos

Ampliação do aeroporto de Congonhas. Foto: Divulgação/Galvão

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) firmou nessa quarta-feira (17) acordo de leniência com a Odebrecht em que a empreiteira denuncia cartéis em obras de aeroportos administrados pela Infraero, incluindo Congonhas e Guarulhos (SP).

O acordo foi assinado no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a Odebrecht, 19 empresas teriam participado do conluio, combinando resultados de licitações para dividir lotes de obras de ampliação e modernização de aeroportos.

Entre eles,Santos Dumont(RJ), Macaé (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Macapá (AP) e Vitória (ES).

Em troca da colaboração, a Odebrecht deverá se livrar de pagar qualquer valor ao Cade. Já as outras empresas condenadas no processo poderão pagar multa de até 20% do faturamento. Procurada, a empresa não quis se pronunciar.

Como antecipou o Estadão/Broadcast, o Cade tem pelo menos dez acordos de leniência em negociação e deve firmar outros 80 em processos que apuram cartéis relacionados à Lava Jato.

No fim do ano, o órgão fechou 16 termos de compromisso nos quais as principais construtoras investigadas pela operação pagaram R$ 900 milhões e se comprometeram a colaborar com as investigações, elevando para R$ 1,2 bilhão o valor pago por essas empresas ao conselho até agora.

No âmbito da Lava Jato, há outros 15 acordos de leniência já celebrados com o Cade. Somente a Odebrecht já firmou três: para investigações de cartel na construção do Rodoanel Mario Covas, em licitação feita pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), em licitações promovidas pela Dersa e a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) para implementação do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Estratégico Metropolitano de São Paulo e em obras e serviços de infraestrutura de médio e grande porte em Salvador (BA).

Segundo a reportagem apurou, a empresa tem quase uma dezena de outros acordos em negociação com o Cade, de novas denúncias quanto processos já abertos.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Se procurar aqui acha.
    Esse aeroporto Internacional Aluízio Alves, pode tranquilamente funcionar, como está funcionando, mas nunca, jamais nós moldes que opera hoje.
    Aí em São Gonçalo era pra está funcionando o que os políticos venderam, passaram pra população, que ia ser para transportes de cargas, vôos para Europa, Ásia e América etc etc…
    Mentira!!!
    Opera com o terminal de passageiros que de jeito nenhum deveria ter saído de Parnamirim.
    Quer fazer aeroporto em São Gonsalo? Pode fazer, sem problemas, agora matar o Augusto Severo, De maneira nenhuma, de jeito nenhum e pronto.
    Parnamirim, não merecia essa enganação. A população tinha que ter gritado e não deixar acontecer.

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Judiciário

Cabral admite pela primeira vez ter recebido propina de cervejaria; ex-governador se ofereceu para ir ao MPF falar sobre empresário dono do Grupo Petrópolis

Foto: Reprodução

Em um depoimento de menos de 20 minutos nesta terça-feira, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral admitiu que parte de seu esquema envolvia lavagem de dinheiro por meio de concessionárias do grupo Dirija. Esse é o assunto do processo no qual ele depôs hoje. Na audiência, no entanto, Cabral falou rapidamente sobre outros temas e, pela primeira vez, afirmou que recebeu propina do Grupo Petrópolis, dono da cervejaria Itaipava.

O delator Carlos Miranda já afirmara em seu acordo que o grupo pagava mesada de R$ 500 mil ao grupo de Cabral.

— O grupo Petrópolis, sim, tinha propina. Houve ajuda em campanha e, de fato, havia esse recurso, como o Carlos Miranda falou no depoimento dele que parte era para lavagem de dinheiro, outra parte ficava para o Ary (Ary Ferreira da Costa Filho é ex-assessor de Cabral e já foi condenado na Lava-Jato) e outra para gastos do caixa — afirmou Cabral, diante de uma pergunta do juiz Marcelo Bretas, sem falar sobre o montante de propina recebido.

No depoimento, o ex-governador se ofereceu para ir ao Ministério Público Federal (MPF) para prestar esclarecimentos sobre o empresário Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis.

O ex-governador também foi questionado sobre dinheiro que receberia do grupo Presunic em sua primeira gestão no governo do estado.

— Em relação ao Presunic, não houve nenhum tipo de entrega de propina — afirmou Cabral, dizendo que recebeu do grupo apenas recursos de caixa dois.

O Globo

 

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Diversos

Fundador da CVC admite ter pago propina para se livrar de R$ 160 milhões em impostos

Guilherme Paulus, fundador da CVC, admite ter pago propina para sonegar R$ 160 milhões em impostos Foto: Ana Paula Paiva / Agência O Globo

O empresário Guilherme Paulus, fundador do grupo CVC Brasil, maior operadora de viagens do país, confessou à Polícia Federal (PF) ter pago propina para livrar uma de suas empresas de uma cobrança de R$ 161 milhões em tributos federais. Paulus deixou a presidência do Conselho de Administração da CVC Brasil em março do ano passado, pouco antes de fazer a delação premiada, e não participa do controle da companhia.

Com base na delação de Paulus, a PF cumpriu, na manhã desta terça-feira, 23 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em cinco estados. Os investigadores encontraram indícios de que o grupo também movimentou propina no exterior, embora não tenha revelado os valores. Por isso, além de corrupção e organização criminosa, os integrantes do esquema também poderão responder por lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Batizada de operação “Checkout”, a ofensiva desta terça-feira é um desdobramento da Operação Descarte, que já teve duas fases: em março e em novembro do ano passado. Nessas investigações anteriores, os policiais apuraram a existência de uma quadrilha que recebia propina por meio de empresas de fachada para cancelar impostos devidos por grandes empresas.

Em sua colaboração à Justiça, Paulus contou que, no início de 2013, foi procurado pelo advogado Átila Reys Silva, investigado pela PF desde o ano passado por integrar um esquema de corrupção que envolveria fiscais da Receita Federal e integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para beneficiar empresas que devem tributos federais.

Silva afirmou a Paulus que poderia livrar uma de suas empresas, a CVC Tur, de uma cobrança de R$ 161 milhões na delegacia da Receita Federal em Santo André, desde que recebesse uma porcentagem do valor da multa. Os investigadores rastrearam o pagamento de R$ 39 milhões em contas de empresas fantasmas ligadas a Silva.

Por meio de outro advogado, Silva deu entrada num recurso na delegacia da Receita em Santo André em 2013 e levou o caso para julgamento do Carf em agosto do ano seguinte. Os conselheiros votaram por unanimidade a favor do pedido de Paulus. De acordo com documentos do processo, o advogado voltou do julgamento, em Brasília, em um avião particular do empresário.

Apesar do nome, a CVC Tur não tem relações formais com a operadora de viagens desde 2009. Naquele ano, foi criada uma nova empesa, a CVC Brasil, que herdou os ativos e passivos da companhia anterior. É a CVC Brasil quem comanda as mais de 1.300 lojas. Hoje, Paulus é apenas um sócio minoritário da companhia, que tem ações na Bolsa de Valores.

Investigação começou em 2018

Em nota, a CVC Brasil informou que a empresa citada nas investigações desta terça-feira “não tem qualquer relação com a companhia”. Ainda segundo a empresa, “nenhuma das pessoas citadas, incluindo o Sr. Guilherme Paulus, possuem cargos executivos ou na administração da CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens S.A”.

Paulus também divulgou uma nota, por meio de sua assessoria de imprensa:

“A respeito da Operação Checkout deflagrada hoje pelas autoridades policiais, informamos que o empresário Guilherme Paulus firmou de forma espontânea acordo com o Ministério Público e a Polícia Federal tornando-se colaborador da Justiça. Nessa condição, o empresário prestou os esclarecimentos requeridos pelas autoridades e assumiu compromisso de confidencialidade sobre seu depoimento”.

No ano passado, a PF já havia investigado outra empresa por ligação com o esquema de corrupção do advogado Silva. O Consórcio Soma, que realiza os serviços de coleta de lixo da cidade de São Paulo e teria pago R$ 100 milhões em propina, segundo a PF. Na época, a empresa informou que “cumpre todas as exigências legais” e que iria colaborar com as investigações.

As irregularidades foram delatadas pela primeira vez, no ano passado, por dois colaboradores da Operação Lava-Jato: os doleiros Alberto Yousseff e Leonardo Meirelles.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Isso faz parte da nossa cultura! Infelizmente vivemos num país de larápios e usurpadores, toma lá dá cá. Isso é o Brasil minha gente, onde os ricos levam as vantagens e os pobres levam fumo.

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