Economia

Política de preços de combustíveis não vai mudar, diz Presidente da Petrobras

Por interino

Foto: Reuters

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça-feira (22) que foi informado pela equipe econômica que o governo não considera, “em hipótese nenhuma”, pedir uma mudança na política de preços de combustíveis da estatal.

Parente falou após reunião com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, de Minas e Energia, Moreira Franco, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.

O governo do presidente Michel Temer estuda medidas diante da impopular escalada do preço dos combustíveis.

A Petrobras anunciou que, nesta terça-feira (22), a gasolina subirá 0,9%, para R$ 2,0687 o litro, e o diesel, 0,97%, para R$ 2,3716 . Em maio, o preço da gasolina subiu 16,07%.

​”Queriam informações sobre dinâmica do mercado, sobre como o governo poderia considerar eventuais medidas, a serem discutidas posteriormente, mas não no âmbito da Petrobras”, disse o executivo. “É reconhecido que a política de preços da Petrobras é um ciclo de reconhecimento do mercado internacional e do câmbio”.

Parente declarou ainda que o governo está preocupado com os preços, e estudando o que pode ser feito.
“O governo está preocupado com os preços, está procurando ver o que pode ser feito no nível do governo”, afirmou. “Queria enfatizar que já na abertura da reunião fomos informados que em hipótese nenhuma, em nenhum momento, passou pela cabeça do governo que poderia pedir qualquer mudança na política de preços”.

Parente reforçou que a redução de preços desta terça foi consequência do recuo no câmbio, consequência da intervenção do Banco Central no mercado.

“A redução de hoje é simples de entender, porque houve uma redução importante do câmbio ontem. Essa política funciona tanto em momentos de alta quanto de baixa.”

TRIBUTOS

Questionado sobre uma possível redução de tributos sobre combustíveis, o presidente da Petrobras afirmou que não comentaria o assunto.

“O governo não entra nos assuntos da Petrobras, a Petrobras não comenta assuntos do governo.”

Tanto Eduardo Guardia quanto o do Planejamento, Esteves Colnago, afirmaram nesta terça que o espaço fiscal para reduzir tributos sobre combustíveis é muito pequeno.

“Vemos muito pouco espaço para redução tributária”, disse Colnago, ao ser questionado sobre a possibilidade.

Até esta segunda-feira, Guardia vinha descartando a possibilidade de corte de impostos como forma de reduzir o preço ao consumidor.

“Não há nenhuma decisão tomada. Em nenhum momento o governo solicitou mudança na política de preços da Petrobras. Quando houver alguma decisão, vamos comunicar”, declarou. “O espaço fiscal é muito reduzido”, completou.

Caminhoneiros voltaram a bloquear rodovias do país e a provocar lentidão no trânsito desde a madrugada desta terça, no segundo dia de paralisação contra a política de reajustes do óleo diesel. Ao menos 19 estados já registram manifestações.​

O ministro Moreira Franco (Minas e Energia), por outro lado, indicou que pode haver saídas tributárias. “Quem fala sobre isso é o ministro Guardia, porque são questões relativas a arrecadação”.

“Não há hipótese de se mexer na política de preços da Petrobras. Sabemos que o custo dessa prática no passado quase destrói a empresa. Não vamos cometer o mesmo erro.”

Disse que ainda esta semana sairá uma solução dessas negociações e que o governo ainda busca alternativas.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Engraçado, quando estavam saqueando a Petrobrás todo mundo mandava. Agora, para beneficiar a sociedade, as regras da política de preços são rígidas e "imexíveis" . Com a Palavra o Presidente da República.

    1. Estão juntando um montante, para essa Equipe que está fazer a sua parte como os Outros fizeram?

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Economia

Política de preços de combustíveis gera segurança, diz Temer

Foto: Marcos Corrêa /PR

Ao conceder a primeira entrevista exclusiva aos veículos da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) desde que assumiu o governo, o presidente Michel Temer afirmou que a atual política de preços de combustíveis gera segurança jurídica e que não deve ser alterada por enquanto.

“Agora, a política de preços realmente, o Pedro Parente, há tempos me disse que é melhor acompanhar os preços internacionais porque isso dá muita segurança jurídica para aqueles que investem na Petrobras e nessa atividade. E este acompanhamento dos preços internacionais, ora tem um aumento, ora uma diminuição. Mas também dá muita credibilidade e segurança jurídica aos investidores”, afirmou o presidente.

Questionado se é possível reduzir os preços dos combustíveis nas bombas dos postos, Temer afirmou que é preciso aguardar a reação internacional.

“Lamentavelmente, por enquanto, nós temos que continuar [a manter a política de flutuação de preços] porque a segurança jurídica em relação a Petrobras também é um fato relevante. É possível que, é provável, que o preço internacional caia. Caindo o preço internacional, cai os preços dos produtos da Petrobras”, disse ele.

*A entrevista exclusiva foi conduzida pelos jornalistas da TV Brasil e da NBR com a participação de profissionais de vários veículos da EBC.

Agência Brasil

 

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