Finanças

LAVA JATO: Executivos são denunciados por lavagem de dinheiro e corrupção

Após meses de investigação, 35 pessoas, vinculadas a seis empreiteiras, foram denunciadas nesta quinta-feira (11) pelo Ministério Público Federal, na primeira denúncia contra executivos investigados pela Operação Lava Jato.

A partir de agora, executivos ligados às construtoras OAS, Camargo Corrêa, UTC, Mendes Júnior, Engevix e Galvão Engenharia foram acusados formalmente na Justiça, e devem responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Também foram denunciados o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, entre outros investigados. Dos 35 denunciados, 22 estão ligados às empreiteiras.

As cinco denúncias apresentadas nesta terça à Justiça dizem respeito aos contratos da área de abastecimento da Petrobras. Novas denúncias devem ser apresentadas nós próximos dias.

As empresas são investigadas sob suspeita de participarem de um esquema de fraudes à licitação e desvio de dinheiro público em obras da Petrobras. Porcentagens de 1% a 5% sobre o valor dos contratos seriam repassadas a diretores da estatal e a agentes políticos, com a intermediação de doleiros como Youssef.

Hoje, 11 executivos permanecem presos preventivamente na sede da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, responsável pelas investigações. Eles só saem mediante decisão judicial favorável, o que até agora não conseguiram.

A maioria deles está detida desde o dia 14 de novembro –quase um mês.

As denúncias do MPF foram protocoladas na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, e devem ser apreciadas pelo juiz Sergio Moro, responsável pelo caso.

Caberá a Moro decidir se será aberta ação penal contra os acusados. Em caso de início do processo criminal, os suspeitos passarão à condição de réus.

MPF acrescenta nome de executivo e número de denunciados na Lava Jato chega a 36

O Ministério Público Federal (MPF) incluiu na noite desta quinta-feira, 11, o nome do presidente da Camargo Corrêa, Dalton Santos Avancini, na lista de denunciados da Operação Lava Jato, que havia sido divulgada à tarde pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e pelo procurador da República Deltan Dallagnol.

Com isso, o número de suspeitos de participar do esquema de propina na Petrobras denunciados chega a 36, de acordo com o MPF. “A Petrobras é vítima deste esquema”, disse, mais cedo, Dallagnol, ao lado de Janot. O MPF ofereceu denúncia por corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Dallagnol dividiu o esquema em três núcleos: empreiteiras, funcionários públicos e operadores financeiros, a quem chamou de “profissionais em lavagem de dinheiro”.

Folha Press e Estadão Conteúdo

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