Polícia

Ex-governador Anthony Garotinho é preso no Rio

5out2014-o-candidato-do-pr-ao-governo-do-rio-de-janeiro-anthony-garotinho-chegou-para-votar-acompanhado-da-familia-ele-veio-de-helicoptero-do-rio-para-campos-dos-goytacazes-na-saida-ele-afirmou-que-1Inácio Teixeira/Coperphoto

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (16) o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR). A detenção foi solicitada pelo MPE (Ministério Público Eleitoral). Garotinho, que esteve à frente do Executivo fluminense entre 1999 e 2002, também foi deputado federal –exerceu mandato até 2015.

Agentes da delegacia da PF do município de Campos dos Goytacazes, reduto eleitoral da família Garotinho, cumpriram a ordem de prisão na casa do político, situada no bairro do Flamengo, zona sul da capital fluminense.

O UOL entrou em contato com uma fonte que trabalha diretamente com o ex-governador e que afirmou ter sido “pego de surpresa” com a notícia. “Soube há uns 15 minutos, quando um amigo me ligou perguntando. Estou indo agora para a sede da PF”, informou a fonte. O homem afirmou ainda que os advogados já estão se mobilizando.

A assessoria de comunicação da Polícia Federal também foi procurada, mas não informou qualquer detalhe sobre a operação deflagrada pela delegacia de Campos dos Goytacazes.

Na eleição deste ano, o grupo de Garotinho sofreu uma derrota em Campos, município no norte do Estado governado desde 2009 por sua mulher, Rosinha Garotinho (PR). O próprio ex-governador foi eleito prefeito da cidade duas vezes, em 1989 e 1996. O candidato de Garotinho, Dr. Chicão (PR), foi derrotado por Rafael Diniz (PPS), que venceu no primeiro turno.

Em outubro, o TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio) aprovou a cassação do mandato de Rosinha à frente da Prefeitura de Campos. Para o relator do processo, o desembargador eleitoral Marco Couto, o portal oficial da prefeitura de Campos na internet foi usado para promover os dois políticos, com o propósito de favorecer a reeleição de Rosinha, em 2012. Com a decisão judicial, ela e o vice ficaram inelegíveis por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Atualmente, a filha do ex-governador, a deputada federal Clarissa Garotinho, é uma das lideranças do PR no Rio. Ela fez parte da costura política que marcou a aliança com o prefeito eleito da capital, Marcelo Crivella (PRB), e foi responsável por indicar o vice dele na chapa, Fernando Mac Dowell (PR). (Com Estadão Conteúdo)

UOL

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Judiciário

Advogado de Cerveró é preso no Rio

O advogado Edson Ribeiro foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (27) no aeroporto internacional do Galeão, no Rio, ao desembarcar de um voo proveniente de Miami (EUA).

Advogado do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, Ribeiro é acusado de tentar obstruir a Justiça na Operação Lava Jato.

O advogado era monitorado por policiais norte-americanos desde a quarta-feira (25), quando o STF (Supremo Tribunal Federal) emitiu ordens de prisão contra ele, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), um assessor e o banqueiro André Esteves.

Nesta quinta (26), foi feita a inclusão do nome dele no alerta vermelho da Interpol. Sua foto e nome já constavam no site da instituição na manhã de quinta.

O governo dos EUA chegou a cancelar o visto concedido a Ribeiro -medida padrão adotada pelo governo norte-americano em casos de brasileiros contra os quais há mandado de prisão expedido pela Justiça brasileira.

Ele, no entanto, adquiriu uma passagem de Miami para o Rio. Um acordo entre a agência de imigração do governo dos EUA e a PF brasileira permitiu que ele embarcasse rumo ao Brasil, onde foi preso nesta manhã ao chegar.

Morador do Rio, o advogado estava nos Estados Unidos desde a semana passada, mas a cidade não foi divulgada pela PF para não atrapalhar sua prisão. Como ele havia viajado antes da ordem de prisão, não era formalmente considerado foragido pela PF.

ÁUDIO

De acordo com áudio captado pelo filho do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró e tornado público nesta quarta-feira (25), o advogado e o senador discutiram uma forma de retirar Cerveró da prisão por meio de influência política no STF e, depois, retirá-lo do país pelo Paraguai.

Cerveró está preso em Curitiba (PR) por decisão do juiz federal Sergio Moro, responsável pela condução dos processos e inquéritos relativos à Operação Lava Jato.

Na semana passada, integrantes do grupo de trabalho da Operação Lava Jato na Procuradoria Geral da República receberam um telefonema de outra advogada de Nestor Cerveró, Alessi Brandão. Na conversa, ela contou que havia a gravação da reunião com o senador tentando impedir a delação premiada do ex-diretor.

A gravação fora feita pelo filho de Cerveró, Bernardo, por estar desconfiado que Edson Ribeiro estaria fazendo um “jogo-duplo” : atrapalhando o acordo de delação de seu pai para ganhar dinheiro de um acordo com Delcídio e excluir nomes da delação.

Os procuradores se interessaram pelo material. No mesmo dia, a advogada Alessi Brandão pegou um avião e foi a Brasília encontrá-los, levando a gravação. Chegou por volta das 21h. Conversaram e ouviram a gravação, de uma hora e meia. Naquele dia, o expediente só se encerrou após a meia-noite na PGR.

A conversa havia sido gravada por Bernardo no último dia 4 de novembro, em um quarto de hotel em Brasília. Contou com a presença do advogado Edson Ribeiro, do senador Delcídio e do seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, todos alvos de prisão. Antes da reunião, todos guardaram os celulares, para evitar gravações. Mas Bernardo havia levado um aparelho extra para conseguir gravar.

No dia seguinte ao encontro na PGR (19), procuradores saíram de Brasília e foram até o Rio de Janeiro para obter um depoimento de Bernardo e até Curitiba para ouvir Cerveró. Ambos confirmaram a história.

Depois, os procuradores passaram a preparar os pedidos de prisão.

Folha Press

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