Política

Fernando Haddad: “Quanto mais juro o banqueiro cobrar, mais imposto vai pagar”

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, atacou nesta sexta-feira (14) a concentração bancária, afirmando que, se eleito, vai estimular a redução dos juros para fomentar o crédito. Para isso, ele prometeu aumentar impostos das instituições financeiras que não diminuírem as taxas.

Foto: Pilar Olivares / Reuters

O petista, que visitou a favela da Rocinha em ato de campanha na Zona Sul do Rio de Janeiro, disse que a retomada da atividade econômica depende de um conjunto de medidas, tais como reforma tributária, redução de impostos para famílias de menor renda e uma reformulação bancária.

“Sem a reforma bancária, o juro vai continuar muito alto na ponta, chega a 300% no cartão de crédito e 100% no cheque especial”, disse Haddad a repórteres.

“Quanto mais juros o banqueiro cobrar mais imposto ele vai pagar, e vice-versa. Vamos induzir a diminuição das taxas de juros porque o sistema está muito concentrado, e, já que não tem concorrência entre eles, o governo vai regular para que haja concorrência”, acrescentou.

Durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foram adotadas medidas anticíclicas para enfrentar o baixo crescimento econômico, e uma delas foi o uso dos bancos públicos para forçar a redução dos juros no setor bancário. Recursos bilionários também foram injetados pelo Tesouro no BNDES, que chegou a emprestar ao setor privado a um custo mais barato que o de captação. Na época, as medidas foram criticadas por comprometerem o desempenho dos bancos públicos e aumentarem o endividamento das famílias.

Teto dos gastos

Haddad afirmou ainda que o teto de gastos públicos, que regula as despesas do governo pela inflação do ano anterior, também comprime o nível de atividade.

“O teto de gastos não abre nenhum espaço fiscal para investimento, e sem investimento público, sem consumo das famílias, sem crédito barato, a economia não vai retomar e o problema fiscal vai agravar”, afirmou.

O candidato do PT aproveitou a visita à Rocinha para prometer retomar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em comunidades carentes para melhorar as condições de vida das pessoas com mais emprego e geração de renda.

Carro de som anunciava “Lula é Haddad e Haddad é Lula”

Além de Haddad, também participaram do ato de campanha na Rocinha a candidata a vice Manuela D’Ávila e candidatos da coligação a outros cargos na eleição de outubro.

Durante a visita, o candidato à Presidência cumprimentou eleitores e moradores e ouviu gritos de Lula durante boa parte do percurso, que foi acompanhado por militantes e com um carro de som anunciando “Lula é Haddad e Haddad é Lula”.

Terra

 

Opinião dos leitores

  1. Mais um erro do candidato , meus amigos ele falou que quanto mais juros os Bancos cobrarem , mais impostos serão cobrados , " PRESTEM ATENÇÃO " os Bancos não estão nem ai , porque nesse caso a conta será cobrada aos CORRENTISTAS , resumindo vai sobrar para o POVO como sempre .

  2. Odebrech, Friboi, UTC , Engevis OAS ja pagaram muito….. agora sera a vez dos banqueiros?? vixe!!!!

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