Diversos

Petrobras quer nova metodologia para reajuste de preços do combustível

O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, confirmou hoje (28) que a empresa pretende fazer mudanças na metodologia de reajustes de preços de combustíveis. A proposta foi aprovada pela diretoria da estatal.

“Essa metodologia tem como principal produto a maior previsibilidade na geração de caixa da companhia e uma visão de que, com ela, haverá redução da alavancagem [uso de capitais de terceiros para investimento], com níveis aceitáveis”, disse.

A presidenta da companhia, Graça Foster pediu na última quarta-feira (23) ao Conselho de Administração da companhia, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para adequar os preços ao mercado. O colegiado pediu novos esclarecimentos, que devem ser apresentados em 22 de novembro.

De acordo com Barbassa, a nova metodologia de reajuste, caso aprovada, focada na “previsibilidade”, foi elaborada para não prejudicar as metas previstas no plano de negócios da Petrobras.

Atualmente, para não impactar a inflação, a Petrobras assume a diferença entre o preço de importação de diesel e gasolina, mais alto, e o valor praticado no mercado local. Porém, ao arcar com esse custo, a companhia tem menos recursos para investir e menos capacidade de endividamento.

Agência Brasil

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Economia

Petrobras pode pagar bônus de Libra sem reajuste do combustível, diz Graça Foster

A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse nesta quarta-feira que a empresa tem recursos suficientes para pagar sua parte no bônus ao governo pela exploração do campo de Libra sem necessidade de reajustar o preço dos combustíveis. Ela disse também que não será necessário aporte da União na companhia.

O leilão do pré-sal foi vencido por um superconsórcio liderado por Petrobras (10%, mais os 30% obrigatórios), Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNPC e CNOOC (10% cada).

A estatal precisa bancar R$ 6 bilhões dos R$ 15 bilhões de bônus. O restante será pago pelas demais empresas do consórcio vencedor.

“A Petrobras tem caixa para pagar os R$ 6 bilhões sem reajuste [de combustível], sem precisar do Tesouro”, disse Foster ao deixar o Ministério da Fazenda.

A presidente da estatal se reuniu por três horas com o ministro Guido Mantega, que é também presidente do conselho de administração da Petrobras. Segundo Foster, eles conversaram apenas sobre os investimentos em Libra e não discutiram o reajuste do preço interno dos combustíveis, que estão defasados em relação ao preço internacional.

“Não tem data, não tem data [para o reajuste]”, disse.

Ela ressaltou que a empresa terá mais recursos gerados pelo aumento da produção nos próximos meses. Disse também que os investimentos iniciais em Libra não são expressivos.

“Nos primeiros dois, três anos, os investimentos de Libra não são expressivos, e a nossa produção começa a aumentar no quarto trimestre. Quem produz mais petróleo, produz mais geração operacional, precisa de buscar menos recurso no mercado”, afirmou.

Foster argumentou que não poderia dar mais detalhes sobre os investimentos da estatal porque o resultado da companhia no terceiro trimestre sai na sexta-feira.

RATING

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s informou nesta quarta-feira que os ratings atribuídos à Petrobras (BBB/Negativa/–) não são afetados pelos resultados do leilão para exploração da reserva de Libra, de acordo com comunicado.

Segundo a S&P, os ratings atribuídos à Petrobras já incorporam o modelo de parceria para desenvolvimento da reserva.

“Além disso, nossas projeções financeiras mais recentes para a Petrobras e a avaliação do seu perfil de risco financeiro como ‘significativo’ já refletiam o desembolso de caixa de aproximadamente R$ 6 bilhões que a empresa tem de pagar referente a esse leilão”, afirmou.

Folha

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