Saúde

Mulher de 35 anos se torna a primeira pessoa viva com HIV positivo a doar órgãos

Nina Martinez se tornou a primeira doadora de órgãos HIV positiva — Foto: Twitter Nina Martinez

Nina Martinez, de 35 anos, se tornou a primeira pessoa viva com HIV positivo a doar órgãos. Os cirurgiões do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, nos EUA, transplantaram um rim doado por ela para um paciente também HIV positivo. As informações são do jornal americano “The Washington Post”.

A cirurgia foi realizada na segunda-feira (25). Tanto Nina quanto o receptor, que escolheu permanecer anônimo, passam bem. Pela primeira vez em um ano, o paciente que recebeu o rim não precisará fazer hemodiálise.

Antes do transplante de Nina, doações de órgãos entre HIV positivos só eram realizadas quando o doador já estava morto.

Martinez adquiriu HIV com apenas seis semanas de vida após uma transfusão de sangue, em uma época que testes rigorosos não eram realizados antes de procedimentos do tipo. Atualmente, sua carga viral é indetectável.

“Sua saúde é excelente. Seu HIV está bem controlado. Seu sistema imunológico é essencialmente normal ”, disse Christine Durand, professora de medicina na Hopkins e membro da equipe que avaliou Martinez.

Nos EUA, cirurgiões transplantaram 116 órgãos de doadores falecidos soropositivos para receptores com HIV desde 2016, quando uma nova lei permitindo a cirurgia entrou em vigor. Entre as pessoas sem HIV, mais de 152 mil rins de doadores vivos foram transplantados nos últimos 30 anos, e algumas centenas de fígados de doadores vivos são implantados a cada ano.

Os médicos consideram o procedimento outro passo na evolução do HIV e um avanço para 1,1 milhão de pessoas portadoras do vírus.

Viver com HIV e um único rim

Até agora, deixar uma pessoa soropositiva com apenas um rim era considerado muito perigoso porque a infecção e os medicamentos que a controlam aumentam as chances de doença renal.

Mas um estudo realizado em 2017 com 42 mil pessoas lideradas por pesquisadores do hospital Hopkins mostrou que, para alguns doadores saudáveis, o risco de desenvolver doenças renais graves não é muito maior do que para muitas pessoas HIV-negativas, especialmente aquelas que se envolvem em comportamentos como fumar.

“As pessoas com HIV hoje não podem doar sangue. Mas agora eles podem doar um rim “, disse Dorry Segev, professor de cirurgia da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, que liderou a equipe de pesquisa e removeu o rim esquerdo de Martinez.

“Eles têm uma doença que há 30 anos era uma sentença de morte. Hoje eles são tão saudáveis ​​que podem dar vida a outra pessoa ”-Dorry Segev, professor de cirurgia da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.

O órgão foi implantado no receptor por uma equipe separada de cirurgiões, o procedimento normal no transplante. A operação foi realizada por Niraj Desai, professor assistente de cirurgia em Hopkins.

Martinez e o receptor permanecerão em medicação anti-retroviral indefinidamente para controlar seu HIV. A resistência à medicação para o HIV pode variar de pessoa para pessoa, por isso os médicos devem monitorar de perto o receptor nos meses após o órgão doador ser introduzido. O receptor também tomará medicamentos para prevenir a rejeição de órgãos, e não se espera que estes interfiram significativamente nos medicamentos supressores do HIV.

G1

 

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Tecnologia

Whatsapp supera Facebook e se torna app mais popular do mundo

O último relatório anual do State of Mobile, realizado pela empresa de pesquisa Annie (via VentureBeat), revelou uma notícia que deve deixar qualquer cidadão americano de cabelo em pé. O Whatsapp, praticamente desconhecido nos EUA, superou o Facebook e se tornou o app para dispositivos móveis mais popular do mundo.

De acordo com a Annie, a posição de liderança do Whatsapp foi alcançada em setembro de 2018 e foi mantida até o final do ano. Não foi informado qual é a distância, em quantidade de downloads, existente entre os dois apps atualmente e, embora o Facebook tenha batido o Whatsapp na média de usuários móveis ativos, considerando todo o ano de 2018, as taxas de crescimento atuais devem consolidar o atual líder na primeira posição para todo o resto de 2019.

Nos EUA, o Facebook e o Facebook Messenger são, de longe, os apps mais populares, enquanto que o Whatsapp não fica nem entre os 10 primeiros. É estranho que, mesmo o Facebook sendo dono do Whatsapp, parece não haver muito esforço de Mark Zuckerberg para popularizar o nosso querido “zap zap” por lá (não se sabe como os americanos conseguem levantar e ir trabalhar todos os dias sem os gifs animados de “bom dia” dos grupos de família). Ele, que costumava exibir os números e realizações dos produtos da empresa, tem andado um tanto contido nos últimos dois anos.

No início de 2018, o Whatsapp tinha 1,5 bilhão de usuários ativos mensais em todo o mundo. Até o final de 2017, o Facebook havia contabilizado 2 bilhões. Agora, embora esses números possam ter se invertido, ainda temos de considerar os vários usuários do Facebook que só o utilizam via PC ou notebook.

Tecmundo

 

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