Judiciário

STF nega novo pedido de liberdade provisória de viúva da Mega-Sena

Foto: Severino Silva/Agência O Dia

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, negou mais um pedido de liberdade de Adriana Ferreira Almeida Nascimento, conhecida como viúva da Mega-Sena. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico nesta quinta-feira (18).

A defesa de Adriana recorreu à condenação da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito na tentativa de obter o benefício de liberdade provisória enquanto outros recursos estão sendo julgados por instâncias superiores.

De acordo com o parecer do STF, “definida autoria e materialidade do delito, não há razão para que seja postergada a execução da pena, em especial no caso em análise que tem por objeto crime praticado há mais de uma década”.

Adriana foi acusada pelo assassinato do marido, Renné Senna, morto em 2007, dois anos após ganhar o prêmio de R$ 52 milhões. A viúva foi apontada como mandante do crime e condenada a 20 anos de prisão em dezembro de 2016. Atualmente, ela cumpre pena no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.

O R7 não conseguiu contato com a defesa de Adriana Nascimento. O espaço está aberto para manifestação.

Testamento

Em fevereiro deste ano, a Justiça do Rio também anulou o testamento que deixava metade da fortuna de Renné para Adriana e a outra metade para a sua filha, Renata Senna. O pedido partiu da família da vítima.

Segundo o desembargador Elton Leme, relator do processo, o testamento é nulo porque favorecia a viúva, que não está legitimada a receber a herança em razão da condenação criminal pela morte dolosa de Renné. O documento feito um ano antes da morte do milionário.

Relembre o caso

Amputado das duas pernas, por sequelas da diabetes, Renné Senna deixou de ser lavrador e passou a vender doces à beira da estrada, em Rio Bonito. Em 2005, ele ganhou o prêmio milionário da Mega-Sena ao fazer uma aposta de R$ 1.

Senna foi assassinado a tiros por dois encapuzados em um bar em Rio Bonito, a 80 km da capital fluminense, em janeiro de 2007. Quase dez anos depois, Adriana foi condenada por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa à vítima).

Já os dois ex-seguranças do milionário, apontados como autores dos disparos, foram condenados a 18 de prisão. Eles cumprem pena desde 2009.

R7

 

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