Segurança

Witzel: ‘Se não se render, tem que eliminar, matar’

Witzel gosta de tocar trompete no Palácio Laranjeiras. Entre suas músicas preferidas, a lacrimosa “My way”, eternizada por Frank Sinatra.  Foto: Leo Martins / Agência O Globo

Na última terça (20), após um atirador de elite matar o sequestrador que mantivera 39 reféns — com arma de brinquedo — por três horas e meia em um ônibus na ponte Rio-Niterói, o governador do Rio, Wilson Witzel desembarcou de um helicóptero no meio da via e saiu vibrando para as câmeras que ali estavam como se comemorasse um gol. “Projeção mundial”, celebrou naquela noite com ÉPOCA, satisfeito com seu desempenho diante da imprensa: “Minha entrevista hoje certamente foi a melhor de todas”.

Aos 51 anos, o ex-fuzileiro naval e ex-juiz trabalha como garoto-propaganda sem pudores da política de segurança em vigor desde janeiro. Em quase oito meses, abusa das frases truculentas tanto quanto a polícia que comanda abusa da força. O número de civis mortos em operações policiais aumentou em todo o estado 15% em relação ao ano passado.

“A sociedade ainda não entendeu que estamos numa guerra contra o terrorismo”, disse ele, em entrevista à ÉPOCA.”A polícia tem de chegar para prender, se não houver rendição, tem de eliminar, tem de matar”.

Ele defende inclusive ataques em sobrevoos a favelas: “O helicóptero é o terror dos narcoterroristas”.

Witzel não diz que quer ser presidente. Afirma que será presidente, com a mesma certeza com que falava que seria governador quando ainda era traço nas pesquisas, relatam ao menos seis pessoas próximas ouvidas por ÉPOCA, entre políticos e colegas do meio jurídico.

Ele já antecipa até críticas a João Doria, apontado como outro potencial candidato:. “Fui eleito com um discurso duro pela segurança. E o Doria já está mudando. Na cabeça dele, quer ir para o centro. Ele está querendo ser mais moderado. Eu não!”, diz.

A reportagem completa está na edição desta semana da revista ÉPOCA.

Globo, via Época

 

Opinião dos leitores

  1. É interessante a simpatia que o jornalismo Tupiniquim nutre pela bandidagem de A a Z. Muito interessante!

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