Polícia

Cabral, Adriana Ancelmo e 11 viram réus na Lava-Jato; veja lista e crimes imputados a eles

czav-wixuaawz1sDezenove dias após a força-tarefa da Lava-Jato prender Sérgio Cabral e outras sete pessoas ligadas ao peemedebista na Operação Calicute, a Justiça Federal do Rio aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa contra o ex-governador do Rio, sua mulher Adriana Ancelmo – presa nesta terça-feira – e mais 11 envolvidos acusados de desviar cerca de R$ 224 milhões com diversas empreiteira em obras como a reforma do Maracanã e o Arco Metropoliltano, em troca de aditivos em contratos públicos e incentivos fiscais. Assim, todos os 13 denunciados passam a ser réu na Operação Calicute, braço da Lava-Jato no Rio.

A denúncia dos envolvidos quanto à prisão de Adriana Ancelmo foram antecipadas pelo MPF pelo temor de que uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ). pudesse anular as investigações da Operação Calicute. Hoje, Cabral entrou com recurso no tribunal.

A denúncia dos envolvidos e a prisão de Adriana Ancelmo foram antecipadas a pedido do juiz Marcelo Bretas por temor de que uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ). pudesse anular as investigações da Operação Calicute. Hoje, Cabral entrou com recurso no tribunal.

Confira a lista dos réus e os crimes imputados a eles:

1) Sérgio Cabral – Apontado como o comandante do esquema criminoso. Ele foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva ( 49 vezes), lavagem de dinheiro (164 vezes) e organização criminosa (1).

2) Adriana Ancelmo – Mulher do ex-governador. Contratos de seu escritórios de advocacia com empresas que receberam incentivos fiscais do governo do Rio estão sob suspeita. Ela foi denunciada pelos crimes de lavagem de dinheiro (111 vezes) e organização criminosa.

3) Wilson Carlos – Wilson Carlos Cordeiro da Silva de Carvalho aparece nas investigações como o articulador de pagamentos a Cabral. Ele foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva (49 vezes), lavagem de dinheiro (2 vezes) e organização criminosa (1).

4) Hudson Braga – Hudson Braga, considerado o homem forte da área de obras do governo Cabral. Segundo as investigações, ele usou empresas criadas em seu nome e em nome de parentes para receber dinheiro por meio de contratos simulados de prestação de serviços. Ele foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva ( 25 vezes), lavagem de dinheiro (5 vezes) e organização criminosa.

5) Carlos Emanuel de Carvalho Miranda – Tinha papel central no esquema do governo Cabral, segundo as investigações. Ele corria as empresas para cobrar a fatura pelos contratos, aditivos e outros repasses. Recebia o dinheiro e forjava contratos de sua empresa com as empreiteiras para justificar patrimônio.

6) Luiz Carlos Bezerra

7) Wagner Jordão Garcia

8) Pedro Ramos de Miranda

9) Paulo Fernando Magalhães Pinto

10) José Orlando Rabelo

11) Luiz Paulo Reis

12) Carlos Jardim Borges

13) Luiz Alexandre Igayara

O Globo

 

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Finanças

Mulher de Eduardo Cunha e mais três viram réus na Lava-Jato; STF encaminha pedido de inquérito contra Jaques Wagner para Moro

O juiz Sérgio Moro aceitou, nesta quinta-feira, a denúncia da força-tarefa da Lava-Jato contra a mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a jornalista Claudia Cruz. De acordo com os investigadores, há indícios de que parte da propina desviada da Petrobras abasteceu contas no exterior em nome de off-shores ou trusts que alimentavam cartões de crédito internacional utilizados por ela.

Além dela, viraram réus na Lava-JAto Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, o operador de propina João Augusto Rezende Henriques e o ex-diretor a área intenacional Jorge Luiz Zelada.

Segundo a denúncia, Claudia Cruz se favoreceu de valores de uma propina superior a US$ 5 milhões que Eduardo Cunha teria recebido “por viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobrás”. A investigação aponta que Cláudia Cruz como titular da conta Kopec, na Suíça – pela qual ‘transitou dinheiro ilícito’.

A filha de Cunha, Danielle Dytz , não foi denunciada.

STF encaminha pedido de inquérito contra Jaques Wagner para Moro

O STF (Supremo Tribunal Federal) enviou para o juiz Sérgio Moro pedido de abertura de inquérito feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o ex-ministro Jaques Wagner, que ocupou a Casa Civil do governo Dilma.

A decisão foi tomada pelo ministro Celso de Mello, que era relator do caso. O ministro atendeu pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma vez que Wagner deixou o primeiro escalão do governo com o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência por causa do processo de impeachment e não conta mais com o chamado foro privilegiado. Portanto, não precisa mais ser investigado com aval do Supremo.

“Ocorre que Jaques Wagner foi exonerado do cargo que ocupava, não exercendo, no momento, nenhuma função sujeita à jurisdição penal do STF. Deve o feito, portanto, ser submetido ao conhecimento da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná [Moro], inclusive para verificar a conexão entre os fatos aqui narrados e aqueles imbricados no complexo investigativo denominado Operação Lava Jato e para adotar as providências que entender cabíveis sobre os fatos aqui expostos”, escreveu o procurador.

Celso de Mello concordou com a remessa do pedido de inquérito. “Tendo em vista que cessou a investidura funcional do ora investigado em cargo que lhe assegurava prerrogativa de foro perante esta Corte, reconheço não mais subsistir, no caso, a competência originária do Supremo Tribunal Federal para prosseguir na apreciação deste procedimento de natureza penal. “

A decisão do ministro não faz referência à linha de investigação requerida pelo procurador-geral para o caso.

O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou em delação premiada que a campanha de Wagner para o governo da Bahia em 2006 recebeu recursos da comercialização de petróleos e derivados no mercado internacional por intermédio do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli.

Cerveró afirmou que Wagner “teve participação decisiva na indicação de Gabrielli para a presidência da Petrobrás”. “Ambos integravam a chamada ‘República dos Caranguejos’, ao lado de Marcelo Déda (governador de Sergipe, morto em 2013) e Humberto Costa (senador de Pernambuco)”, todos do PT.

Mensagens de texto do ex-presidente e sócio da OAS Leo Pinheiro indicam que o ex-ministro da Casa Civil tratou de doações para a campanha do PT em Salvador em 2012. À época, Wagner era governador da Bahia.

Para se referir a Wagner, segundo os investigadores, Leo Pinheiro usa as iniciais JW ou o codinome “Compositor”, alusão ao compositor Richard Wagner.

O ex-ministro nega envolvimento em irregularidades.

O Globo e Folha Press

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