Foto: Reuters / Leah Millis / 20.6.2018
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (20) uma ordem executiva para suspender a separação de famílias de imigrantes que cruzam ilegalmente a fronteira com o México. No entanto, não ficou claro o que será feito com os imigrantes que já estão detidos longe dos filhos.
Durante a assinatura, Trump jurou que não irá voltar atrás em sua política de “tolerância zero”. O presidente disse que irá reforçar o policiamento e que fará questão de construir o muro na fronteira com o México.
A medida se dá depois de sua administração sofrer forte pressão dentro e fora do país devido à separação de famílias de imigrantes. Estima-se que mais de duas mil crianças tenham sido separadas de seus pais após entrarem ilegalmente em território norte-americano nos últimos meses.
O recuo de Trump também ocorre um dia antes do Congresso votar duas medidas centrais em sua política de imigração, a construção do muro na fronteira e as medidas sobre os jovens imigrantes ilegais que recebem visto por meio do programa DACA.
Autoridades do governo defenderam as medidas dizendo que elas são uma forma de proteger a fronteira e diminuir as entradas ilegais.
Em pronunciamento antes da assinatura, Trump afirmou que a nova ordem vai manter as fronteiras seguras, mas criticou os adultos “que se aproveitam de crianças” para entrar nos Estados Unidos. Ele lembrou que a regulamentação para processar criminalmente quem chega de forma ilegal foi aprovada durante o governo Obama — a legislação prevê que todo adulto flagrado atravessando a fronteira de maneira irregular é considerado criminoso e levado a um centro de detenção, o que obriga a separação de pais e seus filhos.
“Precisamos de pessoas vindo para o nosso país, empresas vindo para o nosso país. Nós queremos que elas venham, mas com base em mérito”, disse o presidente.
O vice-presidente Mike Pence, que esteve presente à mesa na Casa Branca durante o discurso de Trump, conclamou o Congresso americano a “resolver a questão” — nesta quinta-feira (21), a Câmara dos Deputados deve votar dois projetos de reforma imigratória: “Vamos arregaçar as mangas e lidar com a questão da imigração com legislação e compaixão”.
R7
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