Diversos

Um em cada dez detentos trabalha nos presídios do Brasil, diz estudo

Apenas 15% de presos são envolvidos em algum tipo de atividade laboral. Foto: Márcio Neves/R7

Há quatro anos, o estudante de direito Emerson Ramayana, de 39 anos, conquistou sua liberdade. Nesse mesmo período, ele evita utilizar o nome completo quando sai em busca de oportunidades de trabalho.

Isso porque Emerson cumpriu nove anos de pena, passou por quatro penitenciárias diferentes no estado de São Paulo e tem de enfrentar o estigma que ainda recai sobre egressos do sistema prisional no momento de voltar ao mercado.

Apesar disso, hoje ele trabalha e estuda na área em que gostaria desde os tempos da prisão.

Emerson fez parte dos 15% de presos envolvidos em algum tipo de atividade laboral dentro dos presídios — o equivalente a 1 em cada 10 do sistema prisional. De acordo com o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, apenas 95.919 presos trabalham durante o cumprimento da pena do total de 726.712 detentos em todo o país. “É um percentual baixíssimo, que revela a falência do sistema como um todo”, diz Marina Dias, diretora executiva do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa).

A falta de oportunidades de trabalho faz com que, segundo a especialista, as pessoas privadas de liberdade se sintam ociosas. “Isso faz com que o ciclo de violência se perpetue e a estrutura precária favorece a atuação das organizações criminosas, que se aproveitam da ausência de condições para ‘garantir direitos’”, diz Marina. A Lei de Execução Penal, o trabalho de pessoas condenadas deve ter finalidade educativa e produtiva. As atividades podem ser realizadas dentro da prisão, no caso de presos provisórios e condenados, ou fora, no caso de condenados que já tenham cumprido pelo menos um sexto da pena total.

Emerson foi condenado a nove anos de prisão por assalto a mão armada. Antes de cumprir sua pena, porém, ficou dois anos no CDP (Centro de Detenção Provisória). “Lá, não tem trabalho para ninguém”, afirma. Depois, transferido para a penitenciária de Reginópolis, no interior do estado, começou a trabalhar na cozinha e na faxina. “Em 2018, recebia R$ 0,14 por mês porque os presos eram pagos a partir do rateio feito sobre a venda de hortifrútis. Depois chegou a R$ 1,49 por mês”, lembra.

A Lei de Execuções Penais prevê que o trabalho da pessoa privada de liberdade deve ser remunerado e o valor não pode ser inferior a três quartos do salário mínimo. No entanto, 75% da população prisional que trabalha não recebe remuneração ou recebe menos do que o determinado em lei. Quando as oportunidades de trabalho são oferecidas, os presos podem alcançar diversos benefícios dentro e fora da cadeia.

Um dos maiores benefícios, segundo a pesquisadora do Instituto Igarapé, Dandara Tinoco, é a remição da pena e a autonomia financeira desses indivíduos. A cada três dias trabalhados, o detento consegue reduzir um dia de sua pena. “O trabalho cria habilidade, fortalece a autonomia e a autoestima”, afirma Dandara. “Muitas pessoas deixam a unidade prisional sem ter dinheiro nem mesmo para o transporte.”

Números no Brasil

Os dados do Depen mostram que o estado com menor percentual de presos trabalhando é o Rio Grande do Norte, com 89 presos em atividades laborais, o que corresponde a 1%. No Rio de Janeiro, segundo dados obtidos pelo Instituto Igarapé, em uma pesquisa recém-divulgada, mostra que somente 1,7%, o que equivale a 872, de quase 52 mil presos estão trabalhando com remuneração. “As estruturas das penitenciárias não foram preparadas para receber empresas”, diz Ramayana. “Por isso, uma parte dos presos trabalha com faxina, na cozinha ou na enfermaria. Mas 90% dos presos ficam ociosos e acabam sendo arregimentados.”

Segundo a pesquisa, parte das pessoas privadas de liberdade em regime fechado prestam serviço dentro das próprias unidades prisionais, são os chamados “faxinas”. Existem também autarquias que fazem a mediação entre a empresa e a diretoria da unidade prisional. A diretoria seleciona uma lista de pessoas aptas ao emprego com base em critérios como interesse, comportamento e habilidades técnicas dos presos. A empresa também pode realizar seu próprio processo de seleção.

Um dos problemas é que, no Rio de Janeiro, por exemplo, somente um entre oito empregadores oferece capacitação juntamente ao emprego. “Não há monitoramento das iniciativas. E o mais importante é que as atividades tenham um acompanhamento”, diz Dandara. “Algumas empresas relataram que é preciso mais transparência para a contratação dos presos, elas relatam que desconhecem o processo.”

Os trabalhos com maior exigência intelectual não chegam a 5% das vagas. Depois de trabalhar em serviços gerais mais de quatro anos, Emerson passou a atuar, em junho de 2012, como monitor de biblioteca e escolas da penitenciária de Presidente Bernardes, em São Paulo. Como monitor, ele passou a receber entre R$ 300 a R$ 400 por mês. “Passei dois anos juntando para começar a estudar. Como vi muita opressão decidi começar a estudar direito”, afirmou.

Obstáculos

Quando deixou o sistema prisional, Emerson enfrentou diversas dificuldades para se recolocar. “Passava nas entrevistas, mas se eu colocasse meu nome completo, ninguém chamava”, diz. “Já cheguei a abrir contas, fazer exame admissional, mas não tinha título de eleitor por conta da condenação e quando me expliquei disseram que iriam entrar em contato e nunca mais ligaram.”

Dados do Depen mostram que em junho de 2016 existiam 726.712 vagas. “O olhar da maioria dos presos para o trabalho é muito positivo. Se houvesse vaga para todos, a maioria não iria reincidir.” Em São Paulo, a Funap (Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel) é quem faz a mediação entre a administração prisional e empresas públicas e privadas para a contratação dos presos.

De acordo com o diretor comercial Giovani Hernandes, a grande maioria das empresas contratam pessoas privadas de liberdade em regime semi-aberto. Entre os setores que mais contratam presos, estão as categorias de montadores (de papel, prendedores e sacolas), com 15 mil contratados, têxtil com 4.030 empregados e manutenção de praças, com 3.933. “Eles não têm muita escolha, a capacidade de acolher a oferta de trabalhos dele é baixa. Eles agarram a primeira coisa que aparece com unhas e dentes.”

Segundo Hernandes, os presos são escolhidos por questões de disciplina. Ao mesmo tempo em que o preso, existem alguns empecilhos para a instalação das empresas nos presídios. “As prisões do interior têm mais condições de instalar os ‘barracões’, mas não tem tantas empresas nas proximidades para enviar os presos”, afirma Hernandes. Ele diz ainda que é preciso conscientizar as companhias. Quando uma empresa contrata um preso, ela não tem encargos trabalhistas porque passará a pagar uma pessoa privada de liberdade.

Em 2018, segundo a Fundação, foram fechados 380 novos contratos e oferecidas 33 mil novas vagas. São 870 contratos no total, sendo 794 com empresas privadas e 76 com públicas. “Eles têm no trabalho uma das coisas mais importantes da vida porque além de ocuparem a mente, conseguem vislumbrar novas possibilidades e sustentar suas famílias até mesmo de dentro da prisão”, diz Hernandes. “Muitos nunca chegaram a trabalhar na vida.”

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Tem que botar esses vagabundos pra trabalhar, é o pior castigo para o presidiário brasileiro, que prefere roubar e matar do que trabalhar duro…

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Geral

Lula demite Cida Gonçalves e nomeia Márcia Lopes no Ministério das Mulheres

Cida Gonçalves, Lula e Márcia Lopes, nomeada como nova ministra das Mulheres — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e nomeou Márcia Lopes para o posto.

Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, as trocas devem ser oficializadas ainda nesta segunda-feira (5).

O movimento ocorre em meio às alterações na composição da Esplanada do Ministérios. No início do ano, Lula fez trocas na Saúde e nas secretarias de Comunicação Social e de Relações Institucionais.

Neste mês, o ministro trocou o chefe das Comunicações. Na última semana, também houve troca no comando do Ministério da Previdência Social, em meio às fraudes envolvendo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

A saída de Cida era dada como certa há alguns meses. Em fevereiro deste ano, a ministra revelou à Comissão de Ética da Presidência da República que costumava interromper agendas para atender a primeira-dama, Janja da Silva.

Cida também chegou a dizer que ignorava os chamados de dois ministros: Alexandre Padilha (à época, Relações Institucionais) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência).

Na ocasião, ela respondia a um processo, posteriormente arquivado no órgão, por suspeita de ter cometido assédio moral. Segundo apuração interna, a ministra teria sugerido apoio financeiro a uma servidora para que ela se candidatasse nas eleições em 2026, em troca de silêncio em uma denúncia sobre racismo.

CNN Brasil

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Geral

Petrobras anuncia redução de R$ 0,16 no litro do diesel para as distribuidoras

Foto: Gabriel Bastos/A7 Press/Estadão Conteúdo

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (5) que vai reduzir o valor do diesel vendido para as distribuidoras a partir desta terça-feira (6). O preço médio do diesel A passará a ser de R$ 3,27 por litro — uma queda de R$ 0,16.

“Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,81 /litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B”, diz nota da empresa.

As quedas no preço do petróleo no mercado internacional têm levado às reduções no preço do diesel no Brasil. Outras duas reduções do diesel foram anunciadas neste ano, em 31 de março e em 17 de abril.

Segundo a Petrobras, os preços de diesel para as distribuidoras caíram em R$ 1,22 por litro desde dezembro de 2022, uma redução de 27,2%.

Os demais combustíveis não foram alterados.

Veja a nota da Petrobras

A partir de amanhã, 06/05, a Petrobras reduzirá seus preços de venda de diesel A para as distribuidoras que passará a ser, em média, de R$ 3,27 por litro, uma redução de R$ 0,16 por litro.

Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,81 /litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B.

Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 1,22 / litro, uma redução de 27,2%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,75/ litro ou 34,9%.

g1

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Geral

Estudantes do Colégio Porto lançam foguetes de garrafa PET durante Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica

No próximo dia 8 de maio, alunos do Colégio Porto protagonizarão um momento de ciência na prática: o lançamento de foguetes feitos com garrafas PET, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim. A iniciativa faz parte da etapa experimental da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a Mostra Brasileira de Foguetes (OBAFOG).

O projeto é conduzido dentro do programa Porto Olímpico, coordenado pela professora Shyrlaine Querino e supervisionado pela professora Kennia Isis. O Porto Olímpico incentiva a participação de estudantes em olimpíadas de conhecimento de diversas áreas, e este é o primeiro ano em que o colégio participa da OBAFOG. A proposta alia teoria e prática, com os alunos participando de aulas, oficinas e desafios ao longo de várias semanas.

A OBA é uma competição científica de abrangência nacional voltada para alunos da educação básica — do 6º ano do Ensino Fundamental a 2ª série do Ensino Médio — e dividida em dois blocos: a prova escrita individual, e a OBAFOG, que desafia os participantes a construir e lançar foguetes utilizando materiais recicláveis, como garrafas PET. Os estudantes do Colégio Porto formaram equipes para essa etapa prática e vêm desenvolvendo suas próprias bases e projetos com apoio técnico do professor de Física Emanuel Jessé, responsável pelas aulas semanais e oficinas de construção.

Mais do que uma atividade extracurricular, o projeto promove o aprendizado prático de conteúdos ligados à Física e à Matemática, como as Leis de Newton, força e energia, movimento circular, geometria e análise de gráficos. “É um momento em que os alunos veem a teoria virar realidade. Eles calculam, testam, ajustam, aprendem na prática. Isso é extremamente importante para a formação científica e crítica deles”, afirma a professora Shyrlaine Querino.

Além da orientação contínua da equipe docente, o projeto contou com a participação de profissionais convidados, como o professor Jorge Raminelli — doutor em Ciências e Matemática com ênfase em Educação para a Sustentabilidade e ex-embaixador da OBA no Rio Grande do Norte — e a professora Débora Ramos, mestre em Matemática pelo PROFMAT, que enriqueceram a formação dos estudantes com palestras e trocas de experiências.

Após a etapa de lançamento dos foguetes no CLBI, os estudantes também participarão da prova escrita da OBA, marcada para o dia 16 de maio, conforme calendário nacional da competição. Para os alunos, trata-se de um desafio que transcende a sala de aula, unindo ciência, criatividade e trabalho em equipe — elementos fundamentais para uma educação transformadora.

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Geral

[VÍDEO] Investigações no INSS avançam sobre empréstimos consignados: só em 2023 foram 35 mil reclamações; volume de descontos chegou a R$ 90 bilhões

A força-tarefa montada para desbaratar o esquema de fraudes no INSS avança para novas linhas de apuração, envolvendo novos órgãos, como a Dataprev, e valores muito superiores ao que estão em apuração hoje. O novo tronco de investigação mira possíveis fraudes nos empréstimos consignados, firmados por meio do INSS, com aposentados e pensionistas.

Só no ano de 2023, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União que o blog da jornalista Daniela Lima, do g1, teve acesso, foram 35 mil reclamações de empréstimos liberados indevidamente, inclusive sem qualquer solicitação por parte do beneficiário.

Em tese, o esquema deveria ter cessado com o uso de biometria na liberação dos valores, mas as apurações indicam que isso não ocorreu.

O volume de operações peneiradas será substancialmente maior nesta perna da investigação.

No escândalo atual, de descontos indevidos de mensalidades por associações às quais aposentados e pensionistas nunca foram filiados, monitora-se cerca de R$ 6 bilhões. Só em 2023, o volume de empréstimos consignados liberados foi de R$ 89,5 bilhões.

Família estima um prejuízo de R$ 160 mil reais ao longo desses mais de 10 anos

A repórter Amanda Lüder conversou com Maria da Glória, moradora de Porto Alegre, que recebe há mais de 10 anos pensão pela morte do marido. No momento, ela tem quatro empréstimos consignados ativos, que não foram solicitados, além de outros 41 que ela já conseguiu encerrar ao longo desse tempo. Apenas três foram feitos com autorização da aposentada. O restante se refere a renegociações feitas sem autorização.
Total de empréstimos ativos em nome de Maria da Glória — Foto: Reprodução

Total de empréstimos ativos em nome de Maria da Glória — Foto: Reprodução

Um dos 41 empréstimos ativos em nome de Maria da Glória — Foto: Reprodução

Um dos 41 empréstimos ativos em nome de Maria da Glória — Foto: Reprodução

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Geral

Abertura da nova Central do Cadastro Único de Natal será nesta segunda à tarde

Foto: Divulgação

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas), vai inaugurar a nova Central de Cadastro Único, nesta segunda-feira (5), às 15h, na Avenida Coronel Estevam, 1424, no bairro do Alecrim – antigo prédio do Banco Itaú.

A iniciativa marca um importante avanço no atendimento à população em situação de vulnerabilidade social, com a expectativa de realizar até 400 atendimentos por dia.

O prefeito Paulinho Freire participará da solenidade, juntamente com a secretária da Semtas, Nina Souza, e outras autoridades.

SERVIÇO
Abertura da nova Central do Cadastro Único
* Segunda-feira, 05 de maio, 15h
* Avenida Coronel Estevam, 1424, Alecrim (Antigo prédio do Banco Itaú)

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Social

Prefeitura do Assú confirma Henry Freitas e Amanda & Ruama como novas atrações do São João 2025.

Fotos: Divulgação

No embalo da alegria que já toma conta da cidade, a Prefeitura do Assú anunciou, nesta segunda-feira (5), durante o programa institucional de rádio “Mais Assú, Mais Futuro”, dois novos nomes que vão agitar ainda mais o São João 2025: Henry Freitas e a dupla Amanda & Ruama.

As novas atrações se apresentam no dia 17 de junho, data que, até então, não contava com atrações confirmadas. Com isso, assuenses e visitantes ganham mais um motivo para festejar o São João Mais Antigo do Mundo, que este ano celebra 299 anos de fé, tradição e muita cultura, de 14 a 24 de junho.

Com o slogan “Berço e Coração da Tradição”, a festa ganha mais uma noite especial, reforçando o compromisso da gestão municipal em valorizar cada vez mais esse momento tão esperado por todos. A inclusão de mais um dia de shows é também uma forma de garantir diversidade na programação e permitir que todos tenham a oportunidade de aproveitar os festejos. A Secretária de Governo, Alana Michelle, representou o Prefeito Lula Soares no programa de rádio.

As atrações locais serão previamente anunciadas, complementando o line-up da festa após a conclusão da chamada pública.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

Dia 14
Natanzinho Lima
Tarcisio do Acordeon

Dia 15
Kadu Martins
Raynel Guedes

Dia 17

Henry Freitas
Amanda & Ruama

Dia 18
Limão com Mel
Zé Vaqueiro

Dia 19
Nuzio Medeiros
Pablo

Dia 20
Tulhio Milionário
Gustavo Mioto
Circuito Musical

Dia 21
Taty Girl
Arnaldinho Neto
Michele Andrade

Dia 22
Lagosta Bronzeada
Pedro e Erick
*Almoço de São João – André da Mata

Dia 23
Zé Filho
Alok

Dia 24
Thiago Brado

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Brasil

VÍDEO: Governador da Bahia sugere ‘jogar bolsonaristas na vala’ e ex-presidente reage: “Carregado de ódio”

Vídeo: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta segunda-feira (5), após o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), sugerir jogar bolsonaristas na “vala”.

liado do presidente Lula, o governador deu a declaração durante a entrega de uma escola pública na cidade de América Dourada (BA), na sexta-feira (2).

Bolsonaro escreveu que, apesar do “discurso carregado de ódio”, o ex-presidente acredita que Jerônimo não deve ser punido por instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Um discurso carregado de ódio, que em qualquer cenário civilizado deveria gerar repúdio imediato e ações institucionais firmes. Mas nada aconteceu. Não houve abertura de inquérito, nem busca e apreensão, tampouco convocação da Polícia Federal para apurar incitação à violência. Nenhuma nota de repúdio do STF, nenhuma indignação de ministros que se dizem interessados no assunto, nenhuma capa de jornal tratando o caso como ‘ameaça à democracia’”, disse o ex-presidente.

O ex-chefe do Palácio do Planalto também afirmou que, caso um bolsonarista tivesse usado palavras semelhantes às do governador do PT contra um adversário, seria preso.

“Agora imagine se um apoiador de Bolsonaro dissesse algo remotamente parecido, ou usasse a palavra ‘vala’ em qualquer contexto. Seria manchete, prisão, processo por ‘discurso golpista’ e ‘incitação ao ódio’. O padrão é claro: só há crime quando convém ao sistema, só há repressão quando o alvo é a oposição. Esse tipo de discurso, vindo de uma autoridade de Estado, não apenas normaliza o ódio como incentiva o pior: a violência política, o assassinato moral e até físico de quem pensa diferente”, completou.

Uma gravação que circula nas redes sociais mostra o governador da Bahia sugerindo reunir os eleitores de Bolsonaro, pegar uma retroescavadeira e levar o grupo “para a vala”.

“Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma ‘enchedeira’. Sabe o que é uma ‘enchedeira’? Uma retroescavadeira, bota e leva tudo pra vala”, disse Jerônimo durante agenda.

96 FM

Opinião dos leitores

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Brasil

Ministério do Trabalho quintuplica verba e contrata ONGs ligadas a sindicatos e entidade investigada

Foto: Agência Brasil

O Ministério do Trabalho quintuplicou no ano passado o valor de convênios com ONGs, tendo como uma das campeãs organização ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de onde o atual ministro, Luiz Marinho (PT), emergiu para a política.

As outras duas com mais direcionamento de verbas estão hoje sob suspeita.

O dinheiro total contratado saltou de R$ 25 milhões em 2023 (em valores nominais) para R$ 132 milhões no ano passado, sendo que a maior parte veio das emendas feitas por deputados e senadores ao Orçamento federal.

A terceira ONG com maior volume de contratos com o Ministério do Trabalho na atual gestão, iniciada em 2023, é a Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Brasil), com R$ 17,6 milhões em parcerias.

De 2018 a 2023 —ou seja, no último ano da gestão de Michel Temer (MDB), durante todo o governo de Jair Bolsonaro (PL) e no primeiro ano de Lula 3— a ONG teve projetos em valores que nunca ultrapassaram R$ 4,2 milhões ao ano.

O Ministério do Trabalho foi temporariamente extinto no governo Bolsonaro, de 2019 a 2021. O Portal da Transparência mostra convênios relacionados à pasta no período, nos quais a reportagem se baseou.

A cifra atual foi alcançada graças a um contrato de R$ 15,8 milhões que prevê ajuda da Unisol na organização de catadores de lixo em Roraima e na retirada de resíduos sólidos da terra indígena yanomami, entre outros pontos.

Esse contrato é bancado com recursos do próprio governo federal destinados a combater a crise humanitária na terra indígena.

A Folha questionou a Unisol por email sobre como a entidade, sediada em São Bernardo do Campo (SP), executará o trabalho em Roraima. Não houve resposta até a conclusão desta reportagem.

A Unisol foi fundada em 2000 com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O atual presidente da entidade, Arildo Mota Lopes, era da diretoria do sindicato na gestão 2002-2005, sob a presidência do hoje ministro Marinho.

O Ministério do Trabalho afirma que o aumento nos convênios é parte de uma retomada de políticas, com investimentos em estudos sobre mercado de trabalho e outras áreas e que o contrato com a Unisol foi resultado de uma chamada pública chancelada por banca examinadora formada por especialistas.

A maioria dos recursos destinados ao terceiro setor, segundo o órgão, é vinculada a emendas impositivas –as que o governo é obrigado a pagar. “A definição das organizações aptas a receber tais recursos é realizada exclusivamente pelos parlamentares”, afirmou a pasta.

Dos R$ 76,3 milhões previstos nos dez maiores contratos do Ministério do Trabalho com entidades sem fins lucrativos, R$ 60,6 milhões vêm de emendas.

O grupo das dez entidades com maiores valores em contratos com o ministério tem quatro organizações ligadas de alguma forma ao movimento sindical.

Folha de S. Paulo

Opinião dos leitores

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Cidades

VÍDEO: Mobilização de amigos busca ajudar vítima de incêndio em Parnamirim

Vídeos: Reprodução

Um incêndio de grandes proporções atingiu uma sucata no bairro Rosa dos Ventos, em Parnamirim, na manhã de sábado (3). O fogo tomou conta rapidamente do local, gerando uma imensa coluna de fumaça preta e obrigando a evacuação apressada de estabelecimentos vizinhos.

O proprietário da sucata, Deildo José Rodrigues Paulo, conhecido como “Negão”, perdeu tudo no incidente. A comoção tomou conta da comunidade e dos amigos de Deildo, que rapidamente se mobilizaram em uma campanha de solidariedade para ajudá-lo a recomeçar.

Nas redes sociais, vídeos mostram Deildo emocionado e agradecendo cada ajuda recebida. “Agradeço quem ajudou”, disse, em meio às lágrimas. O Corpo de Bombeiros foi acionado e trabalhou intensamente para conter as chamas. Até o momento, não há informações sobre vítimas ou as causas do incêndio.

PIX: 09257949451

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Jornalismo

Filho abre cova para enterrar corpo do próprio pai em cemitério público do RN

Foto: Reprodução

Familiares em luto pelo falecimento de um agricultor aposentado ficaram indignados por eles mesmos terem que abrir a cova para enterrar o corpo do patriarca no cemitério do distrito de Queimados, em João Câmara, na região Agreste do Rio Grande do Norte. A cena foi filmada e compartilhada nas redes sociais.

José Gabriel Batista, de 82 anos faleceu na última terça-feira (29) em sua residência, onde vivia com a esposa, na zona rural do município.

O sepultamento ocorreu na manhã do dia seguinte, a quarta-feira (30). No entanto, as imagens da despedida, divulgadas pela família neste fim de semana, chocaram a comunidade.

Segundo a família, os funcionários do cemitério público do distrito foram informados do sepultamento ainda na tarde da terça e informaram que a cova estaria aberta na manhã seguinte.

Porém, quando o cortejo chegou ao local na manhã seguinte, a cova ainda estava inacabada. Segundo o filho de José Gabriel, o também agricultor Clodoaldo de Almeida Batista, o coveiro disse que o barro era duro e não tinha ferramentas necessárias para concluir o trabalho a tempo.

Indignado, o próprio Clodoaldo entrou no buraco e concluiu a abertura da cova.

“Não pensei muito, na hora. Só entrei no buraco e conclui a cavação. Terminei de cavar a cova e tirar a toda a terra. Fizemos o sepultamento do meu pai, mas muito indignados com o acontecido. O que eu passei no sepultamento do meu pai, não quero que nenhum outro filho, nenhuma outra família passe”, afirmou.

“É constrangedor você chegar no cemitério para fazer o sepultamento de um ente querido e ainda ter que concluir a cavação da cova onde vai ser enterrado”, ressaltou.

Procurada pela Inter TV Cabugi, a prefeitura do município informou que tomou conhecimento da situação por meio do vídeo nas redes sociais e está apurando o fato. Ainda de acordo com o município, todos os coveiros receberam material de trabalho logo que contratados.

“Estamos apurando e serão tomadas as providências cabíveis”, informou a gestão municipal.

G1RN

Opinião dos leitores

  1. Falando em Joao Camara, o tumulo no cemitério do Alecrim está jogado as traças e ninguém se habilita em resolver a manutenção.

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