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TOCOU EM SALVADOR, BOMBOU NO PAÍS: Vingadora, Parangolé e É o Tchan brigam por hit do ano

vgHá mais de 30 anos, das ruas de Salvador costumam sair algumas das tendências musicais que dão o tom do verão brasileiro. Espontâneos ou impulsionados por grandes investimentos, com ou sem crise, em 2016 os sucessos continuam vindo da Bahia. A grande novidade vem do interior e promete grudar nos ouvidos, ser cantada e dançada Brasil afora: a arrochadeira “Metralhadora”, da banda Vingadora.

Mas se quiser garantir o sempre cobiçado título de “hit do ano” do Carnaval de Salvador, a cantora novata Tays Reis, de apenas 20 anos, terá de fuzilar concorrentes de peso e tradição, como as bandas de pagode baiano Harmonia do Samba e É o Tchan, sucesso nos anos 90, que também voltam a tentar emplacar músicas-chiclete no gogó dos foliões em 2016.

“A Vingadora está indo bem na frente, até pelo que tem feito nas rádios, nas redes sociais e nas aparições na TV. O público no Carnaval procura essa coisa da alegria e ela tem isso”, afirma Raoni Oliveira, apresentador do programa “Esperando o Carnaval”, da Piatã FM, para quem “Metralhadora” é a única que gruda na cabeça este ano.

Realmente é difícil ficar imune ao refrão simplório que emula o som de uma metralhadora com a onomatopéia “Tra-tra-tra” e uma daquelas coreografias fáceis e sedutoras, que quase todo mundo gosta de aprender. Com pouco mais de um mês de lançado no YouTube, o clipe, que custou R$ 200 mil, já foi assistido mais de 13 milhões de vezes. O vídeo da coreografia, feito pela academia Fit Dance, de Salvador, já alcançou ultrapassou 8 milhões de views no seu canal no YouTube.

O fenômeno é tão novo quanto o tempo de existência da banda. Criado em março de 2015, o grupo lançou um EP no meio do ano, estourou nas festas de São João da Bahia e passou a ter shows disputados. Neste mês, assinou com a Sony Music. “Metralhadora” já ultrapassou o circuito do Carnaval baiano e vem sendo cantada por alguns dos artistas mais populares do Brasil hoje, como Aviões do Forró, Wesley Safadão e Anitta.

A novidade está sendo chamada de arrochadeira, mais uma daquelas fusões típicas da Bahia, que mistura pagofunk com arrocha.”O estilo surgiu há mais de uma década no interior baiano e ganhou força nos últimos três com músicas como ‘Lepo Lepo’ e ‘Xenhenhem’ do Psirico e ‘Gordinho Gostoso’, de Neto LX'”, explica Anselmo Costa, locutor, produtor musical e apresentador na rádio A Tarde FM. Para ele, o gênero se diferencia por usar mais eletrônica. “Como não tinham condições de formar grandes bandas, com muita percussão, metais e muita gente no palco, se partiu para uma forma econômica, a base de teclados e apenas com voz, percussão e guitarra, sem baixo e bateria.”

A força do pagode baiano

Enquanto a Vingadora vai fazendo novas vítimas, há nomes veteranos que também têm garantido projeção na internet com músicas novas.

O principal deles é o pagode “Devagarinho”, do Parangolé, que pode ganhar força. A música, que tem participação do MC Delano, já tem mais de 1,7 milhão de visualizações no YouTube. “Daquele Jeito”, do Harmonia do Samba, próximo a 1,2 milhão de visualizações de seu clipe, também é uma forte aposta. A banda é um dos nomes mais tradicionais do Carnaval da Bahia, atraindo tanto o público mais popular que gosta de pagode, quanto o que gosta de uma sonoridade mais próxima ao axé. Os ensaios do grupo têm lotado um espaço para 20 mil pessoas em plena segunda-feira.

Já o Babado Novo, que tem à frente sua bela vocalista Mari Antunes, tem apostado em músicas que ganham força com coreografias prontas, como “Descidinha”, que em dois meses já ultrapassou 500 mil visualizações.

Para Mauricio Habib, coordenador de programação da Bahia FM, as únicas músicas que podem atrapalhar o sucesso da Vingadora este ano são mesmo os pagodes: “Pega-Pega”, do Psirico; “Procura o Brinco”, da banda La Fúria – “Até Ivete cantou” -, além de “Bota a Cara no Sol”, do É o Tchan, uma volta surpreendente de Beto Jamaica e Compadre Washington às paradas de sucesso com uma música tirada de uma gíria que viralizou na internet.

Raoni também aposta no pagode, mas destaca, além do É o Tchan, o fenômeno do Carnaval passado, Igor Kannário, com “Depois de Nós É Nós de Novo”. “Apesar de ter lançado a música cedo, entre julho e setembro, ele é muito forte por arrastar uma massa e usar gíria do gueto. Ele é muito forte”, explica o radialista.

E o axé?

Uma música que corre por fora na briga de hit do Carnaval baiano e também pode surpreender é uma das poucas que não é um pagode. “Vai que Cola”, da banda Filhos de Jorge, que fez bastante com “Ziriguidum”, em 2013, é um axé mais leve e romântico, que lembra antigos sucessos do gênero. “Ela remete aos carnavais dos anos 90, uma música mais trabalhada, com uma pegada africana e mais cuidado na letra”, explica Raoni.

Já as mais famosas estrelas da axé music, Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Claudia Leitte, dificilmente emplacam entre as músicas mais tocadas este ano, de acordo com os profissionais ouvidos pela reportagem. Entre os nomes mais conhecidos, apenas Bell Marques parece ter mais chances com a música “Minha Deusa (Cabelo de Chapinha)”.

“O axé é uma música para pular, é empolgante, no trio e no Carnaval funcionam muito. Falta assunto e conteúdo novo nele, mas não dá para fazer um carnaval só de pagode e arrochadeira”, analisa Anselmo Costa. Ele lembra porém que qualquer prognóstico da música que vai estourar é só uma aposta, pois existe o efeito avenida, que pode mexer nisso tudo. “A música estoura é com os artistas tocando e sentindo o boca-boca na rua.”

Habib também lembra que nem sempre as apostas feitas antes da festa se concretizam. “Diversas vezes a gente acabou errando na previsão, porque as coisas acontecem mesmo durante a festa.”

Se “Metralhadora” já é sucesso nacional, só na Quarta-feira de Cinzas poderemos saber se a música ficará também de fato marcada como o hit do Carnaval de Salvador em 2016.

UOL

Opinião dos leitores

    1. verdade, amigo. Quero ver se tem como piorar mais, acho que estamos chegando no fundo do poço musical.

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Geral

Coronel que pacificou o Alemão defende classificar facções como terroristas: “São micropaíses dentro do Brasil”

Foto: Reprodução/Instagram

O coronel do Exército Fernando Montenegro, que comandou a operação de pacificação nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, em 2010, defendeu nesta quarta-feira (5) que as facções criminosas sejam classificadas como grupos terroristas. Em entrevista à 98 FM Natal, o militar disse que a mudança traria mais poder legal e estratégico para o Estado no combate ao crime organizado.

Segundo ele, a medida permitiria penas mais duras, menos benefícios aos criminosos e colocaria os casos sob competência federal, abrindo caminho para atuação direta das Forças Armadas, ABIN e órgãos de inteligência. “É uma questão de coragem política. As facções já agem como terroristas há muito tempo”.

Montenegro também revelou que o narcotráfico hoje representa só 10% a 15% dos lucros dessas organizações, que expandiram o negócio para comércio, imóveis e serviços clandestinos. Ele explicou que as facções controlam comunidades como micropaíses, onde o Estado perdeu o poder. “Eles cobram impostos, controlam energia, segurança e até o voto. Quem manda é a facção, não a lei”.

O coronel contou ainda que, durante a ocupação do Alemão, 80% das denúncias vinham de moradores pedindo para o Exército ficar, mostrando apoio silencioso por medo das represálias. Para ele, enfrentar o problema exige ação conjunta entre polícia, inteligência e políticas sociais, mas, acima de tudo, vontade política para chamar o problema pelo nome certo: terrorismo.

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Política

Allyson desmente vereador e nega retaliação: ‘Nunca exigi apoio de ninguém’

Foto: Edilberto Barros/CMM

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra rebateu com firmeza as declarações feitas por um vereador que o acusou de impor apoio político dentro da base aliada. Segundo o gestor, a acusação “falta com a verdade e busca apenas criar factoides políticos”.

Allyson afirmou que nunca condicionou apoio a nenhum parlamentar e destacou que sua base reúne vereadores que apoiam diferentes deputados estaduais e federais, o que sempre foi respeitado pela gestão.

O prefeito também revelou que o vereador rompido teria feito pedidos pessoais para permanecer na base governista — solicitações que não foram atendidas pela administração. A saída, segundo ele, partiu por iniciativa do próprio vereador.

Allyson reforçou ainda o apoio total à pré-candidatura da deputada federal Nina Souza em Mossoró e disse que qualquer informação contrária a isso é falsa. “A verdade é que o nosso grupo político está unido e firme. O resto é invenção de quem quer holofote”.

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Política

Lula comemora isenção do IR até R$ 5 mil e chama medida de “vitória da justiça social”

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula celebrou nesta quarta-feira (5) a aprovação, por unanimidade no Senado, do projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto, relatado por Renan Calheiros, também reduz a cobrança para quem recebe até R$ 7.350 e foi apresentado pelo governo como um passo rumo à “justiça tributária”.

Lula classificou o dia como “histórico” e disse que o país avança para um sistema “mais equilibrado”, que “reconhece o esforço de quem ajuda a construir o Brasil”. Ele agradeceu aos líderes do Congresso e partidos que aprovaram a proposta por unanimidade tanto na Câmara quanto no Senado.

Segundo o governo, 15 milhões de brasileiros devem ser beneficiados a partir de 2026, enquanto 141 mil contribuintes de alta renda pagarão mais, com alíquota de até 10% sobre dividendos. A mudança, segundo Lula, corrige “distorções históricas” e alivia o peso sobre trabalhadores assalariados.

A medida ainda precisa da sanção presidencial, prevista para depois da viagem internacional de Lula, entre 10 e 11 de novembro. Encerrando o discurso, o presidente exaltou a aprovação: “Uma vitória da democracia e da justiça social. É o Governo do Brasil do lado do povo brasileiro.”

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Saúde

Bebidas adulteradas: sobe para 60 o número de intoxicações por metanol no Brasil

Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (5), 60 casos de intoxicação por metanol no país — substância altamente tóxica usada ilegalmente para adulterar bebidas alcoólicas. O número faz parte de um total de 107 notificações, das quais 47 ainda estão sob investigação. O balanço também aponta 15 mortes confirmadas até agora.

São Paulo lidera o ranking, com 47 casos e 9 mortes, seguido por Paraná (6 casos e 3 mortes) e Pernambuco (5 casos e 3 mortes). Também há registros no Mato Grosso e no Rio Grande do Sul. Outros estados, como Piauí, Ceará, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins, ainda investigam suspeitas.

O metanol é um álcool industrial altamente venenoso, proibido para consumo humano. Pequenas quantidades podem causar cegueira, coma e até morte. O Ministério da Saúde reforça o alerta: bebidas muito baratas, sem rótulo ou procedência duvidosa podem conter a substância.

As autoridades continuam investigando a origem das bebidas adulteradas e alertam para que consumidores evitem produtos clandestinos, principalmente os vendidos em embalagens reaproveitadas ou em locais sem fiscalização.

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Judiciário

Moraes aciona a Polícia Federal e mira ligação entre facções e políticos no Rio

Foto: STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a Polícia Federal abra inquérito para investigar o crime organizado no Rio de Janeiro — e possíveis conexões perigosas entre facções e o poder público. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (5) e coloca a PF no centro da guerra contra o tráfico e a corrupção fluminense.

Segundo Moraes, há “indícios concretos” de crimes com alcance nacional e internacional, o que exige uma resposta coordenada da PF. O ministro quer apuração ampla, mas não descarta parceria com as forças de segurança estaduais.

Relator da chamada ADPF das Favelas, processo que supervisiona ações policiais nas comunidades, Moraes volta a interferir diretamente na política de segurança do Rio — e reacende o debate sobre os limites do STF nas ações dos Estados.

A decisão ocorre poucos dias após a operação mais letal da história do país, que deixou mais de 120 mortos em confrontos no Rio. Agora, com a PF na jogada, o caso promete esquentar ainda mais os bastidores da segurança e da política brasileira.

 

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Política

VÍDEO: Eduardo Bolsonaro não perdoa: Tarcísio é o “candidato que Moraes quer”

Imagens: Reprodução/Metrópoles

O deputado federal Eduardo Bolsonarovoltou a atacar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, chamando-o de “candidato do sistema” e “o cara que (Alexandre de) Moraes quer”. Eduardo criticou que Tarcísio depende do apoio de Jair Bolsonaro e reproduziu trecho de José Dirceu, que chamou a candidatura do governador paulista de “ficção”.

“Ele quer ser presidente da República, mas depende totalmente do Bolsonaro e do voto bolsonarista. Não é líder, foi eleito pela força do eleitorado conservador, que é legítimo”, disse Dirceu, citado por Eduardo. O deputado ainda relembrou o que considera perseguição ao pai, o ex-presidente, com prisão domiciliar, tornozeleira e restrição de redes sociais.

Tarcísio é visto pelo Centrão e partidos de direita como o nome mais competitivo contra Lula em 2026. Mas a candidatura ainda depende da benção de Bolsonaro e da vontade do próprio governador, que publicamente afirma querer se reeleger em São Paulo.

Os ataques de Eduardo surgem após uma trégua do deputado com Tarcísio, que se aproximou de Moraes depois de criticar o ministro na manifestação de 7 de setembro. Fontes relatam que Tarcísio ligou para Moraes, justificou a declaração e garantiu que não repetiria críticas públicas aos ministros do Supremo.

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Polícia

VÍDEO: Comando Vermelho planejava massacre contra polícia: áudios expõem plano de guerra

Imagens: Divulgação/PCERJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou gravações em que criminosos do Comando Vermelho planejam atacar investigadores com pistolas e até granadas. Os áudios foram publicados em vídeo oficial da corporação, chamado “Toda a verdade que não te contaram sobre a operação no Complexo da Penha”.

Nas gravações, os criminosos não escondem a violência. “Tô é cheio de ódio que eu tô preso nesse inferno aqui”, diz um deles. Outro ordena: “Mete bala na polícia”. Em um trecho ainda mais alarmante, um faccionado detalha: “Pistola na mão, mochila nas costas, rádio pendurado, granada também. Só esperando o confronto. Dá uma rajada e, quando acabar o pente, é a granada que vai logo em seguida”.

A PCERJ alerta que há uma onda de desinformação tentando descreditar o trabalho policial. “A verdade não precisa de truque. Ela é como um leão: solta, se defende sozinha, porque tudo que é ilusão se desfaz”, afirma a corporação.

O objetivo da polícia é mostrar à sociedade o que está por trás das notícias falsas e deixar claro que a luta contra o crime organizado é real e letal. Os áudios servem de alerta: o Comando Vermelho não recua e a segurança pública precisa estar atenta.

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Política

SIGILO TOTAL: Planalto esconde fatura de luxo de Lula e Janja em Belém

Foto: Divulgação

O Planalto decidiu manter em sigilo os gastos de Lula e Janja com o iate cinco estrelas Iana 3, usado durante a COP30 em Belém. A diária do barco é de 2,7 mil reais por pessoa, mas o governo não revela o valor total da fatura, nem o contrato assinado, nem os luxos disponíveis para o casal, segundo informações da Veja.

Alugado de última hora para atender aos “exigências de conforto” do presidente e da primeira-dama, o iate se tornou mais um símbolo do contraste entre o discurso de Lula sobre simplicidade e a prática com dinheiro público. Apenas para abrigar o casal, a diária chega a 5,4 mil reais.

O Planalto não informa quantas pessoas da comitiva ficaram no navio nem como o governo compensou o consumo de milhares de litros de diesel. A falta de transparência contrasta com críticas feitas por Lula aos sigilos da gestão anterior de Bolsonaro.

Em comparação, um iate menor, usado na mesma COP30, custou 450 mil reais. Com o Iana 3, maior e para mais passageiros, os brasileiros não sabem quanto realmente está sendo gasto, mantendo o luxo presidencial longe do escrutínio público.

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Economia

Por unanimidade, Senado aprova isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil

Foto: Agência Senado

O Senado aprovou, por unanimidade, o projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto segue agora para sanção do presidente Lula. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 terá isenção parcial, enquanto os super-ricos, com renda acima de R$ 600 mil ao ano, terão aumento de tributação.

Segundo o relator Renan Calheiros, a medida vai beneficiar 25 milhões de brasileiros e compensar a arrecadação com cobrança maior sobre 200 mil contribuintes de alta renda. Na Câmara, o relator Arthur Lira já havia mantido a regra, com exceções para lucros, dividendos e investimentos em agronegócio e imóveis, que ficarão isentos até 2025 e poderão ser distribuídos até 2028.

A proposta é promessa de campanha do governo Lula e foi enviada pelo Executivo para a Câmara há quase seis meses. Renan Calheiros garantiu celeridade na tramitação e evitou que o projeto retornasse à Câmara, apresentando um “projeto autônomo” que inclui alíquotas sobre bets e fintechs.

Com a aprovação, brasileiros de classe média terão alívio no IR, enquanto os ricos pagarão mais. A medida reforça a estratégia do governo de aumentar a arrecadação sobre altos rendimentos, mantendo o discurso de justiça fiscal e benefícios para a maioria da população.

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Geral

COP30 quer US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático

Foto: Rafa Neddermeyer/COP30

As presidências da COP29, do Azerbaijão, e da COP30, do Brasil, anunciaram nesta quarta-feira (5) um plano para mobilizar pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático para países em desenvolvimento até 2035. O objetivo é ambicioso e exige fontes tradicionais e novas formas de captação de recursos.

O chamado Mapa do Caminho de Baku a Belém lista cinco prioridades: reabastecimento de subsídios, financiamento de baixo custo, reequilíbrio fiscal e da dívida, redirecionamento de investimentos privados e reforma de sistemas para fluxos de capital mais justos. A ideia é que esse dinheiro financie energia limpa, adaptação, perdas e danos, agricultura sustentável e transições justas.

Para os presidentes Mukhtar Babayev e André Corrêa do Lago, a meta é viável, mas depende de compromisso real e ação imediata. “Precisamos agir, e o momento é agora. Transformar promessas em desenvolvimento real e sustentável é a missão”, disse Babayev.

Corrêa do Lago reforçou que o plano também busca transparência e integração com reformas econômicas concretas. Segundo ele, a COP30 quer transformar a urgência científica em resultados práticos, garantindo que cada dólar investido gere efeito real em comunidades, empregos e proteção ambiental.

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