Política

1 ano de governo Bolsonaro: 6 momentos-chave que revelam guinada na política externa brasileira

Foto: Yukie Nishizawa/ Reuters/ BBC News Brasil

Em 2019, o Brasil estampou com frequência a capa de jornais e revistas internacionais, em parte pelas notícias sobre o aumento das queimadas e do desmatamento na Amazônia, mas também pela forte guinada na política externa no primeiro ano de governo Bolsonaro.

O Brasil trocou seus principais aliados no cenário internacional, mudou o discurso sobre meio ambiente e entrou em atrito direto com líderes de países importantes, como França e Alemanha.

Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, os rumos tomados na área de relações exteriores do Brasil revelam uma ruptura com tradições diplomáticas do Itamaraty e com estratégias adotadas pelos governos anteriores, principalmente os do PT.

Além disso, as principais decisões de política externa tomadas em 2019 mostram uma disputa constante entre três grupos que integram o governo: militares, olavistas e a equipe econômica.

“É uma política externa marcada por uma tensão permanente entre ideologia e pragmatismo”, explica Fernanda Magnotta, professora de Relações Exteriores da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).

“O Ministério de Relações Exteriores, comandado pelo chanceler Ernesto Araújo e o assessor especial da Presidência Felipe Martins seriam os representantes da ala ideológica ou olavista. Militares e a equipe de Paulo Guedes, ministro da Economia, representam a ala pragmática.”

“Dependendo de qual dos grupos conquista mais espaço e consegue mais sucesso e mais êxito na hora de barganhar a sua agenda, o Brasil vai para uma linha mais pragmática ou mais ideológica.”

Alguns episódios marcantes revelam claramente que o Brasil tem adotado novos rumos na sua estratégia de política externa.

A BBC News Brasil reúne aqui seis momentos de 2019 que reposicionam o país no xadrez internacional — bem como as oportunidades e riscos que cada um desses episódios trazem para o Brasil.

#1 Visita de Estado de Bolsonaro a Washington, em março

A primeira grande guinada na política externa brasileira foi a tentativa de forte aproximação do Brasil com os Estados Unidos. Em março de 2018, Bolsonaro visitou Washington para se reunir pessoalmente com o presidente americano, Donald Trump.

Nos encontros e coletivas de imprensa na capital americana, os dois líderes trocaram elogios e declararam que a relação entre Brasil e Estados Unidos nunca esteve melhor.

Desde então, sempre que se encontraram em eventos internacionais, eles trocaram elogios — com Bolsonaro deixando sempre muito clara a admiração que sente pelo americano.

No encontro do G20, no Japão, o próprio Trump disse que Bolsonaro tem orgulho de ser amigo dele, Trump.

“Estamos com um cavalheiro que teve uma das maiores vitórias eleitorais do mundo. E ele estava muito orgulhoso de sua relação com o presidente Trump. Ele é um homem especial, que está se saindo muito bem e que é muito amado pelo povo brasileiro. E podemos dizer que Brasil e Estados Unidos estão mais próximos do que nunca”, declarou Trump em reunião bilateral com o presidente brasileiro durante a cúpula em Osaka que reuniu líderes das 20 maiores economias do mundo.

Mas para além de troca de palavras generosas, o Brasil pôs em prática uma série de concessões para conquistar a confiança dos Estados Unidos.

Uma das principais delas foi abrir mão do tratamento diferenciado que o nosso país recebia na Organização Mundial do Comércio, a OMC. Essa foi uma exigência do governo americano para que apoiasse o pleito do Brasil de entrada na OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

O tratamento diferenciado na OMC prevê benefícios para países emergentes em negociações com nações ricas. O Brasil tinha, por exemplo, prazos mais longos para cumprir determinações e margem maior para proteger produtos nacionais.

Por pressão dos Estados Unidos, o governo brasileiro voluntariamente abriu mão desses benefícios que favoreciam nosso país em negociações comerciais.

Em mais um gesto de generosidade a Trump, o Brasil recentemente ampliou as cotas de importação e as isenções tributárias para importação de etanol e trigo americanos.

Essas duas decisões preocuparam produtores brasileiros e outros parceiros comerciais do nosso país, como a Argentina, que temem não conseguir competir com os produtos americanos.

A expectativa era que o governo dos EUA liberasse, em troca, o seu mercado de açúcar, um dos mais protegidos do mundo, mas, por enquanto, essa contrapartida não aconteceu.

Outros acenos do Brasil aos EUA incluem o fim da exigência de visto para os americanos, a permissão para que o país lance foguetes da base espacial em Alcântara, no Maranhão, e o voto nas Nações Unidas contra uma resolução que condena o embargo do governo americano a Cuba — só Brasil e Israel se aliaram aos EUA nessa votação da ONU.

Para o americano Christopher Sabatini, professor de Relações Públicas Internacionais da Universidade Columbia, em Nova York, o governo brasileiro acerta na intenção de aumentar as relações com os Estados Unidos, corrigindo o que ele chama de uma política antiamericana implementada pelos governos do PT.

Mas, segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro erra em focar na relação pessoal com Trump, não na relação entre governos, e em entregar demais aos Estados Unidos, sem exigir compensações.

“Eu acho que, de fato, havia uma necessidade de corrigir a política anti-Estados Unidos do governo do PT. Então, essa é uma mudança bem-vinda. O problema é que ela foi completamente para o extremo da outra direção. Abraçou-se não a agenda dos Estados Unidos, mas a agenda de um presidente. E um presidente que é muito inconstante e muito intempestiva”, avalia Sabatini, que também é consultor para América Latina da Chatham House, instituto de pesquisa mais prestigiado do Reino Unido.

“O que acontece é que, em vez de tentar se tornar um aliado dos EUA, Bolsonaro tentou se tornar um aliado de Trump. E Trump não é uma pessoa consistente. Nós vimos, na prática, Trump frustrar Bolsonaro repetidas vezes, em questões como a entrada do Brasil na OCDE e, mais recentemente, nas tarifas sobre aço e alumínio.”

Embora o presidente americano tenha anunciado apoio o pleito do Brasil de entrar na OCDE durante a visita de Bolsonaro a Washington, uma carta do secretário de Estado, Mike Pompeo, divulgada em outubro, deixou claro que o governo americano não está disposto a bancar, pelo menos agora, o ingresso do nosso país na organização.

No documento, ele defende abertamente apenas a entrada de Argentina e Romênia no grupo de 36 países que compõem a OCDE. O Brasil é um dos seis países na fila para entrar no organismo e o apoio expresso dos EUA à adesão poderia acelerar o processo, mas isso não ocorreu.

Além disso, mais recentemente, no início de dezembro, Trump acusou Brasil e Argentina de desvalorizarem suas moedas frente ao dólar e anunciou aumentos sobre as tarifas de aço e alumínio importados do nosso país.

#2 Visita de Bolsonaro a Israel, em abril

Depois da ida a Washington, Bolsonaro fez uma visita de Estado a Israel, em abril, que quebrou alguns protocolos e tradições da diplomacia brasileira. A viagem atendeu a dois grupos da base eleitoral do presidente — parte da comunidade evangélica e da comunidade judaica — e agradou aos Estados Unidos, principal aliado do governo israelense.

Havia a grande expectativa de que Bolsonaro cumprisse a promessa feita na campanha de transferir a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. Isso atenderia a uma pressão dos Estados Unidos e a uma reivindicação de evangélicos brasileiros que, com base em interpretações da Bíblia, acreditam que Jerusalém é uma terra prometida aos judeus.

A questão é polêmica, porque Israel reivindica Jerusalém como sua capital, enquanto palestinos querem que a parte oriental da cidade seja capital de um futuro Estado palestino. A ONU e a comunidade internacional como um todo, com exceção de Estados Unidos e Guatemala, mantêm suas embaixadas em Tel Aviv e defendem que a propriedade de Jerusalém seja decidida em negociações de paz.

Apesar de ter dito que reconhece Jerusalém como capital israelense, o governo Bolsonaro acabou recuando da promessa de transferir a embaixada brasileira, após forte pressão da área econômica e militar do governo.

Representantes de países árabes, que são importantes parceiros comerciais do nosso país, ameaçaram retaliar caso o presidente seguisse adiante com o plano original.

A ameaça assustou: os países islâmicos são destino de 6% das nossas exportações. Mas é quando se olha para o setor agrícola que a importância desses parceiros fica mais clara. Nações de maioria muçulmana recebem cerca de 70% de todo o açúcar exportado pelo Brasil, 37% do nosso frango, e 27% da carne de boi.

Ou seja, esses setores produtivos brasileiros ficariam numa situação difícil se as nações árabes decidissem comprar de outros países. No final das contas, Bolsonaro acabou abrindo um escritório comercial em Jerusalém, sem representação diplomática.

Por outro lado, rompendo uma tradição internacional, o presidente brasileiro visitou, acompanhado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o Muro das Lamentações, um dos locais mais sagrados do judaísmo.

Como o muro fica em Jerusalém Oriental — ocupada por Israel em 1967, na Guerra dos Seis Dias, e desde então reivindicada pelos palestinos como capital de seu futuro Estado —, líderes internacionais preferem visitá-lo sem o acompanhamento de governantes israelenses, dando à visita um caráter mais pessoal do que de Estado.

Para muitos observadores, o fato de Bolsonaro ter ido ao local com Netanyahu sinaliza uma espécie de reconhecimento tácito da soberania de Israel sobre Jerusalém Oriental e, novamente, uma mudança na postura até agora equidistante no conflito entre israelenses e palestinos.

É, nesse sentido, uma guinada significativa na política externa brasileira.

#3 Anúncio do acordo de comércio do Mercosul com a União Europeia, em junho

Esse foi um momento de destaque para o governo brasileiro e visto por analistas como uma conquista importante. O acordo entre Mercosul e União Europeia derruba uma série de tarifas e barreiras comerciais entre o bloco sul-americano e o europeu.

Segundo estimativas do Ministério da Economia do Brasil, ele vai representar um aumento no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro equivalente a R$ 336 bilhões em 15 anos, com potencial de chegar a R$ 480 bilhões, se forem levados em conta aspectos como a redução de barreiras não tarifárias.

É um acordo que vinha sendo negociado havia 20 anos, sem ser assinado.

“A negociação do acordo entre Mercosul e a União Europeia, acho que isso é importante. A ratificação desse acordo está no limbo, mas essa negociação foi relevante e provavelmente (o acordo) não seria concretizado no governo do PT”, avalia Christopher Sabatini, Universidade de Columbia

“O governo interino (de Michel Temer) e o governo Bolsonaro se comprometeram com a abertura internacional e com reformas econômicas de maneiras que o PT nunca fez.”

Mas esse acordo ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos europeus e pelos Legislativos dos países que integram o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

E o próximo ponto que a BBC News Brasil aborda nesta reportagem pode representar um empecilho para essa aprovação — a mudança na política ambiental do governo brasileiro.

#4 Reação às queimadas na Amazônia

Desde que tomou posse, Bolsonaro deixou claro que a política ambiental do Brasil mudou e que a Amazônia não deve ser tratada como um “santuário”. Ele passou a defender mineração em terras indígenas, redução de multas ambientais e a expansão das atividades econômicas na maior floresta do mundo.

Essa mudança na política externa foi destaque na imprensa internacional e gerou reações de líderes internacionais. A chanceler alemã, Angela Merkel, chegou a dizer que considera “dramática” a atuação do governo brasileiro na área ambiental.

“Pode ter certeza de que eu, assim como você, vejo com preocupação muito grande a questão da atuação do novo presidente brasileiro. E, na medida do possível, vou usar a oportunidade durante a cúpula do G20 para falar diretamente sobre o tema, porque vejo como dramático o que está acontecendo no Brasil”, disse Merkel ao ser questionada durante sessão do Parlamento alemão sobre se seria oportuno levar adiante o acordo do Mercosul com a União Europeia num momento em que o comprometimento do governo brasileiro com o meio ambiente era questionado.

Mas foi a enorme repercussão do alto número de incêndios florestais no Brasil em agosto que colocou a política ambiental do governo no centro das atenções internacionais. Bolsonaro reagiu, inicialmente, minimizando as queimadas e sugerindo que ONGs internacionais estavam por traz do fogo. O governo só enviou tropas do Exército para combater as chamas na Amazônia depois que o caso gerou protestos em várias cidades do Brasil e críticas internacionais.

O assunto proteção da Amazônia foi levado pelo presidente Francês, Emmanuel Macron, para ser discutido na cúpula do G7 em Paris, sem a participação do Brasil. Naquele momento, o problema das queimadas ganhou outra dimensão.

Bolsonaro reagiu afirmando que isso representava um ataque à soberania brasileira sobre a floresta. E a situação escalou depois que o presidente brasileiro reforçou uma piada machista sobre a primeira-dama francesa.

“É triste, triste. Mas triste sobretudo para o povo brasileiro”, respondeu Macron, numa coletiva de imprensa.

Além do mal-estar internacional, houve repercussões nos setores produtivos do Brasil, que começaram a sofrer perdas comerciais por causa de um boicote a produtos brasileiros. Marcas como Timberland e a gigante de roupas H&M chegaram a suspender a compra de couro brasileiro.

Em setembro, na estreia de Bolsonaro na Assembleia-Geral das Nações Unidas, havia uma grande expectativa de que ele usasse aquele momento para apresentar dados que comprovassem que o Brasil estava comprometido com o combate aos incêndios. Em vez disso, o presidente adotou um tom belicoso e acusou a imprensa internacional e países europeus de “alimentarem o sensacionalismo”.

Mais recentemente, o presidente acusou o ator de Hollywood Leonardo Di Caprio de participação nos incêndios da Amazônia.

Segundo especialistas, tudo isso representa uma grande guinada da política externa brasileira, já que, desde 1992, quando sediou a primeira conferência da ONU sobre clima, o Brasil tem se posicionado como líder internacional em questões ambientais.

A preocupação agora é que a atual política sobre meio ambiente seja usada por países europeus que competem com o Brasil no setor agrícola, como França e Irlanda, para barrar o acordo do Mercosul com a União Europeia.

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, disse à BBC News Brasil que a “comunicação falha” do governo quando surgiram as primeiras notícias sobre os incêndios na Amazônia serviu de combustível para que países concorrentes se utilizassem das queimadas para atacar as exportações brasileiras.

“A gente vê que a comunicação do governo brasileiro nesse caso não foi das melhores. Se tivesse tomado medidas anteriormente, não estaríamos na situação de hoje. A gente tem que admitir que a comunicação falhou”, disse Castro.

Procurado pela BBC News Brasil, o Ministério de Relações Exteriores disse que “versões” sobre a política ambiental do governo “que circularam por veículos da imprensa nacional e internacional desinformaram o público”.

“O Brasil manteve em 2019 todos os seus compromissos internacionais no campo ambiental, tendo sido um dos países que apresentou maior avanço no cumprimento de metas do Acordo de Paris e da Agenda 2030”.

Sobre as queimadas, o Itamaraty disse que “várias iniciativas do governo, como a Operação Verde Brasil, aumentaram o nível de combate a queimadas e a crimes ambientais no Brasil”.

Perguntado se as ameaças de boicote a produtos brasileiros preocupam, o ministério respondeu que “não houve, nem há, qualquer boicote a produtos brasileiros.”

#5 Visita de Bolsonaro a Pequim, em outubro

Em outubro, Bolsonaro fez uma viagem a Pequim, capital da China, onde manteve reuniões com empresários, com o presidente chinês, Xi Jinping, e outros políticos do Partido Comunista.

Dessa vez o governo demonstrou, segundo analistas internacionais, pragmatismo e colocou o interesse comercial brasileiro acima das posições ideológicas. Teria sido uma vitória da chamada ala pragmática do governo Bolsonaro, formada pelos militares e a área econômica.

Há 10 anos, a China é o principal parceiro comercial do Brasil no mundo. E mais: as trocas com os chineses é superavitária para o lado brasileiro. Isso significa que o Brasil tem exportado mais para a China do que importa de lá. Ou seja, mais dinheiro entra do que sai.

Mas, em outubro de 2018, um discurso de campanha de Bolsonaro virou manchete no mundo todo, quando ele disse que a “China está comprando o Brasil”. Houve uma preocupação de que o governo, com Bolsonaro presidente, fosse romper ou reduzir as relações com os chineses.

Esse temor se reforçou com a aproximação de Bolsonaro com Trump logo no início de 2019. Será que o Brasil tomaria partido na guerra comercial entre China e Estados Unidos?

Apesar da retórica inicial do presidente, o que se viu na prática foi diferente. O vice-presidente, Hamilton Mourão, visitou a China em maio para assegurar que o Brasil tem interesse em manter relações comerciais próximas com o país asiático. Em outubro, foi a vez de Bolsonaro, que foi recebido por Xi Jinping com honrarias máximas em Pequim.

No encontro, os dois líderes assinaram 11 acordos comerciais, entre eles, o que libera a carne processada brasileira para a China. E, em vez de declarações de desconfiança sobre a China, Bolsonaro defendeu uma presença maior de investimentos e empresas chinesas no Brasil.

“É do interesse da China e nosso também (aumentar investimentos). Faremos contatos necessários para que seja ampliado o nosso comércio. (A guerra comercial) não é briga nossa. Nós queremos nos inserir, sem qualquer viés ideológico, nas economias do mundo”, disse o presidente em coletiva, na capital chinesa.

Para o professor Marcus Vinicius de Freitas, da Universidade de Relações Exteriores da China, em Pequim, o governo deveria ter priorizado, desde o princípio, as relações com a China e não com os Estados Unidos. Na avaliação dele, o Brasil tem muito mais a ganhar com os chineses em termos de comércio e atração de investimentos do que com americanos e europeus.

Isso porque os produtos que o Brasil exporta, commodities em particular, encontram na China um mercado mais receptivo. Além disso, o gigante asiático continua em expansão e tem interesse em investir em infraestrutura e petróleo no mundo todo. Poderia ser, portanto, potencial fonte de investimentos diretos no Brasil.

“O governo brasileiro, ao concentrar sua política nessa aproximação de cunho ideológico com os EUA, abandonou o princípio fundamental das relações internacionais, que é a preservação do interesse nacional. Em matéria de política externa, você não tem amigo nem inimigo, somente interesses”, disse à BBC News Brasil.

“Nesse sentido, o governo brasileiro descobriu tardiamente que o parceiro que o Brasil deveria ter afagado desde o primeiro momento e que corresponde às suas necessidades é a China.”

Na mesma época da viagem à China, Bolsonaro passou pela Arábia Saudita, um dos países mais poderosos do Oriente Médio e grande aliado dos Estados Unidos. A viagem foi vista, também, como um sinal de pragmatismo, mas também foi alvo de críticas já que o país árabe está envolvido em uma série de polêmicas ligadas a violações aos direitos humanos, como perseguição a oponentes políticos e execuções.

Também chamou a atenção o fato de o Brasil ter votado junto com alguns países de maioria islâmica na ONU em questões relacionadas a família e sexo. O Brasil não tem aceitado mais, por exemplo, termos como “gênero” e “direito reprodutivo”, em resoluções das Nações Unidas.

#6 Ausência de Bolsonaro na posse de Alberto Fernández, em dezembro

Outro episódio que deu o que falar na política externa brasileira foi a ausência do presidente Jair Bolsonaro na posse do peronista Alberto Fernández como presidente da Argentina e de Cristina Kirchner como vice. Durante o processo eleitoral, Bolsonaro fez repetidas críticas públicas a Fernández, o que foge da tradição brasileira de se manter neutro nas disputas eleitorais dos países vizinhos.

Ele chegou a dizer que uma eventual vitória do candidato de esquerda colocaria a Argentina em risco de “virar Venezuela”.

“Povo gaúcho, se essa ‘esquerdalha’ voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo Estado de Roraima. E não queremos isso: irmãos argentinos fugindo pra cá”, disse.

O peronista foi eleito em primeiro turno, derrotando Mauricio Macri, aliado do presidente brasileiro. Bolsonaro inicialmente pretendia mandar somente o embaixador brasileiro em Buenos Aires para a cerimônia de posse. Após pressão do setor militar e econômico do governo, decidiu enviar o vice-presidente, Hamilton Mourão.

De qualquer fora, é a primeira vez em 17 anos que um presidente brasileiro não comparece à posse de um presidente argentino.

Mas será que isso vai afetar a nossa relação com a Argentina, que está entre os cinco maiores parceiros comerciais do Brasil e é o maior comprador das nossas commodities?

Para a professora Fernanda Magnotta, da FAAP, interesses econômicos devem prevalecer sobre a retórica.

“Muita gente aposta que, apesar dessa retórica contestatória, vai haver uma moderação desse discurso e um enquadramento do governo Bolsonaro pela dinâmica econômica que se impõe. A Argentina está no top 5 do comércio com o Brasil e tem papel importante no Mercosul”, diz.

“Com Fernández ou sem Fernández, a Argentina continua impactando muito nossa economia. Então, num momento em que a gente não está podendo se dar ao luxo de escolher parceiros, a gente vai ter que se adequar. Acho que deve acontecer um processo progressivo de normalização.”

BBC Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Esperamos que o que está sendo anunciado seja revertido na melhor qualidade de vida do povo brasileiro. Boa sorte!

  2. O Brasil no rumo certo.
    Parceiros, feito Venezuela e Cuba, tem que ser expurgado.
    Tem que procurar um pau que faça sombra.
    Trabalhar pra pobre e pedir esmolas pra dois.
    Venezuela e Cuba, é igual a pé de xique xique, não faz sombra nem presta pra se escorar.
    Portanto!!
    O MITO Ta certíssimo.

  3. Passa ano, sai ano e ninguém quer ir viver bem em paises que servem de inspiração a esquerdalha, países como cuba, Nicarágua, Venezuela, ditaduras africanas, coreia do Norte, china, dá a bixiga lixa e ninguém quer ganhar a vida por lá. Porquê será? Agora, defender o modelo deles os artistas, intelectuais, cientista… Enfim a esquerdalha vivem a idolatrar. No entanto, até pra passear eles se refugiam na Europa, EUA. Só não sei com que recursos eles tão sobrevivendo por lá, talvez do propinoduto da era Petralha.

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Geral

Chuvas no RS: sobe para 143 o número de mortos; 125 estão desaparecidos

Vista aérea da cidade de Eldorado do Sul (RS) após temporais | Foto: Defesa Civil do RS

Chegou a 143 o número de pessoas mortas em decorrência das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. O último balanço da Defesa Civil foi divulgado no na manhã deste domingo (12). O número de municípios afetados chegou a 446.

Segundo o relatório, o estado contabiliza 806 feridos e 125 desaparecidos. Ao todo, 1.115.704 pessoas foram afetadas, sendo que 537.380 estão desalojadas e 81.170 foram para abrigos.

Desde o início das operações de socorro, já foram resgatadas 76.399 pessoas e 10.555 animais.

Veja o balanço completo:

  • Mortos: 143
  • Feridos: 806
  • Desaparecidos: 125
  • Municípios atingidos: 446
  • Pessoas afetadas: 2.115.704
  • Desalojados: 537.380
  • Pessoas em abrigos: 81.170
  • Pessoas resgatadas: 76.399

CNN Brasil

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Geral

No Dia das Mães, visitantes movimentam cemitérios potiguares em torno de missas e homenagens


Abertas ao público, celebrações religiosas aconteceram durante a manhã nas unidades do Morada da Paz em Emaús e São José de Mipibu

Preces, homenagens, flores nos jazigos e reencontros. Assim pode ser definida a programação da manhã deste domingo (12) nos cemitérios potiguares, em torno de tributos relacionados ao Dia das Mães. No cemitério e crematório Morada da Paz Emaús, foram realizadas duas cerimônias pela manhã, às 8h e 10h30. No Morada da Paz São José de Mipibu, a celebração ocorreu às 9h30. A expectativa é de que, até o fim do dia, cerca de 20 mil pessoas passem pelas duas unidades.

As irmãs Margarida Dino, 69, e Maria das Graças, 63, vieram aproveitar a oportunidade da data para homenagear a matriarca da família, a dona Maria Dino da Silva, que faleceu há cerca de dois anos. “Lembrar de mamãe ainda é muito difícil, todos os dias a gente lembra dela, num dia como esse ainda mais, no entanto, é preciso saber lidar com a dor da saudade”, conta Margarida.

O casal Adilson Moura, 55, e Simone, 50, foi ao Morada da Paz Emaús com o filho, Adson, 29, para cumprir o ritual que já fazem há mais de 23 anos. “Minha mãe e meu pai estão aqui, e sempre visitamos para reforçar esse laço, o laço do amor, da saudade, da importância que eles foram nas nossas vidas, na vida de meus irmãos”, comenta Adilson.

Para quem ainda deseja prestar as homenagens direto do conforto de casa, pode acessar o Morada da Memória através do link www.moradadamemoria.com.br, plataforma on-line destinada às lembranças e homenagens, e visitar o perfil do seu ente querido. Na página é possível escrever textos, compartilhar fotos e vídeos, além de acender uma vela virtual.

Entrelaços

As celebrações religiosas do Dia das Mães neste domingo também deram início à campanha “Entrelaços”, promovida pelo Grupo Morada junto às suas marcas – Morada da Paz, Assistência Funeral Morada da Paz Essencial e Morada da Paz Pet – em 2024.

Embora a perda seja uma experiência dolorosa, a campanha deste ano lembra que a conexão com os entes queridos continua a viver por meio das memórias e ensinamentos partilhados.

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Geral

VÍDEO: Motorista invade área de obra e carro cai em um enorme buraco na Zona Norte de Natal

Um carro caiu em um enorme buraco após o condutor do veículo invadir a área de uma obra que está sendo feita na Av. Maranguape, no bairro Nossa Sra. da Apresentação, na Zona Norte de Natal, neste domingo (12).

As imagens enviadas ao BLOGDOBG foram registradas por moradores da região. Não há informações sobre o estado de saúde da pessoa que dirigia o carro no momento do acidente.

Opinião dos leitores

  1. Esse buraco é desde a chuva de novembro do ano passado. E olhe que é uma avenida muito importante para a zona norte, pois faz ligação da estrada da redinha até a BR 101 próximo a fábrica Guararapes. ZN maior colégio eleitoral de Natal e o mais desprezado pelo poder público.

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Gastronomia

PAPO DE FOGÃO ESPECIAL DO DIA DAS MÃES: Confira as receitas de Nhoquettone ao gamberi; e peixe frito com molho oriental e folha de arroz

GNOCCHETTONE AL GAMBERI

Pro Nhoque de batata:
1/2k de purê de batata assada no forno
150g de farinha de trigo
2g de nós moscada
2g sal
100g de queijo parmesão

Molho bisque:
1 1/2k de cabeça de camarão
½ cebola
Talo de salsinha
½ cabeça de alho
2500ml de vinho branco

Fonduta de parmesão:
½ k de parmesão ralado
½ L de Creme de leite
100g de manteiga

70g de presunto de Parma fatiado
Broto de manjericão

5 camarões limpos por porção

Modo de preparo:
Asse as batatas no forno e, em seguida, amasse-as, misturando e sovando até que a massa fique lisa.
Adicione a farinha de trigo, a noz-moscada, o sal, o queijo parmesão e misture bem.
Faça umas bolinhas de nhoque e reserve.
Em uma panela coloque dois litros de água e deixe ferver.
Coloque os nhoques para cozinhar, quando subir retire da fervura e coloque em uma tigela e reserve.
Para a fonduta de parmesão, em uma panela, misture o creme de leite, a manteiga e o queijo até ficar bem homogêneo.
Este creme liso será adicionado sobre o nhoque.
Para o molho bisque, refogue as cabeças de camarão com cebola, salsão e alho, adicione um pouco de água e deixe reduzir.
Acrescente o vinho branco e, em seguida, coe para obter apenas o caldo vermelho.
O presunto de parma em lâminas pode ser preparado no forno até ficar crocante ou em óleo quente.
Em seguida, tempere os camarões com sal e pimenta do reino a gosto, grelhe os camarões em uma frigideira e monte o prato.

Em um prato coloque os nhoques, a fonduta

Tempo de preparo: 50 min
Tempo de cozimento: 14 min

DICA RÁPIDA

PEIXE FRITO COM MOLHO ORIENTAL E FOLHA DE ARROZ

Peixe empanado
150g peixe
5g páprica defumada
5g fermento químico
2g sal
1g Pimenta do reino
100g farinha de trigo
30g água

Molho oriental
10g pasta de alho
50g glucose de milho
3g páprica defumada
15g molho de ostra
1g pimenta calabresa
10g água ou fundo de legumes

Decoração
15g cebolinha
10g gergelim torrado
2 folhas de arroz

Modo de preparo:
Primeiro misture a farinha com a páprica defumada, fermento químico, sal, pimenta do reino e misture bem.
Aqueça o óleo em 180o.
Coloque o peixe na mistura dos secos, acrescente a água e misture para empanar.
Coloque na os pedaços de peixe, um a um, separando para não ficar grudado no óleo, e frite até começar a dourar.
Retire e coloque no papel toalha pra tirar o excesso e reserve.
Para o molho, refogue a pasta de alho em seguida acrescente a glucose de milho, assim que derretida coloque a páprica defumada, o molho de ostra, a pimenta calabresa e o fundo de legumes ou a água. Reserve.
Inicie a segunda fritura a 180°C até estar bem dourado.
Volte o molho ao fogo, quando começar a criar bolhinhas coloque o peixe frito dentro e misture.
Por fim, acrescente gergelim torrado e a cebolinha picada.
No mesmo óleo, bem quente, frite as folhas de arroz para servir de base do peixe frito.

Tempo de preparo: 10 min
Tempo de cozimento: 30 min

 

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Economia

RN é o estado com o maior percentual de famílias com contas em atraso no País, diz CNC

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com 55,9%, o Rio Grande do Norte apresenta o maior percentual de famílias com contas em atraso no Brasil no mês de abril de 2024. O dado é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), (veja aqui) divulgada na terça-feira (7). O Amazonas, com 49,7% das famílias com contas em atraso é o segundo lugar da lista.

Ainda no recorte por Estado, o Paraná apresentou o maior nível de endividamento no mês de abril de 2024 (90,3%). É seguido por Roraima (89,3%) e Minas Gerais (89,1%). O menor percentual foi registrado em Alagoas (63,8%) e Mato Grosso do Sul (64,6%), respectivamente.

Brasil

O percentual de famílias brasileiras endividadas em abril foi de 78,5%. Representa alta de 0,4 p.p. ante março, quando a taxa era de 78,1%. É o 2º mês de consecutivo de alta.

Dentre os endividados, 28,6% disseram já ter dívidas pendentes e 12,1% declararam não ter condições para quitar os débitos. O percentual de pessoas que se consideram “muito endividadas” subiu para 17,2% em abril. É o maior desde janeiro.

Segundo o levantamento, 20,7% dos consumidores chegaram em abril com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas –aumento de 0,8 ponto percentual ante o mesmo mês de 2023.

Dentre o total de endividados, 47,4% estão com dívidas atrasadas por mais de 3 meses.

De acordo com a pesquisa, as famílias que recebem até 3 salários mínimos são as mais atingidas. Dentre essas, 80,4% estão endividadas, 35,8% estão com contas atrasadas e 16% disseram que não tem condições de quitar os débitos.

Para sair do endividamento, as famílias recorrem a alternativas. Como resultado, o cartão de crédito obteve a maior participação no volume de endividados no mês, sendo utilizado por 87,1% do total de devedores –aumento de 0,3 p.p. na comparação com o mesmo mês de 2023 e de 0,2 p.p. ante março de 2024.

Com informações de Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Kkkkkk. FAZ O L PRA FATAO. NÃO CONSEGUE NEM ENTREGAR UM DESVIO DE ESTRADA. SABEMOS QUE PASSAMOS UM SUFOCO COM ESSES PETRALHAS AQUI NO RN. ESTAMOS VENDA A AJUDA QUE LULADRAO TA DANDO AO RS. IMAGINA ESSE POVO NA PANDEMIA. DESIMAVA METADE DA POPULAÇÃO.

  2. Depois de 60 anos da oligarquia Alves e agora o PT com os Alves novamente, não tem cidadão que aguente. Quebra qualquer um!!

  3. Também, depois de 4 anos de um desgoverno com um palhaço totalmente despreparado que só levou o pais para trás queriam o que???? As pessoas estão começando a respirar agora, começando a colocar as contas em dias, voltando a viver com mais tranquilidade .

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Política

PP reafirma apoio à pré-candidatura de Paulinho Freire a prefeito de Natal

O presidente do Partido Progressistas (PP) no RN, o deputado federal João Maia, reafirmou o apoio do partido à pré-candidatura do colega de bancada, deputado federal Paulinho Freire (União Brasil). O anúncio ocorreu durante o Progressistas Day, uma convenção simultânea realizada pelo PP, na tarde deste sábado (11).

Em seu discurso, João Maia afirmou que Paulinho está preparado para governar a capital e que deu ao PP de Natal e ao seu presidente local, vereador Eriko Jacome, a condução do processo no município. Além disso, ele comentou também que Paulinho é o nome que representará o partido nas eleições de 2024.

Na ocasião, Paulinho Freire agradeceu o convite para participar do evento, reconheceu a força do partido e a contribuição dele para o RN. “O PP é um partido forte a nível local e nacional. É muito bom estarmos juntos. Acredito que, esse ano, ele possa fazer cinco vereadores nesta eleição de 2024.”, afirmou o deputado.

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Brasil

Governo Lula gastará R$ 27 bilhões com 17 estatais dependentes em 2024

Foto: Sérgio Lima/Poder360

Das 44 empresas estatais sob controle direto da União, 17 dependem de recursos do Tesouro Nacional para manter as operações. O governo estima que R$ 27 bilhões serão destinados dos cofres públicos para as companhias dependentes em 2024.

Os dados estão no Painel das Empresas Estatais, elaborado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. As informações vão até fevereiro.

Duas empresas concentram quase metade (46%) de toda a verba do Tesouro para as dependentes. A Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que administra os hospitais federais, e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) receberão R$ 12,5 bilhões.

Leia abaixo quanto cada empresa pública receberá do governo:

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Em comparação com o orçamento total, 7 empresas têm maior participação de recursos do Tesouro maior que 90%:

  • Amazul – dependência orçamentária de 100%;
  • CPRM (Serviço Geológico do Brasil) – 99%;
  • Ebserh – 99%;
  • Embrapa – 97%;
  • Ceitec – 94%;
  • EPE – 93%;
  • CBTU – 91%.

O Poder360 levantou os resultados financeiros das empresas dependentes nos balanços das empresas. Das 17 que precisam do governo, 10 têm divulgado resultados consolidados de 2023. Só a Imbel (Indústria de Material Bélico) apresentou lucro.

As outras 9 estatais fecharam o ano no vermelho. Destaca-se a Codevasf, com prejuízo de R$ 1,2 bilhão.

Eis os resultados financeiros das companhias:

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O quadro de pessoal das estatais federais voltou a crescer em 2023 depois de 8 anos em queda. O número de funcionários ao fim do governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2022 foi de 517,1 mil. Em fevereiro de 2024, o número aumentou para 524,0 mil.

Mesmo nas estatais dependentes, a quantidade de funcionários voltou a crescer. Eram 83.100 ao fim de 2022 e 86.200 até fevereiro de 2024.

A Ebserh tem o maior quadro de funcionários, com 44.231 contratados. O Hospital N. Sra. da Conceição (9.4161) e a Embrapa (7.409) completam o top 3.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende publicamente o fortalecimento de estatais durante o seu governo. Muitas empresas estavam no programa de privatizações no governo Bolsonaro, mas foram retiradas da lista com a volta do Partido dos Trabalhadores ao poder.

Parte do governo, sobretudo o ministro Fernando Haddad (Fazenda), prega o equilíbrio das contas públicas. O movimento de aumentar os gastos com as estatais dependentes e aumentar a contratação de pessoal vai na contramão dessa proposta.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Nessa reportagem toda aí, alguem enxerga um bicho feio?
    Dica é ladrão.
    Ô bixo feio da gota serena.
    Rsrsrs…
    Mais frio do que uma briga de foice.
    Kk

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Política

Deputada federal Amália Barros morre aos 39 anos

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A deputada federal Amália Barros (PL) morreu aos 39 anos, informou um comunicado oficial publicado em sua conta no X (antigo Twitter) na madrugada deste domingo (12). Ela estava internada desde o dia 1º de maio por conta de um nódulo no pâncreas.

Eleita deputada federal em 2022 por Mato Grosso, Amalia era vice-presidente do PL Mulher nacional e integrou as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação na Câmara dos Deputados.

Paulista de Mogi Mirim e formada em Jornalismo, Amália Barros perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos por conta de uma toxoplasmose. Após passar por 15 cirurgias, ela teve que remover o olho e passar a usar uma prótese ocular em 2016.

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Geral

ARTIGO: Dia das Mães sem minha Mãe. Por Marcus Aragão

Quinta-feira, ao entrar em um edifício comercial, mais uma vez, meu olhar foi fisgado por uma senhora que parecia minha mãe. Ela não olhava para mim, sua nuca olhava. Seu corte de cabelo lembrava o da minha mãe. Suspirei triste na iminência de ver seu rosto para saber que não é minha mãe. Mesmo sabendo que ela se foi há 4 anos, sempre sigo com o olhar para comprovar.

Muito frequentemente estou caminhando pelos shoppings, supermercados ou outros lugares que ela gostava de ir e me deparo com alguma mulher que lembre ela. Pode ser o corte de cabelo, a roupa, o andar, qualquer coisa serve. Isso ocorre com mais frequência do que gostaria porque sempre vem seguido de uma esperada tristeza.

Acontece que quinta-feira, decidi que não seria assim. Desviei o olhar para viver aquela breve esperança um pouquinho que fosse. Comecei a pensar, me permiti imaginar que era ela mesma.

— Mãe!!! Que saudade! Como sinto sua falta!

E antes que ela pudesse responder, já lhe daria muitos abraços e beijos, como a gente sempre gostava. Levaria para passear na praia, pois ela também gostava muito de olhar o mar; tomaríamos sorvete, regaríamos suas plantas e assistiríamos TV juntos, como muito fizemos. Conversaríamos sobre a família, trabalho e ela me daria seus conselhos. Sempre conversamos sobre tudo — tudo mesmo.

Antes dela partir, pediria perdão por não ter passado mais tempo com ela. Afinal, todo o tempo do mundo ainda teria sido pouco. Também agradeceria, pois quase tudo de bom que tenho foi ela quem incutiu na minha cabeça. Inclusive, quando ainda tinha 06 anos, que eu sabia escrever bem.

Bem, esse foi um sonho que gostaria de ter realizado na quinta-feira. Você, que ainda vive o sonho real que é ter uma mãe, aproveite muito. Não se sabe até quando terá esse privilégio e não imagina mesmo o vazio, o vácuo eterno que ficará na sua ausência.

Se todos que estão lendo o artigo dessem um abraço em suas mães e passassem mais tempo com elas, me sentiria mais aliviado — Sim, digo aliviado porque todos esses abraços somados ainda seriam uma fração do que eu gostaria de poder dar.

Aproveitem o Dia das Mães.

Marcus Aragão
@aragao01

Opinião dos leitores

  1. Que Deus a tenha em um bom lugar e certamente está orgulhosa do filho que tem, digno e humano nas atitudes.🙏🙏🙏🙏

  2. Meu querido Marcus Aragão a Sra. LH nos presenteou com um ser humano como você de um caráter impecável, inteligência muito acima da média, inúmeros atributos que eu passaria o dia inteiro para descrevê-los. Entre eles, o mais admirável de todos – a sua simplicidade. Aonde ela estiver, continua muito orgulhosa da grande contribuição que deixou aqui na terra. Tens toda a minha admiração e respeito. Gratidão Sra. LH

  3. Linda mensagem amigo , mães São eternas, mas nunca deixa pra amanhã todo amor e carinho que se possa dar … seja agora .. o tempo todo ! O eu te amo vem junto com a gratidão ! Tenho a minha todos os dias .. e ainda acho pouco , queria mesmo em algum momento era voltar para o ventre ! Feliz dia das mães …

  4. Lindo texto, Marcus! Lúcia, sua mãe, deve estar aplaudindo também essa pérola que você escreveu.

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Brasil

VÍDEO: Tornado atinge RS e causa ventos de até 190km/h

Um tornado atingiu a cidade de Gentil, no norte do Rio Grande do Sul, neste sábado (11). O fenômeno causou ventos de 117 e 190 km/h e foi registrado por moradores da zona rural do município. Ninguém se feriu.

O tornado atingiu plantações e lavouras, gerou destelhamento de alguns imóveis e queda de árvores. Não há registro de feridos. As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada afetaram quase 90% dos municípios gaúchos. Até o momento, 441 cidades de um total de 497 foram atingidas pelas consequências do evento climático extremo que afetou 1,9 milhão de pessoas, segundo boletim da Defesa Civil divulgado na noite de sexta-feira (10).

Até então, já foram contabilizadas 340 mil pessoas desalojadas. Desse total, 71,4 mil estão em abrigos. Há a confirmação de 126 mortes e 756 feridos. Há ainda 141 pessoas desaparecidas no estado. As forças de segurança, com auxílio de voluntários, conseguiram resgatar 70,8 mil pessoas e 9,9 mil animais.

O que é um tornado?

Um tornado é um evento meteorológico extremo que se manifesta como uma coluna de ar em rotação, estendendo-se da base de uma nuvem de tempestade até o solo. Geralmente apresenta-se na forma de um funil, com ventos extremamente fortes e velocidades que podem ultrapassar centenas de quilômetros por hora.

Essa força devastadora pode causar danos severos a construções, veículos e infraestrutura, além de representar um risco grave para a vida humana.

Os tornados são acompanhados por condições atmosféricas instáveis, como tempestades severas e nuvens carregadas, e são mais comuns em determinadas regiões do mundo, como no chamado “Alley dos Tornados” nos Estados Unidos. As comunidades costumam receber alertas antecipados desses eventos, permitindo que busquem abrigo e se protejam da sua fúria destrutiva.

Com informações de UOL

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