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A ‘epidemia de abandono’ dos animais de estimação no Brasil causada pela crise do coronavírus: do corte de gastos ao medo da “transmissão”

Foto: ONG CÃO SEM FOME/ DIVULGAÇÃO

Se a pandemia de coronavírus mudou a paisagem urbana das grandes cidades, deixando ruas de todo o país vazias, por outro aumentou o número de animais domésticos abandonados.

Seja pela crise, pelo medo de que cães e gatos transmitam o coronavírus ou pela mudança de vida causada pela pandemia, mais donos de animais de estimação estão se desfazendo dos seus outrora melhores amigos.

O cenário é confirmado por organizações não-governamentais, pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária e até mesmo pela SaferNet Brasil, organização que monitora conteúdos que violam direitos na internet.

Diretor da ONG Cão Sem Dono, Vicente Define Neto relata à BBC News Brasil que desde o agravamento da pandemia no Brasil tem recebido cerca de 200 e-mails por dia. Em geral, de gente interessada em encontrar novos donos para seus pets. Segundo ele, é um aumento de 40% da procura anterior ao período.

“É um número absurdo”, comenta. “E como as ONGs estão todas lotadas, certamente são animais que acabarão sendo abandonados posteriormente.”

De acordo com ele, os motivos relatados por quem o procura são, quase sempre, relacionados ao novo coronavírus — ou a crise decorrente da pandemia. “Entre os fatores, estão a perda de emprego e gente que está indo morar de favor com algum parente e não tem como levar o animal.”

Fundadora da ONG Cão Sem Fome, Glaucia Lombardi diz à reportagem que tem deparado com cinco vezes mais casos de abandonos de cães do que o normal.

“Estamos vivendo uma situação extremamente complicada, complexa e que não tem prazo para se normalizar”, ressalta. Em alguns casos, é a devolução de um animal adotado anteriormente. E até mesmo cachorros de raça definida, que raramente apareciam nos abrigos, estão sendo deixados para trás por seus donos.

“O abandono de cães sempre foi o maior dos problemas que enfrentamos”, afirma ela. “Temos de conviver com o desafio de animais largados em praças, estradadas ou desovados nas portas de ONGs ou protetores.”

Cortes de gastos

Para Lombardi, o cenário parecia bom no começo da pandemia, quando as pessoas até procuraram adotar mais, “pensando em ter uma companhia” no período de isolamento.

“Então, vieram as péssimas notícias”, avalia. “Houve a trágica mentira disseminada de que os cães transmitiam a covid-19. Depois, os problemas econômicos e, da mesma forma como foram cortados gastos extras em todas as famílias, muitas também optaram por não ter mais seus animais de estimação.”

Há ainda o caso de animais de estimação cujos donos entraram na extensa lista de vítimas da covid-19. “Meu pai morreu e a gente não quer o cachorro…”, exemplifica ela. “Esse motivo foi o que mais cresceu em tempos de pandemia. Com o número de mortos aumentando, o número de animais de companhia que foram descartados pelos familiares dessas pessoas disparou.”

Procurado pela BBC News Brasil, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) afirma que “avalia de forma preocupante a situação do abandono de animais de estimação nesta fase de pandemia”.

A reportagem procurou a Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) de São Paulo, órgão da Secretaria Municipal de Saúde, para confirmar a tendência.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a instituição informou que só recolhe animais abandonados em vias públicas quando estes representam risco para a saúde pública — e indicou que o trabalho é, na maior parte das vezes, realizado por ONGs.

“São considerados riscos para saúde pública: a suspeita de portar ou transmitir zoonoses de relevância, como a raiva ou esporotricose; animais agressivos com histórico de atacar ou morder pessoas; animais que tenham invadido instituições públicas, desde que se enquadrem nos riscos citados; animais em sofrimento nas vias públicas quando necessária a realização de indução de morte sem dor (eutanásia)”, esclarece a divisão, em nota.

Considerando essas atuações específicas da DVZ, o número de cães recolhidos de março a julho deste ano é inferior ao mesmo período do ano passado — 145 versus 216. Mas os dados deste mês podem indicar uma tendência de alta. Em julho de 2019 foram retirados pelo órgão 33 cachorros das ruas de São Paulo. Neste mês de julho, até o dia 27, o número já era de 57.

Maus tratos

Dados obtidos com exclusividade junto à organização SaferNet Brasil também indicam um aumento de conteúdos na internet demonstrando ou incitando maus tratos a animais durante o período da pandemia.

Entre 15 de março de 30 de junho deste ano foram registradas pela entidade 482% mais denúncias sobre o tema em comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com relatos dos ativistas, o estresse causado pela situação atual de isolamento social, confinamento e toda a negatividade resultante da pandemia pode encontrar no animal um bode expiatório.

Orientações

“O abandono acarreta em prejuízos para a saúde pública, já que pode ocorrer um aumento nos casos de zoonoses, como a raiva, a leishmaniose, esporotricose, verminoses, entre outras”, ressalta a médica veterinária Kellen Oliveira, presidente da Comissão Nacional de Bem Estar Animal do CFMV e professora da Universidade Federal de Goiás.

“Ainda pode aumentar a população de rua, já que muitos não são castrados e se reproduzem livremente. Além, é claro, de acidentes automobilísticos, brigas entre os animais e mordidas em humanos.”

Oliveira afirma que o conselho tem acompanhado junto a ONGs, centros de controles de zoonoses e bombeiros a situação atual no Brasil. “Eles têm relatado o aumento no número de chamadas para resgates de animais doentes, fêmeas gestantes ou recém-paridas, ou mesmo animais atropelados”, diz.

A veterinária lembra que, de acordo com os estudos científicos atuais, não há evidências de que um animal de estimação transmita a nova doença para um humano.

“Até o momento, não há dados científicos de que animais de estimação, como cães e gatos, transmitam a covid-19. Os relatos existentes de animais que contraíram a doença ocorreram, em sua maioria, por transmissão de um humano doente para o animal”, ressalta a veterinária.

Há recomendações para famílias que têm animais de estimação sobre como agir em caso de alguém com sintomas ou diagnóstico positivo para o coronavírus. “Afastar-se do animal, evitar tocar, beijar, espirrar tossir próxima ao animal, até a resolução do problema”, enumera Oliveira.

Já no caso de quem está convencido que se desfazer do bicho é a melhor solução, os ativistas acreditam que há pouco o que fazer. “Sobre abandono ou devolução de um animal adotado não há muito o que orientar”, admite Lombardi.

“Quando a pessoa chega para a ONG ela já está convicta da decisão. Nunca tivemos um caso de conseguir reverter o processo. A pessoa se coloca no papel de vítima, tentando nos convencer que sua razão é justa e ainda achando que está fazendo um favor em nos trazer o cão em vez de abandoná-lo em qualquer estrada.”

Ela ressalta que “abandono de animais é crime, previsto por lei”. “Mas apesar disso o que mais sofremos é ameaças e sabemos que se não for acolhido por nós, será descartado para morrer em qualquer lugar, colocado no lixo ainda vivo, jogado no rio ou amarrado no meio do mato para morrer de fome e sede, só para citar algumas situações corriqueiras com as quais nos deparamos”, relata.

Abrigos

A situação de ONGs e abrigos para animais sofre os efeitos econômicos da pandemia. Com cerca de 600 animais, a União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), em São Paulo, mantém-se basicamente graças a uma clínica veterinária.

“O movimento despencou [após o início da pandemia] e ficamos assustados”, conta à reportagem Vanice Teixeira Orlandi, presidente da instituição. “Então experimentamos muita solidariedade das pessoas, recebemos bastante doação de ração e fizemos uma vaquinha, conseguindo arrecadar 25 mil reais.”

Ativistas e especialistas lembram, contudo, que conseguir descartar um animal em um abrigo não é menos grave do que abandoná-lo. “Eles são seres sencientes, ou seja, têm capacidade de sentir e, com isso, o abandono ou troca de família pode gerar traumas e, consequentemente, o desenvolvimento de determinadas compulsões como ansiedade e agressividade”, explica a veterinária Oliveira.

“Pedimos sempre para que as pessoas tenham um pouco de paciência com seus animais. Em abrigo ele não vai ter uma vida boa, vai ter uma vida difícil. Quando ele entra em um abrigo, vai ter de disputar espaço com outros cães, e com a lotação máxima de tanto abandono recente, isso vai ser ainda pior”, afirma Define Neto.

Lombardi lembra que há uma “certa cultura” de que “abandonar em um abrigo não é abandono”.

“Se isso alivia erroneamente a crise de consciência da pessoa, eticamente não há nenhuma diferença. Continua sendo abandono e dos mais cruéis. Imagina um animal que conheceu minimamente o que é ter uma casa, se ver jogado em uma baia de abrigo, tendo que disputar espaço, comida, muitas vezes escassa, e atenção com dezenas de outros cães. Muitos morrem de depressão, ou de doenças causadas pelo convívio coletivo, que o cão não tem imunidade”, argumenta.

“Outros morrem porque não conseguem se adaptar à nova vida, não conseguem se alimentar, ou acabam se envolvendo em brigas, muitas vezes fatais.”

A Cão Sem Fome também relata problemas com as contas durante esse período. “Houve um aumento significativo de gastos com os animais, tanto os que já tínhamos — cerca de 500 — como os que entraram. E, ao mesmo tempo, uma extrema redução nas doações e em qualquer ajuda que poderíamos ter”, conta Lombardi, relatando que o trabalho triplicou “e está incrivelmente complicado”.

“As doações sofreram uma queda imensa, tanto em dinheiro como em produtos — ração, vacinas, castração, material de higiene, cobertores, jornais”, diz ela. “Temos notícias de protetores que estão dando um dia de ração e um, ou até dois, de pão para os animais. Ninguém dá conta de tanto abandono.”

Define Neto conta que a Cão Sem Dono também está sofrendo financeiramente. Cerca de 30% dos doadores fixos mensais decidiu suspender os pagamentos por conta da crise do coronavírus. “Estamos nos virando do jeito que dá”, diz.

Adoções

Para piorar o cenário, as tradicionais feiras de adoção não estão ocorrendo de forma presencial por conta da pandemia. A solução tem sido recorrer à internet. A Cão Sem Dono montou um sistema batizado por eles de delivery.

“A pessoa escolhe o animal em nosso site, fazemos a entrevista por WhatsApp, verificamos as informações com o Google… Dando certo, levamos o animal até a casa da pessoa”, resume Define Neto.

Quando tem sido procurado por aqueles que querem se desfazer dos seus bichos de estimação, esta é a orientação que ele procura dar: tire uma foto bonita e publique nas redes sociais.

“Infelizmente, a maior parte não faz isso. A gente até oferece a ajudar a divulgar, mas não adiante: a maioria não faz por vergonha dos amigos e parentes”, comenta ele.

A UIPA afirma que a pandemia tem feito aumentar a procura por adoções. Segundo Orlandi, houve um aumento de interesse em 400% — resultando em duas vezes mais adoções realmente efetivadas.

“Momentos de crise fazem com que as pessoas adquiram novos hábitos. E a ideia de um animal de estimação, para muitos, está relacionada a uma companhia, a uma casa mais alegre. Isso favorece”, acredita Orlandi.

Órgão da prefeitura de São Paulo que promove a adoção de animais abandonados, a Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap) relata que neste ano conseguiu viabilizar a adoção de 71 cachorros e 118 gatos, dados até o mês de junho. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, o número é inferior ao mesmo período de 2019.

“No início da pandemia, a coordenadoria percebeu um aumento expressivo no número de visitas de famílias a sede, porém, infelizmente, foi notado que a intenção das visitas era somente de passeio, e não de adotar um animal”, informa, em nota enviada à BBC News Brasil, a instituição.

“Visando à proteção de todos, a Cosap fechou a sede para visitas, evitando aglomerações e pensando em novas maneiras dos interessados conhecerem os animais que aguardavam adoções. Assim, foi implantado o sistema que permite ao munícipe ver fotos, conhecer um pouco melhor a personalidade de cada animal, preencher um formulário com as suas características do adotante e, após essa triagem, agendar uma visita pessoal. Atualmente, cerca de 90% das pessoas que agendam visitas no centro, adotam um animal.”

Atualmente, a Cosap tem 236 animais disponíveis para adoção — 160 cães, 69 gatos, cinco cavalos e dois porcos.

G1, via BBC

Opinião dos leitores

  1. TENHO TRÊS E ESTOU ALIMENTADO E CUIDANDO DE OUTRO AQUI NA MINHA RUA SE FOR PRA SAJETA EU MORRO DE FOME COM ELES ISSO TUDO É DESCULPA DE GENTE MAL, SEBOSA ESPÍRITO DE PORCO TOMARA Q A COVID LEVE MUITOS DESSES LIXO HUMANO

  2. Tenho cinco animais! Nunca abandonaria nenhum deles. Isso é de uma maldade sem tamanho. A pessoa que abandona ou maltrata um animal, não vale absolutamente NADA!

    1. Concordo em gênero, número e grau. Quando minha esposa estava grávida de meu primeiro filho tinha 7 gato. O terrorismo para me desfazer dele por causa de doenças e outras coisas foi tão grande que virei é disse: " você abandonaria um filho e me diga quál o animal que mais propaga doença no mundo ". Minha teoria se comprovou agora . Segundo a história Leonardo Da Vinci disse " o homem só vai evoluir quando um crime cometido a uma animal será um crime cometido contra a humanidade ". Triste humanóide que só retroage.

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Geral

Diretor-presidente da Unimed Natal, Dr. Fernando Pinto palestra em evento do Conselho Federal de Medicina, em Brasília

Foto: Divulgação

 

De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, uma a cada 36 crianças possui algum nível de transtorno do espectro autista, o que equivale a cerca de 5,6 milhões de brasileiros. Esse foi o tema central do VIII Fórum de Cooperativismo Médico, evento realizado nesta quarta (17), pelo Conselho Federal de Medicina e que teve entre os palestrantes convidados o diretor-presidente da Unimed Natal, Dr. Fernando Pinto.

Com o tema “Impacto das terapias do TEA na saúde suplementar”, a palestra do Dr. Fernando foi marcada pela explanação do panorama geral desse segmento. Ele apresentou dados relacionados ao perfil dos usuários, movimentações no uso do plano e o impacto financeiro e jurídico que esses números tem causado no sistema. Um dos destaques foi o custo que as terapias especiais geram aos planos de saúde no Brasil, superando despesas com oncologia.

“Esclarecer, não somente aos usuários e a classe médica, mas a toda sociedade sobre a complexidade desse assunto tem sido um dos nossos grandes desafios. Sabemos que o aumento dos diagnósticos do TEA é algo relativamente recente no país e que isso torna a discussão mais sensível, mas é urgente que todos entendam os impactos que o uso indiscriminado do plano de saúde nessas terapias causa ao sistema como um todo”, disse o diretor.

O evento ainda teve debates entre médicos neurologistas, pediatrias, psiquiatras, otorrinos, entre outros, com expertise em TEA, além de gestores de operadora de saúde e cooperativas e representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Ministério Público Federal (MPF) e da Justiça Federal. A palestra ministrada pelo diretor-presidente da Unimed Natal estava inserida na Mesa Redonda – TEA no sistema de saúde brasileiro, que tinha entre outros especialistas, o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Jeancarlo Fernandes Cavalcante e o Diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Alexandre Fioranelli.

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Cidades

Serviço em trecho da Coronel Estevam deve ser concluído nesta quinta-feira

Foto: Divulgação

Os trabalhos de reparo na cratera que se abriu na avenida Coronel Estevam, zona Leste de Natal, devem ser concluídos nesta quinta-feira (18). De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), o calçamento do trecho afetado foi finalizado nessa quarta-feira (17) e a próxima etapa é terminar o asfalto, trabalho que vai depender das condições climáticas na capital.

O trecho da avenida Coronel Estevam está interditado desde a tarde da segunda-feira (15). Além do vazamento causado pela cratera na rede abastecimento, sanado no mesmo dia da ocorrência, a abertura da vala danificou a rede coletora de esgoto.

A Caern informou que todo o trabalho de manutenção na rede de esgoto foi concluído, sendo o asfalto a única etapa restante. Uma vez finalizado o serviço, o trânsito no local será liberado de forma imediata.

Tribuna do Norte

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Mundo

Google demite funcionários que participaram de protesto

Foto: Divulgação

O Google demitiu 28 funcionários que protestaram na 3ª feira (16.abr.2024) devido ao contrato da empresa com o governo de Israel. O desligamento dos trabalhadores foi informado pelo vice-presidente de Segurança Global, Chris Rackow, em um e-mail enviado a toda a companhia. O jornal The Wall Street Journal teve acesso ao comunicado.

Os protestos foram liderados pela organização No Tech for Apartheid. Foram realizados nos escritórios do Google nas cidades norte-americanas de Nova York, Seattle e Sunnyvale. No e-mail, Rackow disse que os atos foram “inaceitáveis, extremamente perturbadores e fizeram os colegas de trabalho se sentirem ameaçados”.

Segundo o The Wall Street Journal, Google e Amazon assinaram em 2021 um contrato, conhecido como Nimbus, para fornecer serviços em nuvem ao governo israelense.

Os manifestantes disseram que planejavam ocupar os escritórios do Google até serem presos ou até que a empresa cancelasse o contrato com Israel. Na 3ª feira (16.abr), 9 trabalhadores da big tech foram presos em Sunnyvale. Eles ocuparam um escritório usado pelo CEO do Google Cloud, Thomas Kurian.

Um porta-voz do No Tech for Apartheid contestou que todos os 28 funcionários demitidos tenham participado do protesto. “Este ato flagrante de retaliação é uma indicação clara de que o Google valoriza mais o seu contrato de US$ 1,2 bilhão com o governo genocida e os militares israelenses do que seus próprios trabalhadores –aqueles que criam valor real para executivos e acionistas”, lê-se em comunicado citado pela publicação norte-americana.

Poder 360

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Brasil

Mulher que levou idoso morto a banco passa por audiência de custódia

Foto: Reprodução

A Justiça faz, na tarde desta quinta-feira (18), audiência de custódia com Érica de Souza Vieira Nunes, presa em flagrante na última terça-feira (16), depois de levar um idoso morto para sacar um empréstimo, em nome dele, em uma agência bancária. O rito judicial, marcado para as 13h, é necessário para que a Justiça decida se Érica será solta ou se mantém sua prisão.

Mulher leva idoso morto a banco no Rio e tenta obter empréstimo de R$ 17 mil; veja vídeo

Ela foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver, mas alega que o homem, que ela diz ser seu tio, estava vivo quando chegou à agência bancária, em Bangu.

O médico do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que foi chamado por funcionários do banco para atender ao homem, atestou, no entanto, que ele já estava morto há algumas horas.

A tentativa de saque na agência bancária foi registrada em vídeo. Nas imagens, o idoso está pálido e sem qualquer reação ou reflexo, sentado em uma cadeira de rodas, enquanto Érica pede repetidas vezes que ele assine o empréstimo de R$ 17 mil. A mulher, que informou à polícia ser cuidadora e sobrinha dele, chega a dizer que ele “era assim mesmo”.

Ao perceberem que havia algo errado com a situação do homem, os funcionários chamaram o Samu.

O delegado Fábio Luiz, responsável pelo caso, disse que o esclarecimento – se a vítima já chegou morta ao banco ou morreu dentro da agência – altera pouco o crime investigado.

“Isso interfere pouco na investigação. O próprio vídeo deixa claro para quem está vendo, por imagem, que aquela pessoa está morta. Imagine ela que não apenas está vendo, mas vendo e tocando. Só o fato de ela ter dado continuidade, mesmo com ele morto, já configura os crimes pelos quais ela vai responder”, disse Fábio Luiz.

A advogada de Érica, Ana Carla de Souza Correa, afirma que o homem estava vivo quando chegou ao banco, e que sua cliente se encontrava em estado emocional abalado e sob efeito de remédios. Em depoimento à Polícia Civil, Érica disse que foi à agência bancária levada por um motorista de aplicativo.

Agência Brasil

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Judiciário

TJRN determina suspensão da greve dos profissionais de saúde em Natal

Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) aprovou o pedido de tutela antecipada em caráter incidental, requerido pelo Município de Natal, para que os trabalhadores da saúde da capital suspendam imediatamente a greve deflagrada pela categoria na terça-feira (16) e garantam o retorno integral dos serviços de saúde locais. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (18), dentro da ação cível nº 0804961-16.2023.8.20.0000, e está assinada pelo desembargador João Rebouças.

Ao todo, a ação tem como réus cinco sindicatos de profissionais da saúde do Estado, incluindo Sindicato dos Enfermeiros e o Sindicato dos Servidores Públicos de Natal. Embora a decisão do TJRN reconheça a pertinência das reivindicações dos trabalhadores, que inclui o cumprimento da data-base, o reajuste dos vencimentos e a implantação e pagamento retroativo de gratificações, o documento aponta para o atual cenário de Dengue em Natal e a necessidade de maiores esforços na saúde.

O desembargador João Rebouças orientou, ainda, que a Prefeitura do Natal busque negociar junto à categoria, tendo em vista que a decisão não exclui os problemas vivenciados pelos profissionais. “Recomendo ao Município de Natal, através da Secretaria de Saúde, que adote esforços no sentido de viabilizar junto à categoria, propostas de negociações, no sentido de sanar a celeuma, a qual tem a população de Natal – sofrida, desassistida e cada vez mais órfã dos serviços públicos da saúde”, aponta no documento.

Segundo o documento que tramita na ação cível, caso não suspendam a greve, a categoria está sujeita ao pagamento de multa diária no valor de R$ 5 mil aplicada aos demandados e aos seus dirigentes e grevistas, limitado ao teto de R$ 100 mil , sem prejuízos de outras responsabilidades de ordem civil, criminal e administrativa.

Tribuna do Norte

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Saúde

Parnamirim amplia público-alvo da vacina contra a dengue

Foto: Divulgação

Por orientação do Ministério da Saúde, Parnamirim vai ampliar, a partir desta quinta-feira (18), a faixa etária para aplicação da vacina contra a dengue. Serão utilizadas doses já disponibilizadas e a faixa etária atendida será estendida para 6 a 16 anos.

De acordo com a nota técnica do Ministério da Saúde, a decisão é orientada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e a estratégia é temporária, apenas para as vacinas que possuem prazo de validade até 30 de abril. O objetivo é evitar perda de doses.
O limite especificado na bula da vacina é dos 4 aos 59 anos 11 meses e 29 dias de idade. Todas as pessoas vacinadas nesse novo esquema terão sua segunda dose garantida.

Em Parnamirim, todas as unidades de saúde estão aplicando o imunizante.

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Trânsito

Acidente deixa trânsito lento na Via Costeira

Foto: Magnus Nascimento

Um acidente envolvendo pelo menos três veículos de passeio foi registado na manhã desta quinta-feira (18), na Via Costeira, em Natal. A colisão está afetando os motoristas que acessam o fluxo de descida do trânsito no sentido Ponta Negra-Centro.

Tribuna do Norte

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Jornalismo

A Festa dos que fazem Festa: Jornalista Toinho Silveira realiza Prêmio Versátil 2024

Foto: Divulgação

Reconhecimento, prestigio, elegância e valorização profissional. Essas são características do Prêmio Versátil, organizado pelo jornalista Toinho Silveira. O evento, que é considerado tradição pelos potiguares, visa promover uma celebração da excelência nos segmentos de organização e promoção de eventos, bem como de profissionais atuantes em diversas áreas da indústria de festas e celebrações. A solenidade será realizada no dia 30 de abril, no La Mouette Recepções, localizado no bairro de Candelária, Zona Sul de Natal.

Em 2024, o tema do evento é “A Festa dos que fazem Festa”, refletindo o espírito de reconhecimento e gratidão aos prestadores de serviço que contribuem para que os eventos sejam experiências únicas e inesquecíveis. Dentre as categorias premiadas, destacam-se os segmentos de organização e promoção de eventos, salões para recepções, decoração, bebidas para festa, cake designer, fotografia social, repórter fotográfico, cerimonial, formatura, doces, sobremesas, dentre outros.

Além das premiações, o evento contará com apresentações musicais, open bar e open food. Uma novidade para esta edição será o lançamento do troféu Nilson Barreto (In Memorian). Nilson ganhou destaque no ramo da gastronomia potiguar por ser uma figura emblemática que unia requinte e sabor em suas criações. Ele foi o criador da empresa Nilson Buffet. Sua dedicação e talento o tornaram merecedor do nome dado ao Troféu que será entregue durante o Prêmio Versátil.

Os interessados em participar do evento podem adquirir os ingressos na loja Fina Flor Noivas, localizada na R. Jaguarari, 2631, Candelária, e na Banca do Tota, na Av. Afonso Pena, 439, Petrópolis.

A votação para o Versátil 2024 já foi encerrada e ocorreu por meio do site versatilnews.com.br, com a participação do público validada por meio do CPF. A abordagem garante a validade e a transparência do processo de escolha dos vencedores em cada categoria.

“O Prêmio Versátil é uma oportunidade para destacar o trabalho árduo e a dedicação dos profissionais que tornam os eventos sociais e corporativos memoráveis”, afirmou Toinho Silveira. O jornalista complementou ainda que a celebração reúne os melhores talentos da região e serve como uma plataforma de reconhecimento para aqueles que se destacam em suas respectivas áreas.

A premiação promete ser um evento cheio de glamour, com homenagens a profissionais que fazem a diferença no cenário dos eventos no Rio Grande do Norte. É uma ocasião única para celebrar o sucesso e a inovação neste setor, além de estreitar os laços entre os profissionais e a comunidade.

A Festa dos que fazem Festa faz parte da comemoração dos 49 Anos de jornalismo de Toinho Silveira, iniciada em março em Dubai e que seguirá até o final do ano.

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Geral

OAB/RN e CAARN inauguram Casa da Advocacia nesta segunda-feira em Mossoró

Foto: Divulgação

Um sonho da advocacia potiguar está prestes a se tornar realidade. A Casa da Advocacia Padre Sátiro Cavalcanti Dantas será inaugurada nesta segunda-feira (22) em Mossoró, seguindo o projeto de interiorização dos serviços da Ordem Potiguar. A solenidade acontece a partir das 18h30, com a presença do presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, do presidente da OAB/RN, Aldo Medeiros, e do presidente da CAARN, Ricardo Lucena.

O investimento total para a construção foi de mais de R$ 1,5 milhão, oriundo de recursos próprios da OAB/RN, CAARN e repasse do Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados (FIDA). Localizada no centro de Mossoró, em um espaço de 260 m², a Casa oferecerá aos advogados e advogadas da região Oeste uma estrutura completa para o exercício da profissão.

No local, os profissionais da região vão contar com espaço de coworking, sala de atendimento, centro de inclusão digital, sala de reunião, auditório com 45 lugares, copa e um espaço de convivência, além dos serviços de psicologia e nutrição oferecidos pela Clínica da Advocacia. Todos os ambientes serão entregues com equipamentos modernos e internet de alta velocidade.

“Em 2022 inauguramos a Casa da Advocacia em Natal, um espaço moderno, que oferece um serviço de excelência e é modelo, inclusive, para outras Seccionais. Agora, levamos a mesma estrutura para Mossoró, a segunda maior cidade do Estado, onde toda a advocacia vai poder contar com um local pensado para facilitar seu dia a dia”, explica o presidente Aldo Medeiros.

A Casa da Advocacia Padre Sátiro Cavalcanti Dantas também vai receber eventos da OAB/RN, CAARN e da Escola Superior de Advocacia (ESA) na região, sendo primeiro a Campanha de Vacinação Contra a Gripe a partir do dia 23 de abril.

“Essa é uma grande conquista para toda a advocacia potiguar, estamos realizando um sonho ao levar pela primeira vez os atendimentos da Clínica da Advocacia para o interior, além de proporcionar um maior apoio para que os profissionais possam fazer os atendimentos, reuniões e audiências do dia dia profissional, tudo isso num ambiente moderno e funcional, no centro de Mossoró”, diz Ricardo Lucena.

Serviço:
Inauguração da Casa da Advocacia Padre Sátiro Cavalcanti Dantas
Dia 22/04/2024, às 18h30
Endereço: Rua Quintino Bocaiuva, nº 129, Centro, Mossoró/RN

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Política

Gustavo e Valéria reúnem pré-candidatos em Nísia Floresta

Foto: Divulgação

O pré-candidato a prefeito pelo PL, em Nísia Floresta, Gustavo Santos, e sua pre-candidata a vice, Valéria Mesquita, realizaram nesta quarta-feira (17/04), uma reunião com os pré-candidatos a vereador do grupo que entrarão na disputa nas eleições deste ano.

O encontro teve por objetivo traçar estratégias para todos os partidos que compõem a aliança além do PL, – União Brasil, PSDB e PP – para promover unidade em torno do projeto, reforçar o compromisso com o desenvolvimento de Nísia Floresta, além de passar orientações sobre as condutas permitidas e vedadas pela lei para 56 pré-candidatos a vereador.

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