Imagine ver o seu dinheiro dobrar de um dia para o outro. Foi isso o que aconteceu com os investidores do estaleiro OSX (OSXB3), do ex-bilionário Eike Batista, no pregão desta terça-feira (25). Os papéis da empresa dispararam 152% após o próprio Eike anunciar que, após seis anos, a companhia tinha saída da recuperação judicial.
Para quem não se lembra, a OSX é uma empresa do grupo EBX, criada em 2009, e que atua nas áreas de construção naval, leasing e serviços operacionais. A ação, até o pregão da terça-feira (24), já tinha uma alta de 220% desde janeiro.
Isso quer dizer que é um bom investimento? Segundo o economista-chefe da Trivèlla M3 Investimentos, Lucas Dezordi, o cumprimento das obrigações do plano de recuperação judicial por si só levanta a empresa.
Mas algo que também chama a atenção de Dezordi é que o setor de atuação da empresa é o das áreas de infraestrutura e logística, que são estratégicas para o desenvolvimento econômico bem como a recuperação da economia brasileira.
“E há a perspectiva de que a empresa melhore seus resultados após esse período de recuperação judicial”, indica.
O economista, no entanto, recomenda cautela. “Os fundamentos para uma atividade relacionada à logística e à cabotagem são muito positivos, mas o investidor deve fazer uma posição com cuidado e buscando estudar como se deu a recuperação e a reestruturação da OSX”, orienta.
De fato, a situação da OSX está bem distante daquele momento em que Eike Batista chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo. Para se ter uma ideia, hoje, a empresa tem um valor de mercado 114 vezes menor do que o registrado no início de 2010, quando fez o seu IPO.
Naquela época, a empresa levantou R$ 2,8 bilhões, mas com a crise da OSX e de Eike Batista vieram os tombos. O empresário foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa por suposta propina de US$ 16,5 milhões paga a Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro.
Ele também foi condenado por crimes cometidos contra o mercado de capitais entre 2010 e 2013, uma vez que teria divulgado informações falsas relacionadas à petrolífera do grupo, a OGX, e utilizado informações privilegiadas (o chamado insider trading) na venda de ações da OSX.
CNN BRASIL
É bom ter cautela com esse grupo,É essa história de sétimo homem mais rico do mundo,tudo balela,era dinheiro emprestado de Banco.