Por Tribuna Do Norte – Luiz Henrique Gomes
O Grupo Fields 360, único participante e vencedor da licitação para realizar a campanha publicitária “Sífilis Não” no valor de R$ 50 milhões, protocolou um pedido no Ministério Público Federal (MPF) para ter informações sobre o inquérito civil que investiga o contrato entre a empresa e a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa (Funpec). O sistema do MPF registrou o pedido na última sexta-feira, 31, e juntou ao inquérito no mesmo dia. A investigação teve início do dia 20 de agosto do ano passado, 15 dias depois do registro do fim da licitação e antes da assinatura do contrato.
Apesar de tramitar na esfera civil, onde os processos não são sigilosos, o inquérito não está disponível para consulta porque o procurador da República Kleber Martins de Araújo pediu reservas. A reportagem solicitou acesso ao conteúdo do inquérito, mas não teve o pedido atendido até o fechamento desta matéria. De acordo com informação da assessoria de comunicação do MPF concedida na última sexta-feira, a maioria desses casos acontecem quando é necessário preservar dados pessoais.
A abertura da investigação começou a partir de uma denúncia anônima. As únicas movimentações processuais disponibilizados pelo MPF foram o recebimento da denúncia, às 16h12 do dia 20 de agosto, e a respectiva distribuição para o gabinete do procurador Kleber Martins de Araújo, às 18h26 do mesmo dia. Na consulta processual, consta que ele está no ‘Grupo Temático de Combate à Corrupção’, que investiga ‘crimes de responsabilidade e improbidade administrativa’. De acordo com os registros do MPF, esse é o único inquérito aberto relativo à Funpec.
O contrato entre a fundação e o Grupo Fields 360 aconteceu no dia 10 de setembro de 2018 para a realização da campanha “Sífilis Não”, que veiculou nacionalmente em jornais, revistas, redes sociais, canais de televisão e emissoras de rádio a partir de novembro. A campanha faz parte do “Projeto de Pesquisa Aplicada para Integração Inteligente Orientada ao Fortalecimento das Redes de Atenção para Resposta Rápida à Sífilis”, uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para melhorar os indicadores da doença no Brasil nos próximos anos. O projeto se iniciou em dezembro de 2017 e vai até 2022.
De acordo com a Funpec, R$ 46,6 milhões já foram pagos ao Grupo Fields 360. Isso representa 92% dos R$ 50 milhões disponíveis para a campanha. O dinheiro é proveniente do Ministério da Saúde e foi transferido à Funpec no dia 2 de outubro do ano passado. Segundo o empenho global da campanha, obtido com exclusividade pela TRIBUNA DO NORTE, esses pagamentos cobriram a produção das peças publicitárias, no valor de R$ 32,2 milhões, e a veiculação, de R$ 14,4 milhões.
Para acessar a reportagem completa click aqui: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/empresa-quer-ter-acesso-a-inqua-rito/449991
Por 50 milhões essa campanha publicitária deveria ter passado maciçamente em diversos meios de comunicação, mas não recordo de nenhum. Se passou, acho que foi de forma bem efêmera, não justificando todo esse valor.
Esse dinheiro foi investido nas palestras de Dilmanta, pelo mundo afora
É muito fácil direcionar uma licitação e dar ares de legalidade ao processo… basta colocar requisitos que apenas a empresa "escolhida" se enquadre.
Não vi essas publicidades saírem na mídia.
Pelo jeito, entrou por perna de pato e saiu por perna de pinto.
O dinheiro sumiu, bateu azas e voou igual a asa branca de Luís Gonzaga.
Onde os petralhas estão, a roubalheira e a corrupção está instituída ni
Essa Funpec é uma máfia, pode prender logo os diretores, reitor e tudo mais. São todos do esquema. É impossível se pagar cinquenta milhões num contrato que nem ninguém viu o resultado. Eita RN quebrado.