Apesar de não ser o considerado ideal, o estádio de Goianinha satisfaz bem as necessidades do América, que hoje deve anunciar uma pausa nos planos para construir a Arena do Dragão. A meta apresentada pela comissão de patrimônio do clube é esperar a definição do governo do RN, que avalia a possibilidade de construir um estádio alternativo na Zona Norte, uma vez que não poderá recuperar o Juvenal Lamartine, devido as implicações com o Plano Diretor de Natal.

O clube estava no aguardo da apresentação de um projeto do grupo Paulo de Paula para trocar o terreno do CT de Parnamirim, num complexo com estádio e centro de treinamento em Extremoz, situado basicamente na mesma região onde o governo planeja erguer o novo Juvenal Lamartine.
“Como coordenador da comissão de patrimônio lancei essa proposta e o presidente Hermano Moraes deve se posicionar oficialmente sobre a questão hoje. A tendência é que o conselho deliberativo aprove a proposta de congelamento do projeto da Arena do Dragão, que perderia o sentido de existir caso se concretize realmente a construção de um estádio público na Zona Norte”, afirmou Jussier Santos.
O dirigente fez questão de ressaltar que não houve suspensão de nenhuma negociação, pelo fato de simplesmente não ter sido apresentado qualquer tipo de proposta oficial para o clube avaliar de permuta do CT. “O que Paulo de Paula fez foi mostrar uma intenção apenas. Não nos foi apresentado nada de oficial e não é qualquer proposta que irá nos demover da ideia de manter o nosso centro de treinamentos. Temos hoje uma comissão montada com três juristas e três arquitetos para estudar a viabilização de qualquer negócio, que só será fechado se for muito bom para o clube”, salientou Jussier.
Para diretoria americana o momento é de apresentar paciência, uma vez que qualquer ação precipitada poderá prejudicar o futuro do clube. Nada impede que se confirmada a construção do estádio público na Zona Norte, que depois o governo do estado se sente com os representes de América e Alecrim para realizar um contrato de comodato, como era intenção da direção alvirrubra realizar com o Machadão antes do advento da Copa do Mundo. “Isso seria bom para todo mundo. O governo se livraria das despesas com a manutenção da nova praça esportiva e os clubes teriam liberdade para definir a melhor forma de administrar o estádio”, disse Jussier Santos.
Informações Tribuna do Norte
Os americanos treinam em Japecanga, jogam em Goianinha e sonham com Extremoz (Estádio Grudão), que parece que não vai sair do papel… Ô sofrimento!