Um atraso (é possível chamar de calote?) no pagamento à cooperativa médica que fornece ortopedistas para o Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, está gerando um caos, como disse um dos coordenadores do hospital, no atendimento a pacientes.
“O Estado está formando uma geração de sequelados, e não faz nada para mudar esse quadro”, resumiu à Tribuna do Norte Jean Valber, coordenador da Ortopedia do Estado.
No Deoclécio Marques, as cirurgias foram suspenas. Apenas procedimentos de urgência são realizados. 20 ortopedistas trabalham no hospital.
A dívida está em R$ 700 mil, além de um atraso de R$ 1,6 milhão. Tendo que realizar mensalmente 500 cirurgias, a equipe reduziu o número para 200 antes da suspensão dos procedimentos, na quarta-feira passada.
Ontem, 30 pacientes internados aguardavam pela chamada ao bisturi. Outros 18 aguardam em casa pela convocação para sanar os problemas de saúde.
Além disso há o desabastecimento. Falta de fios cirúrgicos a parafusos, pinos cirúgicos e fixadores.
Secretário estadual de Saúde, Domício Arruda jogou para a folha de pessoal a responsabilidade pelo caos gerado no Deoclécio Marques.
Segundo ele, “todo o dinheiro do Estado é direcionado para a folha de pessoal”.
Comente aqui