Saúde

Causa da morte de voluntário da vacina CoronaVac foi suicídio, destaca Globo, com base em boletim de ocorrência

Laudo apontou suicídio como causa da morte de voluntário da CoronaVac — Foto: Reprodução

A causa da morte do voluntário da CoronaVac, que teria feito a Anvisa suspender os testes com a vacina, foi suicídio, de acordo com boletim de ocorrência obtido pela TV Globo nesta terça-feira (10).

De acordo com o boletim de ocorrência registrado às 16h02 de 29 de outubro em uma delegacia da Zona Oeste de São Paulo, policiais militares foram acionados pelo rádio para uma “ocorrência de encontro de cadáver”. Ao chegarem ao apartamento, uma pessoa mostrou a vítima desmaiada no chão do banheiro com uma seringa perto do braço e diversas ampolas de remédio. O corpo do jovem de 32 anos foi para o Instituto Médico Legal (IML).

O laudo necroscópico deve ser divulgado depois porque, neste caso, o resultado depende do exame toxicológico, que demora mais tempo para ficar pronto.

Mais cedo, o governo de São Paulo afirmou, em coletiva de imprensa, ser impossível relacionar o “evento adverso grave” que acometeu o voluntário do estudo clínico da CoronaVac com o imunizante.

Entenda o caso:

A Anvisa suspendeu, na segunda (9), os testes da CoronaVac citando um “evento adverso” com um voluntário;

O evento adverso foi a morte de um voluntário;

O Butantan, que desenvolve à vacina, se disse surpreso: ‘É impossível a vacina ter relação com o evento adverso’, disse o diretor do órgão;

Pela manhã, Bolsonaro comemorou a pausa no teste: ‘Mais uma que Bolsonaro ganhou’;

No início da tarde, soube-se que o voluntário se suicidou.

Na noite desta segunda-feira (9), a Anvisa suspendeu os testes da vacina da Sinovac, feita em parceria com o Instituto Butantan, após ter sido notificada sobre um “evento adverso grave” em um voluntário.

“Os dados são transparentes. Por que nós sabemos e temos certeza de que não é um evento relacionado à vacina? Como eu disse, do ponto de vista clínico do caso e nós não podemos dar detalhes, infelizmente, é impossível, é impossível que haja relacionamento desse evento com a vacina, impossível, eu acho que essa definição encerra um pouco essa discussão”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

A declaração foi dada pelo diretor durante coletiva de imprensa na sede do Instituto Butantan, após o governo paulista se reunir virtualmente com representantes da Anvisa para tratar sobre a suspensão dos testes. Na noite de segunda, Dimas Covas afirmou que o voluntário morreu, mas disse que o óbito não tinha qualquer relação com a vacina.

Durante a coletiva desta terça, representantes do governo de São Paulo demonstraram indignação com a medida e defenderam que não há relação entre o evento adverso e o imunizante.

“Não houve nenhuma relação da vacina com o evento adverso grave apresentado”, defendeu o secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn.

Dimas Covas disse que a suspensão, além de desnecessária, provoca “dor e sofrimento nos voluntários”. “Não haveria a necessidade desse tipo de medida, que poderia ser resolvido administrativamente, como foi feito hoje de manhã”, disse Covas.

“Se interromper um estudo clínico que está indo muito bem causa sofrimento, causa dor, causa insegurança, naquelas pessoas que já foram submetidos ao estudo, causa dificuldade naqueles que querem ser submetidos ao estudo e que estão na fila para receber a vacina ou o placebo. Ou seja, são os voluntários, as pessoas que se dedicaram a esse estudo exatamente para trazer a esperança da vacina”, disse Covas.

Anvisa foi notificada no início de novembro

Ainda de acordo com Dimas Covas, a Anvisa foi notificada do evento adverso no voluntário no dia 6 de novembro. “Nós estamos tratando aqui de um evento adverso grave que não tem relação com a vacina. Repito: um evento adverso grave que não tem relação com a vacina. Essa informação está disponível à Anvisa desde o dia 6, quando foi notificado o efeito adverso grave”.

O diretor criticou o comportamento da Agência e a forma como o Instituto recebeu a notícia da interrupção dos testes.

“Dia 6 a Anvisa recebeu um documento dizendo: ‘olha um participante do estudo clínico teve um evento adverso grave não relacionado com a vacina’ ponto. O que que se espera diante de um comunicado desse? ‘Olha, ok, vamos avaliar, vamos nos reunir, vamos ver quais foram as causas desse evento adverso, se você está dizendo que não tem relação com a vacina, vamos apurar’. É isso o que a gente espera. Foi isso o que aconteceu? Não. Quer dizer, esse encaminhamento foi feito dia 06, ontem dia 09, às 20h40, encaminham um e-mail ao Butantan dizendo que haveria uma reunião hoje para tratar do evento adverso grave, mas ao mesmo tempo anunciava a suspensão do estudo. Oito e quarenta da noite, 20h40 da noite, 20 minutos depois essa notícia estava em rede nacional, 20 minutos depois de nós termos sido notificado por e-mail, a notícia estava em rede nacional”.

Dimas Covas disse ainda que o governo reenviou todos os esclarecimentos à Anvisa e aguarda que a liberação o mais rápido possível. “Ela agora está apta a tomar a decisão de retomar o estudo o mais rápido possível”, afirmou o diretor.

A expectativa do diretor é a de que, após os esclarecimentos, a Anvisa retome os estudos ainda nesta semana, possivelmente nesta quarta-feira (11).

Óbito de voluntário

Na segunda-feira (10) o diretor do instituto Butantan deu uma em entrevista à TV cultura onde afirmou que o efeito adverso trata-se de um óbito, no entanto, no dia seguinte à entrevista, durante a coletiva, Dimas disse que não falou que se tratava de um óbito, ou não, e que não poderia dar detalhes do ocorrido.

“O efeito adverso grave, observado em um voluntário não tem relação com a vacina. Não podemos dar detalhes a vocês porque isso envolve sigilo. Tem aí todo um aspecto ético que nos impede de dar as características do voluntário, ou da voluntária. O que eu afirmo a vocês é que esses dados estão todos de mão da Anvisa, estão todos fornecidos a Anvisa”.

Dimas Covas disse ainda que a Anvisa tem todas as informações e que não poderia “burlar a ética” ou “trair a confiança” que a família do voluntário tem no instituto.

“Nesse momento cabe a Anvisa que tem todos os dados dar essas informações, nós não podemos aqui burlar a ética, trair a confiança que a família [do voluntário] tem em nós. Nós não podemos dar qual foi o motivo do evento, o que que levou aos eventos, porque essas informações podem ser muito dolorosas para família e nós temos que respeitar esse aspecto. O que nós dizemos e repito: o evento não tem relação com a vacina”.

Interrupção

A Anvisa informou que foi notificada do “evento” em 29 de outubro. Mais de 10 dias depois, determinou que nenhum novo voluntário poderá ser vacinado até que a agência possa avaliar os dados e “julgar o risco/benefício da continuidade do estudo”.

Segundo uma lista divulgada pela agência, são considerados eventos adversos graves “morte, evento adverso potencialmente fatal, incapacidade ou invalidez persistente, internação hospitalar do paciente, anomalia congênita ou defeito de nascimento, qualquer suspeita de transmissão de agente infeccioso por meio de um dispositivo médico e evento clinicamente significante”.

Comunicado Sinovac

Nesta terça-feira (10), a Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pelo desenvolvimento da CoronaVac, afirmou em comunicado que “está confiante na segurança da vacina” contra a Covid-19.

Segundo o jornalista José Roberto Burnier, da GloboNews, a morte do voluntário não foi causada por doença respiratória. O paciente, de 33 anos, também não tinha comorbidades.

A Sinovac afirmou que “ficamos sabendo que o chefe do Instituto Butantan acreditava que esse evento adverso grave não tem relação com a vacina”.

A empresa afirmou que o estudo clínico em fase 3 no Brasil “é realizado estritamente de acordo com os requisitos do GCP” (Good Clinical Practice, ou “boas práticas clínicas” em tradução livre).

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em uma rede social, que o episódio é mais um em que “Jair Bolsonaro ganha”. No mesmo post ele citou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

A CoronaVac é uma das candidatas a vacina contra o coronavírus e é desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Butantan, em São Paulo. Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado.

Butantan estranha decisão

Na noite desta segunda, o diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que recebeu com estranhamento a notícia da suspensão temporária dos testes em humanos da CoronaVac no Brasil.

Segundo Covas, se trata de “um óbito não relacionado à vacina” e, portanto, “não existe nenhum momento [ou motivo] para interrupção do estudo clínico” da fase 3.

“Em primeiro, a Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Isso é diferente. Nós até estranhamos um pouco essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina”, afirmou o diretor do Butantan.

“Como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, podem acontecer óbitos. Nesse momento, [o voluntário] pode ter um acidente de trânsito e morrer. Ou seja, é um óbito não relacionado à vacina. É o caso aqui. Ocorreu um óbito que não tem relação com a vacina”, disse Dimas Covas na TV Cultura.

O diretor também afirmou que o Butantan já pediu esclarecimentos à Anvisa sobre a interrupção e que espera ter mais detalhes na manhã desta terça-feira (10).

G1

 

Opinião dos leitores

  1. SÓ PARA CONSTAR, ROACUTAN, REMÉDIO PARA ESPINHAS, TEM O SUICÍDIO COMO UM DOS EFEITOS COLATERAIS…

  2. Como o Butantan declarou que o óbito não tem relação com a vacina se o laudo do IML só saiu hoje ???

  3. Vocês vivem que que mundo?
    A vacina chinesa é obra de Dória, governador de São Paulo.
    O Butantan está desenvolvendo a vacina que Dória quer obrigar a todo paulista tomar, sem direito a escolha.
    Bolsonaro não tem nada haver com isso. Vocês são lunáticos ou débeis mentais mesmo?

  4. O gado mais uma vez embarcou num delírio de fake news do Bozo, por isso são bovinos, aceitam qualquer coisa que o Bozo defeca na boca deles.
    Muuuuuuuuuuu

  5. a cada dia que passa a população entende menos o presidente independente se for de esquerda /direita ou outra fuleiragem qualquer, que no final da no mesmo não alterar absolutamente nada,
    um ser humano chegar a vibrar que houve problema na vacinapor motivo politico , a algo que o mundo todo espera que de certo independeste se você vai tomar ou não mais trata-se de salvar milhões de vida, é absolutamente um anormal

  6. Lá vem o mentiroso, o mentiroso, o mentiroso dando uma de gostoso… Já mentiu tanto que até ficou famoso.

    Pra quem é essa música? Ele disse que foi mais uma vitoria dele. Mentiroso dando uma de gostoso

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Geral

Jovem conhecido por gostar da polícia é morto pelo CV após saudar PM

Foto: reprodução/Instagram

O corpo do jovem Gabriel dos Santos Viana, de 19 anos, que estava desaparecido desde o dia 29 de setembro deste ano, foi localizado pela Polícia Civil do estado do Mato Grosso (PCMT), no município de Vila Rica, nesse sábado (11/10). Ele era conhecido por gostar da polícia e foi morto pelo Comando Vermelho (CV) após ser visto cumprimentando um militar.

Além de descobrir o cadáver, investigadores da delegacia de Vila Rica prenderam o suspeito de cometer o crime.

Segundo a PCMT, Gabriel era conhecido pelas equipes da cidade por gostar muito da polícia, ele sempre cumprimentava os policiais onde os via e tinha contato mais próximo com alguns, o que motivou sua morte.

Ele foi assassinado com uma facada no pescoço e outra na perna, além de ter sido enterrado após o crime.

O desaparecimento

A irmã de Gabriel registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento no dia 29 de setembro, dizendo que o irmão teria ido a uma festa e não foi mais visto. Ela tinha a informação de que o desaparecimento poderia ter ligação com uma facção criminosa e que o irmão havia sido colocado em um veículo antes de sumir.

Desde então, as Polícias Civil e Militar realizavam buscas pelo jovem.

Após semanas de investigações, a Polícia Civil recebeu a denúncia de que o carro utilizado no dia do desaparecimento da vítima e a motocicleta do jovem estariam em uma fazenda da região.

Diante disso, uma equipe da Delegacia de Vila Rica foi até o local, a cerca de 30 quilômetros da zona urbana da cidade, na Comunidade Caxandá.

A prisão

O dono da fazenda permitiu a entrada dos policiais. Havia dois homens trabalhando na propriedade. Eles saíram correndo mata adentro quando perceberam a aproximação dos policiais.

As equipes o cercaram e conseguiram prender um dos homens, de 27 anos, após ele tropeçar e cair. Ele estava armado com uma espingarda.

O outro suspeito, que também estava armado, conseguiu se esconder na mata fechada. Um celular quebrado também foi apreendido. O homem preso disse que o aparelho era usado para fazer live com membros de uma facção criminosa atuante em Mato Grosso.

Questionado, ele indicou onde estava o carro usado no assassinato de Gabriel e onde a facção criminosa havia enterrado a motocicleta da vítima, em uma região de mata de difícil acesso. A faca utilizada no crime estava dentro do carro.

Ele também apontou onde o corpo de Gabriel havia sido ocultado, no final do Setor Esplanada, em Vila Rica.

A equipe da Polícia Civil acionou reforço da Força Tática da Polícia Militar e foi até o local apontado pelo suspeito, uma região de mata de difícil acesso, onde o corpo da vítima foi encontrado enterrado.

Gabriel foi assassinado com uma facada no pescoço, desferida pelo homem preso, e outra na perna, realizada pelo suspeito que conseguiu fugir pela mata.

As investigações continuam.

Por Mirelle Pinheiro – Metrópoles

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Trump vai ao Oriente Médio para cúpula da paz e diz que a guerra em Gaza ‘acabou’

Foto: SAUL LOEB/AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump, decolou neste domingo para o Oriente Médio, onde deve celebrar seu plano de paz para Gaza. A primeira parada de Trump será em Israel, onde discursará no parlamento e se encontrará com famílias de reféns, antes de seguir para Sharm El-Sheikh, no Egito, onde acontecem as negociações indiretas entre Israel e Hamas

A cidade será palco também de uma cúpula para discutir a paz no enclave palestino, com a participação de líderes de mais de 20 países. A expectativa é que o encontro celebre ainda a assinatura de um “documento que encerra a guerra na Faixa de Gaza”, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Egito, pelos mediadores do conflito: Catar, Egito, EUA e Turquia.

— Este será um momento muito especial — disse Trump. — (…) A guerra acabou. Certo? Vocês entendem isso?

O Globo

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VÍDEO: Terroristas do Hamas atacam civis palestinos em áreas recém-desocupadas pelas tropas israelenses

O grupo Hamas tem promovido ataques contra civis e clãs palestinos nas regiões recentemente desocupadas pelas tropas israelenses, acusando-os de colaboração com Israel.

Relatos locais indicam que, em algumas dessas áreas, o confronto interno já assume contornos de guerra civil, aumentando o clima de tensão e insegurança entre a população.

Nos últimos dias o Hamas mobilizou cerca de 7 mil homens para reocupar áreas evacuadas por Israel, em uma ação pode dificultar plano de paz em Gaza.

Uma força de segurança afiliada ao Hamas, conhecida como Rad’a, foi flagrada nas ruas da Cidade de Gaza. Canais de mídia social afiliados ao Hamas relataram confrontos na área de Sabra, também na Cidade de Gaza

Em um comunicado, a força afirmou: “De norte a sul, a mão de Rad’a está golpeando os antros da traição e da colaboração neste exato momento”.

Opinião dos leitores

  1. Esses bandidos adorados pelos esquerdopatas não merecem acordo, mais sim ações militares em cima deles. Covardes e cretinos

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PESQUISA GENIAL/QUAEST: 44% dizem que direita representa melhor discurso de patriotismo e combate à corrupção

Foto: reprodução/X/Flavio Bolsonaro

Uma pesquisa da Genial/Quaest revelou que 44% dos brasileiros veem a direita como representante mais forte do discurso de patriotismo e combate à corrupção, enquanto 28% associam esse papel à esquerda. Outros 12% disseram que nenhum dos dois lados se destaca, e 16% não souberam responder.

Os dados mostram diferenças por gênero e religião: 50% dos homens identificam mais o patriotismo na direita, contra 39% das mulheres. Entre evangélicos, o índice sobe para 53%.

Analistas apontam que o resultado reflete uma estratégia de comunicação bem estruturada pela direita, que reforça temas como ordem, moralidade e segurança. Já a esquerda enfrenta o desafio de reconstruir sua ligação com símbolos de identidade nacional.

O estudo indica que o patriotismo segue sendo um campo de disputa simbólica no Brasil, onde narrativas culturais e morais têm tanto peso quanto as propostas políticas.

O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios entre os dias 2 e 5 de outubro, com margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de confiança.

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Pedimos que tarifa de 40% seja suspensa já durante a negociação com EUA, diz Alckmin

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Em telefonema a Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que a sobretaxa de 40% imposta a produtos brasileiros seja retirada já na fase da negociação, informou o presidente em exercício Geraldo Alckmin neste domingo (12), em Aparecida (SP).

“O pedido do presidente Lula para o presidente Trump foi que, enquanto negocia, suspende os 40%. Esse foi o pleito. Enquanto negocia, suspende os 40%”, disse Alckmin a jornalistas.

A reunião entre Lula e Donald Trump foi realizada em 6 de outubro. Na ocasião, o presidente norte-americano designou o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para dar sequência às negociações com Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Marco Rubio

Na avaliação do presidente em Exercício, Marco Rubio não deve representar um empecilho para o andamento da negociação.

“Não acredito. A orientação do presidente Trump foi muito clara. Nós queremos fazer um diálogo e entendimento. E o Brasil sempre defendeu isso”, disse Alckmin.

Na próxima sexta-feira (17), Mauro Vieira deve se reunir com Marco Rubio em Washington para tratar do tarifaço e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras, como a aplicação da Lei Magnitsky e a revogação de vistos.

Além da negociação que vem sendo conduzida pelas equipes do lado brasileiro e do lado americano, Lula e Trump acordaram de se encontrar pessoalmente em breve. O presidente brasileiro aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia, e se dispôs a viajar aos Estados Unidos.

De acordo com Alckmin, 42% das exportações brasileiras para os Estados Unidos estão fora do tarifaço. O governo estima que cerca de 34% dos produtos produzidos no Brasil estão sendo impactados diretamente pela tarifa de 50%.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. kkkkkkk, a marionete de lula,, falando merda, isso é um lixo, metia o cacete no lula, hoje é o merionete, defensor, que merda..

  2. Haverá o dia que essa quadrilha que hoje governa o Brasil, parecerá até pagar por todos os crimes cometidos.

  3. O chefe da quadrilha tá pensando que os americanos idiotas pra cair na conversa mole deles, aguardemos os próximos capítulos.

  4. Pedimos também que a carga tributária para o contribuinte brasileiro também seja reduzida.

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Brinquedos tradicionais superam eletrônicos nas vendas do Dia das Crianças

Imagem: reprodução/SBT

O comércio e o setor de serviços esperam faturar quase R$ 20 bilhões neste Dia das Crianças, a terceira data mais importante do varejo, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. E, ao contrário do que muitos pensam, os brinquedos tradicionais superaram os eletrônicos na preferência dos consumidores.

De acordo com pesquisa do Datafolha, encomendada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, 61% dos entrevistados pretendem comprar brinquedos, 26% roupas e apenas 4% eletrônicos.

Nas lojas físicas, o movimento foi intenso na véspera da data, com filas e lojas cheias. Segundo Ondamar Ferreira, gerente dos Armarinhos Fernando, “carrinhos, bonecas, bolas e jogos de tabuleiro estão entre os itens mais procurados. Os pais estão tirando as crianças das telas virtuais”.

Especialistas em educação comemoram essa mudança de comportamento. A psicopedagoga Paula Furtado, autora de mais de 100 livros infantis, destaca que os jogos físicos ajudam no desenvolvimento emocional e social.

“O brinquedo ensina a esperar a vez e lidar com a frustração. Nas telas, a criança perde e já começa outro jogo — isso gera ansiedade”, explica.

A recente proibição do uso de celulares nas escolas também contribuiu para o resgate dos jogos analógicos. Segundo Paula, “as crianças voltaram a jogar tabuleiro, a ler mais e até os irmãos menores estão pegando livros para se entreter”.

O resultado: um Dia das Crianças mais analógico, criativo e educativo, com pais e filhos redescobrindo o prazer dos jogos e brincadeiras fora das telas.

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Rogério Marinho se reúne com prefeitos do Alto e Médio Oeste para discutir projetos em favor dos municípios

O senador Rogério Marinho (PL-RN) se reuniu com prefeitos e lideranças do Alto e Médio Oeste potiguar neste sábado (11), em Riacho da Cruz, para debater projetos e parcerias voltados ao desenvolvimento dos municípios da região. O encontro reforçou o compromisso do parlamentar com a interiorização de investimentos e o fortalecimento das gestões municipais.

Estiveram presentes os prefeitos Antonimar (Olho D’Água dos Borges), Dr. Cássio (Riacho de Santana), Pezão (Umarizal), Marcos Aurélio (Riacho da Cruz), Ludmila Amorim (Rafael Godeiro), José Augusto (Portalegre), Claudinha (Rodolfo Fernandes), Gisely Porfírio (São Francisco do Oeste) e Rosania Teixeira (Serrinha dos Pintos).

Durante o encontro, Rogério destacou a importância de ouvir os gestores locais para identificar as demandas prioritárias e buscar soluções conjuntas.

“Nosso trabalho no Senado e junto aos ministérios é fortalecer os municípios, especialmente os do interior, que precisam de infraestrutura, geração de empregos e acesso a políticas públicas. É dialogando com os prefeitos que conseguimos direcionar melhor os recursos e transformar realidades”, afirmou o senador.

O encontro fez parte da agenda do senador na região Oeste neste final de semana. Na sexta (10), em Mossoró, Rogério Marinho participou de um grande ato de filiação de Jorge do Rosário ao PL. Na manhã do sábado (11), foi a Upanema para a inauguração de uma adutora viabilizada a partir de sua atuação em Brasília.

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Homem intoxicado com metanol tem alta após tratamento com vodca russa; entenda

Cláudio Crespi, de 55 anos, recebeu alta do hospital neste domingo (12). — Foto: Arquivo pessoal

O comerciante Cláudio Crespi, de 55 anos, recebeu alta neste domingo (12) após quase duas semanas internado por intoxicação por metanol, em São Paulo. Ele sobreviveu, mas ficou com apenas 10% da visão e ainda faz hemodiálise para tratar sequelas.

“Tenho gratidão a Deus, aos médicos e a todos que torceram por mim. Agora é seguir o tratamento e esperar que não haja mais vítimas”, disse Crespi ao deixar o hospital.

O caso ocorreu em 26 de setembro, quando ele passou mal após beber vodca em um bar. No dia seguinte, o quadro se agravou e ele foi levado à UPA da Vila Maria, na zona norte. Os médicos suspeitaram de intoxicação por metanol, mas o hospital não tinha o antídoto.

Tratamento com vodca russa

A sobrinha do comerciante, Camila Crespi, levou de casa uma garrafa de vodca russa com 40% de álcool, usada como decoração, para ser administrada no tratamento. “Foi usada por cerca de quatro dias no ambiente controlado do hospital. Ajudou a estabilizá-lo, mas a hemodiálise foi decisiva”, contou.

O Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) confirmou que a administração de bebida alcoólica é um procedimento emergencial reconhecido, usado quando o antídoto específico, o fomepizol, não está disponível.

Segundo o hepatologista Rogério Alves, o metanol é um álcool altamente tóxico que, ao ser metabolizado pelo fígado, se transforma em substâncias que atacam o nervo óptico e o sistema nervoso, podendo causar cegueira ou morte. O etanol, usado como antídoto, impede essa transformação.

Mais de 2 mil doses de fomepizol chegaram na quinta-feira (9) ao Ministério da Saúde, que adquiriu 2,5 mil ampolas via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O medicamento será usado em pacientes que ingeriram bebidas adulteradas entre 6 e 72 horas antes dos sintomas.

Crespi ainda enfrenta limitações motoras e visuais, mas comemora o resultado: “Fiquei sem andar, sem falar, sem enxergar. Agora tenho 10% da visão, mas ganhei uma nova vida.”

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51% dos consumidores brasileiros reduziram gastos em datas especiais no último ano, diz estudo

Foto: Pexels

A inflação acumulada de 5,17% nos últimos 12 meses impactou fortemente o bolso do consumidor brasileiro: 95% afirmam ter sentido alta nos preços, segundo pesquisa da Neogrid. Mesmo assim, três em cada quatro brasileiros (75%) continuam comprando mais em datas comemorativas — embora de forma mais controlada.

O levantamento mostra que 51% dos consumidores ainda gastam mais nessas ocasiões, mas reduziram o valor desembolsado em comparação a anos anteriores. Outros 24% mantêm o mesmo padrão de gasto.

O comportamento foi confirmado em um estudo da FIA Business School, que registrou um salto de 107% no interesse por brinquedos neste Dia das Crianças, frente a 2024. Apesar disso, o ticket médio é baixo — até R$ 145, indicando um consumo mais racional.

“O brasileiro está equilibrando economia e indulgência. O consumo hoje é mais estratégico diante da inflação persistente, do crédito caro e da perda de poder de compra”, afirma Christiane Cruz Citrângulo, diretora da Neogrid.

Como o brasileiro dribla a alta dos preços

O estudo mostra que 82% dos consumidores trocaram produtos por versões mais baratas. A substituição é maior entre itens essenciais:

  • Produtos de limpeza: 69%

  • Higiene pessoal: 57%

  • Alimentos e bebidas: 54%

  • Carnes e derivados: 53%

Outras estratégias adotadas:

  • Trocar marcas conhecidas por alternativas mais baratas (62%)

  • Comprar apenas itens em promoção (52%)

  • Reduzir a quantidade comprada (39%)

  • Comprar em atacado ou embalagens maiores (35%)

“Planejamento, comparação de preços e consumo racional deixaram de ser medidas emergenciais. Hoje fazem parte do dia a dia do brasileiro”, explica Citrângulo.

Expectativa de retomada

Mesmo com o cenário difícil, 63% dos consumidores afirmam que pretendem retomar suas marcas e produtos preferidos quando os preços voltarem a cair.

“Assim que o orçamento permitir, o brasileiro tende a resgatar escolhas ligadas à identidade e recompensa pessoal — mas com mais atenção ao custo-benefício”, conclui Citrângulo.

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María Corina Machado, Prêmio Nobel da Paz: ‘Foi um caminho muito longo e doloroso, mas sinto que estamos chegando às horas finais’

Foto: Pedro Rances Mattey/AFP

Na manhã de sexta-feira, María Corina foi informada de que havia ganhado o Prêmio Nobel da Paz em Oslo e ainda parece animada. Ela diz que não sabia que havia sido indicada, que esse reconhecimento é para todo o povo venezuelano e pode mudar o destino de seu país. “Ainda estou processando”, diz a líder da oposição venezuelana com um sorriso nesta entrevista em vídeo, uma das primeiras após ser reconhecida com um dos maiores prêmios do mundo.

Teve um efeito impressionante. É muito bonito porque os venezuelanos dizem ‘todos nós merecemos isso’. Este é um reconhecimento de suas conquistas, da sociedade. Um país unido em um momento tremendamente doloroso, mas com enorme esperança“, diz Machado de um local desconhecido em seu país. A ex-deputada se escondeu em agosto do ano passado, depois que o regime chavista atribuiu a vitória nas eleições presidenciais de 28 de julho de 2024 a Nicolás Maduro. As atas dessas eleições ainda não foram divulgadas e, de acordo com as atas coletadas pela oposição, o vencedor foi Edmundo González, agora exilado na Espanha.

Como esse Prêmio Nobel que você ganhou impacta o regime chavista?

Mesmo aqueles envolvidos no crime global entendem perfeitamente a reputação, a credibilidade e a proteção que o Prêmio Nobel da Paz representa. Há também algo sobre o momento. Digo a vocês, é a mão de Deus, porque ocorre em um momento em que já estamos em uma fase decisiva, na minha opinião, em que o regime é mais brutalmente agressivo, repressivo e violento.

Isso reafirma que a comunidade internacional, a democracia mundial, nos apoia e reconhece a importância da luta que está ocorrendo na Venezuela, que vai muito além da Venezuela. Os países latino-americanos entendem isso devido às consequências da crise migratória, das redes de crime organizado, da desestabilização, do tráfico de drogas, de tudo o que é organizado e controlado a partir da Venezuela.

No final, esta é a história e o testemunho de uma sociedade que, usando as ferramentas da luta cívica, foi capaz de enfrentar a estrutura criminosa mais brutal; resistir, avançar e se aliar, persuadindo outros atores a garantir uma transição ordenada para a democracia. Acredito que seja uma história de sucesso para a humanidade.

Entrevista completa em O Globo

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