Diversos

Como a internet derrubou a indústria pornô

LOUIS THEROUX
DO “GUARDIAN”

Em uma Bela casa numa rua sem saída no vale de San Fernando, na Califórnia, uma atriz enfrenta problemas com seus gemidos. Alexa Nicole (nome artístico) interpreta uma beldade latina em “A Love Story”, filme pornográfico sobre um autor de livros românticos que sofre de um bloqueio criativo.

Está sendo gravada uma sequência de fantasia na qual Alexa vaga por corredores na penumbra, de camisola branca e com um castiçal nas mãos. Ela tropeça nos braços de seu amante, Miguel, interpretado por Xander Corvus, astro em ascensão que veste calça de couro, blusa com babados e colete. Sob o ardor da paixão, eles fazem amor numa espreguiçadeira.

Mas há um detalhe. Os gritos de prazer de Alexa, rápidos e agudos, não atendem aos padrões do diretor. “Menos pornô”, ele diz. Como ilustração, ele propõe uma leitura diferente –menos urgente, mais feminina. “Yes, yes, yes!” Ele anuncia sua palavra-chave do dia: “Romantismo!”. A produção é do estúdio Wicked Picture, especializado em filmes adultos sofisticados. Apesar da palavra “adultos”, a ênfase nos gemidos revela que não se trata de um pornô qualquer.

James Blinn/Shutterstock
Domínio .xxx, voltado a sites pornográficos
Domínio .xxx, voltado a sites pornográficos

Durante anos, a indústria pornográfica foi dominada por um vale-tudo anarquista em relação ao sexo. Diretores competiam para ver quem encenava as proezas mais ultrajantes, levando os atores ao limite de seus corpos. Não era fácil assistir a certas cenas, como eu mesmo descobri em 2004, quando visitei sets de filmagem para um livro que escrevi.

Os atos sexuais pareciam ter mais a ver com os reality shows em que as pessoas comem vermes vivos e vômito de porco que com alguma coisa erótica.

Mas, em algum momento em torno de 2007, a indústria entrou em queda livre. A chegada de sites gratuitos, no estilo do YouTube, significou que os consumidores poderiam baixar de graça cenas pirateadas de um vasto acervo de conteúdos antigos. O fenômeno dos amadores que postam seus vídeos também afetou os cachês dos profissionais. De repente, um setor que era sinônimo de dinheiro fácil passou a lutar por sobrevivência.

Pior, os consumidores podem sentir pelo Radiohead, digamos, suficiente lealdade a ponto de comprar seu novo lançamento em vez de baixá-lo ilegalmente, mas usuários de pornografia não nutrem os mesmos sentimentos pela série “Dirty Debutantes”.

Como com toda evolução das mídias nos últimos 30 anos, do VHS ao DVD e ao nascimento da internet, a pornografia estava novamente na vanguarda, só que desta vez rumo à obsolescência.

SEM TRABALHO

E o que acontece com a indústria vale para os atores. Sabe-se que muitos chegam à pornografia em busca de reconhecimento, fugindo de agressões e abusos. Aderem a um estilo de vida que traz estresse, doenças e constrangimento, mas sem oferecer algo como aposentadoria ou plano de saúde. Agora estão sem trabalho, tendo como única experiência no currículo fazer sexo por dinheiro.

A indústria tenta se adaptar do ponto de vista empresarial. Em parte, trata-se simplesmente de encolher. No começo da década de 2000, a bíblia do setor, a revista “Adult Video News” trazia todo mês centenas de resenhas de lançamentos. Numa edição recente havia só 14. Numerosas produtoras deixaram o negócio.

As que restaram focaram em produtos sofisticados, tentando derrotar os sites com algo que se pareça com uma experiência cinematográfica, num voo rumo à “qualidade”. Para alguns, isso significa mais cenas voltadas para mulheres e um sexo menos agressivo. Para outros, significa parodiar sucessos da TV ou do cinema.

Uma das mais improváveis figuras da indústria reinventada é Rob Zicari, mais conhecido como Rob Black. Na década de 90, ele era um dos mais notórios provocadores na pornografia. Especializou-se no mau gosto: seus filmes eram exercícios grotescos de quebra de tabus, em vez de algo que proporcionasse prazer sexual.

Em 1997, entrevistei-o em Los Angeles e fui ao set de “Forced Entry”, um filme sobre estupro. Ele tinha 23 anos na época, e me chamou a atenção o estranho contraste entre o fato de ele ser um sujeito simpático e inteligente –ainda que de um jeito ultracafeinado– ao mesmo tempo em que fazia filmes pornográficos especializados na degradação das mulheres.

Seis anos depois, as provocações de Black foram apanhadas pela “guerra à obscenidade” de George W. Bush. Black e sua mulher e sócia, Janet Romano (conhecida como Lizzie Borden), cumpriram pena de um ano por obscenidade. Ao deixar a prisão, um arrependido Black abandonou seus sadismos para dirigir paródias de super-heróis para a produtora Vivid — “Capitão América XXX”, “Homem de Ferro XXX”– lançadas em caixas de luxo, às vezes em 3D.

“Do jeito que a coisa vai, dá para apresentar a pornografia a sua mulher ou namorada”, me diz ele durante uma visita a seu novo escritório. Black parece gasto e aparenta mais do que os seus 38 anos.

CACHÊ

A coisa é pior para quem aparece na tela. Apesar das paródias e dos filmes para casais, não há emprego para as hordas de atores que ganhavam a vida fazendo sexo diante das câmeras.

Numa das principais agências de atores em Los Angeles, a LA Direct, a contabilista Francine Amidor lamenta o impacto “devastador” da pirataria. “Há menos trabalho e abundância de atores –por causa da crise. Não tem gente filmando o suficiente para dar um dia de trabalho para cada um.”

Pergunto a Francine se admite isso para os aspirantes que ainda vão à LA Direct. Ela nega. “Se falasse, três quartos das meninas estariam fora do negócio, e aí nós é que não ficaríamos nele.”

Os cachês foram afetados. “Agora, algumas recebem US$ 600 por cena”, diz a atriz aposentada JJ Michaels. “Pode até ser US$ 900 ou 1.000 para atrizes que tenham nome. Chegava a US$ 3.000.” Os rapazes recebem até US$ 150.

As mulheres completam a renda com strip-teases ou shows ao vivo pela internet, em casa, com webcams. Numa noite, estive na casa de uma das principais atrizes da LA Direct, Kagney Linn Karter. Enquanto ela se preparava, Monte, seu namorado e assistente, pendurava roupas no varal. Monte e eu vamos até a cozinha, onde ele cuida da louça enquanto Kagney tira a roupa e se masturba para estranhos que a veem no computador. Após 45 minutos, ela aparece: “Pois é, ganhei cem dólares”, diz.

Completar a renda com “programas paralelos” é um segredo de polichinelo no mundo pornô. Segundo o discurso oficial, isso é perigoso (pois os clientes não fazem a testes anti-HIV como os atores) e irresponsável (as mulheres podem contaminar a comunidade). A prática é disseminada, pois as mulheres podem ganhar bem mais fazendo sexo a portas fechadas do que diante das câmeras. Muitas fazem dos filmes um bico, uma propaganda para o seu verdadeiro negócio, a prostituição.

Já os homens não têm as mesmas opções. Para um ínfimo subgrupo, ainda existe um contracheque regular, cada vez menor. Para o baixo escalão, o trabalho secou e a ansiedade é generalizada.

FORMATO

Um dos atores mais conhecidos nos anos 1990 era Jon Dough, nascido Chet Anuszak. Tinha contrato com a Vivid– na época, o único homem no setor a ser exclusivo de uma produtora. Entrevistei-o em 1996, no set do remake de “Debbie Does Dallas”. Suas ereções prolongadas eram célebres e ele era querido no meio. Mas, quando se matou, em 2006, aos 43, supôs-se que os problemas do setor o tivessem motivado.

A viúva de Dough é uma ex-atriz. Eles se conheceram no set e tiveram uma filha. Ninguém no mundo do pornô sabe do paradeiro de Monique. Eu a localizei em um Estado conservador, bem longe de Los Angeles. Em seu apartamento, no subsolo de um prédio em um bairro insalubre, ela diz que o marido se matou por causa do vício em cocaína e da consequente instabilidade dela, não por pressões da indústria.

Mesmo assim, a percepção dos colegas de que as vendas de DVDs contribuíram para o seu suicídio reflete uma verdade emocional: no mundo da pornografia, as pessoas estavam preparadas para acreditar que o declínio de um formato de mídia tenha levado ao suicídio de um ator de primeiro escalão.

Mesmo assim continuam aparecendo legiões de aspirantes à procura de novas vidas de riqueza e estrelato, num mundo que não pode mais oferecer nem uma coisa, nem outra. Visitam produtoras para conhecer agentes e diretores, preenchem questionários marcando um X no que estão dispostos a fazer diante das câmeras. Fazem uma ou duas cenas baratas para a internet, antes de serem jogados de volta para o anonimato.

Num dia chuvoso, de volta à casa espaçosa que serviu de locação para “A Love Story”, outra produção estava em curso. Desta vez, é algo mais modesto –cenas para um site. Um dos atores, Tony Prince, está em sua segunda gravação. Sua parceira é Stefania. É a terceira gravação dela, que parece empolgada com a presença da imprensa. “Estou tentando me tornar uma das maiores estrelas pornô”, diz. Ela pede para tirar uma foto comigo, que depois publica no Twitter.

A cena deveria parecer uma gravação caseira, entre namorados da vida real. Uma vantagem disso é que não há necessidade de cinegrafista. Os próprios atores gravam. Enquanto vão direto ao assunto, para aliviar qualquer possível ansiedade por parte de Tony na hora da filmagem, o diretor e eu nos enfiamos na cozinha. No negócio desde 1998, ele também se mostra pessimista. “Sempre digo ao pessoal: é melhor vocês fazerem disso um bico”, afirma.

Horas depois, os dois atores estão rindo e tomando banho juntos, felizes. Numa inversão da ordem natural das coisas, estão flertando e ficando amigos após o sexo.

previsão É difícil prever onde a indústria vai parar. Ainda há um mercado para filmes soft, feitos por empresas como Penthouse e Hustler, disponíveis em canais de TV por assinatura. As paródias podem perdurar por um tempo. Mas é difícil ver como um negócio que venda filmes “hardcore” seja sustentável quando a maioria das pessoas simplesmente não quer mais pagar se não for preciso. Para muita gente, quando se trata de pornografia, não pagar pelo conteúdo parece a coisa mais moral a fazer.

“Não vejo como poderá existir um ator pornô profissional em cinco anos”, diz Michaels. Não é fácil se solidarizar com as produtoras, que por tanto tempo ganharam tanto ao abraçarem um negócio de mau gosto e com uma força de trabalho disfuncional. Mas vale a pena reservar um pensamento para as legiões de atores cuja única qualificação é fazer sexo diante das câmeras, que não têm dinheiro guardado, nem futuro.

E há uma questão mais ampla: será que quem consome pornografia não deve um pouco à indústria? Quem baixa cenas de sexo não precisaria entregar um incentivo financeiro para a atividade? Se não, por quê? O estigma associado à pornografia torna correto furtá-la?

Essas questões ocultam um dilema maior: como sustentar uma indústria que oferece um certo padrão de produto quando cada vez mais consumidores estão habituados a baixar conteúdo de graça? No mundo da pornografia, a resposta é: impossível.

Tradução de RODRIGO LEITE.

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Geral

Moraes decreta prisão preventiva de Silvinei Vasques; ex-diretor da PRF foi detido no Paraguai após fuga

Foto: Cristiano Mariz/Ton Molina/ Agência O Globo

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta sexta-feira (26) a prisão preventiva do ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques. O ex-diretor da corporação foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pela Suprema Corte por integrar a trama golpista.

Silvinei foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar para El Salvador com um passaporte paraguaio falso. Ele rompeu a tornozeleira eletrônica ao tentar fugir do Brasil.

A fuga do réu, caracterizada pela violação das medidas cautelares impostas sem qualquer justificativa, autoriza a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva, conforme pacífica jurisprudência desta
Suprema Corte”, escreveu Moraes na decisão referendada nesta sexta-feira (26).

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Geral

Endividamento já consome quase metade da renda anual das famílias brasileiras, aponta Banco Central

Foto: Gustavo Minas / Bloomberg

As famílias brasileiras estão mais endividadas e enfrentando crédito mais caro, o que tem reduzido a contratação de novos empréstimos. Dados do Banco Central mostram que o endividamento chegou a 49,3% da renda anual, enquanto o comprometimento mensal com dívidas subiu para 29,4%.

Ao mesmo tempo, os juros do crédito livre para pessoas físicas alcançaram 59,4% ao ano, um dos principais fatores por trás da perda de ritmo do crédito. O nível de endividamento está entre os mais altos desde novembro de 2022, quando chegou a 49,4%.

Apesar do aperto no orçamento, o crédito às famílias ainda cresce. Em novembro, o crédito ampliado somou R$ 4,7 trilhões, o equivalente a 37,2% do PIB. No entanto, o avanço vem desacelerando: o estoque total de crédito cresceu 9,5% em 12 meses, abaixo dos 10,2% registrados anteriormente.

A cautela também aparece nas concessões. Em novembro, os novos empréstimos caíram 6,6%, somando R$ 637,5 bilhões, com recuo tanto para famílias quanto para empresas.

Com informações de O Globo

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Geral

Planalto prevê caminho difícil para chegar à reeleição de Lula em 2026

Foto: Kebec Nogueira/Metrópoles

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) projeta uma eleição difícil e fortemente polarizada em 2026, com pouco espaço para candidaturas fora dos dois principais campos políticos. Apesar de resultados positivos da gestão, auxiliares avaliam que entregas administrativas, sozinhas, não garantem a reeleição.

A avaliação interna é de que a disputa deve repetir o cenário de 2022, marcada pela comparação direta entre os projetos de Lula e do bolsonarismo. O Planalto considera improvável o surgimento de um nome competitivo fora desses polos.

Como estratégia, o governo pretende reforçar pautas de apelo social no ano eleitoral, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a defesa da justiça tributária, a tarifa zero no transporte público e o fim da escala 6×1, tema já defendido publicamente por Lula.

No campo adversário, o governo avalia que qualquer candidato da direita estará associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A escolha do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato do PL é vista no Planalto como um cenário mais favorável a Lula do que uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Pesquisas recentes indicam Lula na liderança no primeiro turno e vantagem numérica no segundo, embora com disputa apertada. Auxiliares também consideram que o cenário ainda pode mudar até a oficialização das candidaturas.

Com informações de Metrópoles

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Brasil

Ex-diretor da PRF é preso no Paraguai após tentativa de fuga

Foto: Valter Campanato

O ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai.

CNN apurou que Silvinei rompeu sua tornozeleira eletrônica e viajou de Santa Catarina, onde mora, ao Paraguai de carro. No país vizinho, tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, país da América Central.

Na semana passada, Silvinei foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) por participação em tentativa de golpe de Estado. Ainda cabe recurso, por isso o ex-diretor aguardava em liberdade. 

De acordo com o STF, Silvinei teria coordenado o emprego das forças policiais para dificultar que eleitores considerados desfavoráveis a Jair Bolsonaro (PL) chegassem a seus locais de votação no dia do segundo turno das eleições de 2022. Depoimentos de testemunhas relatam que Silvinei teria dito que “era hora de a PRF tomar um lado”.

Os ministros do Supremo também citaram a “inércia criminosa” do então diretor-geral da PRF durante os bloqueios de rodovias por caminhoneiros após as eleições.

“A PRF cruzou os braços para a paralisação de inúmeras rodovias federais, usadas para transporte de alimentos, de medicamentos… mas ele simplesmente não desobstruía. Foi necessário uma determinação minha”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, em voto.

CNN

Opinião dos leitores

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Cidades

Lei permite pagamento de IPVA atrasado e multas durante fiscalização para evitar remoção de veículo no RN

Foto: Divulgação

Uma lei sancionada pelo Governo do Rio Grande do Norte criou um programa que permite o pagamento imediato de débitos como IPVA e taxa de licenciamento atrasados, além de infrações de trânsito, durante a fiscalizações de trânsito. A medida evita a remoção de veículos para o pátio do Detran ou outro órgão fiscalizador.

A Lei nº 12.615, de 24 de dezembro de 2025, que cria o Programa RN em Dia Regularização de Débitos de Veículos foi publicada no Diário Oficial do Estado na quinta-feira (25), mas só deverá entrar em vigor após 90 dias da publicação.

De acordo com o texto, quando o veículo for abordado em uma operação de trânsito e a única irregularidade constatada for a falta de pagamento desses débitos, o proprietário poderá quitá-los durante a blitz.

A norma prevê que o poder público disponibilize, sempre que possível, meios para viabilizar o pagamento imediato, desde que haja disponibilidade técnica do sistema no momento da abordagem. Entre as formas de pagamento autorizadas está o Pix.

A lei estabelece, no entanto, que a quitação no local impede apenas a medida administrativa de remoção do veículo, não afastando outras penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Além disso, o veículo só será considerado licenciado de forma definitiva após o processamento e a confirmação dos pagamentos e o cumprimento de outras exigências legais, quando houver.

Ficam excluídos da nova regra os veículos envolvidos em ilícitos penais ou que possuam pendências judiciais.

G1RN

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Brasil

As 20 maiores marcas de bets em operação no Brasil

O mercado brasileiro terá, ao fim de 2025, o primeiro ano completo de regulamentação das empresas de apostas (as bets). Presentes no País desde 2018, e popularizando-se a cada ano, essas marcas passaram a atuar desde janeiro sob legislação específica, entrando, assim, em uma nova fase tanto em termos de faturamento como também de branding.

Nesse contexto, na tentativa de entender como as principais bets que atuam no Brasil vem desenvolvendo estratégias a fim de se posicionar perante seu público-alvo em um cenário extremamente competitivo, a Blask e a brmkt.co elaboraram o estudo “Brazil’s Betting Brands Report”.

A proposta foi analisar, com maior profundidade, as 20 maiores marcas de apostas regulamentadas no País, destacando suas principais estratégias de posicionamento e atuação.

Para chegar ao ranking das 20 maiores empresas de apostas do Brasil (veja mais abaixo), a pesquisa levou em conta a projeção do Gross Gaming Revenue (GGR), como é chamado o resultado do faturamento com as apostas, descontando os prêmios pagos aos vencedores e o Imposto de Renda.

Veja, abaixo, a lista das 20 marcas que dominam o ranking e seu respectivo faturamento (GGR):

De acordo com esse estudo, o Gross Gaming Revenue (GGR) do mercado das empresas de apostas regulamentas que atuam no Brasil deve alcançar a quantia de US$ 6,27 bilhões em 2025. O mapeamento aponta que, atualmente, o País conta com 78 empresas licenciadas no mercado legal de apostas, que administram 182 diferentes marcas ativas.

O levantamento também apontou que, no primeiro semestre deste ano, o mercado brasileiro contava com mais de 17,7 milhões de jogadores (players) de empresas de apostas.

Na análise de Ricardo Bianco Rosada, fundador da brmkt.co, o mercado brasileiro de apostas esportivas amadureceu, em 2025, o que nao tinha avançado em quase uma década. “A regulamentação pesada, mídia mais cara e restrição de bônus mudou completamente a dinâmica da aquisição, colocando marca, conteúdo e produto no centro da disputa”, aponta.

Nesse ambiente, diz o porta-voz, as empresas digital natives se destacaram por falar a língua do povo e e entender os códigos culturais. “Marcas como 7Games, Betão, EstrelaBet, KTO e Esportes da Sorte provaram que a localização profunda converte mais do que qualquer estratégia global pasteurizada”, diz o executivo, destacando a importância das estratégias locais e personalizadas das empresas do setor.

Potência do mercado brasileiro
Considerando o mercado global de apostas esportivas, o Brasil já se destaca não somente entre os maiores, em termos de receita, como também entre os países com mais usuários engajados. Segundo projeções da Regulus Partners, o Brasil já deve ocupar a quinta posição no mercado global online de apostas em 2025, ficando após de Estados Unidos, Reino Unido, Itália e Rússia.

“Em número de de jogadores, estamos em terceiro, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido, mas o Brasil lidera quando o tópico é acessos em sites de apostas. Importante ressaltar que ainda temos uma grande parte de jogadores apostando em sites não regulados no país – alguns estudos dizem que no mercado ilegal temos aproximadamente 50% dos jogadores. Portanto, ainda há uma grande possibilidade de crescimento em jogadores e, por consequência, aumento na arrecadação de impostos”, destaca.

Para a elaboração do ranking, Blask e a brmkt.co consideraram a projeção do Gross Gaming Revenue (GGR) das empresas para o ano de 2025.

Meio Mensagem

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Política

PARANÁ PESQUISAS: Lula lidera 1º turno, mas empata com Flávio no 2º

Foto: Reprodução

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lidera em todos os cenários de primeiro e segundo turno, conforme levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira (26/12). O nome do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), no entanto, aparece em empate técnico com Lula em uma simulação de segundo turno.

Flávio é o nome que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para disputar as eleições de 2026. A “bênção” do pai ao filho foi reforçada, nessa quinta-feira (25/12), por meio de uma carta escrita e assinada pelo ex-mandatário.

A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 22 de dezembro. Ao todo, foram ouvidos 2.038 eleitores em 163 municípios de 26 estados e do Distrito Federal. O grau de confiança divulgado é de 95% e a margem estimada de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Não existe tantos ladrões, pedófilos, assassinos, estrupadores, traficantes e mau-caráter para votar no Lules

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Geral

Zé Vaqueiro e Dilsinho: veja atrações desta sexta-feira (26) do Natal em Natal

Foto: Reprodução

O Natal em Natal começou nesta quinta-feira (25) com apresentações na praia de Ponta Negra. Nesta sexta (26), o evento continua com shows de Zé Vaqueiro, Dilsinho e outras atrações (veja mais abaixo).

A entrada nos shows é gratuita. Os horários das apresentação não haviam sido confirmados pela prefeitura até a atualização mais recente desta reportagem.

A expectativa da prefeitura de Natal é de que cerca de 70 mil a 80 mil pessoas compareçam por dia nos shows em Ponta Negra. A expectativa para a noite de réveillon é de até 150 mil.

Para o evento, a prefeitura destinou linhas de ônibus gratuitas para atuarem com horário estendido no retorno das pessoas para casa.

O município também informou o que não pode ser levado para a festa e quais as ruas seguir para chegar ao palco na praia.

Veja, abaixo, as atrações desta sexta-feira:

📅 Dia 26 (sexta-feira)

📍 Engorda de Ponta Negra

Bonde do Gragra
Soanata
Zé Vaqueiro
Dilsinho

G1RN

Opinião dos leitores

  1. ótimo, vamos dar circo ao povo para esses miseráveis esquecerem a vida de mer** que levam. A partir do dia 2, voltam a dirigir seus uber 12h por dia para pagar os boletos e os impostos para sustentar essa palhaçada toda.

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Judiciário

Justiça determina retomada imediata de pregão de tornozeleiras eletrônicas no RN

Foto: Alex Regis

A Justiça do Rio Grande do Norte determinou a retomada imediata do Pregão Eletrônico para contratação dos serviços de monitoração eletrônica de pessoas privadas de liberdade no estado. A decisão foi proferida no plantão judiciário do dia 24 de dezembro e envolve o processo conduzido pela Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP/RN), responsável pela gestão do sistema prisional potiguar.

A medida suspende os efeitos de uma cautelar anteriormente imposta pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), que havia interrompido o certame, e reafirma entendimento já consolidado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Com isso, o Estado está autorizado a dar continuidade ao processo licitatório para contratação definitiva do serviço de tornozeleiras eletrônicas.

Na decisão, a juíza Sulamita Bezerra destacou que os fundamentos utilizados pelo TCE para barrar o pregão — supostas falhas na segregação de funções de servidores e o uso do aplicativo WhatsApp como canal de suporte técnico — já haviam sido analisados e rejeitados pelo TJRN. Em mandado de segurança relatado pelo desembargador Dilermando Mota, a Corte concluiu pela “inexistência de ilegalidade” nos pontos questionados.

Para a corte, a manutenção da cautelar administrativa afronta o princípio da hierarquia das decisões, uma vez que o entendimento judicial deve prevalecer sobre deliberações administrativas. “A decisão judicial mencionada se sobrepõe ao decidido administrativamente, devendo o Estado e os órgãos de controle curvar-se ao entendimento da Corte de Justiça”, registra a magistrada.

A determinação atende a uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), que apontou sucessivas paralisações do processo licitatório. Segundo o MP, as interrupções foram provocadas por impugnações apresentadas pela empresa Tekgeo, atual prestadora do serviço por meio de contratos emergenciais.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Dinheiro jogado fora, tornozeleira só tem eficácia em Bolsonaro, vagabundo não tem monitoramento é só lorota e enfeite na canela

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Música

Celebração dos 426 anos de Natal marca abertura de shows do Natal em Natal

Foto: Magnus Nascimento

A cidade do Natal já entrou oficialmente no clima das festas de fim de ano com a abertura da programação de shows do Natal em Natal, realizada na noite desta quarta-feira (25), no Polo Ponta Negra. A data foi simbólica: marcou também os 426 anos da capital potiguar. O palco montado na orla recebeu apresentações de Gilmar Bezerra, Fernanda e Gislaine, Rafaela Marçal e Marquinhos Gomes, com participação especial de Kaline Araújo, em uma noite marcada por fé, música e celebração.

O prefeito Paulinho Freire destacou que a programação reforça o espírito de união e valoriza os espaços públicos. Segundo ele, o evento também impulsiona o turismo e a economia local, com cerca de 90% de ocupação da rede hoteleira. “Isso representa geração de emprego, renda e fortalecimento do comércio”, afirmou.

Um dos momentos mais aguardados foi o show de Marquinhos Gomes, que emocionou o público com canções marcantes da carreira. Antes de subir ao palco, a cantora Rafaela Marçal celebrou a participação e ressaltou o significado da data para os cristãos.

A Prefeitura montou uma operação integrada envolvendo diversas secretarias para garantir segurança, organização e conforto, com apoio da STTU, Guarda Municipal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e equipes de serviços urbanos. O público aprovou a estrutura, destacando o clima familiar e a sensação de segurança.

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