O Congresso Nacional promulgou nesta quinta-feira (26) uma emenda à Constituição que viabiliza o megaleilão dos novos campos de exploração de petróleo, com o qual o governo espera arrecadar R$ 106,5 bilhões.
A emenda autoriza o pagamento à Petrobras dos recursos da chamada cessão onerosa.
O leilão da cessão onerosa refere-se ao petróleo excedente de uma área que a Petrobras recebeu em 2010. Na época, a estatal ganhou o direito de explorar uma área de 5 bilhões de barris de petróleo. Em troca, repassou ações para a União. Só que, depois de pesquisar a área, a Petrobras descobriu que a reserva pode chegar até a 15 bilhões de barris. Esse excedente irá a leilão.
A divisão dos recursos entre União, estados e municípios ainda não está definida. A parte que tratava disso foi alterada pelo Senado e precisou voltar à Câmara para nova análise.
A matéria consta de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Para que a nova votação na Câmara não comprometesse o calendário, que prevê o leilão no dia 6 de novembro, ficou decidido que o melhor era fatiar a PEC e promulgar apenas a parte que trata do pagamento da Petrobras.
Divisão dos recursos
Inicialmente, o texto previa o repasse de 15% dos recursos para estados e mais 15% para municípios.
Pelos critérios que regem o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que privilegiam os locais menos desenvolvidos e com menor renda per capita, o Rio de Janeiro, estado produtor de petróleo, ficaria com R$ 326 milhões, valor inferior ao que receberiam, por exemplo, Bahia (R$ 905 milhões) e Ceará (R$ 692 milhões).
Parlamentares do Rio de Janeiro, descontentes com a parcela, apresentaram uma emenda, que acabou acolhida, para destinar 3% para os estados onde estão localizadas as jazidas de petróleo. Pelo texto, a estimativa é que o estado receba cerca de R$ 2,5 bilhões.
De acordo com a PEC aprovada no Senado e agora em tramitação na Câmara, a divisão dos recursos ficará assim:
R$ 33 bilhões serão descontados para cobertura de uma dívida que o governo federal tem com a Petrobras;
R$ 10,95 bilhões (15%) serão repassados a estados, via Fundo de Participação dos Estados (FPE);
R$ 10,95 bilhões (15%) serão repassados aos municípios, via Fundo de Participação dos Municípios (FPM);
R$ 2,19 bilhões (3%) serão distribuídos para os estados onde estiverem localizadas as jazidas de petróleo;
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visita nesta segunda-feira (29/9) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na prisão domiciliar em Brasília. Será o primeiro encontro entre os dois desde a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão por uma suposta tentativa de golpe de Estado, Supremo Tribunal Federal (STF).
A ida de Tarcísio até seu padrinho político na capital federal ocorre em meio a um recolhimento do governador nas últimas duas semanas, em que passou a focar agendas e discursos em questões locais de São Paulo, recuando do perfil presidenciável que vinha apresentando desde junho deste ano.
Após fazer diversos acenos ao bolsonarismo ao assumir o protagonismo das articulações pelo projeto de anistia que poderia beneficiar o ex-presidente e subir o tom nas críticas ao STF, acusando o ministro Alexandre de Moraes de “tirania”, Tarcísio optou por submergir e esfriar as especulações de que será candidato à Presidência da República em 2026.
Os movimentos do governador fizeram com que ele passasse a ser alvo de opositores e até mesmo da opinião pública, que enxergaram nas articulações um descolamento de Tarcísio da imagem de moderado. Ministros do STF também ficaram incomodados com a guinada radical do chefe do Palácio dos Bandeirantes.
Questionado sobre o encontro com Bolsonaro na última quinta-feira (25/9), Tarcísio negou que a reunião será para tratar sobre candidatura à Presidência da República ou anistia aos envolvidos em supostos atos golpistas.
“Eu vou visitar um amigo e prestar solidariedade a ele. É uma coisa que eu vou fazer sempre porque tenho preocupação e consideração com uma pessoa que sempre foi muito importante para mim”, desconversou Tarcísio.
Perguntado se Bolsonaro teria, enfim, dado o sinal de que o apoiaria como candidato para a disputa do Palácio do Planalto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tarcísio refutou a ideia. “Não deu aval nenhum e eu sou candidato à reeleição. Não tem nada disso”, disse.
Uma das maiores apreensões de drogas do ano foi registrada na noite deste domingo (28), na Redinha, zona Norte de Natal. Policiais da Delegacia Especializada em Narcóticos (DENARC) interceptaram uma Fiat Fiorino carregada com aproximadamente meia tonelada de entorpecentes.
A ação contou com o apoio de várias viaturas e mobilizou grande efetivo policial. Moradores relataram ter ouvido disparos de arma de fogo durante a operação. Dois homens foram presos em flagrante.
De acordo com as investigações, a droga seria transportada por meio de um barco que aguardava a chegada da carga na região. O destino final do material ainda não foi confirmado pela polícia.
O caso será investigado pela DENARC, que deve aprofundar as apurações para identificar outros envolvidos no esquema criminoso.
A lorota da “defesa da soberania”, usada por Lula (PT) no palanque contra o tarifaço e as sanções do presidente Donald Trump, é uma cópia tosca de caso semelhante ocorrido na ditadura militar.
Em 1977, o governo do general Ernesto Geisel chamou de volta a Brasília para “consultas” o embaixador em Washington, João Augusto de Araújo Castro, em reação – inútil, registre-se – a denúncias do Departamento de Estado dos EUA sobre graves violações de direitos humanos no Brasil.
Na época, o Departamento de Estado do governo Jimmy Carter (partido Democrata), denunciou perseguições, prisões ilegais, tortura etc.
O regime tachou o relatório americano de “interferência indevida na soberania nacional”. Exatamente como Lula contra o governo Trump.
Em razão dessas tensões, o governo Geisel abandonou em março de 1977 o Acordo de Cooperação Militar Brasil-EUA assinado em 1952.
Assim como Lula usa “soberania” de olho nas pesquisas, a ditadura fez a mesma alegação para não admitir que de fato violava direitos humanos.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil e Antônio Augusto/Secom/TSE
O ministro Edson Fachin toma posse como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (29). O ministro Alexandre de Moraes será empossado como vice-presidente.
A cerimônia de solenidade está prevista para começar às 16h e terá a presença de autoridades, como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice, Geraldo Alckmin (PSB).
A solenidade terá um rito marcado por discursos, assinatura de posse e troca de cadeiras. Fachin e Moraes estarão no comando do STF durante o biênio 2025-2027.
Além de assumir o comando do Supremo, Fachin presidirá o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) no mesmo período.
Rito de cerimônia
A solenidade de posse está prevista para começar às 16h. A sessão será aberta pelo atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e em seguida será executado o hino nacional. Depois será lido o termo de compromisso e o termo de posse para o cargo de presidente da Corte.
Na sequência, haverá a assinatura do termo de posse do novo presidente e a declaração de empossado ao cargo. A solenidade ainda prevê um cumprimento entre Barroso e Fachin e depois há a troca de lugares das cadeiras que compõem a Corte. O lugar do presidente fica no centro do plenário.
Sequencialmente, o novo presidente conduzirá a sessão e dará posse ao vice-presidente, Alexandre de Moraes, e deve se repetir os procedimentos de leituras, assinaturas e cumprimentos.
Já nas etapas finais, serão feitos pronunciamentos de Barroso, o PGR (Procurador-Geral da República) Paulo Gonet, o representante da OAB e novo presidente Edson Fachin, que encerrará a sessão solene.
Perfil discreto e institucional
Conhecido pelo perfil técnico e discreto, Fachin terá como missão conduzir o Supremo em meio a um cenário de forte tensão entre a política e o Judiciário.
Existe a expectativa de que o novo presidente imprima um estilo mais discreto e evite os holofotes midiáticos, diferente da gestão do ministro Luís Roberto Barroso. Fachin evita entrevistas, declarações à imprensa e participações em eventos de caráter político.
Pessoas próximas ao ministro acreditam que Fachin tende a seguir os passos da ex-presidente Rosa Weber, adotando uma conduta pautada pela discrição, pelo espírito colegiado e pelo respeito às normas institucionais.
No entanto, o ministro deve ser firme em pautar temas sociais e que avalia relevantes para o país. Em agosto, durante um seminário, Fachin afirmou que assumirá uma “responsabilidade institucional imensa” e disse que buscará o “equilíbrio” em sua gestão.
Já para esta semana, o ministro pautou para julgamento um recurso da Uber em que o Supremo vai analisar a relação de trabalho entre motoristas e a plataforma digital. O caso tem repercussão geral.
Fachin também marcou o caso do processo envolvendo o projeto da Ferrogrão, ferrovia que ligará o Pará ao Mato Grosso. Na ação, o PSOL questiona a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA), com a destinação da área suprimida pelo projeto ferroviário para escoar produtos agrícolas.
Foto: Divulgação/Progressistas//AFP//Câmara dos Deputados
Acordos construídos pelo PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ameaçam o futuro eleitoral dos principais líderes do Congresso. Em níveis diferentes, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), enfrentam dificuldades para fechar acordos políticos em seus estados.
Hoje, o cenário mais difícil se desenha nos casos de Lira e Ciro, que veem seus planos de candidaturas ao Senado esbarrarem na rivalidade com líderes regionais que são aliados de Lula. Em 2026, serão duas vagas por estado em disputa para a Casa.
Já Motta, com uma relação mais próxima do PT na Paraíba, está mais bem colocado para receber a bênção para emplacar o seu pai, o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), como candidato a senador na chapa governista estadual.
Há, porém, forte concorrência de siglas aliadas, em processo no qual o partido de Lula pode favorecer outros nomes.
Lira quer neutralidade
Distante do presidente da República, Lira busca um acordo com o Palácio do Planalto e também com o bolsonarismo para que sua candidatura a senador não seja inviabilizada.
O MDB, forte no estado, tenta emplacar dois candidatos a senador, o que pode deixar Lira de fora e, além disso, há a possível entrada do deputado bolsonarista Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPI do INSS, na corrida pela vaga, nome considerado forte para a disputa.
Diante disso, o governo Lula não fez nenhuma sinalização a Lira ainda e tem deixado o MDB, de quem é aliado, tomar as rédeas dos acordos.
Em pesquisas locais, a disputa ao Senado é liderada por Renan Calheiros (MDB), seguido por Davi Davino (Republicanos) e Gaspar. Lira só aparece em quarto.
O ex-presidente da Câmara é relator da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, pauta cara ao governo, e o seu partido, o PP, já indicou trabalhar para fazer mudanças no texto na direção contrária do que o Planalto desejaria, como mexer nos critérios de compensações fiscais.
Além disso, ele construiu acordo com bolsonaristas para destravar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que acabou arquivada no Senado.
Diante das dificuldades para concorrer a senador, é apontada a possibilidade de Lira tentar se reeleger deputado para depois articular a volta à presidência da Câmara em 2027. O deputado do PP descarta esse cenário.
— Não serei candidato a deputado federal e não tenho nenhum plano de voltar para a presidência da Câmara. Eu sou amigo do Hugo Motta, fui eleitor e principal articulador da eleição dele. Sou pré-candidato ao Senado. Davi Davino e Alfredo são aliados e não tem a possibilidade de sair Arthur, Davino e Alfredo (ao mesmo tempo para o Senado), nem tem espaço para isso — disse ao GLOBO.
Lira também apontou que é cedo e que até uma aliança entre o MDB e o PT pode mudar, a depender do cenário nacional. De acordo com ele, se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), for o candidato da oposição à Presidência, haveria um afastamento entre as duas siglas também em Alagoas:
— Essa contextualização do MDB com o PT vai muito além disso. Se Tarcísio sair candidato dificilmente o MDB fica com o PT.
O presidente do PT, Edinho Silva, diz que é cedo para avaliar as alianças nos estados e que isso não afeta a relação do partido do presidente Lula com as outras legendas no Congresso.
— Muita coisa ainda vai acontecer para já falar em alianças e consequências. Nenhuma aliança ainda foi formalizada. Só conversas. E muita conversa está por vir.
Por sua vez, um dos principais aliados de Motta e presidente do partido de Lira, Ciro Nogueira, é o único dos três que se classifica abertamente como oposição a Lula e ao PT. O senador se elegeu com o apoio do PT em 2018, mas migrou para o bolsonarismo e, sem estar na chapa governista, agora tem o futuro mais ameaçado.
Um acordo no Piauí fechado entre PT, PSD e MDB para as duas vagas para o Senado e para a vaga para governador dificulta os planos do presidente do PP.
Ciro é também quem mais tem articulado contra o governo. Ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele procurou influenciar na aprovação de pautas como a PEC da Blindagem e da anistia e também pressiona para que outros partidos do Centrão se unam em torno de um mesmo candidato contra Lula em 2026.
Com as dificuldades no estado, o senador tenta se projetar nacionalmente e se viabilizar como candidato a vice-presidente. Procurado, o presidente do PP disse que seu plano A é concorrer à reeleição a senador.
Algumas pesquisas locais mostram o senador Marcelo Castro (MDB) e o deputado Júlio César (PSD) à frente. Mas Ciro cita seus próprios levantamentos:
— Estou disparado nas pesquisas no Piauí para o Senado.
No caso de Hugo Motta, apesar da boa relação com o PT, a construção de um acordo ainda precisa passar por acertos. A montagem da chapa para senador tem provocado divergências.
Já há acordo adiantados, por exemplo, para o PP indicar o candidato a governador do grupo governista, que deve ser o atual vice-governador Lucas Ribeiro, e o PSB indicar uma das vagas ao Senado, com o governador João Azevedo.
Nabor Wanderley, pai de Motta, tenta ser candidato a senador na outra vaga, mas o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que vai tentar a reeleição, tem buscado Lula para um acordo, o que inviabilizaria o projeto da família de Motta.
Ter uma vaga no Senado é uma das metas do presidente da Câmara desde que ele foi reeleito deputado em 2022. Inicialmente o próprio Motta seria candidato a senador, mas o plano foi alterado depois que ele foi eleito presidente da Câmara. Agora, o pai assumiu essa missão.
A mais de um ano do pleito, Nabor já tenta arregimentar uma base de prefeitos para construir sua candidatura a senador.
A Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), segunda maior investigada na fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), continua a captar associados enquanto é investigada pela PF (Polícia Federal).
A entidade realizou um treinamento online no fim de agosto para novos vendedores. O objetivo é buscar associados que topem pagar R$ 37 mensais. Quem conseguir um novo cliente fica com 10% da mensalidade como comissão, o equivalente a R$ 3,70.
A Conafer apresenta seu público-alvo como pessoas “de baixa renda e baixa consciência de mercado”. São elas: agricultores familiares, ribeirinhos, quilombolas, povos originários. Trabalhadores informais, autônomos, idosos, mães, jovens, famílias de baixa renda e sem plano de saúde.
No seu site, a entidade lista diversos benefícios para seus clientes, como R$ 200 para a compra de remédios, R$ 1.000 em caso de morte acidental e sorteios de R$ 10 mil mensais, entre outros.
Na página, há depoimentos de supostos clientes. Uma pessoa identificada como Julio Cesar Pataxó diz que, como liderança indígena, se sente respeitado e valorizado na Conafer. “Eles nos apoiam com seriedade, fortalecem nossa cultura e garantem espaço de fala nos debates nacionais”, escreveu.
Uma foto acompanha o depoimento. Em uma busca pela imagem na internet, é possível encontrar o mesmo retrato nos perfis de redes sociais de pessoas identificadas como Pedro Augusto Francisco Neto, Jorge Andrade e Luiz Gustavo Ribeiro, entre outros.
O mesmo acontece com as fotos do agricultor familiar Ricardo R. Ramos e da empreendedora Anne Roberta.
Apesar das fotos falsas, a entidade afirma em seu site que tem mais de 70 mil afiliados ativos em todo o Brasil. Em carta publicada em suas redes sociais em junho deste ano, ela afirmou ter 597,2 mil associados com vínculo válido e vigente.
Procurada, a Conafer não respondeu.
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura o caso deve ouvir o presidente da entidade, Carlos Lopes, nesta segunda (29).
A Conafer é a segunda entidade com mais descontos associativos registrados no INSS, com R$ 484 milhões descontados entre 2019 e 2024, ficando atrás só da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), que recebeu R$ 2,1 bilhões no período.
Após a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal, o INSS bloqueou todos os descontos automáticos nos benefícios previdenciários, o que gerou problemas de caixa para a Conafer. A solução foi buscar novos clientes.
Antes dos problemas financeiros, a entidade mantinha a Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo Rural no Congresso. Ela pagava o aluguel da sede da frente, uma mansão no Lago Sul, e bancou gastos com café da manhã no lançamento do grupo de parlamentares, segundo informações obtidas pela Folha.
A vistoria do imóvel para a locação foi realizada em 28 de março do ano passado, e o lançamento da frente ocorreu menos de um mês depois, em 18 de abril.
A atuação da Conafer no Congresso ajudou a entidade a conseguir emendas parlamentares, que eram direcionadas ao Instituto Terra e Trabalho. Ao todo, foram R$ 14,5 milhões em empenhos em 2023 e 2024 a partir de emendas de seis parlamentares e duas bancadas. Desse total, R$ 9,3 milhões foram pagos.
Além disso, a instituição mantém uma segunda entidade que realizava descontos nas aposentadorias do INSS, a AAB (Associação de Aposentados do Brasil), que não está na lista de investigadas da PF.
Ela recebeu R$ 28 milhões em descontos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS entre agosto de 2024 e abril de 2025. Isso representa uma média mensal de R$ 3 milhões nesse período de nove meses.
Com a indefinição do ministro Luís Roberto Barroso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já avalia cenários de indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) ainda no atual mandato.
Em entrevista à CNN, Barroso, que deixa nesta segunda-feira (29) a presidência da Suprema Corte, disse que fará um retiro espiritual em outubro para decidir se pedirá aposentadoria antecipada do posto de ministro.
A possibilidade de Barroso deixar o STF já havia sido informada ao presidente, que, para evitar ser surpreendido, dizem auxiliares presidenciais, começou a analisar alternativas caso tenha de indicar um nome.
O petista, segundo assessores do governo, tem deixado claro que não vai se antecipar, até por respeito ao magistrado, e que, portanto, só se debruçará sobre uma escolha caso se confirme a decisão de Barroso de se aposentar neste ano.
No Palácio do Planalto, porém, dois nomes são classificados como os favoritos do presidente para uma futura vaga à Suprema Corte: o do advogado-geral da União, Jorge Messias, e da ministra do STM (Superior Tribunal Militar) Maria Elizabeth Rocha.
Messias era a segunda opção de Lula para a vaga da ministra Rosa Weber. Para o posto, foi indicado o ex-ministro da Justiça Flávio Dino. Com 45 anos, Messias teria a vantagem de permanecer na Suprema Corte por trinta anos.
Além disso, é considerado um nome de confiança de Lula, com boa interlocução junto ao Senado Federal e com possibilidade de ganhar apoios até mesmo na oposição por ser evangélico.
Já Maria Elizabeth caiu nas graças do presidente por sua postura à frente do STM. Ela disse identificar crimes militares cometidos por Jair Bolsonaro e iniciou debate sobre a perda de patente do ex-presidente.
O nome da ministra tem a simpatia da primeira-dama Rosângela Silva, que defende um maior número de mulheres na Suprema Corte. Ela, no entanto, tem 65 anos. Ou seja, se indicada, ficaria apenas dez anos no posto.
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também é cotado pra uma vaga na Suprema Corte. O presidente, porém, prefere que o senador dispute o governo de Minas Gerais em 2026, com a possibilidade de ele ser indicado para o STF em futuras vagas.
Nesta segunda-feira (29), o ministro Edson Fachin assumirá o comando da Suprema Corte. Com perfil mais moderado e comedido, Fachin pode representar um contraponto a Barroso, mais afeito a declarações públicas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participará de uma reunião convocada às pressas com líderes militares de alto escalão na terça-feira, 30, de acordo com um funcionário da Casa Branca.
Centenas de generais e almirantes foram convocados pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, para a base do Corpo de Fuzileiros Navais em Quantico, Virgínia, com pouco aviso prévio.
Trump disse à NBC News, em uma entrevista neste domingo, 28, que eles estariam “falando sobre como estamos indo bem militarmente, falando sobre estar em ótima forma, falando sobre muitas coisas boas e positivas”.
A notícia sobre a reunião foi divulgada na quinta-feira, 25, e nenhuma razão foi fornecida inicialmente para o encontro incomum. Trump parecia não saber sobre isso quando foi perguntado pela primeira vez por repórteres durante uma aparição no Salão Oval.
“Estarei lá se eles quiserem, mas por que isso é um grande problema?”, disse Trump.
O funcionário da Casa Branca disse que a participação do presidente não fazia parte do plano original para a reunião, mas que ele decidiu que queria ir.
Dois criminosos invadiram uma loja de carros, abordaram a dona e um colaborador e levaram cerca de R$ 12 mil em joias e dinheiro. O que parecia mais um assalto comum ganhou uma reviravolta durante as investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Norte: segundo a corporação, o funcionário também faria parte do grupo criminoso.
Na última sexta-feira (26), a Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) de Mossoró cumpriu três mandados de prisão e três de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento no crime, nas cidades de Mossoró e Frutuoso Gomes, no Oeste potiguar.
O assalto aconteceu em julho de 2025 em Mossoró. Segundo a polícia, o funcionário do próprio estabelecimento informou aos demais suspeitos que uma das proprietárias da loja costumava portar joias de alto valor e que havia dinheiro em espécie no caixa.
Além disso, o homem teria detalhado a rotina interna da loja e aguardou a saída dos demais funcionários para sinalizar o momento em que a vítima estaria sozinha.
Ainda de acordo com a polícia, após o aviso do informante, a dupla invadiu o estabelecimento armada e “utilizando extrema violência”.
“Para tentar dissimular sua participação, o funcionário ainda simulou ser vítima, chegando a se render e entregar seu próprio celular aos criminosos”, disse a Polícia Civil.
Com o avanço das investigações, a delegacia reuniu provas suficientes para comprovar a participação dos três suspeitos, dois homens de 28 anos e um de 18 anos, o que resultou no cumprimento das medidas cautelares.
Um dos suspeitos foi localizado em uma residência no bairro Abolição, em Mossoró.
O segundo suspeito já estava preso na Cadeia Pública de Mossoró e foi cientificado do novo mandado de prisão.
Já o terceiro suspeito foi localizado na cidade de Frutuoso Gomes, onde foi determinada a aplicação de monitoramento eletrônico.
O padre Júlio Lancellotti trouxe à liturgia palavras de ordem ligadas a pautas políticas durante missa celebrada na Capela São José Operário, em Fortaleza, na última quinta-feira (26).
Durante a celebração gritos de “Sem anistia!”, “Palestina livre!” e “Não passarão”, também foram entoados pelos presentes.
O coordenador da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo destacou ainda a rejeição da chamada PEC da Blindagem no Senado, proposta que buscava exigir aval prévio do Legislativo para abertura de processos criminais contra parlamentares.
Esse padre pratica um cristianismo MUITO MAIS PRÓXIMO do Evangelho de Jesus do que muito pastor boca-suja que aparece em investigação da Polícia Federal conversando com político bandido. Com certeza ele não é comunista, mas é uma pessoa que está ao lado dos esquecidos pela sociedade. Deus o abençoe!
Comente aqui