Política

Conheça a história do primeiro deputado cego do Congresso

No primeiro discurso, o deputado Felipe Rigoni foi ouvido e depois aplaudido pelos colegas. Foto: Alexsandro Loyola/Câmara dos Deputados

Felipe Rigoni ficou cego aos 15 anos de idade. Nos anos seguintes, reaprendeu a viver. Descobriu que para sobreviver, teria que enxergar com os olhos dos outros. Aprendeu braile, mas prefere áudio. Sabe andar de bengala, mas não gosta. Não conseguiu se adaptar a um cão-guia. Diz que é um “cego ruim”.

“E como eu fiz? Pedindo ajuda. Para as pessoas. Pra gente. Igual a papagaio. De ombro em ombro. Eu ia pedindo ajuda e elas iam me ajudando. E isso me permitiu me aproximar mais das pessoas. E aprender muito”.

De fato, no nosso encontro, o deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), o primeiro cego a chegar ao parlamento brasileiro, mostrou desenvoltura ao circular pelos corredores da Câmara dos Deputados apoiado no ombro de sua chefe de gabinete Ingrid.

Bem articulado, Felipe anda rápido, e chega a ser difícil acompanhar o seu ritmo. Tem tanta facilidade de interagir, que olha nos olhos do interlocutor. Conversou com o R7 em movimento, do gabinete no anexo IV até o estacionamento, no carro indo para o Aeroporto e no saguão, do balcão da companhia aérea até o portão de embarque, onde embarcaria para Vitória (ES).

Na véspera da nossa conversa, na quarta-feira (20), o parlamentar de 27 anos fez o seu primeiro discurso na tribuna do plenário. Calou os presentes com a sua história e com o que pensa da política. Contou que o seu ponto de virada após ter ficado cego foi uma conversa com o pai, que disse que ele tinha uma escolha. “Eu não entendi inicialmente. Como eu tinha escolha, se eu estava ficando cego? Mas depois consegui perceber que eu tinha uma escolha, que era a escolha da atitude. E foi isso que norteou esse processo. Sempre quando tenho um dilema da vida para resolver me vem esse momento”.

O processo a que Felipe se refere foi o caminho que trilhou até a política. Antes de ser eleito deputado federal, ele se formou em Engenharia da Produção na Universidade Federal de Ouro Preto como um dos destaques da turma. Se tornou líder nacional do movimento Empresa Júnior, participou da fundação Acredito, movimento suprapartidário de renovação política, fez mestrado em políticas públicas em Oxford e foi bolsista do programa RenovaBR.

Todo o sucesso, segundo ele, só foi possível por ter aprendido a se cercar de pessoas: “Todos os objetivos que eu alcancei, apesar de estar sempre à frente, sempre tinha uma galera comigo. Inegável. Como na minha campanha. Além de equipe sensacional, eram 3.000 voluntários. Meu mestrado, se eu não tivesse gente me ajudando, não teria feito”.

O apoio começou em casa.

“Meus pais são os grandes responsáveis por esse tipo de atitude que eu tenho porque eles nunca me esconderam. Que é comum para pais de deficientes. Meus pais me mandavam com os meus amigos pra show, aos 16 anos de idade, logo depois de eu ter ficado cego. Me incentivaram a ir para Ouro Preto, mais longe deles. Isso foi fundamental”.

No Congresso Nacional, vinte dias depois do início do ano legislativo, o deputado, apesar de iniciante, apresentou quatro propostas legislativas, e irá integrar duas comissões: a de Finanças e Tributação e Educação e Ciência e Tecnologia. É vice-líder do seu partido.

“A minha expectativa era que eu estaria patinando mais do que estou. É lógico que é muito complexo. Me orgulho de que até agora eu sempre soube o que estava acontecendo, influenciando o voto de outros parlamentares, discutindo e sendo influenciado também. Mas é muito fácil se perder. Até com dois ou três assessores do seu lado, prestando mais atenção do que você, inclusive”.

Para conseguir dar conta do trabalho legislativo, Felipe estuda os assuntos e discute com assessores e consultores externos, especialistas, muitas vezes voluntários.

“Fiz algumas emendas à MP da criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Foi o Instituto de Tecnologia e Sociedade, capitaneado pelo Ronaldo Lemos, que dá aulas em Columbia, que me ajudou. Há muita gente disposta em ajudar”.

O deputado pretende conduzir o seu mandato mirando em três grandes objetivos: construir uma gestão pública eficiente e inovadora; promover a igualdade de oportunidades, especialmente através da educação básica; e com desenvolvimento socioeconômico (saúde financeira das pessoas, governo e empresas, infraestrutura e ciência e tecnologia).

No seu discurso da semana passada na tribuna, Felipe Rigoni defendeu alguma de suas ideias políticas, como a de não votar em projetos simplesmente para marcar posição política, ou com a base do “toma lá, dá cá”.

“O toma lá, dá cá não vai terminar agora porque o sistema é desenhado para estimular isso. Mas você tem uma série de parlamentares que não trabalharam nessa configuração, não usam o toma lá, dá cá, não se submetem a ele. Mas não é só o toma lá, dá cá que é o problema. Nesta manhã estavam sendo votados cinco acordos internacionais que o Brasil fez, e coisas consensuais. E o que estava acontecendo? PT e Psol estavam obstruindo só para mostrar que eles conseguem. Se fosse uma discordância com a matéria, ok. Quando você discorda e sabe que vai perder, obstrui, é uma estratégia. Mas fazer isso quando você concorda com a matéria? Isso eles fizeram nessa semana e na passada. E o PSL também tem feito isso. Sou contrário. Porque não estamos ali para marcar posição política. Estamos ali para votar. O que Congresso produz? Decisões. Se não produz decisões, produz confusões. Ou a gente começa a produzir decisões de fato, ou fica isso. Laranja para baixo e para cima”.

No dia da entrevista, o deputado já tinha participado de um encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para apresentar a frente parlamentar do fim do foro privilegiado e colocar o grupo à disposição na tramitação do projeto anticrime do ministro Sérgio Moro.

Ao chegarmos ao Aeroporto, encerramos a nossa conversa. Mas acompanhei o deputado e sua chefe de gabinete ao balcão de embarque da companhia. Pelo horário, a companhia não disponibilizou um acompanhante para Felipe ir até o portão de embarque. O jeito foi pedir ajuda. Na entrada do embarque, por acaso, estava um colega de parlamento. O deputado Felipe Rigoni colocou as mãos no ombro do senador Alessandro Vieira (PPS-SE) e embarcou rumo a Vitória.

Coluna do Fraga – R7

 

Opinião dos leitores

  1. "E o que estava acontecendo? PT e Psol estavam obstruindo só para mostrar que eles conseguem. Se fosse uma discordância com a matéria, ok. Quando você discorda e sabe que vai perder, obstrui, é uma estratégia. Mas fazer isso quando você concorda com a matéria? Isso eles fizeram nessa semana e na passada".
    Atenção eleitores do PT/PSOL…

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Geral

Morre Jimmy Cliff, ícone do reggae, aos 81 anos

Foto: divulgação

Morreu o cantor e compositor jamaicano Jimmy Cliff, um dos maiores nomes da história do reggae, aos 81 anos. A informação foi confirmada num texto publicado no perfil oficial do artista no Instagram, assinado por Latifa, sua esposa. Segundo o post, Cliff morreu após sofrer uma convulsão causada por um quadro de pneumonia.

“Para todos os seus fãs em todo o mundo, saibam que o vosso apoio foi a força dele durante toda a sua carreira. Ele realmente apreciou cada fã pelo seu amor”, diz o post. Veja a seguir:

Lenda do reggae

Conhecido mundialmente por clássicos como “The harder they Come”, “You can get It if you really want” e “Many rivers to cross”, Jimmy Cliff foi um dos pilares do reggae e do ska jamaicano. Nascido em Saint James, na Jamaica, começou na música muito cedo, cantando em feiras e festas da cidade. Mudou-se para a capital Kingston, aos 14 anos, para se dedicar à carreira de artista.

Ganhou projeção local com hits como “Hurricane Hattie”, “King of kings”, “Dearest Beverley”, “Miss Jamaica”, e “Pride and passion”. Antes de se mudar para a Inglaterra, aos 20 anos, em 1964, assinou com a lendária gravadora Island Records, que também tinha no seu catálogo nomes fortes do reggae como Bob Marley e Toots and the Maytals. Seu primeiro disco foi “Hard road to travel”, lançado em 1967.

A morte ocorre poucos anos depois de ele ter lançado “Human touch”, seu último single, marcado por um retorno ao reggae dos anos 1960 e por reflexões sobre a solidão em tempos de pandemia.

O Globo

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Polícia

Homem mata companheira grávida a tiros em condomínio na Grande Natal

Foto: Divulgação

Uma mulher grávida foi morta a tiros pelo companheiro na manhã desta segunda-feira (24) no condomínio Ilha do Caribe, no bairro Liberdade, em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal. A Polícia Militar foi acionada e encontrou o corpo da mulher dentro do apartamento e o do companheiro na lateral de outro bloco do mesmo condomínio. A Polícia Civil confirmou o feminicídio seguido de um provável suicídio cometido pelo homem.

De acordo com as testemunhas, o casal discutia porque ele estaria suspeitando de traição por parte da mulher. O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) recebeu o chamado às 7h34, após um morador relatar ter ouvido vários disparos de arma de fogo dentro do residencial. O denunciante informou que, ao perceber os tiros e ver uma moradora correndo desesperada, trancou-se em seu apartamento e acionou a polícia.

A ocorrência foi imediatamente repassada às equipes do 3º Batalhão da Polícia Militar, que chegaram ao condomínio cerca de sete minutos depois. Ao chegar ao Residencial Ilhas do Caribe, a guarnição encontrou o corpo de um homem, identificado preliminarmente como Bruno, já sem vida em um dos blocos. A posição em que o corpo foi localizado, com três perfurações de tiro e as mãos para trás — levantou dúvidas sobre a hipótese de suicídio, que havia sido sugerida inicialmente.

Durante o isolamento da área, os policiais localizaram também o corpo de uma mulher em outro ponto do condomínio. As primeiras informações indicam que o homem teria atirado contra a mulher no local.

Tribuna do Norte

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Brasil

Físicos defendem que Pedro Álvares Cabral aportou no Rio Grande do Norte, não na Bahia

Foto: Carlos Chesman

Uma nova pesquisa contesta a versão de que a chegada ao Brasil descrita por Pero Vaz de Caminha, em 1500, aconteceu na região onde hoje fica Porto Seguro, na Bahia. Segundo os autores, os portugueses teriam desembarcado primeiro na costa do Rio Grande do Norte. O artigo saiu em setembro no periódico Journal of Navigation, da Universidade de Cambridge.

Feita por dois físicos, os docentes Carlos Chesman, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e Carlos Furtado, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a pesquisa fez a análise dos dados contidos na carta de Caminha e os comparou com os de correntes marítimas e ventos no período em que a viagem foi feita.

“Consideramos datas, localidades, distâncias, profundidades e relacionamos isso com os dados que temos à disposição hoje sobre ventos e correntes”, afirmou Chesman.

Primeiro registro escrito sobre o Brasil, em 1500, a carta de Caminha descreve a d. Manuel 1º a descoberta de uma “terra nova” pela expedição de Pedro Álvares Cabral. O escrivão relata que a frota avistou um “grande monte, mui alto e redondo”, que ganhou o nome de Monte Pascoal, e depois lançou âncora “à boca de um rio”.

A partir de cálculos com o auxílio de softwares e expedições de campo, a conclusão dos físicos é que Caminha estaria descrevendo o monte Serra Verde, na cidade de João Câmara, e o rio Punaú, que desemboca no mar na praia de Zumbi, em Rio do Fogo, a 72 quilômetros de Natal.

“Pelas descrições da carta, eles percorreram cerca de 4.000 quilômetros saindo de Cabo Verde. Essa distância corresponde a rota que traçamos, que considera as correntes e os ventos. Também corresponde a distância até Porto Seguro, mas se a rota for uma linha reta, o que é improvável”, disse Chesman.

Os pesquisadores afirmam ainda que o desembarque descrito por Caminha no dia seguinte à chegada, após a frota descansar com os navios ancorados, teria ocorrido na região onde hoje é a praia do Marco, entre os municípios de São Miguel do Gostoso e Pedra Grande.

O local recebeu esse nome por causa de um marco português datado de 1501, e desde o século passado intelectuais do Rio Grande do Norte, como Luís da Câmara Cascudo, difundem a hipótese de que os portugueses teriam chegado primeiro por lá.

Segundo Chesman, essa hipótese motivou a pesquisa, feita durante a pandemia de Covid.

A pesquisa, que não teve participação de historiadores, propõe reabrir o debate em torno da versão ensinada pela história oficial. Um colóquio científico para debater o estudo está sendo organizado por Chesman para o ano que vem, no Rio Grande do Norte. “Nossa intenção é que a discussão seja reaberta. Nós fizemos uma pesquisa a partir da física e estamos apresentando ela a historiadores, para que eles tomem conhecimento.”

Apesar da carta de Caminha ser base para a tese da chegada em Porto Seguro, há outros estudos que reforçam que o primeiro desembarque ocorreu na Bahia. Um destes é o do almirante da Marinha Max Justo Guedes, que em 1975 refez a rota da frota de Cabral e publicou “O Descobrimento do Brasil”. Guedes também considerou informações sobre correntes e ventos, além da característica das embarcações portuguesas.

Na avaliação da historiadora Ana Hutz, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), precisa ser considerado o fato de a pesquisa ter sido feita a partir da carta, sem levar em conta estudos anteriores. “A ideia da chegada a Porto Seguro tem base em cartografias e outros estudos, que também refizeram essa rota. Esses estudos não são citados pelos autores.”

Ao ser perguntada se a pesquisa poderia causar mudanças no ensino de história do Brasil, a historiadora Juliana Gesueli, da PUC Campinas, respondeu que o debate precisa antes ser ampliado. “É preciso que haja mais pesquisas e evidências robustas para iniciar discussões que às vezes duram décadas para mudar os livros de história”, disse ela. “E precisa haver uma grande justificativa para mobilizar uma grande comunidade a fazer essa discussão.”

Gesueli acrescentou que, independentemente do local de chegada, o ensino em história tem como foco maior à estrutura colonial, que começou em Salvador e em Olinda décadas depois do primeiro contato. “A carta de Caminha é importante para datar o momento histórico, mas a ocupação portuguesa no Brasil só começou de fato a partir da década de 1530. Não acredito que possa causar uma grande mudança dos livros de história.”

Para chegarem ao resultado, os físicos catalogaram os dados numéricos da carta de Caminha e analisaram aqueles relacionados à trajetória realizada pela frota de Cabral, entre a partida das ilhas de Cabo Verde, em 23 de março de 1500, e os primeiros sinais de terra do Brasil, em 21 de abril. O encontro com a “serra mui alta e redonda, e outras mais baixas ao sul” descrito por Caminha aconteceu no dia seguinte, 22, a uma distância de cerca de 30 a 40 quilômetros da costa.

Nas expedições realizadas no litoral potiguar, a partir da rota traçada na pesquisa, os cientistas atestam que é possível enxergar a olho nu, como os portugueses (a invenção da luneta ocorreu no século 17), um monte semelhante ao descrito na carta e os outros ao sul.

“Na terceira expedição, três montanhas foram avistadas a aproximadamente 30 quilômetros da costa, próximas à praia de Maxaranguape. Viagens adicionais foram necessárias para melhor fotografar as montanhas e realizar medições batimétricas na região da plataforma continental”, afirma a pesquisa.

“Com base nesse registro fotográfico, foi conduzido um estudo topográfico para identificar geograficamente essas três elevações. Utilizando imagens de satélite em 3D, determinou-se que a montanha mais ao norte, maior e mais larga, é provavelmente o verdadeiro Monte Pascoal, atualmente conhecido como monte Serra Verde”, dizem os pesquisadores no estudo.

De acordo com a carta de Caminha, os portugueses ancoraram e um dos comandantes, Nicolau Coelho, foi enviado à costa em um batel para ter o primeiro contato com indígenas. Isso, segundo os pesquisadores, teria ocorrido na praia de Zumbi, na cidade de Rio do Fogo.

No dia seguinte, 23 de abril, os navios foram forçados a navegar por causa de ventanias e chuvas em direção ao norte “para ver se achávamos alguma abrigada e bom pouso, onde nos demorássemos”. Cerca de dez léguas depois (48 km), diz o escrivão, outro desembarque teria ocorrido. Para os físicos, este outro local seria a região de mar da praia do Marco, no limite de São Miguel do Gostoso com Pedra Grande.

Chesman afirmou que um dos aspectos atestados pela pesquisa, e que podem servir para outras investigações, é a contribuição que a física pode ter para outras áreas, incluindo a história. A seu ver, a prova disso é a publicação por um periódico de prestígio. “A ciência é interdisciplinar. O que fizemos foi usar a física para analisar fatos históricos e há uma contribuição nisso. Se uma revista como a Journal of Navigation aceita publicar, é porque é relevante.”

Ana Hutz, da PUC São Paulo, afirma que a história é uma disciplina ligada à memória de um povo e uma nação e que, portanto, precisa estar sempre aberta aos debates em torno de fatos históricos.

Gesueli, da PUC Campinas, acrescenta que, independentemente de mudar ou não a interpretação da chegada dos portugueses ao Brasil, a pesquisa contribui para que haja uma maior interdisciplinaridade entre a história e outras áreas, sobretudo das exatas. “Isso abre novas janelas”, afirmou ela. “Mas, para que isso tenha solidez, ele precisa estar um pouco mais próximo da metodologia de historiadores. Mas em que medida, e aqui eu faço uma mea-culpa, nós também não nos aproximamos e não olharmos para essa perspectiva?”

Folha de S. Paulo

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Jornalismo

Carlos posta foto chorando e diz que Bolsonaro sofre “atropelo da lei”

Foto: Reprodução

Carlos Bolsonaro (PL-RJ) publicou nesta 2ª feira (24.nov.2025), em seu perfil no X, uma foto chorando e uma mensagem em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso desde sábado (22.nov). O vereador afirmou que o pai foi “estraçalhado ao atropelo da lei” e comparou a situação do ex-chefe do Executivo a “injustiças históricas”.

O filho do ex-presidente defendeu que Bolsonaro “sempre atuou dentro da Constituição” e que tem sido alvo de “ódio” e “perversidade”. Declarou, ainda, confiar que “a verdade não permanecerá soterrada”.

A manifestação ocorre 2 dias depois de o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar a prisão preventiva de Bolsonaro. A decisão foi motivada pela tentativa do ex-presidente de violar a tornozeleira eletrônica às 0h08 de sábado (22.nov), o que, segundo Moraes, indica risco de fuga. Ele está detido na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Brasília e passou por audiência de custódia no domingo (23.nov).

Poder360

Opinião dos leitores

  1. Boa, mandou até foto, agora tem q mandar audio tbm.
    O pai foi preso por culpa dos filhos, flavio fez o pai fzr acordos por sua liberdade, carlos instigou a loucura bolsonarista e o eduardo foi pros eua esticar a corda e ajudar o pt.

  2. chega de teatro e mimimi… ele fez e a conta chegou… agora seja homem e pague….não tô com pena nenhuma. Não sou coveiro…

  3. DEVE TER SIDO FEITO POR UM ALIENÍGENA, QUE TENTOU ROMPER A SUA TORNOZELEIRA KKKKKK

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Judiciário

STF tem maioria para manter prisão preventiva de Bolsonaro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta segunda-feira (24) para manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam o entendimento de Moraes. Bolsonaro está preso desde sábado (22) e ocupa uma sala da Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

A prisão está sendo analisada no plenário virtual da Primeira Turma do Supremo, quando os ministros inserem os votos no sistema eletrônico da Corte, sem a necessidade de uma sessão presencial.

A maioria do colegiado confirmou a decisão de Moraes, relator do caso, que converteu a prisão domiciliar de Bolsonaro em preventiva no sábado (22), após o ex-presidente tentar violar a tornozeleira eletrônica horas depois do filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília religiosa na frente da casa onde ele estava detido.

G1

Opinião dos leitores

  1. Sempre o mesmo resultado, sempre a mesma sequência de votos.
    Os ministros do STF são uma vergonha!

  2. Vindo dessa turma não dava para esperar outra coisa, com certeza será unânime, essa é a turma horror

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Brasil

Moraes diz que Bolsonaro violou tornozeleira de forma dolosa e consciente

Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta segunda-feira (24) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) violou a tornozeleira eletrônica de forma “dolosa e consciente”. 

Segundo o Moraes, Bolsonaro é “reiterante” no descumprimento das medidas cautelares impostas e ampliou essas violações na última sexta-feira (21), quando tentou abrir a tornozeleira com ferro de solda. 

A declaração consta no voto do ministro em julgamento para referendar a decisão da prisão e confronta a versão apresentada pela defesa do ex-presidente, que alegou “confusão mental” causada pelo uso de medicamentos.

Em manifestação entregue ao Supremo na tarde de domingo, os advogados mencionam uma interação indevida entre os remédios usados para tratar as crises soluço do ex-presidente, condição que se agravou após as cirurgias decorrentes da facada de 2018.

Segundo a defesa, uma médica que não compõe a equipe principal que atende o ex-presidente prescreveu um novo medicamento que, combinado aos que ele já tomava, pode causar alucinações, desorientação e alterações cognitivas, conforme boletim médico anexado.

Na audiência de custódia, Bolsonaro disse ter acreditado que havia uma “escuta” instalada na tornozeleira e tentou abrir apenas a tampa do dispositivo, e não removê-lo. A defesa sustenta que o vídeo entregue pela Seape (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) confirma a fala arrastada e confusa do ex-presidente e indica um comportamento “ilógico”, incompatível com tentativa de fuga.

Nesta segunda, os ministros da Primeira Turma analisam a decisão de Moraes e votam se concordam em manter Bolsonaro em prisão preventiva. Até o momento, somente Flávio Dino acompanhou Moraes. O placar está 2×0.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Se o genocida tivesse falado comigo, teria arranjado uma maquita pra ele. kkkkkk chora gadaiada!!!

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Política

São Gonçalo do Amarante se destaca no Ranking de Competitividade dos Municípios 2025 com 3º lugar no Nordeste e 2º lugar no RN em Qualidade da Saúde

Fotos: Reprodução 

São Gonçalo do Amarante alcançou uma das melhores posições de sua história no Ranking de Competitividade dos Municípios 2025, consolidando-se como referência regional em políticas públicas de saúde. O município conquistou o 2º lugar no Rio Grande do Norte e o 3º lugar no Nordeste no pilar Qualidade da Saúde, resultado que reforça o avanço dos indicadores e a efetividade das ações implementadas na gestão do prefeito Jaime Calado.

O levantamento, elaborado anualmente pelo Centro de Liderança Pública (CLP), analisa 418 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes, avaliando o desempenho em diversos pilares relacionados à competitividade, bem-estar social e gestão pública.

*Reconhecimento regional e evolução em relação ao ano anterior*

No recorte regional, o município aparece em 3º lugar no Nordeste, avançando nove posições em relação a 2024. Esse salto reflete o impacto das ações estruturantes na atenção primária, programas de vigilância em saúde, ampliação dos serviços e melhoria da gestão no setor.

Além disso, São Gonçalo também apresentou evolução no pilar Acesso à Saúde, ocupando agora o 50º lugar no ranking regional — uma melhora de 15 posições — contribuindo para o fortalecimento do indicador geral de competitividade.

Os resultados posicionam São Gonçalo do Amarante entre os municípios mais eficientes do Nordeste na condução de políticas voltadas à saúde da população, demonstrando que o desempenho não se restringe à oferta de serviços, mas também à qualidade do atendimento prestado.

Opinião dos leitores

  1. Será que preservara essa posição sem a competente Terezinha Rego na Secretaria de Saúde? Acho difícil…

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Geral

Realize o seu sonho de viver em Tabatinga

 

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Saúde

Após alegar confusão mental, Bolsonaro está clinicamente estável, diz boletim

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro está clinicamente estável e passou as últimas horas sem intercorrências na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, segundo boletim médico divulgado no domingo (24).

O documento foi assinado pelos médicos do ex-presidente, que visitaram Bolsonaro na prisão. Ele está detido desde as primeiras horas da manhã de sábado, após a Polícia Federal apontar risco de fuga, violação da tornozeleira eletrônica e tentativa de usar aglomeração de apoiadores  para dificultar a fiscalização das medidas cautelares.

De acordo com a equipe médica, Bolsonaro relatou ter apresentado, na noite da última sexta-feira (22), um episódio de confusão mental e alucinações. Os médicos afirmam que o quadro pode ter sido provocado por medicamentos prescritos por outro profissional da equipe.

O próprio Bolsonaro alegou, em audiência de custódia, confusão mental e alucinação, o que o teria levado a avariar, com um equipamento de solda, a tornozeleira eletrônica que usava em sua prisão domiciliar.

O remédio foi suspenso imediatamente e, por enquanto, Bolsonaro não apresenta sintomas residuais.

Band News

Opinião dos leitores

  1. Ele não está bem, tá bem doidão e tem mesmo que ser internado num manicômio judiciário…

  2. confusão mental o caramba…. isso foi mais uma das mentiras que os Bolsonaros usaram para se privilegiar…. estória para enganar trouxas…

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Mundo

Morre Udo Kier, ator de “Bacurau” e referência do cinema mundial

Foto: Divulgação

O ator alemão Udo Kier, um dos nomes mais singulares e prolíficos do cinema internacional, morreu neste domingo (23), aos 81 anos. A informação foi confirmada à revista Variety pelo artista visual Delbert McBride, seu companheiro. A causa da morte não foi divulgada. Com mais de seis décadas de carreira e mais de 200 trabalhos no currículo, Kier consolidou-se como um ícone das telas, especialmente em obras de terror e produções experimentais.

Ao longo da trajetória, o ator colaborou com alguns dos maiores cineastas do mundo, incluindo Andy Warhol, Lars von Trier e Werner Herzog. No Brasil, ganhou ainda mais notoriedade ao participar de dois filmes de Kleber Mendonça Filho: Bacurau (2019), em que interpretou o vilão Michael, e O Agente Secreto (2025), no papel de Hans. Sua presença em Bacurau foi elogiada pela crítica e ajudou a alçar o longa ao Prêmio do Júri no Festival de Cannes.

Kier também conquistou gerações de fãs por papéis marcantes, como sua interpretação de Drácula em Sangue Para Drácula (1974), dirigido por Paul Morrissey, e por participações em projetos de grande repercussão, como Ninfomaníaca (2013), de Lars von Trier. O ator transitava com naturalidade entre o cinema autoral, o terror clássico e a cultura pop.

Além das telas, deixou marca no universo dos videogames, dando voz ao personagem Yuri na franquia Command & Conquer: Red Alert e participando de produções como OD Knock, de Hideo Kojima. Após a notícia de sua morte, perfis oficiais e colegas de trabalho manifestaram pesar e celebraram o legado do artista.

Com informações da CNN

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