Política

Conheça a história do primeiro deputado cego do Congresso

No primeiro discurso, o deputado Felipe Rigoni foi ouvido e depois aplaudido pelos colegas. Foto: Alexsandro Loyola/Câmara dos Deputados

Felipe Rigoni ficou cego aos 15 anos de idade. Nos anos seguintes, reaprendeu a viver. Descobriu que para sobreviver, teria que enxergar com os olhos dos outros. Aprendeu braile, mas prefere áudio. Sabe andar de bengala, mas não gosta. Não conseguiu se adaptar a um cão-guia. Diz que é um “cego ruim”.

“E como eu fiz? Pedindo ajuda. Para as pessoas. Pra gente. Igual a papagaio. De ombro em ombro. Eu ia pedindo ajuda e elas iam me ajudando. E isso me permitiu me aproximar mais das pessoas. E aprender muito”.

De fato, no nosso encontro, o deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), o primeiro cego a chegar ao parlamento brasileiro, mostrou desenvoltura ao circular pelos corredores da Câmara dos Deputados apoiado no ombro de sua chefe de gabinete Ingrid.

Bem articulado, Felipe anda rápido, e chega a ser difícil acompanhar o seu ritmo. Tem tanta facilidade de interagir, que olha nos olhos do interlocutor. Conversou com o R7 em movimento, do gabinete no anexo IV até o estacionamento, no carro indo para o Aeroporto e no saguão, do balcão da companhia aérea até o portão de embarque, onde embarcaria para Vitória (ES).

Na véspera da nossa conversa, na quarta-feira (20), o parlamentar de 27 anos fez o seu primeiro discurso na tribuna do plenário. Calou os presentes com a sua história e com o que pensa da política. Contou que o seu ponto de virada após ter ficado cego foi uma conversa com o pai, que disse que ele tinha uma escolha. “Eu não entendi inicialmente. Como eu tinha escolha, se eu estava ficando cego? Mas depois consegui perceber que eu tinha uma escolha, que era a escolha da atitude. E foi isso que norteou esse processo. Sempre quando tenho um dilema da vida para resolver me vem esse momento”.

O processo a que Felipe se refere foi o caminho que trilhou até a política. Antes de ser eleito deputado federal, ele se formou em Engenharia da Produção na Universidade Federal de Ouro Preto como um dos destaques da turma. Se tornou líder nacional do movimento Empresa Júnior, participou da fundação Acredito, movimento suprapartidário de renovação política, fez mestrado em políticas públicas em Oxford e foi bolsista do programa RenovaBR.

Todo o sucesso, segundo ele, só foi possível por ter aprendido a se cercar de pessoas: “Todos os objetivos que eu alcancei, apesar de estar sempre à frente, sempre tinha uma galera comigo. Inegável. Como na minha campanha. Além de equipe sensacional, eram 3.000 voluntários. Meu mestrado, se eu não tivesse gente me ajudando, não teria feito”.

O apoio começou em casa.

“Meus pais são os grandes responsáveis por esse tipo de atitude que eu tenho porque eles nunca me esconderam. Que é comum para pais de deficientes. Meus pais me mandavam com os meus amigos pra show, aos 16 anos de idade, logo depois de eu ter ficado cego. Me incentivaram a ir para Ouro Preto, mais longe deles. Isso foi fundamental”.

No Congresso Nacional, vinte dias depois do início do ano legislativo, o deputado, apesar de iniciante, apresentou quatro propostas legislativas, e irá integrar duas comissões: a de Finanças e Tributação e Educação e Ciência e Tecnologia. É vice-líder do seu partido.

“A minha expectativa era que eu estaria patinando mais do que estou. É lógico que é muito complexo. Me orgulho de que até agora eu sempre soube o que estava acontecendo, influenciando o voto de outros parlamentares, discutindo e sendo influenciado também. Mas é muito fácil se perder. Até com dois ou três assessores do seu lado, prestando mais atenção do que você, inclusive”.

Para conseguir dar conta do trabalho legislativo, Felipe estuda os assuntos e discute com assessores e consultores externos, especialistas, muitas vezes voluntários.

“Fiz algumas emendas à MP da criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Foi o Instituto de Tecnologia e Sociedade, capitaneado pelo Ronaldo Lemos, que dá aulas em Columbia, que me ajudou. Há muita gente disposta em ajudar”.

O deputado pretende conduzir o seu mandato mirando em três grandes objetivos: construir uma gestão pública eficiente e inovadora; promover a igualdade de oportunidades, especialmente através da educação básica; e com desenvolvimento socioeconômico (saúde financeira das pessoas, governo e empresas, infraestrutura e ciência e tecnologia).

No seu discurso da semana passada na tribuna, Felipe Rigoni defendeu alguma de suas ideias políticas, como a de não votar em projetos simplesmente para marcar posição política, ou com a base do “toma lá, dá cá”.

“O toma lá, dá cá não vai terminar agora porque o sistema é desenhado para estimular isso. Mas você tem uma série de parlamentares que não trabalharam nessa configuração, não usam o toma lá, dá cá, não se submetem a ele. Mas não é só o toma lá, dá cá que é o problema. Nesta manhã estavam sendo votados cinco acordos internacionais que o Brasil fez, e coisas consensuais. E o que estava acontecendo? PT e Psol estavam obstruindo só para mostrar que eles conseguem. Se fosse uma discordância com a matéria, ok. Quando você discorda e sabe que vai perder, obstrui, é uma estratégia. Mas fazer isso quando você concorda com a matéria? Isso eles fizeram nessa semana e na passada. E o PSL também tem feito isso. Sou contrário. Porque não estamos ali para marcar posição política. Estamos ali para votar. O que Congresso produz? Decisões. Se não produz decisões, produz confusões. Ou a gente começa a produzir decisões de fato, ou fica isso. Laranja para baixo e para cima”.

No dia da entrevista, o deputado já tinha participado de um encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para apresentar a frente parlamentar do fim do foro privilegiado e colocar o grupo à disposição na tramitação do projeto anticrime do ministro Sérgio Moro.

Ao chegarmos ao Aeroporto, encerramos a nossa conversa. Mas acompanhei o deputado e sua chefe de gabinete ao balcão de embarque da companhia. Pelo horário, a companhia não disponibilizou um acompanhante para Felipe ir até o portão de embarque. O jeito foi pedir ajuda. Na entrada do embarque, por acaso, estava um colega de parlamento. O deputado Felipe Rigoni colocou as mãos no ombro do senador Alessandro Vieira (PPS-SE) e embarcou rumo a Vitória.

Coluna do Fraga – R7

 

Opinião dos leitores

  1. "E o que estava acontecendo? PT e Psol estavam obstruindo só para mostrar que eles conseguem. Se fosse uma discordância com a matéria, ok. Quando você discorda e sabe que vai perder, obstrui, é uma estratégia. Mas fazer isso quando você concorda com a matéria? Isso eles fizeram nessa semana e na passada".
    Atenção eleitores do PT/PSOL…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Acidente

Trabalhador tem mola retirada da cabeça por bombeiros na Grande Natal

Foto: Divulgação

Um trabalhador que teve uma mola de máquina de desentupimento presa ao rosto durante serviço em Parnamirim, Região Metropolitana de Natal, foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) na tarde de quarta-feira (3).

De acordo com o CBMRN, a guarnição de resgate foi chamada para prestar apoio à equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SAMU, que já se encontrava no local realizando o atendimento. Ao chegarem à cena, os bombeiros constataram que a vítima estava consciente e estável, porém com o equipamento fixada em seu rosto, o que dificultava o deslocamento seguro até a unidade hospitalar.

Diante da situação, os militares utilizaram uma micro retífica da Unidade de Resgate (UR) para realizar o corte preciso do material, garantindo a liberação da vítima sem causar novos ferimentos.

Após o procedimento, a vítima permaneceu sob os cuidados do SAMU e foi encaminhada para avaliação médica especializada.

O Corpo de Bombeiros reforça que, em situações que envolvem riscos à integridade física, objetos presos ao corpo ou necessidade de ferramentas específicas para resgate seguro, é fundamental acionar a corporação por meio do 193. A atuação técnica adequada evita agravamento de lesões e garante que o atendimento siga todos os protocolos de segurança.

Novo Notícias

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Organizações de caminhoneiros contestam ato pró-Bolsonaro

Foto: Reprodução

Organizações de caminhoneiros declararam que não reconhecem a mobilização nacional anunciada para esta 5ª feira (4.dez.2025). O movimento foi divulgado na 3ª feira (2.dez) pelo desembargador aposentado Sebastião Coelho e por Chicão Caminhoneiro, apresentado como representante da UBC (União Brasileira dos Caminhoneiros).

A dupla defende paralisação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado e preso desde 22 de novembro. O anúncio do protesto dos caminhoneiros foi feito durante transmissão publicada nas redes sociais.

A Fetrabens (Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo) afirmou que não participa, não convoca e não tem qualquer deliberação institucional relacionada ao ato.

Em nota, declarou ter conhecimento de manifestações individuais e espontâneas de transportadores autônomos, mas reforçou que não são organizadas, apoiadas ou estimuladas pela entidade. Disse ainda que decisões coletivas passam por comunicação formal — o que, segundo a federação, não ocorreu neste caso.

Em outro comunicado, a federação contestou a representatividade da UBC. Segundo a federação, a chamada União Brasileira dos Caminhoneiros “não possui legitimidade para falar em nome dos caminhoneiros brasileiros”, por não ter CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), representatividade formal nem integrar o sistema sindical.

A Fetrabens classificou como “preocupante” a tentativa de mobilizar a categoria com objetivos de natureza política e afirmou repudiar ações que coloquem em risco a estabilidade nacional. Também informou que adotará medidas policiais e judiciais caso haja prejuízos à imagem da categoria.

A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) divulgou posicionamento semelhante. A confederação afirmou não compactuar com movimentos de manipulação política e declarou que nenhuma de suas filiadas participou de reuniões para organizar paralisação de transportadores autônomos ou de motoristas profissionais empregados para o dia.

Disse que não reconhece como legítimo qualquer material que a cite como apoiadora, participante ou incentivadora do movimento.

A CNTTL defendeu o diálogo institucional como meio para tratar aposentadoria especial, jornada de trabalho e piso mínimo de frete.

A paralisação convocada pela UBC tem como uma das reivindicações a anistia para Bolsonaro e pessoas envolvidas na invasão dos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Poder360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Lulinha tinha mesada de R$ 300 mil do “Careca do INSS”, diz testemunha

Foto: Reprodução

O empresário Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, teria recebido uma mesada de cerca de R$ 300 mil de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”.

A afirmação consta do depoimento de uma pessoa ouvida pela Polícia Federal e que chegou à CPMI do INSS no Congresso Nacional. A ação foi feita por Edson Claro, um ex-empregado de Antunes que diz estar sendo perseguido por ele.

Segundo Edson Claro, o “Careca do INSS” fez um pagamento de R$ 25 milhões para Fábio Luís e pagava também uma “mesada” de cerca de R$ 300 mil. O depoimento não detalha em qual moeda foi feito esse pagamento de R$ 25 milhões.

A afirmação consta do depoimento de uma pessoa ouvida pela Polícia Federal e que chegou à CPMI do INSS no Congresso Nacional. A ação foi feita por Edson Claro, um ex-empregado de Antunes que diz estar sendo perseguido por ele.

Segundo Edson Claro, o “Careca do INSS” fez um pagamento de R$ 25 milhões para Fábio Luís e pagava também uma “mesada” de cerca de R$ 300 mil. O depoimento não detalha em qual moeda foi feito esse pagamento de R$ 25 milhões.

Como mostrou a coluna, o filho mais velho de Lula mudou-se para Madri, na Espanha, em meados deste ano, e só tem planos de voltar após o fim do mandato atual do pai.

Anteriormente, a CPMI havia tentado convocar Edson Claro para depor, mas a convocação foi derrubada pela tropa de choque governista.

Metrópoles

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Acidente

VÍDEO: Homem morre após ser atingido por barra de supino em academia

Um homem morreu após ser atingido por uma barra de ferro enquanto executava o exercício de supino em uma academia de Olinda, Grande Recife. O acidente aconteceu na última segunda-feira (1).

Na imagem registrada pelas câmeras de segurança, é possível ver Ronald José Salvador, de 55 anos, se exercitando, quando a barra escorrega de sua mão e cai sobre seu tórax.

O homem consegue se levantar, mas logo em seguida cai no chão, sendo socorrido por funcionários e membros da academia. Veja abaixo:

Em nota, a RW Academia — local do ocorrido — informou que toda a equipe prestou atendimento imediato ao aluno, que foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu e morreu nessa terça-feira (2).

“Transmitimos aos seus familiares e amigos nossas mais sinceras condolências, desejando força e conforto neste momento de dor incomensurável. Ronald José Salvador sempre será lembrado com respeito e carinho por todos que fizeram parte de sua trajetória em nossa comunidade”, lamentaram nas redes sociais.

O velório de Ronald acontece nesta quarta-feira (3) e o sepultamento no cemitério Morada da Paz – Paulista (PE).

Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como morte acidental na terça-feira (2), pela Delegacia de Rio Doce. As investigações seguem em andamento.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

VÍDEO: Briga de torcidas é registrada na madrugada de hoje na ZN

 

View this post on Instagram

 

A post shared by ZN NEWS (@znnewss)

Vídeo: Reprodução/ZN News

Um vídeo que circula nas redes sociais registra um confronto de torcidas, na madrugada de desta quinta-feira (4), às 00:30 no conjunto Santarém – próximo ao Nélio Dias.

Membros da máfia vermelha sofreram emboscada da Gang alvinegra a caminho de um jogo de futsal no ginásio Nélio Dias.

ZN News

Opinião dos leitores

  1. Isto posto, esse problema só irá ser resolvido quando esses meliante começarem a puxar cadeia.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Justiça anula efeitos da condenação e Alexandre Frota deve recuperar mandato de vereador

Foto: Divulgação/Câmara de Cotia

A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) decidiu, nesta terça-feira (2), extinguir a punibilidade de Alexandre Frota (PDT) após reconhecer a prescrição da pena imposta ao ex-vereador por injúria e difamação contra o ex-deputado Jean Wyllys. Com a decisão, os efeitos da condenação deixam de valer e o político deve reaver o mandato perdido na Câmara Municipal de Cotia (SP).

Frota havia sido condenado a dois anos e 26 dias de detenção, em regime aberto, além do pagamento de 175 dias-multa. O processo transitou em julgado neste ano, o que levou à perda do mandato com base na Lei da Ficha Limpa. No entanto, o TRF-3 entendeu que a pena prescreveu antes de começar a ser cumprida, tornando a condenação sem efeito prático.

Segundo o advogado Anthero Junior, responsável pela defesa, a decisão corrige uma injustiça. Ele afirmou que já irá comunicar a Justiça Eleitoral sobre o entendimento do tribunal federal e que o retorno de Frota ao cargo é esperado. “Vai retornar [o mandato]”, declarou.

A condenação havia sido imposta pela 2ª Vara Federal de Osasco em 2018. Após recursos negados nas instâncias superiores, a sentença foi confirmada pelo STJ em maio de 2025. O TRF-3 considerou que mais de três anos haviam se passado entre o acórdão condenatório, de junho de 2021, e o julgamento final no STJ — ultrapassando o prazo prescricional previsto em lei.

Diante disso, o colegiado da 5ª Turma concedeu o habeas corpus por unanimidade, encerrando o processo e abrindo caminho para o retorno de Alexandre Frota ao mandato.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Prefeitura de Angicos se pronuncia após episódios de conflitos de facções que paralisaram a cidade

Foto: Reprodução

A onda de violência registrada nos últimos dias em Angicos provocou novos desdobramentos. Após uma série de incidentes e ameaças que levaram moradores a recolherem-se mais cedo e comerciantes a fecharem as portas, a Prefeitura Municipal divulgou uma nota oficial confirmando que as aulas da Rede Municipal de Ensino serão mantidas normalmente nesta quinta-feira (4). A decisão foi tomada após uma reunião emergencial envolvendo autoridades municipais, estaduais, acadêmicas e forças de segurança.

O encontro ocorreu entre o prefeito Miguel Pinheiro Neto, a secretária municipal de Educação Maria Tereza Baracho, a secretária de Estado da Educação Socorro Batista, o diretor da UFERSA – Campus Angicos, professor Samuel Azevedo, e o coronel PM Alarico José Pessoa de Azevedo Júnior. Segundo a Prefeitura, ficou garantido o reforço do policiamento nos próximos dias, assegurando condições para a continuidade das atividades escolares.

Confira a nota:

A Prefeitura Municipal de Angicos vem a público informar que, após reunião conjunta realizada na noite desta quarta-feira, 03 de dezembro de 2025, entre o Prefeito Miguel Pinheiro Neto, a Secretária Municipal de Educação Maria Tereza Baracho, a Secretária de Estado da Educação Socorro Batista, o Diretor da UFERSA – Campus Angicos professor Samuel Azevedo e o Coronel PM Alarico José Pessoa de Azevedo Júnior, ficou deliberado que as atividades escolares da Rede Municipal de Ensino ocorrerão normalmente no dia 04 de dezembro de 2025.

Durante a reunião, o Coronel Alarico assegurou o reforço do efetivo policial, garantindo ordem, tranquilidade e respeito em todo o município nos próximos dias. Diante desse cenário, a gestão municipal reafirma que não há recomendação para suspensão das aulas, assegurando condições adequadas de funcionamento das escolas.

A Prefeitura reforça seu compromisso com a segurança da população e orienta que estudantes, famílias e profissionais da educação mantenham sua rotina escolar, acompanhando as informações oficiais divulgadas pelos canais da gestão municipal.

Angicos, 03 de dezembro de 2025

Miguel Pinheiro Neto
Prefeito de Angicos/RN

A manifestação ocorre após uma sequência de episódios de violência que alteraram a rotina da cidade nos últimos dias. Moradores relataram ruas vazias, fechamento antecipado de comércios e sensação de insegurança crescente. A UFERSA Campus Angicos, por precaução, chegou a suspender suas atividades administrativas durante a noite dessa quarta-feira (3).

O clima de instabilidade levou ainda ao adiamento do evento “Natal Solidário Antecipado”, que aconteceria no sábado (6). A organização informou que os ingressos seguem válidos para a nova data, que será divulgada em breve.

Opinião dos leitores

  1. Se pra haver segurança depender de Alarico e Araújo, a população de Angicos já pode procurar outra cidade pra morar, o problema é que todo o Rio Grande do Norte tá faccionado.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Joesley Batista faz visita secreta a Maduro para tentar negociar saída do líder venezuelano

Foto: André Coelho/Bloomberg

O empresário Joesley Batista, um dos fundadores da JBS, esteve em Caracas no fim de novembro para tentar convencer Nicolás Maduro a deixar o poder, em meio ao aumento da tensão entre o regime venezuelano e o governo Donald Trump. A reunião, realizada no dia 23, ocorreu dias após Trump telefonar a Maduro pedindo sua renúncia — movimento que reacendeu a expectativa de uma transição política no país.

Segundo fontes familiarizadas com as tratativas, Joesley atuou por conta própria, mas com conhecimento prévio de integrantes do governo americano, que viam na ação uma possibilidade de reforçar a mensagem enviada por Washington. Em nota, porém, a J&F, holding da família Batista, afirmou que o empresário “não é representante de nenhum governo”. Nem o regime venezuelano nem a Casa Branca comentaram a visita.

A iniciativa aconteceu enquanto os EUA intensificam a pressão sobre Maduro, após meses de operações militares contra embarcações acusadas de integrar rotas do narcotráfico. Trump afirmou recentemente que ataques terrestres podem ocorrer “muito em breve”, elevando o risco de escalada. Nesse cenário, Joesley se junta a outros interlocutores — como enviados americanos, diplomatas do Catar e investidores do setor de petróleo — que buscam evitar um confronto direto e discutem possíveis termos para uma saída negociada.

Joesley mantém relações antigas tanto com Washington quanto com Caracas. A JBS já firmou contratos bilionários com o governo venezuelano e ampliou sua presença nos EUA, onde a empresa é uma das maiores do setor de carnes. A aproximação o colocou em posição estratégica para atuar como ponte entre os dois lados. A viagem acabou coincidindo ainda com um novo endurecimento da política americana: no dia seguinte, os EUA classificaram o Cartel de los Soles — supostamente ligado a Maduro — como organização terrorista, ampliando a pressão internacional sobre o regime.

Com informações do InfoMoney

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: ‘É uma PEC da Blindagem particular do Supremo’, diz jornalista da GloboNews sobre Gilmar Mendes restringir à PGR pedidos de impeachment contra ministros

 

View this post on Instagram

 

A post shared by GloboNews (@globonews)

Vídeo: Reprodução/GloboNews

O comentarista Thomas Traumann afirmou, nesta quarta-feira (3), que a decisão do ministro Gilmar Mendes de restringir exclusivamente à Procuradoria-Geral da República (PGR) a apresentação de pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal funciona, na prática, como uma “PEC da blindagem particular do Supremo”. Antes, qualquer cidadão podia protocolar denúncias no Senado.

Durante participação no Estúdio i, Traumann destacou que o impacto da medida ultrapassa a esfera jurídica e entra diretamente no campo eleitoral. Segundo ele, a decisão tende a fortalecer o discurso de setores que criticam o Supremo, especialmente grupos alinhados ao bolsonarismo, que acusam a Corte de se colocar “acima de tudo” e concentrar poderes.

Para o analista, a consequência política será imediata: a decisão deve impulsionar candidaturas ao Senado em 2026 que defendem a possibilidade de impeachment de ministros do STF. “Gilmar Mendes ajudou a eleição de dezenas de senadores que querem o impeachment”, afirmou.

Traumann também ressaltou que o Supremo brasileiro jamais levou adiante um processo de impeachment contra um ministro, apesar das discussões recorrentes. Para ele, ao limitar quem pode apresentar denúncias, a Corte reforça a percepção de que reduz uma das poucas ferramentas de controle existentes, o que deve transformar o tema em um dos principais motes das próximas eleições para o Senado.

Com informações da GloboNews

Opinião dos leitores

  1. A decisão de Gilmar é constitucional e se dá porque as cadelas do fascismo continuam no cio.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

[VÍDEO] Waack: Agora nem mais o Senado mexe com o Supremo

 

View this post on Instagram

 

A post shared by CNN Política (@cnnpolitica)

Vídeo: CNN Brasil

O jornalista William Waack avaliou que a decisão monocrática de Gilmar Mendes — que restringe ao procurador-geral da República a prerrogativa de pedir impeachment de ministros do STF — representa um esvaziamento direto do poder do Senado. Antes, bastava maioria simples para avançar com um processo; agora, serão necessários dois terços dos senadores, na prática blindando a Corte de eventuais ofensivas do Legislativo.

Segundo Waack, o movimento é uma resposta ao temor do STF diante de uma possível vitória da centro-direita nas eleições de 2026, o que ampliaria a presença de oposicionistas no Congresso. Esse grupo tem como objetivo declarado derrubar ministros, sobretudo Alexandre de Moraes. O gesto do Supremo, porém, gera forte reação no Parlamento, que vê na mudança uma intervenção direta em suas prerrogativas.

O comentarista afirma que o conflito entre os Poderes atingiu um nível inédito. De um lado, o Supremo enxerga no Congresso tentativas de capturar o Estado e barrar investigações sob o pretexto de disputas políticas. De outro, parlamentares — muito além da base bolsonarista — acusam o STF de agir politicamente, favorecer o Executivo e perseguir críticos com medidas excepcionais.

Para Waack, a relação entre STF e Congresso entrou em um ciclo de enfrentamento permanente, sem horizonte de normalização. O cenário é de instabilidade institucional crescente e disputas de poder cada vez mais explícitas, o que, segundo ele, pode levar o país a um desfecho marcado por uma grande crise.

Com informações da CNN

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *