Cultura

Crise da Rouanet gera ‘ameaça de apagão cultural’, diz ministro

Marcelo-CaleroFOTO: ANDRE COELHO / Agência O Globo

Desde que Marcelo Calero assumiu o ministério da Cultura (MinC), em 24 de maio, a pasta não sai do noticiário político. O ex-secretário de Cultura do Rio exonerou 81 funcionários que ocupavam cargos comissionados, disse que estava “desaparelhando” o MinC, trocou acusações com a gestão anterior, viu equipamentos culturais ocupados por manifestantes — e ordenou a reintegração de posse deles. Enquanto isso, anunciou o pagamento de dívidas, lançou um programa para valorizar o funcionário público, criou novas secretarias, mudando a estrutura da pasta, e saiu em defesa da Lei Rouanet, alvo de recentes denúncias de irregularidades e de uma CPI criada pela Câmara dos Deputados. Calero diz que a CPI não interessa ao ministério nem ao governo e conta que já falou aos deputados sobre sua preocupação em relação ao que chama de “demonização” do principal meio de fomento à produção cultural no país:

— O que me preocupa é que hoje as empresas que usam a lei já estão combalidas com a crise econômica. Então, naturalmente já estariam mais ausentes do mecanismo. E muitas delas nem poderão usar a Rouanet porque suas regras de compliance proíbem que elas se valham de mecanismos sob escrutínio legal. Já externei isso aos deputados. (Com a crise da Rouanet), temo que a gente tenha um apagão cultural no ano que vem. E isso é muito grave.

Na quarta-feira, horas após o impeachment de Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer na presidência, e na véspera de completar 100 dias no governo, Calero concedeu a seguinte entrevista em seu gabinete. E comentou polêmicas.

Em artigo no GLOBO, o senhor escreveu que ia apresentar ao presidente o programa Brasil é Cultura, com 15 linhas pragmáticas. O que é esse projeto? Já foi apresentado?

Já. É um plano com todas as linhas de ação do ministério, iniciativas, prazos. Agora estamos traduzindo isso em números concretos à luz do orçamento, enviado ao Congresso. Não posso anunciar todas, mas uma dessas iniciativas é o projeto Bibliotecas do Amanhã, que começou no Rio, e no plano federal terá três pilares: reformas físicas de bibliotecas públicas, aliadas a novos projetos educativos; um novo mecanismo de auxílio a bibliotecas comunitárias; e criação de bibliotecas no programa Minha Casa, Minha Vida, em parceria com os ministérios das Cidades e da Educação. Também temos o Ações Locais, iniciado no Rio, antes da minha gestão, que vamos tornar nacional, investindo em iniciativas culturais importantes, mas que não estejam atreladas a uma instituição ou a um grupo formalmente constituído. A ideia é reduzir a burocracia, aumentar a capilaridade e estimular, por exemplo, ações culturais em periferias do país. Também criamos a Secretaria de Infraestrutura Cultural, porque uma das maiores demandas que a gente tem é de infraestrutura mesmo: teatros, centros culturais e museus, por exemplo, que precisam de reformas e equipamentos. Um teatro bem equipado não é só um lugar de fruição, mas também de fomento à produção local, estimulando a criação e produção. Mas não vamos financiar novas construções, para isso há o programa dos Centros de Artes e Esportes Unificados (CEUs), que a gente vai manter, só estamos estudando a meta para 2017.

O que acha do projeto Procultura, que está no Senado, e chegou a ser apontado como alternativa à Rouanet?

A gente tem que ter bastante parcimônia ao analisar esse projeto. Já conversei muito com o senador Roberto Rocha (PSB-MA), relator do Procultura. E estou ouvindo mais opiniões. O projeto traz inovações importantes, mas não desqualifica a Lei Rouanet.

Sobre a Rouanet, existe um projeto concreto de reforma?

Ainda não. Tenho no horizonte algo em torno de seis meses. Estamos ouvindo vários lados antes de dizer qual é o nosso entendimento. Mas uma das coisas que me parecem muito importantes é permitir que empresas de lucro presumido possam usar a lei. Também pensamos em atrair pessoas físicas e em trabalhar mais com mecanismos como o endowment (espécie de doação muito comum nos Estados Unidos). Há muitas propostas em discussão, inclusive para fomentar produções independentes, artistas cooperativados. Deles depende a manutenção da vanguarda estética e artística.

Com toda a crise, de onde sairá dinheiro para antigos e novos projetos do MinC?

Chegamos aqui com R$ 1 bilhão inscrito em restos a pagar. Recebemos um aporte de R$ 237 milhões do presidente. E estamos renegociando dívidas à medida que formos pagando. Hoje a dívida está em torno de R$ 400 milhões. Trabalhamos para reduzir outras despesas e crescer o orçamento do ministério em 2017. Fomos autorizados a mandar proposta de R$ 733 milhões (para despesas não fixas). O que é um ganho enorme (neste ano, o valor foi de R$ 604 milhões, mas caiu para R$ 430 milhões após o contingenciamento). E vamos rever metas. A meta do Plano Nacional de Cultura, por exemplo, era chegar a 2020 com 15 mil pontos de cultura. Essa não é uma meta exequível. Deveria ser entre 6.500 e 8 mil. Queremos rever esses planos diante da nova realidade que se impôs ao país nos últimos anos.

Falando em reunião, o senhor disse que conversaria com deputados sobre a CPI da Lei Rouanet. Conseguiu?

Sim. E expressei minhas preocupações. Já disse que fico muito preocupado com a demonização da lei e com a criminalização do artista. O que me preocupa é que hoje as empresas que usam a lei já estão combalidas com a crise econômica. Então, naturalmente já estariam mais ausentes do mecanismo. E muitas delas nem poderão usar a Rouanet porque suas regras de compliance proíbem que elas se valham de mecanismos sob escrutínio legal. (Com a crise da Rouanet) temo que a gente tenha um apagão cultural no ano que vem. E isso é muito grave. O que a gente está tentando é ver se a CPI pode se circunscrever a alguns casos específicos e ter uma duração determinada. Até porque tememos que toda a estrutura do ministério fique por conta de atender a solicitações da CPI. Estamos buscando o melhor desfecho possível. Claro que o melhor era não haver CPI. Mas ela foi deferida pelo então presidente da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA). O ministério e o governo não são favoráveis à CPI, não achamos que seja o melhor fórum pra isso. Acho até que a operação Boca Livre prova que a CPI é desnecessária, porque os órgãos de controle estão funcionando.

Mas nesta semana mesmo a “Folha de S.Paulo” divulgou o caso do musical “Maysa”, que apresentou nota falsa de R$ 2,5 milhões de ar-condicionado.

O MinC já tinha alertado para o problema. Achou estranho.

Mas recebeu notas justificando o valor que eram falsas.

Quando a gente recebe esses documentos, há uma presunção de idoneidade. Depois é analisada a prestação de contas. Se você falar com os artistas, eles vão dizer que há excesso de pedidos de documentos, que eles têm dificuldade de atender. Sempre haverá momentos em que a fiscalização não terá sido bem-sucedida. É por isso que há órgãos de controle fora do ministério, há a imprensa, que também tem esse papel. E casos assim servem para a gente trabalhar no aprimoramento dos mecanismos de controle. Estamos trabalhando no fluxo de informações, na informatização do material que chega, para que tudo passe a ser eletrônico. O que me preocupa é não se levar em conta o fato de a lei hoje patrocinar mais de 3 mil projetos, e contar-se nos dedos aqueles em que se descobriu alguma irregularidade.

Quando o senhor assumiu, disse que queria diálogo, mas que os ânimos estavam acirrados para isso. E não melhoraram. Como dialogar com a classe se parte dela diz não reconhecer o governo?

Não sei se os ânimos estão mais acirrados. E eu disse que queria diálogo, mas que entendia que o momento era delicado por conta da exacerbação política. O discurso não mudou. As posições políticas às vezes continuam exacerbadas, mas é preciso entender que há um governo que foi fruto de um processo constitucional, e há um ministro da Cultura que está disposto a dialogar com quem quer que seja para a construção de políticas públicas consistentes. Mas só dialogo com quem quer dialogar.

Organizações como o GAP (Grupo de Articulação Parlamentar Pró-Música) e o Procure Saber estão apreensivas em relação à posição do MinC sobre direitos autorais. O que pensa da fiscalização sobre o Ecad, por exemplo?

Está se fazendo muita espuma para pouco chope. Entendo que eles viveram um momento mais confortável porque o diretor de Direito Intelectual (Marcos Souza, exonerado mês passado) era próximo a eles. Mas nós temos hoje no ministério dois especialistas em direito intelectual — o secretário de Economia da Cultura, Claudio Lins de Vasconcelos, e o diretor de Direito Intelectual, Rodolfo Tamanaha.

Mas vai se rediscutir fiscalização sobre o Ecad?

É claro que não. Mas a gente quer ver direitos intelectuais para além da questão de Ecad. Queremos trabalhar a cultura como um eixo estratégico de desenvolvimento. E isso perpassa questões de direito intelectual. Todos os lados serão ouvidos sempre que o diálogo se der de maneira respeitosa. Recebi mensagens que não pareceram respeitosas. E isso não permito.

O senhor disse que não pediria reintegração do Palácio Capanema, ocupado por manifestantes contrários ao governo. Depois mandou desocupar. Por que mudou de ideia?

A gente dizia que não pediria reintegração na medida em que as manifestações obedecessem o Estado democrático, o que não aconteceu. Houve denúncias de drogas, assédio a servidores, danos ao patrimônio. É claro que o movimento que estava lá vai dizer o contrário. Corre inclusive na Polícia Federal uma investigação. Além disso tudo, havia um atraso na obra do Capanema por conta das pessoas ali.

E a Biblioteca Nacional?

Vai ser toda reformada até o fim de 2018. Nossa dificuldade é em relação aos projetos. Foram contratados vários em parceria com a FGV. Alguns não tiveram chancela do Iphan. Vamos botar a licitação na rua até meados de 2017.

O que pensa do projeto da Política Nacional da Leitura e Escrita, que está no Senado?

Isso chegou a mim há pouco tempo e ainda não tive tempo de refletir adequadamente. Mas é uma área prioritária.

Mas, se é prioridade, não deveria estar sendo discutido?

Parece muito tempo, mas três meses é muito pouco. A gente está recrutando neste momento o novo responsável pelo Departamento de Livro, Leitura e Biblioteca e o novo titular do Plano Nacional do Livro e Leitura.

O MinC tem um dos piores planos de carreira para o funcionalismo. Como melhorar?

O primeiro passo foi o programa de valorização do servidor. É traumático, claro, colocar 81 pessoas na rua, mas a gente sabe que elas nem deveriam estar ali. Eram de fora dos quadros do MinC. Sobre a Cinemateca, houve um erro (funcionários de carreira foram exonerados e depois reintegrados). Mas oferecemos 50 vagas a funcionários do MinC. E 43 foram preenchidas.

O senhor disse que quer valorizar a Funarte? Como?

Vamos recomeçar o Plano Nacional das Artes, que nem ouviu os servidores da Funarte. Alguns setores, como o teatro, também não se sentiram contemplados. A ideia é refundar a Funarte. Estamos estudando vários modelos para dotá-la de fontes de financiamento perene, como um fundo a exemplo do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual).

Cujo dinheiro viria de…?

Várias fontes. Uma lotérica que a gente está discutindo com a Caixa, por exemplo. O próprio Fundo Nacional de Cultura pode ter parte para as artes. Já pensei até numa taxação de cigarro. E incluímos a Funarte para receber parte dos recursos caso o projeto de lei que quer legalizar o jogo no país seja aprovado.

Vai mesmo ser Autoridade Pública Olímpica? Pode?

Desde que não acumule remuneração, sim. Isso tá em avaliação pelo governo, mas acho que meu nome tem a ver com a proximidade que tenho com o Rio. E a APO vai até dezembro.

O senhor era um secretário prestigiado no Rio e hoje há quem o chame de “ministro golpista”. Como lidar?

Isso deriva de um momento de paixões exacerbadas. Acho inadmissível esse rótulo de golpista. Golpista é quem desrespeita a Constituição. E houve um processo legítimo e constitucional. O que me atinge é gente que foi do meu convívio pessoal ser desrespeitosa comigo. O resto faz parte do processo democrático.

Expor sua intimidade no Instagram gera algum desconforto como ministro?

É próprio da nossa geração postar selfies. Meu instagram é meu recanto pessoal. Políticos não são de Marte, têm vida. Boto fotos de avó, afilhados, gatos, minhas em cenas lúdicas.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Conversa mole! No máximo irá gerar um "apagão" no bolso de muita gente, que se acostumou a viver as custas do dinheiro dos pagadores de impostos, via "Lei Roubanet".

    1. Pois é. E é muito estranho que o juiz Sergio Moro e sua equipe da Lava Jato não avançaram muito nas investigações sobre isso não é?!

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Política

Após Lula chamar traficantes de “vítimas”, governo corre para mostrar “recorde” no combate ao tráfico

Foto: Ricardo Stuckert

Lula falou e se enrolou. Na Indonésia, disse que “traficantes de drogas são vítimas dos usuários também”. A frase viralizou — e não foi por bom motivo. A oposição não perdoou, e críticos viram mais uma prova do discurso frouxo do governo.

O governo correu para apagar o incêndio. Nesta sexta-feira (24), a Secretaria de Comunicação Social divulgou nota reforçando que o Brasil não tolera o tráfico. Em 2024, a Polícia Federal apreendeu R$ 7 bilhões em bens de criminosos, e a Polícia Rodoviária Federal confiscou 850 toneladas de drogas — recordes históricos.

As operações contra o crime organizado quase dobraram em dois anos: de 1.875, em 2022, para 3.393, em 2024. A nota cita ainda a PEC da Segurança Pública e outros projetos enviados ao Congresso, que, segundo o governo, visam “desmantelar as estruturas que alimentam o crime”. A prática, pelo menos, mostra resultado — ao contrário das palavras de Lula.

O presidente tentou se retratar nas redes sociais, chamando a frase de “mal colocada” e reforçando que mais importante que palavras são as ações. Citou os recordes em apreensão de drogas e as operações históricas. Mas o estrago já estava feito.

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Mundo

Maduro desafia EUA e anuncia brigada internacional para “enfrentar americanos” no Caribe

Foto: Arquivo

O ditador venezuelano Nicolás Maduro voltou a atacar os Estados Unidos nesta sexta-feira (24), acusando Washington de “inventar uma guerra eterna” enquanto aumenta sua presença militar no Caribe. Segundo ele, os americanos estariam rompendo promessas de paz e preparando confrontos na região.

Para se contrapor, Maduro anunciou a criação das Brigadas Internacionalistas Simón Bolívar, uma força de voluntários de todo o mundo para “defender a Venezuela pela independência, soberania e paz”. O chavista compartilhou vídeos nas redes sociais de apoiadores se preparando para a brigada, mas não deu detalhes de como será a operação ou quem vai comandá-la.

O alerta americano vem junto com a movimentação de um grupo de ataque de porta-aviões para o Caribe, incluindo o USS Gerald R. Ford, maior porta-aviões do mundo, movido a reator nuclear. A frota partiu da Europa por ordem do Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, mas ainda não se sabe onde exatamente será posicionada.

Analistas observam que Maduro usa a retórica de guerra para mobilizar apoio interno e regional, enquanto mantém o controle sobre o país. Até agora, Caracas não detalhou como funcionará sua brigada internacional, e o Departamento de Estado americano não comentou as declarações do ditador, aumentando a tensão militar no Caribe.

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Judiciário

Petrobras avança na Amazônia e MPF tenta frear: leilão polêmico coloca foz do Amazonas em risco

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) não está de brincadeira. Nesta sexta-feira (24), recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para tentar barrar a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. O alvo? A decisão que manteve o leilão de blocos exploratórios e a concessão de licença de pesquisa à Petrobras.

Na prática, a estatal já está com a liberação do Ibama em mãos desde segunda-feira (20) e pode começar a perfuração da sonda exploratória na Margem Equatorial “imediatamente”. A operação inicial ocorre em águas profundas do Amapá, a 175 km da costa e 500 km da foz do rio Amazonas.

O MPF questiona a legalidade do leilão. Segundo o órgão, antes de autorizar qualquer pesquisa, o governo deveria exigir Estudo de Impacto Climático (EIC), Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) e consulta às comunidades indígenas. “A ausência desses estudos e consultas é uma grave ofensa ao ordenamento jurídico e aos compromissos internacionais do Brasil”, alertou o órgão.

A Petrobras, por sua vez, garante que esta fase é apenas de pesquisa. A perfuração do poço FZA-M-059 deve durar cerca de cinco meses, tempo para avaliar se há petróleo e gás em quantidade economicamente viável. Não há produção de petróleo ainda, reforça a empresa.

O impasse acende o alerta: de um lado, a necessidade de energia e desenvolvimento; do outro, a pressão ambiental e jurídica. Enquanto a justiça decide, a Amazônia vê chegar as primeiras sondas de exploração em sua foz — e com elas, o debate sobre futuro econômico e preservação ambiental esquenta.

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Gastronomia

O sabor do RN toma conta da cozinha do Papo de Fogão Sabor & Tradição

Oxe, essa edição tá de dar água na boca! 🤤

Tem Nhoque do Sertão com banana da terra, funduta de queijo manteiga e rosbife preparado pelo Chef Henrique Sobrinho, do Dunnas Restaurante, de Natal/RN que você vai se acabar de comer. E, na Dica Rápida, o Chef, professor e embaixador do Feito Potiguar Jonatã Canela, do Restaurante Navarro de Natal, vai preparar um mil folhas com brigadeiro de milho e calda de goiabada que é um desmantelo de bom.

Dois pratos cheios de sabor, tradição e orgulho Feito Potiguar! 💛

Assista o #PapoDeFogão e se apaixone pelo sabor do RN!

SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h

PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Geral

Extremoz testa tecnologia brasileira da ONU que promete antecipar desastres ambientais e se destaca na COP30

Foto: Banco de Imagens

O município de Extremoz, na Região Metropolitana de Natal, ganhou destaque internacional ao ser escolhido como cidade-piloto da plataforma Aruanã.ai, ferramenta de inteligência artificial ambiental desenvolvida no Brasil e recentemente selecionada pela ONU para ser apresentada na COP30, em Belém (PA).

Criada pela empresa Local DC, sediada em Sorocaba (SP), a Aruanã.ai utiliza tecnologia avançada de visão computacional, análise contextual e aprendizado profundo para monitorar e proteger o meio ambiente em tempo real. O sistema é capaz de detectar queimadas, desmatamentos, poluição e danos à fauna e flora, emitindo alertas automáticos que ajudam a prevenir desastres ambientais.

Em Extremoz, a tecnologia está sendo testada em áreas costeiras e de preservação ambiental, apoiando políticas locais de sustentabilidade e segurança ambiental. Os primeiros resultados do uso da ferramenta no município serão apresentados oficialmente na Zona Verde da COP30, espaço dedicado a inovações e soluções sustentáveis com impacto global.

“Além da análise automatizada de dados, estamos estimulando a participação da comunidade, permitindo que moradores validem e enviem informações ambientais. A proposta é transformar cidadãos em agentes ativos de preservação e reforçar a educação ambiental local”, destacou a prefeita Jussara Sales.

Com essa iniciativa, Extremoz se posiciona como referência em inovação e sustentabilidade, sendo o único município potiguar a participar de um projeto brasileiro reconhecido pela ONU e que promete revolucionar o monitoramento ambiental no mundo.

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Saúde

Homem que não sai com os amigos duas vezes por semana põe saúde em risco, alerta pesquisa

Foto: Freepik

Um estudo da Universidade de Oxford mostrou que homens precisam se encontrar com os amigos pelo menos duas vezes por semana para manter corpo e mente saudáveis. Não é só diversão: é questão de saúde de verdade.

O psicólogo Robin Dunbar, que conduziu a pesquisa, explica que esses encontros — jogando futebol, tomando uma cerveja ou só conversando — reduzem sintomas de depressão, fortalecem o sistema imunológico e ajudam a recuperar mais rápido de doenças. Ignorar a resenha não é frescura, é perigoso.

Mesmo com tantos benefícios, cerca de 40% dos homens só se encontram com os amigos uma vez por semana ou menos. O resultado é perder parte dos efeitos positivos das amizades e colocar a própria saúde em risco. Rotina corrida não é desculpa.

A mensagem do estudo é clara: manter os amigos por perto não é luxo, é remédio. Se você está adiando aquela noite com a galera, está na hora de repensar prioridades e cuidar do que realmente importa.

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Polícia

Vereadores de São José do Campestre registram BO contra vice-prefeito por ameaças veladas em rádio

Imagens: Reprodução

Vereadores de São José do Campestre registraram boletim de ocorrência contra o vice-prefeito Anderson Henrique Andrade, depois de declarações consideradas ameaçadoras durante entrevista na rádio 103.5 FM, em Nova Cruz, na última quinta-feira (23). Segundo o registro, Andrade teria dito que “estava muito à frente do que imaginam” e alertado que quem “mexesse juridicamente na situação da mesa diretora” poderia se “prejudicar juridicamente”.

O boletim destaca que os parlamentares Ana Clara Borges, Fernando, Eduardo e Dona Célia Lima se sentiram intimidados e preocupados com a própria integridade e de suas famílias. Eles pedem que a polícia abra investigação para apurar o teor das falas, registradas em áudio e vídeo durante a transmissão ao vivo da entrevista.

Conhecido pelo temperamento explosivo, o vice-prefeito já se envolveu em confusões públicas e brigas na praça, o que reforça a preocupação dos vereadores quanto à seriedade das ameaças.

Foto: Reprodução

As vereadoras Ana Clara Borges e Dona Célia Lima também solicitam que a investigação avalie o crime de violência política de gênero (artigo 359-P do Código Penal), além do crime de ameaça (artigo 147). Segundo elas, as falas do vice-prefeito configuram tentativa de intimidar e restringir o exercício do mandato delas por serem mulheres.

O boletim requer que o material de áudio da entrevista seja anexado como prova das supostas ameaças, que agora podem resultar em investigação formal e sanções legais. A cidade acompanha o caso de perto, preocupada com a postura do vice-prefeito e o clima de tensão na Câmara.

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Judiciário

DIÁRIAS FANTASMAS NO RN: Servidores e comparsas bolam esquema sujo e drenam R$ 158 mil do Estado

Foto: Arquivo

Dois servidores públicos do RN e 13 comparsas foram condenados por criar um esquema ardiloso: colocar nomes de pessoas que nunca trabalharam na Secretaria de Educação e Cultura (SEEC) para receber diárias fantasmas. O prejuízo aos cofres do Estado chega a R$ 157.964,36.

A fraude veio à tona em 2015, denunciada pelo então coordenador do Fundo Estadual de Educação e Cultura. Os servidores manipulavam o sistema financeiro do Estado e enganavam terceiros para cederem suas contas bancárias, recebendo dinheiro sem saber de onde vinha. Alguns já devolveram parte do valor.

O juiz Geraldo Antonio da Mota deixou claro que os servidores agiram de forma consciente e dolosa. “A forma de agir nasceu da comunhão de pensamentos dos dois réus, principais responsáveis pelo desvio”, destacou na sentença.

O magistrado ainda cutucou os demais envolvidos: quem forneceu contas por tanto tempo deveria ter desconfiado. Persistir nessa conduta é, segundo ele, “no mínimo questionável”.

No fim, os condenados perderam a função pública, terão que ressarcir integralmente o Estado, pagar multa de R$ 315.928,72, ficaram com direitos políticos suspensos por 10 anos e estão proibidos de contratar com o poder público no mesmo período.

 

 

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Polícia

VÍDEO: CASO DE POLÍCIA: PM no RN investiga mulher que não pertence à corporação e usou farda e fuzil em treino

Imagens: Reprodução/G1 RN

Um vídeo divulgado nas redes sociais do Centro de Formação e Aperfeiçoamento da PMRN mostrou uma mulher, que não faz parte da Polícia Militar, usando farda e fuzil durante um treinamento do curso de formação de praças em Natal. A corporação confirmou a abertura de um inquérito interno para apurar “supostos crimes de uso indevido de uniforme e material bélico por civil”, segundo o Boletim Geral da PMRN.

O procedimento tem prazo inicial de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 caso sejam necessárias perícias ou diligências adicionais, conforme informado pelo G1 RN.

Ainda não há detalhes sobre como a mulher teve acesso à farda e ao armamento, nem se haverá responsabilização criminal. O caso acende alerta sobre falhas na fiscalização e no controle de armas dentro da PM.

O episódio expõe fragilidade nos protocolos internos da corporação e preocupa quem acompanha de perto a atuação da PM no Rio Grande do Norte. Um civil circulando com material oficial em treino formal é situação que chama atenção imediata e gera repercussão.

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Turismo

Centro de Natal renasce e ganha nova vida: Prefeitura aposta em turismo moderno e passeios inéditos

Foto: Reprodução/Natal das Antigas

O Centro Histórico de Natal começa a retomar seu movimento turístico após anos parado. A Prefeitura deu o pontapé inicial nesta sexta-feira (24) com um FAMTour – visita de familiarização – para 20 guias da empresa Luck Receptivo. O objetivo é preparar os profissionais para os passeios que terão duração de até 1h30 e começam já em novembro.

Segundo o secretário de Turismo, Sanclair Solon, a ação busca capacitar os guias e testar roteiros estratégicos pelo centro da cidade. “Estamos criando um turismo moderno, com passeios curtos e de qualidade. A expectativa é que outros operadores também se interessem e ampliem a oferta em breve”, afirmou.

O historiador Alexandre Rocha, contratado para treinar os guias, ressaltou a importância do apoio do poder público e do trade turístico. “Meu papel é transmitir conhecimento, mas só com o engajamento da Setur e das empresas é que o turismo realmente vai se fortalecer no centro histórico”, disse.

A iniciativa envolve ainda órgãos municipais como STTU, Urbana e Guarda Municipal, além da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio. Os passeios serão realizados às terças e quintas-feiras, movimentando ruas e pontos históricos que estavam esquecidos.

Para a cidade, a retomada do turismo promete revalorizar o patrimônio histórico, aquecer o comércio local e devolver vida ao Centro de Natal, tornando-o novamente um ponto de encontro de turistas e moradores.

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